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Teen Workout -A Menina Na Porta (Capitulo 06)

 


A MENINA NA PORTA

webnovela criada e escrita por Jonny Nascimento

Capítulo 06

Uma chuva, acompanhada de um tempo acinzentado escurece as ruas de uma cidadezinha pequena de interior. Gabriele está na porta de Vera, esperando que a senhora e seu marido a ajudem.

GABRIELE (desesperada) - Me deixem entrar, por favor, eu imploro!

VERA (comovida/assustada) - Mas é claro! Patrício, traga ela pra dentro!

PATRÍCIO - Venha, menina.

Ele a deixa passar, e fecha o portão, entrando em casa em seguida.

CENA 2 || Dentro de casa, Vera e Patrício cuidam da menina.

VERA - Aqui está, menina, uma toalha pra você se secar. Já trago um cobertor pra você não ficar resfriada.

GABRIELE - Obrigada, senhora.

PATRÍCIO - E onde estão seus pais?

GABRIELE - Eu não tenho pais.

PATRÍCIO (espantado) - Como assim "não tem pais"?

VERA - Ela é órfã, meu bem.

PATRÍCIO - Ahh, tadinha.

Gabriele desvia o olhar, para que não transpareça sua mentira.

VERA - Qual é o seu nome?

GABRIELE - Eu me chamo Gabriele.

PATRÍCIO - Bonito nome.

GABRIELE - Obrigado, foi minha mãe que escolheu.

PATRÍCIO - Mas você não disse que não tem pais?

GABRIELE - Ééé…

Vera e Patrício encaram Gabriele.

CENA 3 || Casa de Carol e Val. Val está sozinha na sala, enquanto Carol está trancada no quarto. Ela fala ao telefone.

VAL (em ligação) - A pirralha fugiu! Isso mesmo, meteu o pé daqui e eu tive que inventar a maior lorota pra mãe dela acreditar. (pausa) SIM, mas eu vou encontrar essa peste nem que seja no inferno!

Enquanto isso, no quarto, Carol olha o álbum de fotos de sua filha. A mulher desaba em lágrimas ao ver fotos da pequena.

CAROL (chorando) - Meu amor… quando você vai voltar pra mim?

Carol fecha o álbum, pega o celular e liga para a polícia.

CAROL - Alô, eu gostaria de fazer um pedido de socorro. Minha filha está desaparecida, me ajudem por favor.

CENA 4 || Vera e Patrício conversam com Gabriele. Vera se senta ao lado de Gabriele.

VERA - Na gente, você pode confiar.

GABRIELE - Está bem, eu menti. Eu tenho uma mãe…

PATRÍCIO - EU SABIA!

GABRIELE - Mas ela não pode me achar.

PATRÍCIO - E por quê não?

GABRIELE - Porque ela e a minha madrasta me fazem mal. Minha madrasta quer me matar, e minha mãe não faz nada pra me defender.

VERA - Te matar? Que horror.

GABRIELE - A minha madrasta sempre me maltratou, e piorou quando eu escutei ela falando que iria me matar.

VERA - Calma, e qual a relação da sua mãe com a sua madrasta? São amigas?

GABRIELE - Não não, elas estão juntas mesmo. Meu pai é que foi substituído!

VERA - Casal moderno.

GABRIELE - Mas parece medieval, porque minha história parece a da Branca de Neve. Por favor me escondam aqui e não deixem elas me encontrarem.

VERA - O que a gente faz, Patrício?

PATRÍCIO - Ué, vamos ligar pra alguém que possa nos ajudar.

VERA - JÁ SEI!

Vera se levanta e vai em direção ao telefone, começando a discar.

CENA 5 || Um telefone fixo começa a tocar, e podemos ver uma mão atender. Nesse momento, a câmera sobe e conseguimos ver que se trata de Dona Célia.

CÉLIA - Alô.

VERA - Oi, Celinha?

CÉLIA - Sou eu mesma, quem tá falando?

VERA - A Vera, mulher.

CÉLIA - Ah, é que eu não estava reconhecendo sua voz. Aconteceu alguma coisa?

VERA - Então…

CENA 6 || Num corte rápido de cenas, podemos ver Célia, após terminar a conversa com Vera, falando ao telefone com sua filha, Camila.

CÉLIA (tom de fofoca) - UMA MENINA!

CAMILA (curiosa) - Nossa, que estranho… uma menina no meio da chuva…

CÉLIA - E pelo que a Vera me disse, a madrasta dela tentou matar ela e por isso ela fugiu.

CAMILA - Mas como veio de tão longe pra cá?

CÉLIA - Aí eu já não sei, mas vai lá na casa dela e ajuda ela, por favor.

CAMILA - Pode deixar que eu vou lá agora mesmo.

Camila começa a recolher suas coisas.

CÉLIA - Obrigado. Beijos, filha.

CAMILA - Beijos.

Camila desliga o telefone, e nesse momento, é possível saber que havia outra pessoa na sala, conversando com a delegada Camila até que o telefonema interrompesse.

LÍVIA - Aconteceu alguma coisa?

CAMILA - Minha mãe, ligou pra falar que tem uma criança na casa da Vera que sofreu tentativa de homicídio.

LÍVIA - Que horror… bom, depois a gente termina de conversar sobre o meu caso.

CAMILA - Sim, sim, mas por hora é isso que eu te falei. Se continuarem importunando sua filha, você pode denunciar os pais porque a Eduarda não é maior de idade.

LÍVIA - Ah bom, só isso já ajuda bastante. Obrigada!

CAMILA - Nada, mais tarde a gente conversa se quiser.

LÍVIA - Ok.

Camila sai às pressas da delegacia.

CENA 7 || Na casa de Vera, vemos todos sentados e agoniados. A campainha toca. Nesse momento, a chuva já passou, e está de noite.

VERA - Deve ser ela.

Vera se levanta e vai até o portão.

VERA - Boa noite, dona Camila.

CAMILA - Boa noite. Quanto tempo dona Vera, tudo bom?

VERA - Mais ou menos. Entre, minha flor, se apesse.

CAMILA - Com licença.

Camila entra na casa de Vera.

CAMILA - Então essa é a menina?

GABRIELE (Assustada) - O que vão fazer comigo?

Vera, Patrício e Camila encaram Gabriele.

CONTINUA…

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