CAPÍTULO 05
"Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização"
-Martin Luther King
16:00 - Confronto
Leandro parou para pensar no que devia fazer. Em sua frente estava um homem que a qualquer
momento poderia atacá-lo. Ele devia ser mais rápido, ou tentar acalmar a situação.
Infelizmente, ele não conseguiu pensar em uma resposta...
Luke: Agora, se me der licença... Eu tenho mais o que fazer. E por favor, não me siga.
Luke se virou de costas para Leandro, e se preparava para deixar o local.
Leandro: Espere!!
Luke levantou a cabeça aparentando estar irritado e se virou de volta para Leandro.
Leandro: Aquela explosão que aconteceu algum tempo atrás... Foi você?!
Luke se lembrou.
Luke: Sim, fui eu mesmo.
Leandro se assustou.
Leandro: Então foi você... Desculpe, mas não posso deixar que você continue com isso.
Explosivos tão poderosos assim são perigosos e você está usando-os aparentemente sem
autorização.
Luke riu.
Leandro: O que foi?!
Luke: Poderosos? Desculpe, mas... Esses explosivos não são o que você está pensando.
Leandro ficou confuso.
Leandro: Como assim...? Nós percebemos uma enorme explosão algum tempo atrás, e parte
de um túnel desabou!!
Luke esfregou o rosto.
Luke: Não é o explosivo que é poderoso... É essa caverna que está por um fio.
Leandro se espantou novamente.
Leandro: O... O que quer dizer?!
Luke: O quão lento você é? A explosão não foi tão poderosa assim. A verdade é que essa
caverna é praticamente uma bomba-relógio. A qualquer momento o teto pode cair sob sua
cabeça!
Leandro olhou para cima. Ele não podia dizer o quão longe o teto estaria de desmoronar em
cima dele, mas não havia motivos para duvidar de Luke.
Luke: Eu coloquei um explosivo fraco naquele corredor. Mas parece que foi o suficiente para
desabá-lo. No entanto, aquilo foi só um teste para meu verdadeiro projeto.
Leandro se virou rapidamente para Luke.
Leandro: E qual o seu projeto?
Luke: Explodir a delegacia da cidade.
Um frio percorreu todo o corpo de Leandro. Luke disse aquelas palavras como se seu plano
fosse a coisa mais simples do mundo.
Leandro: Você... Você está brincando?!
Luke: Não tenho motivo para isso.
Leandro rapidamente pegou sua arma e apontou para Luke.
Leandro: Agora sim... Nem mais uma palavra! Você vem comigo!
Luke baixou a cabeça.
Luke: É sempre assim... Você nem está interessado em ouvir meus motivos, não é?
Leandro: Claro que não! Um ato terrorista desses não precisa de julgamento!
Luke pensou.
Luke: "Terrorista..." Será que é isso que eu sou?
Naquele instante, sem aviso algum, Luke se jogou na direção de Leandro. A arma de Leandro
escapou de sua mão. Os dois entraram em combate corporal, trocando socos e agarrões.
Leandro: Eu não posso deixar que você faça isso!!
Luke: Cale-se! Eu sei muito bem o que estou fazendo! A cidade precisa de uma lição!
As palavras de Luke eram firmes, dando a entender que ele sabia o que estava fazendo. Mas
Leandro não conseguia entender. No fim do curto combate, Luke agarrou Leandro e o prendeu
contra a parede.
Leandro: Você é um criminoso! Um bandido! Eu não posso deixar que você escape!
Luke: Eu não sou bandido... Você é quem é... Todos vocês são!!
Leandro: Do que está falando?! Eu nunca te vi na minha vida!
Luke: Não... Você não me conhece... Mas o nome "Sérgio Ventura" te faz lembrar de alguma
coisa?!
No momento em que Luke pronunciou esse nome, Leandro entrou em choque... Ele conhecia
esse nome de algum lugar no passado... Mas de onde?
Antes que pudesse falar mais alguma coisa, Luke o arremessou no chão. Na queda, Leandro
bateu a cabeça em uma pedra.
Aos poucos, sua consciência foi se apagando...
Sumindo...
Sumindo...
Até que tudo o que restou foi escuridão.
........
.....
...
16:45 - Epílogo
Sebastian: Leandro!!
Amelia: Leandro!! Cadê você?!
Sebastian e Amelia chegaram finalmente à área aberta onde o combate entre Leandro e Luke
ocorreu.
Sebastian: Meu Deus!!
Amelia: Leandro!! O que aconteceu?!
Sebastian e Amelia rapidamente correram até Leandro.
Sebastian: Ele está desmaiado!
Amelia: Mas o que houve aqui?!
Sebastian: A julgar pelo seu estado, parece ter sido uma luta... A arma dele está longe, veja!
Sebastian apontou sua lanterna para um canto da caverna. Lá estava a arma que Luke havia
retirado de Leandro.
Amelia: Mas... Por que a pessoa que o atacou não levou sua arma?
Sebastian: Eu não sei... Rápido, vamos tirá-lo daqui.
Amelia: Sim!
Sebastian carregou Leandro em segurança para fora daquele local.
Muitas dúvidas ainda passavam em suas cabeças. O número de mistérios naquela caverna
parecia aumentar a cada hora. O que aconteceu com as crianças? Quem é Luke, e quais são
suas verdadeiras intenções? Quem mais está na caverna?
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