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A Razão de Amar - Capítulo 35 (Reprise)

  

Capítulo 35

A RAZÃO DE AMAR 


Novela de João Marinho

Escrita por: 

João Marinho


Personagens deste capítulo

Otávio Duarte             

Atendente                

Celso Correia                                       

Lola

Jorge Correia.                                         

Madalena Correia.                                                     

Marta Correia                              

Olímpio Vasconcelos.               

Radialista.                                   

Letícia Fernandes

Cecília Valadares

José Jacinto – Carcará

Débora Valadares


CENA 01/ HOTEL CASSINO// INT./ NOITE 

Continuação imediata do capítulo anterior. A cena começa no QUARTO 16. O corpo cai lentamente, até se chocar no chão da calçada do hotel. Com o impacto, os olhos se abrem e corpo é envolvido em uma poça de sangue. 

A câmera sai do campo de visão do campo de visão do assassino. Ele sai pela a área de serviço, onde a cena continua. Ele desce as escadas. 

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CENA 02/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 16/ INT./ NOITE 

Carcará entra no quarto com um bilhete. 

CARCARÁ – “Estou à espera de você para a nossa primeira noite romântica”

Ele entra, mas não encontra ninguém. 

CARCARÁ – Cecília! Cecília!

Não vendo ninguém, ele vai até a varanda. Encontra um pedaço de tecido no chão. Ele pega ele em sua mão. Ele caminha um pouco até a varada, de onde vê uma muita movimentação e muita aglomeração e um carro da polícia. Alguns policias entram no hotel.

CARCARÁ – O que está acontecendo? 

Ele fica desesperado ao perceber que no meio da aglomeração há um corpo caído na calçada. Ele fica desesperado ao perceber que pode se tratar de Cecília. Vai correndo até a porta. Abre e se depara com três policiais. 

POLICIAL 1 – O que você faz aqui? 

CARCARÁ (Gaguejando) – É....

POLICIAL 2 (Interrompe/Observando o pedaço de tecido na mão de Carcará) – Nem precisa falar nada. Já estou vendo um pedaço da roupa da moça que está lá em baixo. (Pega o pedaço de tecido).

POLICIAL 1 (P/Carcará) – Você está preso pela morte de Olga Duarte Valadares!

Carcará fica surpreso, mas nega com a cabeça. 

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CENA 03/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE 

Vilma caminha de um lado para outro na sala. Ele olha para o marido. 

VILMA – Horácio, eu estou com uma sensação estranha. Alguma coisa está acontecendo e nós não estamos sabendo. 

HORÁCIO – Não é nada. 

VILMA – Onde será que está Olga?

HORÁCIO – Deve estar na fazenda!

VILMA – Mas Eduardo está viajando. 

HORÁCIO – Ela saiu, mas não disse onde iria!

Neste instante, Otávio entra em casa. Vilma fica mais tranquila. 

VILMA (P/Otávio) – Ah, meu filho! Estava muito preocupada. Cadê a sua irmã?

OTÁVIO – Ela me disse que ia na fazenda. 

VILMA – Fico mais tranquila!

Otávio sobe para o quarto, enquanto Vilma continua a andar pela sala à espera da filha. Uma hora se passa e Olga não aparece em casa. Vilma liga para a fazenda e que atende é branca. 

VILMA – Alô?

BRANCA (off) – Alô?

VILMA – Branca, a Olga está aí? Eu estou muito preocupada com ela. 

BRANCA (off) – Não, aqui ela não está. Ela veio pela manhã!

Vilma desliga o telefone muito preocupada. Com os olhos cheio de lágrimas, ela fala para o marido. 

VILMA – A Olga não está na fazenda. 

Neste instante, Otávio desce as escadas.

HORÁCIO (P/Otávio) – Meu filho, vá atrás de sua irmã. Ela não está na fazenda! Eu vou com você

Otávio e Horácio saem.

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CENA 04/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RUAS DA CIDADE/ EXT./ NOITE 

Otávio, no carro, dirige pelas ruas da cidade. Ele passa pela igreja e não encontra a irmã, passa pela praça e não encontra ela, passa pela rua do hospital e não encontra ela. Então, ele decide passar pela a rua do hotel. Ele vê que um grupo de pessoas se aglomeram na calçada do hotel, muitos jornalistas. Ele estaciona do outro lado da rua. Em seguida, ele e pai descem e vão ao encontro daquelas pessoas aglomeradas. Eles veem o corpo de uma moça na calçada. Horácio reconhece que se trata de Olga. Ele se ajoelha no chão e coloca a filha em seu colo. 

HORÁCIO (Chorando) – O que fizeram com você, minha filha? (Grita). Filha, volta! Isso não pode está acontecendo. Isso só pode ser um pesadelo. 

Otávio não segura a emoção. Horácio continua a grita e chorar pela filha morta. Um policial se aproxima deles.

POLICIAL 3 (P/Otávio e Horácio) – Precisamos levar um corpo para fazer a perícia. 

Horácio resiste um pouco, mas em seguida deixa os policiais levarem o corpo. Ele e o filho se abraçam chorando. 

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CENA 05/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE

Cecília vem da cozinha, enquanto a mãe está do lado do telefone. Ela estranha que a matriarca da família está daquele jeito. 

CECÍLIA – O que foi, mãe?

BRANCA – Vilma ligou para mim preocupada com Olga.

CECÍLIA – Eu vi ela de manhã e depois não vi mais. 

BRANCA – Para onde será que essa menina foi?

CECÍLIA – Eu vou ver se consigo falar com ela. 

Cecília volta para o quarto. 

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CENA 06/ DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO/ INT./ NOIE

Carcará entra algemado e acompanhado de dois policiais. O delegado Guilherme fica surpreso com Carcará de novo na delegacia. 

GUILHERME (P/Jacinto) – O que foi desta vez?

POLICIAL 1 – Esse rapaz matou Olga Duarte Valadares.

GUILHERME (P/Jacinto) – Acho que você não tem saída. Não tem mais coronel para te salva. 

CARCARÁ (P/Guilherme) – Não fui eu. Nem sabia que ela estava ali. Eu fui por recebi um bilhete da minha namorada. 

GUILHERME (P/Carcará / Irônico) – Você é muito inocente! Eu me emociono com a sua inocência. 

POLICIA 2 (P/Guilherme) – Nós chegamos no quarto e ele estava já pronto para fugir. Encontramos com ele esse tecido da roupa da Olga. 

O delegado pega o tecido. 

GUILHERME (P/Carcará) – É.... rapaz, agora vai ser difícil você escapar da prisão e vai ser condenado por isso. 

CARCARÁ (P/Guilherme) – Que justiça é essa que condena um inocente?

GUILHERME (P/Carcará / Irônico) – Todo mundo que vem para cá é inocente! Todo mundo! (P/Policial 1). Leva esse rapaz, que eu estou sem paciência!

Os policiais levam Carcará para a cela. 

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CENA 07/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RUAS DA CIDADE/ EXT./ NOITE 

Otávio e Horácio entram no carro muito abalados. O patriarca da família Duarte ainda não consegue acreditar na morte da filha. 

HORÁCIO (Emocionado) – Não sei se eu vou conseguir suportar a morte mais um filho. Primeiro foi o Pedro e agora a Olga. Todos dois de uma forma muito trágica. Faça de tudo para que a sua mãe não fique sabendo, Otávio. 

OTÁVIO – Depois de irmos à delegacia, eu vou para casa e vou evitar o máximo que ela escute o rádio, leia os jornais. Eu vou esperar um pouco para que dizer a ela o que aconteceu. Eu vou descobrir quem fez isso com a minha irmã. 

Alguns minutos depois, eles chegam na delegacia. A cena continua na DELEGACIA. Eles entram. O delegado está muito sério. 

GUILHERME (P/Otávio e Horácio) – Meus pêsames! Eu já sei quem fez isso com Olga. 

Neste instante, o policial aparece com Carcará. Horácio e Otávio se viram para Carcará, que está muito abalado. 

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CENA 08/ DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO/ INT./ NOITE

Continuação da última cena do capítulo anterior. Horácio não consegue acreditar no que vê. 

HORÁCIO (P/Carcará) – A minha filha te ajudou, te defendeu e você agradece desce dessa forma? O que você tem aí dentro? Veneno? Coração é que não é. (Avança para cima de Carcará). Assassino! Assassino! Coração de gelo!

Os policiais tentam apartar a brigar. Carcará não consegue esboçar nenhuma reação. Diz somente uma frase. 

CARCARÁ (P/Horácio e Otávio) – Eu sou inocente. Vocês precisam acreditar em mim!

OTÁVIO (P/Carcará / Gritando) – Eu já estou de saco cheio dessas suas mentiras. Assuma o que você fez, seu filho da puta! Mente podre!

GUILHERME (P/Policial 1) – Leve o réu para a cela. 

O policial leva Carcará para cela, enquanto o delegado continua conversando com Horácio e Otávio. Após alguns minutos, Horácio e Otávio saem muito abalados. 

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CENA 09/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RUAS DA CIDADE/ INT./ MANHà

Tocar a música “Bachianas nº 4”, de Heitor Villa-Lobos. 

Pessoas passeando nas ruas da cidade. A rua em que fica o Hotel Cassino está muito movimentada. As pessoas só falam da morte de Olga. A praça está cheia de pessoas sentadas e comentando o fato.

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CENA 10/ MANSAÕ DA FAMÍLIA DUARTE/ SALA DE ESTAR/ INT./ MANHà

Horácio e Otávio estão lendo o jornal. Neste instante, Vilma desce. 

VILMA – Eu acabei adormecendo. Nem vi vocês chegarem. 

Ela percebe que eles estão muito abalados. 

VILMA (P/Horácio e Otávio) – O que foi que aconteceu com Olga? Cadê ela? Vocês a encontraram? 

OTÁVIO – Você precisa ser muito forte, mãe!

Otávio se levanta e tenta consolar a mãe. 

VILMA (P/Otávio) – Fala logo! O que foi que aconteceu? 

OTÁVIO (P/Vilma) – A Olga sofreu um acidente!

Vilma começa a chorar. 

OTÁVIO (P/Vilma / Com a voz embargada) – Ela não resistiu aos ferimentos!

VILMA (Grita / Chorando) – Não, minha filha não! 

Otávio, Horácio e Vilma se abraçam, emocionados. 


CENA 11/ CEMITÉRIO/ INT./ NOITE 

Letreiro mostra: 3 dias depois. 

Horácio e Otávio, emocionados, carregam o caixão. Cecília, Débora, Álvaro, Eduardo, Afonso, Branca e Vilma estão muito emocionados acompanham o cortejo.

CECÍLIA – Adeus, minha amiga! Que Deus te coloque em um bom lugar. 

Focar na expressão de tristeza de Cecília. 

Congelamento preto e branco, emoldurado como um retrato. 

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Encerramento normal

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