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BUDAPESTE - CAPÍTULO 02

 



Budapeste - Capítulo 2

Budapeste – Hungria

Cena 01 – Mansão Angyal – Int. – Escritório – DIA

Emese está em sua mesa fazendo buscas de “Clínicas Psiquiátricas na Hungria” no Google, neste momento alguém bate na porta e ela autoriza a entrada.

Lorenzo: Pediu para me chamar, patroa?

Emese (fazendo gesto pra ele sentar na cadeira): Sim, eu preciso de um favor seu enorme.

Lorenzo: Pode falar, eu faço qualquer coisa.

Emese: Lorenzo, provavelmente você já deve estar sabendo que a Tia Ilona foi internada em uma clínica psiquiátrica pelo Konrad, mas eu não faço a menor ideia em qual ela esteja. Preciso que você descubra, eu sei que você tem seus contatos e seus meios, então preciso que faça isso por mim.

Lorenzo: Não precisa pedir nem duas vezes. Até o final do dia a informação estará na sua mesa.

Emese: Ótimo! Eu não posso deixar que minha tia fique mais tempo seja lá onde ela estiver.

Lorenzo: Você quer que eu faça alguma coisa com o Konrad?

Emese: Por enquanto não. Conhecendo o Konrad, ele deve ser mais perigoso do que aparenta, então, melhor a gente dar passos curtos agora. Pode ir.

Lorenzo assente e sai da sala, enquanto Emese vira sua cadeira para a janela que dá para uma linda visão do seu jardim e fica pensativa.

Cena 02 – Mercado Público – Int.  – DIA


Há uma intensa movimentação no Mercado Público, as pessoas olham os produtos, principalmente temperos para comidas. Frank e Otávio estão com bolsas em suas mãos, eles entram em uma loja de temperos e compram Páprica. Logo após, eles vão para a praça de alimentação.

Otávio: O que você acha de uma social lá em casa? Eu chamo a galera! Não vou aceitar um “não” como resposta.

Frank: Não sei se estou muito no clima de festa, mas eu quero ir, pelo menos vai ser muito bom para distrair a mente.

Otávio (Eufórico): Isso! É esse o espírito que eu quero ver

Frank (Dá um sorriso amarelo): Tentarei ir.

Otávio: Ótimo! Agora preciso comprar algumas coisas, porque acho que estou sem bebida lá em casa.

Frank dá um sorriso e pega seu telefone do bolso. Em uma das notificações, aparece uma mensagem de Victória.

“Oi, mano! Estou voltando para Budapeste com Cedric amanhã, quero te ver! Não conta pro pai e tampouco pra mãe”

Frank muda sua expressão para séria e dá um soco na mesa, criando um barulho no local e assustando todos ao redor.

Otávio: O que aconteceu?

Frank: A Vic vai vir para Budapeste e quer me ver

Otávio (confuso): E qual o problema nisso?

Frank: O Cedric vem com ela! Aquele palhaço! Esse relacionamento é ridículo. 

Otávio: Mas você não tem que aprovar nada, se a sua irmã quer ver você, é porque ela te ama. Você está criando um caso desnecessário em cima da história.

Frank parece se sentir ofendido e levanta-se para ir embora, Otávio continua estático na cadeira

Otávio: Se você acha que eu vou atrás de você, está enganado.

Frank (grita): Foda-se!

Cena 03 – Batha’s Enterprise – Sala de reuniões – Int.  – DIA

Uma reunião está acontecendo, em uma mesa enorme, composta por dezesseis lugares, somente um está vazio. Konrad ao que parece está dando novas diretrizes para empresa.

Konrad: Eu quero que a gente suspenda a venda dos motores para os Emirados Árabes.

Todos na sala ficam chocados e começa uma conversa paralela.

Konrad (grita): Calem a boca! Isso são ordens minhas e eu quero que a nossa filial em Dubai seja fechada imediatamente.

Diretor Kim: Não faz o menor sentido, Konrad... Os Emirados Árabes são os nossos principais compradores e parceiros comercial. Fechar a fábrica sem motivo aparente, vai gerar um estardalhaço na imprensa. Eles vão achar...

Konrad (interrompendo): Nem eles e tampouco você tem que achar nada. Eu sou o presidente desta empresa.

Neste momento a porta da sala de reuniões abre e Emese entra e todos ficam sem entender.

Emese: Errado, meu querido primo. Você não é o presidente desta empresa. Acho que você esqueceu que eu tenho 35% das ações da Bartha’s Enterprise e que qualquer decisão precisa ser tomada pelo conselho.

Todos ficam com sorriso de orgulho por Emese.

Konrad(raiva): Acho que preciso refrescar a sua memória. Eu sou o filho de Ilona Bartha, portanto, eu sou o presidente da empresa seguindo a linha sucessória.

Emese(risos): Acredito que esteja vendo série demais que não condiz com a realidade. Por ausência da presidente direta, é necessário que tenha uma reunião com os acionistas e também o conselho para definir o presidente interino da empresa. Todos de acordo? (Emese olha para todos que dão um grito de sim)

Konrad: Não tem a menor chance de você vencer isso aqui.

Emese (debocha): Mas em nenhum momento eu falei que iria concorrer a presidência, minha indicação direta é o Diretor Kim, ele está na empresa antes mesmo de você nascer, então ele é minha nomeação.

O Diretor Kim sorri e fica com os olhos marejados

Diretor Kim: Prometo não decepcionar vocês.

Konrad: Você, Emese, vai me pagar caro. Eu vou acabar com a sua vida, vou matar você.

Emese (sussurra no ouvido de Konrad): Eu vou adorar te ver tentar. Agora prestem atenção todos (se dirige para todos da sala)... A venda da fábrica em Dubai está suspensa. A votação para presidência ocorrerá depois de amanhã. Estão liberados.

Cena 04 – Cafeteria – EXT. DIA

As pessoas estão tomando suas bebidas, há algumas mesas e cadeiras do lado de fora, pessoas conversando. O frio vai tomando conta da cidade. Aranka está tomando um frappuccino de baunilha, neste momento István chega ofegante.

István (ofegante): Desculpa o atraso! Está tendo uma reforma na avenida que dá acesso a essa rua.

Aranka: Tudo bem! Espero que você tenha me trazido novidades.

István: Trouxe sim! (István senta-se a mesa) Descobri algumas coisas que podem nos ajudar a ter uma linha investigativa, já que ontem não conseguimos encontrar nada ao redor do Galpão.

Aranka: O que você descobriu?

István: Nos últimos dois anos, alguns ataques antissemitas, racistas, homofóbicos e entre outros tiveram um aumento de 10% no país. O Zóltar não comentou que há um ano teve um assassinato em que uma pessoa foi encontrada com um papel na boca? Em Debrecen, um rapaz homossexual foi morto e no seu peito tava escrito "Gott mit uns"

Aranka: E isso significa exatamente o quê?

István: Isso significa “Deus está conosco”. Essa frase era usada na fivela dos uniformes nazistas durante a segunda guerra. Por isso, acho que há alguma coisa acontecendo e a polícia sabe, mas provavelmente tem alguém acobertando tudo isso.

Aranka: Então, nossa linha de investigação começa por Debrecen ou Eger?

István: Aí é que está! O Ocorrido em Debrecen aconteceu há 7 meses e um rapaz árabe em Miskólc conseguiu fugir de um atentado, há três meses. No depoimento para polícia ele alegava que as pessoas que corriam atrás dele gritavam “Minha honra é a minha lealdade”

Aranka: Um bando de babaca. (Se aproxima de István) Vamos escancarar o rosto de cada filho da puta desses!

István sorri e estende a mão para Aranka que retribui em um aperto de mão.

Cena 04 – Ruas de Budapeste - Tarde


Há um movimento intenso nas avenidas principais. A câmera do alto capta boa parte da Cidade. O Parlamento Húngaro ganha destaque, é mostrado todas as suas esculturas e cada parte do Parlamento.

Cena 05 – Parlamento Húngaro – Gabinete do Senador – Int – Tarde.

O Senador Fridrich está em pé de frente para uma estante de livros, ele pega um no fundo da prateleira, o livro estava escondido. Close no livro “Mein Kampf”. Alguém bate na porta e ele esconde imediatamente.

Secretária: Senador, o Sr. Konrad Bartha está aqui.

Fridrich: Pode pedir para ele entrar.

A secretária assente e sai da sala. Konrad adentra o espaço e os dois se abraçam

Fridrich: A que devo a honra da sua visita em meu gabinete?

Konrad: Trouxe o dinheiro que o nosso irmão superior pediu para te entregar(abrindo o malote de dinheiro). Ele até pensou em sair de Kiév e te entregar pessoalmente, mas no momento, ele prefere ficar por lá cuidando de outros interesses.

Fridrich: Entendo (pegando o malote)... E como você está?

Konrad (raiva): Nada bem. A vadia da minha prima resolveu dificultar o processo da internação da minha mãe, mas estou tranquilo, nada que uma boa surra não resolva.

Fridrich: Espero que isso não respingue de alguma forma em nós.

Konrad: Não vai, vou fazer questão de cuidar dela

Os dois riem de canto de boca e a cena corta.

Cena 06 – Cabana – Floresta – Int. – Tarde

Barbara e Agnes estão conversando sentadas no sofá. Barbara está fumando um cigarro e olhando seu cabelo loiro no espelho ao lado do sofá.

Agnes: Está com a autoestima elevada, hein, amiga?

Barbara: Ultimamente estou me sentindo mais leve. Depois de ter matado aquele criolo, tirei um peso das costas.

Agnes: Acho que posso imaginar a sensação.

Barbara: Você precisa matar alguém e ter essa sensação deliciosa, claro, precisa ser raças inferiores a nossa. Imagine só, um lugar onde nenhum preto, gay, árabe, judeu ou qualquer outra abominação possa pisar. Um mundo totalmente perfeito.

Agnes: Posso até imaginar os pássaros cantando mais alto.

Barbara: Não tenha dúvidas! Nós vamos criar uma nação próspera, com decência, podendo limpar esse país de todos os males.

Agnes: Por que a gente não vê algum local por mais dentro da cidade pra recrutar novas pessoas e também ficar atento a qualquer movimentação que a polícia possa dar?

Barbara: Boa ideia, Agnes. Seria muito bom ter pessoas que nem nós pertinho. Podemos comprar alguma boate, o que acha?

Agnes: Eu acho ótimo!

Barbara sorri e parece realmente gostar da ideia.

Cena 07 – Haras Kovács – Baia – Int – Tarde

András está penteando a crina do seu cavalo da raça “Puro-sangue Inglês”, quando Felícia chega ao local.

Felícia (revoltada): Acredita que me tiraram da partida de hoje? Disseram que eu não estava apta e simplesmente resolveram me tirar!

András: Você tem que entender que ainda não está preparada para disputar uma partida de polo ainda. (risos)

Felícia (incrédula): Eu sou a melhor jogadora! Tive um ótimo treinador para isso.

András: Acho que você ter saído do Brasil e voltado pra cá foi a melhor coisa que você fez.

Felícia: O Brasil não me fazia bem, morar com minha avó definitivamente não era uma boa escolha

Felícia sai de cena bufando e András alisa seu cavalo que parece entender o carinho.

Cena 08 – Rua de Budapeste – Tarde

Está acontecendo uma movimentação na Rua, há pessoas com cartazes pedindo respeito e igualdade. Há Drag queens desfilando e ao mesmo tempo gritando em um coro como se fosse um grito de guerra “Nos respeitem! Merecemos estar aqui também!”. Neste momento, ali próximo, Miklós está em seu carro e balançando a cabeça negativamente em forma de repulsa e nojo.

Miklós: Bando de maricas desgraçados!

Miklós dá um sorriso de canto de boca. Close em seus olhos no retrovisor interno. Imediatamente ele passa a marcha do carro e começa a acelerar em direção a manifestação. Algumas pessoas percebem a tempo de pularem para o lado, mas outras são atingidas em cheio. As pessoas ficam perplexas, há pessoas gravemente feridas no chão, pessoas gritando, ficando um sonoro e abafado som das sirenes da polícia chegando ao local.



Cena 10 – Avenidas de Budapeste

Os carros estão se movimentando rapidamente, o sol vai se pondo e anunciando a chegada da noite. Budapeste fica totalmente iluminada com as luzes artificiais. Há um movimento intenso de jovens indo para balada e saindo com os amigos.

Cena 11 – Avenidas de Budapeste – Carro – Noite

Otávio está dirigindo seu carro e Felícia está ao seu lado no banco do passageiro. Está tocando “Introvertált dal – Azahriah” na rádio, quando a música é interrompida pelo plantão de notícias da estação.

Radialista: Voltamos com mais informações do ataque que aconteceu hoje cedo próximo ao Parlamento Húngaro. Segundo informações atualizadas, até o momento o número de vítimas são quatro, entre as vítimas está uma criança de cinco anos que não resistiu aos ferimentos. Há ainda 9 pessoas internadas, incluindo 4 em estado grave. A polícia buscou imagens de câmeras de segurança e estão em busca do suspeito.

Felícia desliga a rádio imediatamente apavorada.

Otávio: Mas que merda é essa que aconteceu?

Felícia: O mundo está realmente perdido. 

Otávio: Muito bizarro!

Felícia (corta): Por onde está o Frank? Enviei mensagem pra ele hoje, mas não me respondeu.

Otávio: Ele se encontra com raiva do mundo e fazendo o drama de sempre. Ele precisa parar de achar que todo mundo é inimigo dele.

Felícia: Otávio? Posso te perguntar uma coisa?

Otávio: Claro!

Felícia: Você gosta do Frank?

Otávio (desentendido): Gostar? Como assim? Claro, ele é meu amigo!

Felícia: Você sabe do que estou falando. Já está na hora de você deixar o seu coração ter um pouquinho de paz.

Otávio: Você pirou de vez!

Felícia (ri): Será mesmo?

Cena 09 – Shopping – Livraria – INT. - Noite

Emese está andando pelos corredores da livraria em busca de algum livro. András está segurando o livro "Os Miseráveis". Ele vê Emese e toma coragem pra falar com ela.

András: Emese! Tudo bem?

Emese (Tentando lembrar o nome): Me desculpe, mas eu te conheço?

András: Me chamo András Kovács. Eu pedi pra uma funcionária entrar em contato com vocês para que nos fornecessem ração lá no Haras.

Emese: Me desculpe, mas eu não tomo conta da Fábrica, é o meu melhor amigo e contador Gabor quem cuida de tudo. Mas eu conheço a sua família, claro, como eu poderia esquecer.

András: Ah, entendi! Podemos tomar um café?

Emese (olhando pro livro): Só se você concordar que Crime e Castigo é melhor que esse.

András: Mas não é mesmo!

Os dois riem e saem em direção a uma cafeteria ali dentro do Shopping.

Cena 10 – Shopping – Cafeteria – INT. - Noite

András e Emese estão tomando um café puro com alguns biscoitinhos ao leite de acompanhamento.

Emese: Se você tivesse falado sobre isso da produção da ração, eu teria resolvido pessoalmente esse problema para você.

András: Já está tudo resolvido, bastou apenas um e-mail.

Emese: Como anda sua família? Me desculpe, eu sei muito pouco, apesar de Budapeste inteira saber quem é a sua família 

András: Meu pai passa muito tempo cuidando do Haras. Minha mãe infelizmente faleceu poucos meses depois que eu havia nascido. Acidente de carro. Qual sua história?

Emese: Sinto muito pela sua mãe. Se eu te disser que eu não sei muito sobre a minha história, o que você me diria?

András: Que talvez nunca te contaram sobre e tá tudo bem.

Emese: Bom, meus pais foram assassinados quando eu era muito nova, eu não sei quem foi, mas muitas pessoas parecem saber o que de fato aconteceu. A única coisa que eu sei é que eles foram assassinados em uma peça de teatro em Berlim, estavam morando lá e eu acabei ficando sob os cuidados de Sebestyénne. Depois, minha tia Ilona cuidou de mim também

András: Sinto muito pelos seus pais. Você não parece se importar com o crime

Emese: Ah, eu me importo sim. Eu ainda vou me vingar de quem matou meus pais, pode ter certeza... (olha para o relógio) Sinto muito, preciso ir, mas foi um prazer conversar com você.

András: Podemos fazer isso mais vez, se você quiser, claro.

Emese pede o seu celular de András que o entrega, ela coloca seu número no telefone do rapaz

Emese: Te vejo por aí.

Emese sai de cena e András fica pensativo.

András: Como os pais dela assassinaram a minha mãe e eles não estavam em Budapeste?

Cena 11 – Cabana – Floresta – EXT. Noite

Miklós surge das sombras das árvores, Barbara está o esperando na frente. Ela puxe o revólver e atira pra cima.

Miklós (gritando): Ficou louca, Barbara?

Barbara (Grita de volta): Louca? Você não viu nada! Como você pode ser tão burro a ponto de atropelar aquele tanto de gente? A polícia agora vai ficar em nosso pé, vai investigar tudo! (se aproxima) Você estragou tudo seu burro.

Ela coloca a arma no rosto de Miklós que demonstra frieza diante da situação

Barbara: Uma criança morreu, seu bosta.

Miklós: Ela estava contaminada com aqueles boiolas! Ela estava no lugar errado, não é culpa minha!

Barbara (Passando a arma no rosto dele): Você ferrou com todo o nosso planejamento. Chamou atenção da polícia! Nem o Orsolya pode nos salvar agora, mesmo ele lá de dentro não pode.

Miklós (baixando a arma de Barbara): Eu estou cansado de ficar me escondendo e ter que ver esses vermes na rua, enquanto eu fico escondido como se fosse um vampiro com medo do sol.

Barbara: Eu já disse que era questão de tempo, mas você resolveu atrapalhar nossas projeções. Você não pensou com a cabeça!

Barbara se move e grita com todo o pulmão. Miklós se aproxima dela que fica ofegante por conta do ódio.

Miklós: Me desculpe! Eu prometo que vou tentar ser mais cuidadoso, está bem?

Barbara: Eu fiz o máximo possível para que a polícia não fique na nossa cola... E o que você me faz? Atropela várias pessoas e ainda mata uma criança! Era tudo que a mídia precisava para começar a investigar!

Miklós puxa Barbara pela cintura que tenta resistir, mas dá apenas socos no peito do rapaz, mas ainda fica.

Miklós: Eu sei um jeito pra você me perdoar.

Eles dois se beijam. Miklós tira sua roupa e fica pelado, logo em seguida vai tirando a roupa dela que fica nua. Os dois transam ali no chão mesmo, do lado externo da cabana.

Cena 12 – Mansão Angyal – Int. – Sala– Noite

Emese abre a porta da sala e joga as chaves no sofá. Sebestyénne está a sua espera sentada em uma poltrona lendo uma revista.

Emese: Ainda acordada, Sebestyénne?

Sebestyénne: Sim! Eu estava resolvendo umas coisas, mas acabei faz pouco tempo. Ah, já ia me esquecendo, o Lorenzo está a sua espera no escritório.

Emese assente e vai em direção ao escritório

Cena 13 – Mansão Angyal – Int. – Escritório – Noite

Emese abre a porta do escritório e encontra Lorenzo olhando a janela, ele percebe sua presença e senta-se na cadeira.

Emese: Por favor, diga apenas notícias boas

Lorenzo (sério): Sua tia está em uma casa de repouso em Nagymaros. Descobri logo após ter acesso as câmeras dos vizinhos da mansão deles, mas não se preocupe, eu não invadi a casa de ninguém, eles foram gentis e cederam as filmagens. 

Emese: Ótimo.

Lorenzo: Quer que eu peça ao pessoal pra buscar a sua tia imediatamente?

Emese: Faça isso. Não hesite em demolir a casa de repouso se for necessário. Temos que ter todo o cuidado com isso, principalmente depois que tirarmos ela de lá. Acredito que vou manda-la pra Malta. Lá estará segura do Konrad.

Lorenzo: Certo... Há algo que eu tenho que te mostrar também.

Lorenzo tira seu celular e mostra uma foto para Emese. Close no celular que mostra a foto de Konrad entrando no Parlamento Húngaro.

Emese: O Konrad no parlamento? Mas o que ele estava fazendo lá? Você conseguiu essa informação?

Lorenzo: Ao que parece, ele fez uma visita ao Senador Fridrich. Ele estava com uma mala, mas não consegui descobrir o conteúdo da mesma.

Emese: Esse não foi o senador que teve umas falas problemáticas há um tempo?

Lorenzo: Ele mesmo. Quer que eu peça pra ficarem de olho nos dois?

Emese: Sim, por favor. O Konrad nunca foi flor que se cheire. Outra coisa, Lorenzo, preciso que você reforce toda a segurança da mansão. Está proibida entrada de pessoas sem crachá. Todo dia faça uma lista com os funcionários que estão aqui dentro. Sempre que a Sebestyénne for sair, peça pra acompanharem ela.

Lorenzo: Considere feito.

Lorenzo assente e sai da sala e Emese fica pensativa.

AMANHECE O DIA EM BUDAPESTE

Cena 14 – Padaria – INT – Dia

Frank está tomando um cappuccino em uma mesa e observando a chuva cair. Ele está pensativo, quando é surpreendido e acordado do transe por uma moça de cabelos ruivos.

Frank (assustado): Victória?

Victória (radiante): Oi, irmãozinho!

Frank está congelado, em um misto de sentimentos.

Cena 15 – Avenidas de Budapeste – Dia

O dia está frio em Budapeste. A chuva cai com bastante intensidade. A neblina toma conta do Rio Danúbio e da Ponte Chain que liga as cidades de Buda e Peste. Corvos voam no céu em seu coro agonizante juntamente com a sonoplastia de fundo

The Power of Goodbye – Madonna



Cena 16 – Jornal – Escritório de Zóltar – Int. - Manhã

Zóltar está digitando sua nova matéria em seu computador quando recebe um e-mail de um remetente desconhecido. Ele abre e começa a ler.

“O senador Fridrich tem sido muito bem recebido pelas garotas do bordel da Rua 27, ao lado do Fliperama do Joe, mas ouvi dizer que ele é casado e também era a favor da família, acredito que o que não pode é somente casais homoafetivos, certo? Piada! Esses políticos são sujos! Eles mentem para angariar votos da população e escondem sua verdadeira face através do dinheiro. Aquele babaca, além de ser um racista, também é um grande merda traidor. Que escândalo será, não é mesmo? Se você não publicar, outro jornal irá. – Pode me chamar de Partinsan.”

Ele abre o documento que está anexado ao e-mail e se depara com o Senador Fridrich em uma foto pegando nos seios de uma garota de programa.

Zóltar (impressionado): Mas que merda é essa?

Zóltar corre em direção a porta e abre

Zóltar (Grita): Já tenho a primeira página do jornal! Parem tudo que estiverem fazendo! Quero força tarefa aqui!

Todos no jornal estão sem entender nada e ficam confusos se entreolhando.

Cena 17 – Mansão Angyal – Int. – Manhã

Sebestyénne está observando as moças da faxina limparem a sala, é quando Emese desce as escadas com uma roupa all black.

Sebestyénne: Emese? Aonde você vai desse jeito?

Emese: Estou indo buscar tia Ilona com o Lorenzo e os demais. Volto ao final do dia.

Sebestyénne: Emese, é perigoso! Se o Konrad descobrir, ele vai querer impedir e acabar com você.

Emese: Nem se ele quisesse.

Sebestyénne está apavorada e Emese se preparando para sair, Lorenzo chega e pega uma mochila de Emese.

Lorenzo: Tem certeza que prefere ir? Não vai mudar em muita coisa 

Emese: Absoluta. Quero tirar a minha tia de lá o quanto antes.

A História não tem conexão real com a realidade. O preconceito e o ódio jamais deverão ser aceitos em qualquer sociedade! Apologia ao Nazismo no Brasil é crime previsto no art. 20, da Lei nº 7.716/89 do Código Penal, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

DENUNCIE!

Fim do Capítulo 2






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