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Amor Astral - Capítulo 27 (Reprise)

 


Capítulo 27 (Últimas semanas)

- No capítulo anterior:

BETO: Posso saber o que a mulher mais linda do mundo está fazendo?

BEATRIZ: Você não imagina?

BETO: Não!

BEATRIZ: Estou preparando as coisas para o nosso noivado...

BETO: Que coisa boa! Mas eu acho que isso pode esperar e a gente pode dar uma namoradinha, que hoje é sábado! (Beto retira o caderno do colo de Beatriz, os dois se beijam e caem na cama em seguida).

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BETO: (Se ajoelha diante Beatriz e segura a sua mão) Beatriz Grimaldi, a mulher mais linda e admirável que eu conheci, que tem um grande coração e foi capaz de se doar para me ajudar, que eu tenho certeza que será uma mãe incrível e tem uma carreira profissional promissora. Diante todos esses momentos, eu resolvi que quero estar ao seu lado, para te amar e cuidar de você e da Alice. Você quer se casar comigo?

ORLANDO: (Assiste a cena com bastante ressentimento enquanto fala sozinho) Diz que não, diz que não!

CAROLINA: Não, ela não aceita. Esse homem não pode se casar! (Diz ao entrar na casa de Luiza).

LUIZA: E essa daí, quem é?

BEATRIZ: Exatamente, quem é você? (Questiona).

CAROLINA: Eu sou Carolina Montenegro, a esposa dele. Senhoras e senhores, esse homem aqui presente é meu marido e o nome dele não é Beto, é Carlos Eduardo Montenegro!

BETO: (Levanta e olha para Carolina sem entender nada).

(Nesse momento, Carina e Almeida entram na casa de Luiza).

DELEGADO ALMEIDA: Vejo que a senhora não seguiu as minhas ordens e resolveu antecipar o seu encontro, senhora Montenegro!

INSPETORA CARINA: (Se assusta ao reconhecer Beatriz).

DELEGADO ALMEIDA: Senhora Beatriz Grimaldi, você está presa em flagrantes pelos crimes de sequestro e cárcere privado! (Diz ao algemar Beatriz).

- Fique agora com o capítulo de hoje!

Cena  01 – Casa de Luiza [Interna/Noite]

LUIZA: O que é isso? Ficaram loucos? Vocês não podem prender a minha sobrinha, ela está grávida, praticamente prestes a dar à luz.

DELEGADO ALMEIDA: Sinto muito senhora, mas ela será detida. Vamos! (Delegado Almeida conduz Beatriz algemada).

BETO: Não, solte-a! (Beto tenta correr para impedir que Beatriz seja presa, porém Carolina se coloca em sua frente).

CAROLINA: (Acaricia o rosto do marido) Meu amor, eu senti tanto a sua falta! Eu sei que agora tudo parece confuso, mas você tem que deixar a justiça resolver isso. Essa mulher se aproveitou da sua fragilidade, sabe Deus o que pretendia fazer... Ela te afastou da gente, da sua família que te ama de verdade!

BETO: Não, não foi assim...

CAROLINA: Não pense nisso agora, meu amor. Eu vou te levar para a nossa casa e tenho certeza de que amanhã estará se sentindo bem melhor, vamos! (Carolina arrasta Beto para fora).

(Do lado de fora da casa, a Inspetora Carina aproveita uma distração de Almeida para comunicar a mãe sobre a prisão de Beatriz).

INSPETORA CARINA: Sim, mamãe... Não posso dar muitos detalhes nesse momento, mas ela foi presa em flagrante e com acusações muito sérias.

(Beatriz é colocada na parte de trás do carro de Almeida. Logo Carina senta no banco do passageiro e os dois seguem para Recife. Em seguida e completamente atordoado, Beto entra no carro de Carolina e os dois também partem para Recife).

CORUJA: Nossa, está movimentado aqui, não é? (Comenta com Tobias enquanto ambos se aproximam da casa de Luiza).

TOBIAS: (Olha para o carro de Carolina e vê a mulher de relance).

CORUJA: Eu falei com você, não está me ouvindo?

TOBIA: Estou, estou sim. Apenas tive a impressão de ter visto alguém conhecido, mas já foi, vamos entrar! (Tobias e Coruja entram na casa de Luiza).

(Dentro da casa de Luiza).

LUIZA: Isso não pode está acontecendo, meu Deus! Eu preciso ir ficar com a minha sobrinha, eu vou até lá...

VERA: Você não tem condições de dirigir nesse estado, Luiza. Vamos no meu carro, eu te levo!

TOBIAS: (Ao avistar Clarissa, Tobias se aproxima) Acho que chegamos tarde, o que aconteceu?

CLARISSA: Uma tragédia, uma verdadeira tragédia.

Cena  02 – Ruas de Correntes [Externa/Noite]
(Eulália e Laurinha voltam para casa após o quase noivado entre Beatriz e Beto).

LAURINHA: Que tragédia, não foi minha filha? Coitada daquela moça!

EULÁLIA: Também acho, mas olhando bem para a cara dela, não consigo ver uma sequestradora...

LAURINHA: Que tudo se resolva!

EULÁLIA: (Observa Severino e Israel entrarem no Cabaré) Que pouca vergonha!

LAURINHA: (Olha para a porta do cabaré e logo entende do que a filha está falando) Eu já te falei para não julgar tanto as pessoas, Eulália! Você não sabe como foi a vida dessas mulheres até chegar nesse lugar. E se você fosse uma delas? Também gostaria de ser tratada com tanta intolerância?

EULÁLIA: Mas eu não estou acreditando no que eu estou ouvindo! A senhora está me comparando com as quengas? Eu sou uma mulher direita, temente a Deus e não me dou ao desfrute. Sabe quando eu serei uma delas? No dia em que um raio cair na minha cabeça! (Eulália sai apressada e irritada com o comentário da mãe e entra em casa).

Cena  03 – Delegacia [Interna/Noite]
(Dentro de uma cela, Almeida retira as algemas de Beatriz).

DELEGADO ALMEIDA: A senhora tem direito de chamar um advogado de sua preferência ou aguardar o ministério público.

BEATRIZ: Eu sou inocente, já disse que não sequestrei o Beto!

DELEGADO ALMEIDA: Mas ele não se chama Beto, o nome dele é Carlos Eduardo Montenegro e ele é um dos mais ricos empresários de toda Recife, disso a senhora não sabia também?

BEATRIZ: Não, eu não sabia. Eu acolhi, cuidei, salvei... Não sequestrei ninguém e vou provar isso, pode anotar!

Cena  04 – Cobertura Montenegro [Interna/Noite]
(Rangel fica visivelmente pálido ao abrir a porta do apartamento).

CAROLINA: E essa é a nossa casa, tudo isso aqui te pertence... Entra! (Diz Carolina).

BETO: (Lentamente Beto entra na cobertura e dá uma boa olhada ao redor no intuito de reconhecer algo).

DORALICE: (Doralice entra na sala segurando uma bandeja com café para Alberto) Virgem santíssima, o morto! (Se assusta, derruba a bandeja e desmaia).

(Ao ouvir o barulho, Alberto surge do alto da escada).

ALBERTO: Mas o que diabo está acontecendo aqui?

CAROLINA: Olha só quem está de volta, não é ótimo?

ALBERTO: Cadu? (Choca-se).

CAROLINA: Não vai dar as boas-vindas ao seu irmão, cunhado? (Ironiza).



Cena  05 – Cobertura Montenegro [Interna/Noite]
(Rangel abana Doralice para que ela reage, enquanto Alberto continua imóvel do alto da escada).

CAROLINA: Esse é o seu irmão adotivo, Alberto.

BETO: Meu irmão? (Questiona).

ALBERTO: (Desce a escada) O que está havendo? Ele está tão estranho...

CAROLINA: Ele não se lembra de nada, ele perdeu a memória.

ALBERTO: Você não se lembra de mim? (Alberto fica frente a frente com Cadu).

BETO: Não, eu não me lembro!

CAROLINA: Bem, eu acho melhor você descansar agora, eu vou te mostrar onde fica o seu quarto!

BETO: (Olha para uma mesa que fica atrás do sofá, em seguida segura um porta-retrato com uma foto no dia em que se casou Carolina).

DORALICE: Eu vi, eu vi o fantasma do seu Cadu! (Delira ao acordar).

RANGEL: Levanta daí criatura, você não viu fantasma nenhum... O homem está vivinho da Silva.

CAROLINA: Vamos querido, agora é preciso descansar para colocar as ideias no lugar, amanhã será um novo dia! (Chama já na metade da escada).

BETO: Boa noite a todos! (Beto acompanha Carolina).

Cena  06 – Delegacia [Interna/Noite]
Música da Cena: A Gente Samba – Gabriel Nandes
(Luiza e Vera chegam na Delegacia e imediatamente se dirigem até a recepção).

LUIZA: Boa noite, eu vim ver a minha sobrinha... Ela foi trazida para cá, eu preciso vê-la, onde ela está? (Desespera-se ao falar com a recepcionista).

VERA: Acalme-se Luiza, a Beatriz precisa do nosso apoio e seu desespero vai deixá-la ainda pior... Boa noite rapaz, nós estamos aqui para visitar...

LUCIANA: (Acompanhada de um advogado, interrompe Vera antes que ela conclua) Estamos aqui para ver Beatriz Grimaldi Novaes, somos a família dela e esse daqui é o advogado dela!

LUIZA: Humberto? É você seu desgraçado, infeliz... (Luiza desmaia ao olhar para o homem que estava acompanhando Luiza).

Cena  07 – Cabaré de Dona Cissa [Interna/Noite]
Música da Cena: Amor de Que – Pabllo Vittar
(Severino e Israel bebem sentados numa mesa do Cabaré).

SEVERINO: (Nota que Israel está inquieto) Porque você não levanta e vai procurar por ela?

ISRAEL: Do que está falando?

SEVERINO: Desde que chegamos você não se aquietou, está procurando a Serena, não é? Vai atrás dela...

ISRAEL: É uma boa, eu vou mesmo! (Israel levanta e vai procurar por Serena no salão).

SEVERINO: (Bebe um gole de cerveja enquanto assiste o show).

IARA: (Se aproxima) Um homem como você sozinho aqui é até pecado, posso? (Refere-se sobre sentar).

SEVERINO: Claro, fique à vontade! (Estende a mão para que Iara sente na cadeira onde Israel estava).

IARA: Me paga uma bebida?

SEVERINO: Claro, o que você bebe?

IARA: Um martini!

SEVERINO: (Acena com a mão para o garçom).

Cena  08 – Cobertura Montenegro [Interna/Noite]
(Carolina mostra o quarto do casal para Beto).

CAROLINA: (Abre a porta do quarto) E esse é o nosso quarto!

BETO: (Entra no quarto) É bem bonito, mas se você não se incomoda... Eu prefiro dormir em outro lugar, isso tudo é muito novo para mim, não me sinto confortável...

CAROLINA: Claro meu amor, eu entendo você perfeitamente e vou respeitar o seu tempo. Temos um quarto de hóspedes no fim do corredor, você pode se acomodar pelo tempo que quiser!

BETO: Eu prefiro!

(No quarto de hóspedes).

CAROLINA: É do seu agrado? Se quiser...

BETO: Está ótimo, não sou de muito luxo... Preciso ficar um pouco sozinho!

CAROLINA: Claro, eu vou te deixar sozinho... Qualquer coisa é só chamar! (Carolina sai do quarto e sem que Beto perceba, cautelosamente ela tranca a porta do lado de fora). É pro caso de você querer fugir, baby! (Fala consigo mesma em pensamento).

Cena 09 – Delegacia [Interna/Noite]
(Luiza volta a si aos poucos conforme Vera a abana com as mãos).

LUIZA: O que aconteceu?

VERA: Você desmaiou!

LUCIANA: Sente-se melhor?

LUIZA: Não bastava voltar, ainda trouxe esse miserável com você?

LUCIANA: Você está equivocada, as coisas não são o que parecem!

OTTO: Permita-me... Pelo o que vejo, você está me confundindo com o meu irmão. Eu me chamo Otto, sou o irmão mais novo do Humberto, não lembra de mim?

LUIZA: Irmão? Vocês são praticamente idênticos...

LUCIANA: O Otto é um brilhante advogado criminalista e eu sei que nesse momento a Beatriz está precisando de um, ele vai cuidar do caso.

OTTO: Exatamente e se vocês me permitem, vou começar a tramitação!

LUIZA: (Fica pensativa após reencontrar o irmão de seu ex-noivo).

 Cena 10 – Cobertura Montenegro [Interna/Noite]
(Carolina entra no seu quarto, mas antes de fechar a porta é empurrada bruscamente de modo que cai no chão).

CAROLINA: (Do chão) Mas o que é isso? Ficou maluco?

ALBERTO: (Levanta Carolina pelo pescoço) Você pode me explicar o que está acontecendo aqui, sua cadela desgraçada?

CAROLINA: Será que você pensa que só você é esperto aqui, eu disse que você iria me pagar, não disse?

ALBERTO: (Dá um tapa na cara de Carolina que cai na cama) Você está cavando a nossa cova sua idiota e tudo por ser uma vadiazinha... O Cadu pode estar desmemoriado agora, mas amnésia não é pra sempre, sabia?

CAROLINA: Eu venho calculando cada passo há muito tempo, meu cunhadinho... Eu vou usar o seu irmão enquanto me for conveniente e essa amnésia dele pode me ser útil, lembre-se que para todos os efeitos quem tentou matá-lo naquela noite, não se lembra?

ALBERTO: Não brinque comigo sua vadia, não se esqueça que eu tenho provas de que você matou a cafetina e não demora para você estar apodrecendo num presídio sem regalias.

CAROLINA: Faça isso e verá que antes da polícia pisar nessa cobertura, eu já tenho desaparecido com toda a fortuna que você almeja...

ALBERTO: O que você está tramando?

(De repente, Alberto e Carolina começam a ouvir Beto batendo na porta ao perceber que está trancado).

ALBERTO: Você trancou ele? Você só pode está ficando louca...

CAROLINA: Eu não tranquei ninguém, os empregados que esqueceram que ele estava lá e trancaram... (Ironiza). Se você ficar quietinho e se comportar, pode levar uma boa parte dessa grana.

ALBERTO: E agora, o que está inventando?

Música da cena: Garganta – Antônio Villeroy

CAROLINA: (Empurra Alberto em sua cama) Senta aí, eu vou te contar... Mas antes, vamos brincar um pouco!

Cena 11 – Delegacia [Interna/Manhã]
(A lua se vai e logo o sol nasce anunciando que um novo dia acabara de chegar. Beatriz passara a noite em claro na cela desconfortável da delegacia).

BEATRIZ: (Levanta-se ao ver Carina destrancar a grade) O que você está fazendo aqui?

INSPETORA CARINA: Seu advogado conseguiu um habeas corpus, você está liberada... Pode sair!

BEATRIZ: Eu estou livre? (Questiona incrédula).

A câmera foca em Beatriz emocionada, a cena congela e o capítulo encerra com o a tela azul da cor do céu.



Trilha Sonora Oficial, clique aqui.

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