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Teen Workout: Sentindo o Amor - Capitulo 37 (Últimas semanas)

 


CAPÍTULO 37


ATENÇÃO!

A trama apresenta apenas adolescentes cheios de espinhas, aparelho nos dentes, óculos, pele oleosa etc. Não siga o que é dito. É tudo ficção.


Uma novela de Crisley



Personagens deste capítulo (ordem de aparição):

Carminha

Karen

Carol

Laís

Sílvia

Lara

Rita

Jamile

Janaina

Maria

Sara

Chris

Caio

Danilo


 

CENA 1: DIRETORIA/ INT./ TARDE

(Continuação do capítulo anterior)

Carminha e Karen estão sentadas em seus lugares.

 

CARMINHA — Vou ir direto ao ponto. Karen, você rasgou as roupas da sua colega?

KAREN — (fica um pouco nervosa) Eu não rasguei roupa de ninguém!

CARMINHA — Eu vou perguntar mais uma vez: Você rasgou as roupas da Carol?

 

Karen engole saliva a seco. Quando Karen vai responder, ouve-se batidas à porta. Carol entra ali.

 

CARMINHA — Ah, sente-se. É bom que você esteja aqui. A gente precisa conversar e sério. Coisas assim não podem passar.

CAROL — (sentando-se) Mas é claro que não.

CARMINHA — Vou perguntar mais uma vez, Karen. Você rasgou as roupas da Carol?

KAREN — (olha para Carol, e em seguida para Carminha) Não, diretora.

CAROL — É mentira!

CARMINHA — Carol, deixa ela continuar. Eu quero que ela explique o porquê de você ter acusado ela.

KAREN — Mas é verdade. Eu não rasguei nada. Ela tá inventando isso. Eu jamais faria algo assim com ninguém.

CAROL — Quem mais poderia ter rasgado as minhas roupas, então, hein?

KAREN — Não sei. Qualquer um. Todo mundo tem acesso a todo lugar na escola, ainda mais com a escola aberta. O auditório tava cheio.

CAROL — Mas, aí, cê foi lá e me substituiu, sabendo a coreografia e tudo. (para Carminha) Cê não acha estranho, diretora?

KAREN — Mas eu não rasguei nada. Que um raio caia na minha cabeça se eu fiz isso.

CAROL — Então se prepara, porque hoje tá nublado.

KAREN — Você só tá com inveja porque o grupo que você era integrante ganhou e sem você.

CAROL — Sua... (parte para cima dela e puxa seu cabelo)

CARMINHA — (gritando e logo Carol para) Chega! Para com isso! Carol, por causa dessa sua atitude, tá suspensa! Uma semana. Sai da escola agora e só volta semana que vem. Anda!

CAROL — Mas isso é injusto! Ela quem rasga minhas roupas e eu que sou suspensa!

CARMINHA — Agora, Carol! Se não quiser se complicar, sai agora!

 

Carol se levanta e sai dali, bem nervosa. Karen quase ri e Carminha olha para ela estranhando.

 

Corta para:

 

CENA 2: BASTIDORES/ INT./ TARDE

Laís sorri enquanto segura o troféu. Lara retira o troféu da mão dela e o coloca na mesa.

 

LAÍS — Quê que foi, hein? Tá feliz não por ter ganhado esse troféu?

SÍLVIA — Deve ser porque é barato.

LARA — Claro que não! Laís, cê armou feio pra sua amiga. Cê não tem vergonha na sua cara?

LAÍS — Armei nada.

LARA — Cínica! Armou sim! Eu vi tudo! Eu sei de tudo já.

SÍLVIA — Pera aí, pera aí. Quê que aconteceu?

LAÍS — Aconteceu nada. Ela só tá surtando.

LARA — Sílvia, quando eu disse que vi a Laís ensaiando junto com a Karen, eu não tava mentindo.

SÍLVIA — Mas cê tá brava por causa disso só? Tipo, eu odeio a Karen, mas nada a ver.

LARA — Não. É porque ela armou pra Carol! As roupas dela tavam rasgadas lá no vestiário. (para Laís) E não nega! Eu sei que é coisa sua!

LAÍS — Mas como eu poderia fazer isso, sendo que eu tava no palco.

LARA — Claro que isso tem dedo seu! Não sei se mandou alguém, se pagou, mas foi você! Você que tem culpa nisso e é bem claro.

LAÍS — Chega de inventar, garota.

LARA — E você para de negar. Me fala, por que cê quer ferrar com a Carol? Quê que cê ganha com isso? Hein?

LAÍS — Nada. E você? O que ganha inventando isso?

LARA — Eu vou perguntar pra Karen qual é o acordo de vocês nisso. Não, porque deve ter algum acordo, né.

LAÍS — Vai. Pode perguntar. Tá endoidando mesmo.

LARA — Tô. Sou bem eu que tô endoidando. Ah, Laís, sabe de uma coisa? Vocês são podres! Você, a Sílvia e até a Carol, que você armou pra ela.

SÍLVIA — Não me põe no meio disso, não.

LAÍS — Podre? Eu não.

LARA — Você ficava escondidinha, mas eu sempre desconfiei que era exatamente podre como o nosso grupo. Quer dizer, ex-grupo. Isso nem existe mais. Pra mim chega! Vou procurar a Karen agora e tirar isso a limpo!

LAÍS — Vai! Pode ir!

 

Lara sai dali. Sílvia se aproxima de Laís.

 

SÍLVIA — Sabe, Laís, eu não duvido que cê tenha armado contra a Carol. Cê sempre foi tão, sei lá, misteriosa.

LAÍS — Eu? Jamais faria isso.

SÍLVIA — Bom, a gente ganhou, pra mim isso tá bom. Com ou sem Carol, eu queria ter ganhado esse troféu barato de impressora.

LAÍS — Menos mal. Então tá tudo certo.

SÍLVIA — Bora beber depois?

LAÍS — Bora.

 

Corta para:

 

CENA 3: SALA C/ INT./ TARDE

Na sala, estão apenas Jamile, Janaina e Rita.

 

RITA — Mas eu já tinha percebido que a Karen tinha mudado um pouco. Cara, ela subir no mesmo palco que aquelas meninas e ainda dançar com elas? Sério mesmo?

JAMILE — Mudou e não foi pouco. Gostava mais dela antes.

JANAINA — Feia?

JAMILE — Eu não achava ela feia. Agora ela tá mudada. E parece que mudou a personalidade também.

RITA — E eu vou deixar de ser amiga dela se ela continuar andando com aquelas meninas. Porque ela se afastou um pouco da gente.

JAMILE — Isso é verdade.

 

Lara entra na sala.

 

RITA — Quê que cê tá fazendo aqui?

JANAINA — Quero saber de confusão não, viu.

JAMILE — Nem eu. Só quero ir pra casa deitar.

LARA — Não vim fazer confusão. Só queria dizer que eu sei de coisas sobre a Karen e Laís.

RITA — Claro que tinha alguma coisa entre ela e vocês, né, cês dançaram juntas. Mas só a Laís que tá nisso?

LARA — Sim. A Laís armou pra Carol, pra ela não dançar, mas sim a Karen.

RITA — Claro, né. Ela tava lá no palco. Substituiu a cobra. E você, não tá nisso?

LARA — Claro que não! Eu já tava começando a ficar incomodada com as atitudes da Carol e Sílvia, mas eu sei que não precisava ser feito o que foi feito hoje. Porque, lá no vestiário, alguém rasgou as roupas da Carol. Por isso ela não subiu ao palco.

RITA — Tá explicado. Então a Laís fez isso, né?

LARA — A Laís tava nos bastidores. A Karen chegou no palco depois, bem atrasada.

JAMILE — Foi mesmo. Até pensei que ela tava cagando.

JANAINA — Ah, não! Mas então é injusto. A gente que tinha que ter ganhado.

RITA — Não importa quem ganhou ou quem deixou de ganhar. A Karen tá virando uma dessas aí desse grupo tóxico.

LARA — Que eu não faço mais parte a partir de hoje. Não tem como mais suportar isso tudo.

JANAINA — Mas se a Karen fez isso tudo, então... ela merece um outro prêmio.

JAMILE — Como é que é? Cê tá aprovando essa sujeira, sua louca?

JANAINA — Sim. Tô mesmo! Aquela cadela merecia isso.

RITA — Merecia um sacode mesmo, mas assim não. Imagina o que a Karen é capaz de fazer se juntando com essas bostas dessas meninas?

LARA — Vocês não imaginam o que eu escutei delas esse tempo todo. Não vou mais ficar com elas.

JAMILE — Tá certa! É isso aí, garota!

RITA — E nem com a gente. Cê não fez nada pra parar essas vadias.

LARA — Eu sei. Eu reconheço. Mas já é tarde. Eu vou indo.

 

Lara sai dali.

 

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CENA 4: CORREDOR/ INT./ TARDE

Karen amarra seus cabelos e sorri.

 

KAREN — (para si mesma) Um puxão de cabelo e a vaca foi expulsa. (sorri)

 

Karen vira no corredor e acaba esbarrando em Maria e Sara.

 

MARIA — Desculpa.

SARA — Machucou?

KAREN — Não.

SARA — É que a gente não viu.

KAREN — Se não viu, é porque tem que olhar por onde anda.

SARA — Ué? Por que tá falando assim? Você também esbarrou na gente.

KAREN — Cês são cegas, por acaso?

MARIA — Karen, é que...//

KAREN — Ah, quer saber? Tenho mais coisa pra fazer. Tchau!

SARA — (nervosa) Tchau!

 

Karen sai dali.

 

SARA — Por que ela tá tão otária?

MARIA — Deve tar nervosa com alguma coisa.

SARA — Nervosa tinha que tar eu ou você, já que o Chris e o Caio deixou a gente.

 

Karen entra numa sala ali perto e fica escutando. Maria e Sara continuam paradas, sozinhas, ali no corredor.

 

MARIA — Mas o Chris não me largou. Ele falou que a gente não podia ficar juntos.

SARA — Mas o Caio me largou. Tudo bem que a gente não era isso tudo, mas ele largou. Talvez ele já tenha até outra.

MARIA — Acho que cê já tá imaginando coisas. Ele só fica em casa, né?

SARA — É. Isso é verdade.

 

Karen se diverte sozinha ali escondida, ouvindo a fofoca.

 

MARIA — Chega. Vamos comemorar que a gente pelo menos participou da competição.

SARA — Comemorar a derrota?

MARIA — Comemorar a participação. Não teve derrota.

SARA — Muito otimista. Vamos?

 

Maria e Sara saem dali. Karen sai de onde estava e sorri de um jeito maligno. Laís passa por ali e Karen a puxa pelo braço.

 

LAÍS — Que isso, sua louca?

KAREN — Quero te contar uma coisa que ouvi agora.

LAÍS — Eu não quero ouvir nada agora, não. A Lara tá em cima porque a gente fez aquilo com a Carol.

KAREN — Tá, mas cê vai gostar de saber.

LAÍS — Tá, então fala.

KAREN — Caio e Chris largaram Sara e Maria.

LAÍS — E eu com isso?

KAREN — Acho que elas foram chifradas.

LAÍS — Bota pra fora. Conta pra geral. Eu tô indo já. Não quero que respingue em mim essa história sua e da Carol.

KAREN — Tá. Até depois?

LAÍS — Até.

 

Laís sai dali. Maria chega logo em seguida.

 

MARIA — Karen, eu não sei o que tá acontecendo, mas eu não gostei do jeito que cê tratou a Sara e eu.

KAREN — Quero saber não.

 

Várias pessoas aparecem ali. Rita, Jamile e Janaina chegam ali rindo muito, mas logo param ao ver que há algo acontecendo.

 

RITA — Gente? Quê que tá rolando aqui?

KAREN — É essa louca aí querendo biscoito.

MARIA — Eu não quero nenhum biscoito, não. Eu quero que você se desculpe comigo e com a Sara.

SARA — Pede desculpa logo, menina. Para de fazer a louca!

KAREN — Pedir desculpas pelo esbarrão? Ou por seus namorados botarem chifre em vocês? Porque eu não posso me desculpar por tudo.

JAMILE — Gente? Que babado é esse!?

MARIA — Eu não sei do que você tá falando.

KAREN — Ué? O Caio e o Chris largaram cês duas. Tô errada? Cês não foram abandonadas? Largadas que nem duas cadelas?

SARA — Isso não aconteceu.

KAREN — Cê vai mesmo negar que cês foram largadas, Sara?

JANAINA — Ô, Karen, cê tá louca, minha filha? Para com esse show. A gente não tá mais no auditório.

KAREN — Não é show. É fato. Sara, você foi largada e Maria, você também foi largada. Ponto.

RITA — Cala essa boca, Karen. Cê não tem nada a ver com a vida dos outros.

SARA — Quer saber? Pode falar. Fala mesmo! Espalha mesmo que eu fui largada. Mas sabe do que mais? Caio e eu estamos muito bem. A gente é amigo e a gente se ama como dois irmãos.

KAREN — Ah, tá bom! Sei.

SARA — Não tenho motivo pra mentir.

KAREN — E você, Maria? Também é amiguinha, irmãzinha do Chris?

 

Maria abaixa a cabeça e sai dali. Todos ficam olhando. Rita, Jamile e Janaina olham com cara feia para Karen e, em seguida, saem dali também. Sara se aproxima de Karen. Karen sacode seus cabelos e sai dali.

 

Corta para:

 

CENA 5: SALA C/ INT./ TARDE

Rita, Jamile e Janaina estão em pé, frente a frente.

 

RITA — Olha, deu, cara. Já era! Não vou andar mais com ela.

JANAINA — Pois é. Eu não quero ficar com uma pessoa assim.

JAMILE — É mesmo. Dá mais não, viu, doida. Pra mim, hoje, a Karen morreu.

 

Corta para:

 

CENA 6: SALA DE LÍDERES/ INT./ TARDE

Caio e Chris estão sentados, lado a lado.

 

CHRIS — Melhor a gente não ficar tão próximos. Vai que alguém entra aí com tudo e vê a gente?

CAIO — Ih! Cê que tá com medo agora, né?

CHRIS — Medo sua...//

 

Danilo entra rapidamente na sala.

 

CHRIS — Quê que isso? Que foi?

DANILO — (fechando a porta e entrando) Cês tão de boa aqui, mas o que tá circulando...

CHRIS — Fala logo!

DANILO — Eu sei que os pombinhos tão conversando, mas tenho que contar.

CAIO — Respira e conta.

DANILO — Certo. (respira fundo) Aquela menina bonitona, a Karen, sabe?

CHRIS — Quê que tem?

DANILO — Ela falou pra geral que cês largaram as meninas.

CAIO — Mas como ela sabia?

DANILO — Não sei. O pessoal tá falando por aí.

CHRIS — E agora?

CAIO — Agora a gente conta que a gente é amigo e acabou com esse assunto.

DANILO — Eu vou lá ver se descubro mais alguma coisa.

CHRIS — Vai lá.

 

Danilo sai dali. Caio fecha a porta. Ele se aproxima de Chris.

 

CAIO — Fica tranquilo. Logo, logo esquecem disso.

CHRIS — Essa doida não tinha que ficar falando isso, não.

CAIO — Calma, Chris. Talvez seja melhor pra gente.

CHRIS — Por quê?

CAIO — Cê sabe o porquê.

 

Karen passa por ali e vê pelo vidro Chris e Caio. Ela fica olhando. Caio beija Chris. Karen fica perplexa.

 

FIM DO CAPÍTULO


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