CAPÍTULO 17
Uma novela de Crisley
Personagens deste capítulo (ordem de aparição):
Chris
Caio
Bruno
Danilo
Eli
CENA 1: CASA DE ANDRÉ/ QUARTO/ INT./ NOITE
(Continuação do capítulo anterior)
Danilo dorme sentado na cadeira e debruçado na mesa do computador. André entra no quarto com dois copos de suco. Ele os coloca em cima de outra mesinha. André vai até Danilo e fica olhando-o dormindo. Ele acaricia seus cabelos bem devagar. André sorri enquanto acaricia os cabelos de Danilo. Danilo vai acordando aos poucos e, rapidamente, André se afasta.
DANILO — (bocejando) Nossa... Já é de noite. (apanha o celular) Já é isso tudo!? Vou indo, André.
ANDRÉ — Eu trouxe um suco.
DANILO — Vou beber, então, e depois vou vazar.
ANDRÉ — Ok.
Danilo bebe o suco rapidamente.
DANILO — Delícia! Até amanhã!
ANDRÉ — Até!
Danilo sai dali. André pega o copo e sorri.
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CENA 2: CASA DE BRUNO/ QUARTO/ INT/ NOITE
Bruno embrulha bem o jogo de vídeo game. Em seguida ele se senta na cadeira do computador e Eli fica olhando. Eli se senta na cama e fica observando atentamente.
BRUNO — (se vira) Que foi? Perdeu alguma coisa?
ELI — Eu nunca vi você embrulhar alguma coisa antes. Cê podia comprar esse vídeo game e a gente jogar esse jogo aí, não?
BRUNO — Não, até porque esse jogo não é meu.
ELI — Mas você que comprou.
BRUNO — Ok, mas não é meu.
ELI — Tá, mas você pode comprar um vídeo game agora e a gente jogar.
BRUNO — Tá, mas eu não vou fazer isso.
ELI — (se levanta) Bruno, afinal, você nem gosta desse tipo de jogo, por que você comprou?
BRUNO — Não é da sua conta.
ELI — Vai dar de presente, né? Até embrulhou. Eu queria saber pra quem seria...
BRUNO — Vai ficar querendo. Vou lá falar com a minha mãe um negócio. Já volto aí.
ELI — Ok.
Bruno sai do quarto. Eli se senta na cadeira do computador. Ele checa o presente.
ELI — (para si mesmo) Hum... Tá bem embrulhado. Quem ganhar isso aqui vai ficar meia hora tentando abrir.
Eli liga a tela do computador e vê a pasta com as fotos de Chris aberta.
ELI — Quê...?
Bruno entra no quarto.
BRUNO — Quê que você tá vendo aí?
ELI — O que as fotos do Chris...//
BRUNO — Ninguém te deu educação? Vai ficar mexendo nas minhas coisas sem pedir?
ELI — Foi mal, é que a gente é amigo, eu venho aqui direto.
BRUNO — Eu não quero que você mexa mais nas minhas coisas.
Eli se levanta e se senta na cama.
ELI — Certo. Mas cê pode explicar as fotos no computador?
BRUNO — Eu tenho foto de todo mundo. Tem as suas também, quer ver?
ELI — Não, não precisa. Eu acredito.
BRUNO — Então para com isso.
ELI — Calma, cara. Eu não vou mais mexer no seu computador. Foi mal, tá?
BRUNO — Tá. (desliga a tela do computador) Vamos fazer alguma coisa, então.
ELI — Vamos continuar aquela série, já que não tem vídeo game, né.
BRUNO — Ok.
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CENA 3: ESCOLA MARA TÂNIA/ SALA B/ INT./ MANHÃ
Cortes descontínuos. O Sol nasce. Os alunos entram na escola. Chris entra na sala e deixa sua mochila na sua mesa. Bruno chega ali também com uma sacola na mão.
BRUNO — Oi, Chris.
CHRIS — E aí. Já tá aqui na escola?
BRUNO — Uhum. Eu vi você entrando aqui e vim atrás.
CHRIS — Hum... Pra quê?
BRUNO — Lembra do que cê tava falando no outro dia?
CHRIS — Ixi... Tem tanta coisa que eu falei.
BRUNO — Hum... Você vai se lembrar, então. (entrega a sacola)
CHRIS — Que isso?
BRUNO — Abre.
Eli chega na sala, mas fica parado ali na porta observando. Chris abre a sacola e vê o presente embrulhado.
CHRIS — Eu acho que é... Será que é o que eu tô pensando?
BRUNO — Não sei. Desembrulha aí.
Chris desembrulha e vê o jogo.
CHRIS — (feliz) Cara! Não acredito! Valeu mesmo! Cara... Olha, valeu mesmo! Eu até mataria aula pra jogar, mas não posso.
Chris abraça Bruno muito forte. Bruno fecha os olhos e sorri. Eli fica olhando. Ele sai dali. Chris continua comemorando com Bruno.
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CENA 4: CORREDORES/ INT./ MANHÃ
Eli caminha pelo corredor pensativo.
ELI — Será que o Bruno gosta dele?
INICIA-SE UM FLASHBACK
CENA 6 DO CAPÍTULO 11: SALA B/ INT./ MANHÃ
Eli e Bruno estão sentados lado a lado.
ELI — Você já pelo menos chegou nessa pessoa e disse que gosta dela?
BRUNO — Não. Eu quero dar uns presentes primeiro. Mas o primeiro presente que vai abrir caminho. Tem ideia do que eu posso dar?
ELI — Hum... Eu tenho um amigo, que tem um amigo, que tem um amigo, que tem um amigo...//
BRUNO — Tá, tá, já entendi. Tem uma pessoa.
ELI — É. Tem uma pessoa que, pra alegrar a menina que ele gostava, deu uma caixinha de biscoito de chocolate.
TROCA DE CENA NO FLASHBACK
CENA 3 DO CAPÍTULO 16: SALA B/ INT./ MANHÃ
Eli e Danilo estão sentados lado a lado.
DANILO — Ele não te deu biscoito?
ELI — Não.
DANILO — Nem pra mim. Eu queria.
ELI — Ele deu biscoito pra quem?
DANILO — Pro Chris.
ELI — (assustado) O quê!? Só pro Chris!?
DANILO — Sim. Pra que isso tudo? Tá nervoso? O biscoito era seu, né?
ELI — (sorri, mas nervoso) Não... É que... Ah, sei lá. Vou pro meu lugar.
DANILO — Ok.
TROCA DE CENA NO FLASHBACK
CENA 2 DO CAPÍTULO 17: CASA DE BRUNO/ QUARTO/ INT/ NOITE
Eli está sentado na cadeira do computador. Eli liga a tela do computador e vê a pasta com as fotos de Chris aberta.
ELI — Quê...?
Bruno entra no quarto.
BRUNO — Quê que você tá vendo aí?
ELI — O que as fotos do Chris...//
BRUNO — Ninguém te deu educação? Vai ficar mexendo nas minhas coisas sem pedir?
ELI — Foi mal, é que a gente é amigo, eu venho aqui direto.
BRUNO — Eu não quero que você mexa mais nas minhas coisas.
FIM DO FLASHBACK
ELI — (surpreso) Eu não acredito! O que eu disse pro Bruno, ele tá seguindo com o Chris. O Bruno gosta do Chris.
Corta para:
CENA 5: CASA DE SÍLVIA/ QUARTO/ INT./ MANHÃ
Sílvia está uniformizada. Ela liga o notebook e começa a ver suas conversas. Ela abre um chat, que diz: “A menina da sua escola não é a filha da ricaça. Confundi.”
SÍLVIA — (surpresa) Se a Karen não é filha da ricaça, então de quem será que ela é filha?
Corta para:
CENA 6: LANCHONETE/ INT./ MANHÃ
Karen e Gustavo tomam café e se divertem.
KAREN — Sabe, eu tô muito feliz que você me chamou aqui pra tomar café da manhã.
GUSTAVO — Eu chamaria de novo. Mas porque eu gostei muito desse café da manhã deles.
KAREN — Eu também. É... Melhor a gente ir, né? Não quero me atrasar pra escola.
GUSTAVO — Tá, vamos.
Gustavo deixa dinheiro ali na mesa e eles se levantam e saem dali.
Corte descontínuo para:
CENA 7: BECO/ EXT./ MANHÃ
Karen e Gustavo se beijam intensamente.
KAREN — (interrompe o beijo) Melhor a gente ir.
GUSTAVO — A gente podia matar aula, né?
KAREN — Não. Vamos pra escola. Ela tá logo ali, então vamos.
GUSTAVO — Vamos, então.
Eles começam a caminhar e olhar um para o outro.
Corta para:
CENA 8: REFEITÓRIO/ INT./ MANHÃ
Sílvia chega e logo senta-se com suas amigas.
SÍLVIA — Tenho uma novidade. Na verdade, uma bomba!
CAROL — Conta.
LAÍS — Deve ser só uma bobeira, quer ver?
SÍLVIA — Bobeira nada. Escutem só: Talvez a Karen não seja tão rica quanto a gente imaginava que fosse.
CAROL — Por quê? A mãe dela quebrou? Ninguém comprou aquelas roupas maravilhosas da mãe dela?
LAÍS — Eu duvido, hein.
SÍLVIA — Pior: Aquela bonitona, a dona das lojas, não é a mãe da Karen.
CAROL — Eu sabia! Não tinha como a Karen ser filha dela.
LARA — Calma, gente. Talvez vocês estejam exagerando, sei lá.
CAROL — Fica quieta, Lara! Todo mundo sabe que a Karen é uma esquisita e que não tinha como ela fazer parte da alta que nem a gente.
SÍLVIA — Fato é que a gente precisa descobrir qual o saldo na conta dela.
LARA — Isso é realmente relevante?
CAROL — Claro que sim! Não conheço uma pessoa que não tenha pelo menos sete dígitos na conta bancária da família que estuda aqui.
LAÍS — Ok, ok, gente. Chega.
CAROL — Chega por quê?
LAÍS — Eu sei exatamente quem pode descobrir isso.
CAROL — Quem?
LAÍS — Vocês não conhecem. Deixa comigo.
Todas olham para Laís. Laís faz uma cara maligna.
FIM DO CAPÍTULO
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