A Luz Nas Trevas - Episódio 6
GANCHO ANTERIOR
/// Teófilo coloca escorpiões nas roupas e na cama de Bento///
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Cena 01 Quarto de Bento/ Monsteiro/ Noite
Bento entra em seu quarto e olha fixamente para um crucifixo na parede.
BENTO - Oh meu Jesus, eu sinto neste momento uma aflição. O que devo fazer? (Respira fundo) O demônio passou aqui e deixou armadilhas aqui.
O jovem se ajoelha nos pés da cruz.
BENTO - Que a tua cruz, Senhor Jesus, seja a minha luz e o dragão não seja meu guia! Retira-te daqui demônio! Em nome de Jesus! Se é mau que tu me ofereces, bebe tu mesmo teus próprios venenos!
No momento, todos os escorpiões começam a sair do quarto. Bento observa aquela cena inusitada. Após todos saírem, ele se ajoelha.
BENTO - Muito obrigado, Jesus!
Corta para/
O Sol do amanhecer resplandece sobre a grande montanha.
Cena 02 Casa de João/ Interior/ Dia
João, Rafael e Marina estão caminhando de um lado para o outro, até que Marina olha pela janela.
MARINA - Vou agora na casa do Rodrigo.
JOÃO (se aproximando dela) - Tem certeza que quer ir? Ainda mais sozinha!
RAFAEL - Se quiser, fico de longe te observando!
MARINA - Ai gente... melhor não. O Rodrigo não é louco para fazer qualquer mal a mim, né?!
JOÃO - Não confio naquele crápula! Nunca vou esquecer o que ele fez com o Bento.
RAFAEL - Verdade. Ele é muito sem noção.
MARINA (Caminhando até a porta) - Agora eu tenho que ir.
Corta para/
Cena 03 Monsteiro/ Interior/ Dia
Todos os monges estão reunidos na pequena capela. Juca adentra o local com vários papéis nas mãos.
JUCA - Peço atenção de todos. Bom, hoje irá começar nosso projeto de visitar as cidades e vilas pela região. Estão separados por grupos. Vou deixar estes papéis sobre o altar e cada um vem aqui olhar com quem ficaram e para onde vão.
Todos os monges olham os papéis.
JUCA - No monsteiro ficará apenas o monge Teófilo e o Carlos, pois cuidaram do nosso espaço e também vão preparar as comidas para a nossa chegada, que é para daqui cinco meses.
Corta para/
Cena 04 Casa de Rodrigo/ Interior/ Dia
Marina entra no local. Rodrigo sai de dentro de uma salinha que fica a esquerda da sala.
RODRIGO - Hora, hora, hora... olha quem está em minha casa.
MARINA - Não seja cínico, Rodrigo. Eu só vim aqui porque você me ameaçou.
RODRIGO (pegando nos mãos dela) - Não diga assim meu amorzinho...
MARINA (se soltando das mãos dele) - Me largue! Agora me diga de uma vez por todas! Vamos, me diga.
RODRIGO - Que pressa e agitação! Sabia que agitação faz mal pro coração? Mas já que a mocinha está com tanta pressa, venha, vamos conversar no meu escritório.
Os dois foram para o escritório.
RODRIGO (sentando na cadeira) - Bom, eu tenho uma excelente proposta para você. Serei breve e tenho certeza que você irá gostar.
MARINA - Diz logo, vamos!
RODRIGO - Eu quero que você se separe do João e que fique comigo.
MARINA (Gargalha) - Isso nunca!
RODRIGO - Oh, eu nunca aconselharia uma pessoa dizer nunca. Se você não fizer o que eu estou mandando, mando o João para a cadeia e aí você nunca mais vai ver ele, sabe o porquê? Porque eu tenho dinheiro pra comprar quem eu quiser.
MARINA - Não... você não me disse isso...
RODRIGO - Sim, eu te disse. Lembra que você me humilhou naquela maldita daquela praça? Pois então... agora eu que vou te humilhar. Primeiro que eu não te quero, já que o amor eu tinha por você morreu e segundo que, agora eu vou te humilhar dia após dia... você e aquele maldito do João e aquele serzinho que sumiu lá pras bandas das montanhas... mas sorte dele que ele desapareceu.
MARINA - Você é obsessivo, isso sim!
RODRIGO - Eu quero vingança e ela será da melhor forma: pela raiz. Então me diz: quer ver o João sofrendo ou você separada dele?
Marina olha para o chão e para o teto, começa a chorar.
MARINA - Eu aceito.
RODRIGO - Sabia que você iria gostar!
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Corta para/
Passam cinco meses.
Cena 05 Monsteiro/ Exterior/ Dia
Os monges viajantes chegavam em carradas pela estrada de terra. A poeira avermelhada cobria todos. Ao chegarem no portão, são recebidos com água e muita alegria pelos dois monges que ficaram no monsteiro. Todos se abraçam.
Corta para/
Cena 06 Casa de Rodrigo/ Interior/ Dia
Julião, outro homem muito rico, está reunido com Rodrigo.
RODRIGO - Então quer dizer que nestas regiões existe ouro e diamante? Eu sempre imaginei mas ninguém nunca encontrou.
JULIÃO - Sim, muito, muito e muito ouro e diamante!
RODRIGO (se levantando) - Eu sou muito influente nesta região, unindo minha força com a sua, iremos ficar mais poderosos.
JULIÃO - Sim, com toda certeza. Assim, poderemos tomar ser os admiradores desta província.
RODRIGO - Sim, claro! A gente sendo os admiradores, não iremos pagar os impostos e ainda poderemos ficar com parte dos impostos do povo.
JULIÃO - Como você é esperto.
No momento, Marina abre a porta. A mulher segurava um prato com algumas coisas para comer.
MARINA - Aceitam alguma coisa?
JULIÃO - Vou querer sim. Que mulher gentil e educada que você arranjou, hein?!
RODRIGO (da um sorriso malicioso) - Ela me ama. Sempre correu atrás de mim. Pode sair agora.
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Cena 07 Monsteiro/ Interior/ Noite
Bento está em seu quarto vestindo suas roupas. Entram em seu quarto, rapidamente, João e Rafael. Bento os abraça e os três começam a pular de alegria.
BENTO - Eu estava com tanta saudade de vocês!
RAFAEL - A gente também e olha que a gente veio aqui várias vezes depois que você foi viajar.
JOÃO - É verdade! Se não fosse aqueles dois que ficaram aqui, a gente pensaria que vocês tinham ido embora.
BENTO - Se eu for embora, a primeira coisa que faço é ir avisar vocês. Mas me contam, como está a vida de vocês?
RAFAEL - Minha vida continua a mesma, só o João que está numa tristeza desde quando se separou da Marina.
JOÃO - Ê... língua grande. É verdade sim mas não é para tanto.
BENTO - Por que vocês se separaram?
JOÃO - Eu tenho certeza que foi o Rodrigo que falou alguma coisa!
BENTO - Como assim?
JOÃO - Um dia antes que a gente se separou, ele disse para a Marina ir na casa dele e depois ela brigamos e nos separamos e após alguns dias, ela ficou com o Rodrigo! E eles estão quase se casando.
BENTO - Pode ser mas não vamos acusar. Você precisa descobrir o real motivo, investigue e procure o ponto em que você tenha razão para não ser contrariado e a justiça esteja ao seu lado.
RAFAEL - O papo está bom mas vamos comer? Olha que cheiro maravilhoso.
JOÃO - Tem alguém guloso aqui hein?
Os três riem.
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Cena 08 Monsteiro/ Quarto de Teófilo/ Noite
Teófilo entra no quarto rapidamente, bate a porta e começa a se bater contra sua cama.
TEÓFILO - Desgraçado! Todos são dão atenção pra esse desgraçado do Bento! Ninguém vê o que eu faço e nem o que sou. Como eu tenho ódio desse desgraçado!
O rapaz para por um momento e fixa o olhar para seu guarda-roupa.
TEÓFILO (indo até seu guarda-roupa e procurando por algo) - Deve estar aqui... onde está?... encontrei... (Segurando um recipiente pequeno) Agora eu posso acabar com ele... quando ele beber o vinho, ele morrerá aos poucos, até que no final da noite, ele estará morto por completo mas sem que ninguém desconfie que foi envenenado.
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Cena 09 Monsteiro/ Interior/ Noite
Todos estão reunidos na sala. Todos conversando. Juca se levanta.
JUCA - Peço atenção de todos. Hoje é o dia de comemorar que voltamos! Parabenizo a todos pelos trabalhos mas eu me surpreendi ainda mais com o trabalho do Bento.
BENTO - Por favor, não diga isso. Eu não quero ser colocado superior a ninguém.
JUCA - Não seje modesto. Vamos comemorar o trabalho de todos com um pouco de vinho.
Teófilo trás alguns copos com vinho e uma garrafa de vinho. Ele entrega um copo para Bento, Bento faz o sinal da cruz sobre o copo.
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