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BUDAPESTE - CAPÍTULO 19

 



Budapeste - Capítulo 19

Budapeste – Hungria

Cena 01 – Estacionamento Fame Magazine – Int. – Noite

Barbara está andando com o seu arsenal apoiado por todo o estacionamento. Um segurança vislumbra sua presença e se assusta e aponta uma arma para a mesma

SEGURANÇA: Ficou maluca? Não pode entrar dessa forma no local.

Barbara apenas ri e puxa um revólver com silenciador de sua cintura. Ela atira em direção ao segurança que cai. Ela faz diversos disparos. Uma poça de sangue se espalha pelo corpo do homem que já está morto.

Barbara (debocha): Admiro a coragem de levantar uma arma para mim

Cena 02 – Mansão Kovács – Sala – Int. – Noite

Kimerul olha estático para Eva que permanece em silêncio e nervosa.

Kimerul: Anda, Eva! Por que o András não pode pedir a exumação do corpo da própria mãe?

Eva: Kimerul, isso é uma desonra para o nome da sua família. Imagine o quão traumatizante será reviver isso novamente.

Kimerul: Eu sei disso, mas me parece que não era isso que você queria me dizer. O que você está escondendo?

Eva: Eu não tenho nada a esconder, Kimerul. Estou sendo honesta e franca contigo. Não acho correto isso acontecer para reviver um trauma para sua vida.

Kimerul: Eu não posso fazer nada. O András está decidido e quando ele põe algo na cabeça, ninguém tira mais. Se ele quer fazer que faça, mas me deixe fora disso

Eva: Sou contra a essa história. A memória da Anita sendo desrespeitada dessa forma.

Kimerul: Quem tem que julgar algo aqui, somos nós, os Kovács, Eva. Você é uma grande amiga da família, mas não queira se intrometer dessa forma.

Eva: Me sinto ofendida dessa forma! Vou embora.

Cena 03 – Mansão Angyal – Quarto – Int. – Noite

Emese está colocando o seu vestido. Ela está de frente a um grande espelho. Neste momento, Lorenzo entra desesperado em seu quarto.

Emese (assustada): O que aconteceu, Lorenzo?

Lorenzo: Emese, a sua clínica… A Clínica está pegando fogo!

Emese (surpresa): O quê?


Cena 04 – Fame Magazine – Corredores – Int. – Noite

Barbara continua andando por todo o local. Ela vê dois seguranças se aproximando e se esconde atrás de uma lata de lixo grande. Eles passam e ela continua a seguir o som da música suave.

Cena 05 – Fame Magazine – Salão – Int. – Noite

As pessoas estão sentadas nas cadeiras que ficam ao redor do palco do desfile. Algumas tomam seus drinks. A luz está baixa. Uma música toca no local, anunciando o inicio do desfile.

Felícia: Espero que dê tudo certo. O Otávio vem preparando isso há meses.

Frank: O Otávio passou a semana inteira apreensivo.

As vozes dele são silenciadas pela música que fica mais alta. As modelos aparecem com figurinos deslumbrantes. Diversos flashs das câmeras são disparados. Otávio aparece e senta-se ao lado de Frank e Felícia.

Otávio: Desculpe a demora, eu estava vendo se tinha alguma pendência.

Mais modelos na passarela. Algumas retornam e chocam. A última modelo desse bloco aparece com um vestido transparente. Seus seios estão amostra. Mais flashs são disparados.

Felícia: Não entendo como essas moças conseguem ficar nuas assim.

Frank: Isso é arte.

Neste momento, Barbara surge com um capuz que cobre toda a sua cabeça. Ela está trajada de preto e com uma metralhadora. As modelos percebem algo errado, mas prosseguem com o desfile.

Otávio: Aquela mulher, ela não faz parte do desfile.

Felícia: Ai, meu Deus, estou sentindo um desfile Gisele vibes.

Frank (se assusta): Pessoal, se ela não faz parte, ela está com uma metralhadora.

Barbara levanta sua metralhadora em posição de atirar e começa a disparar para todos os lados. Há gritos. As luzes são quebradas, juntamente com os refletores. Pessoas continuam gritando. Frank sobe em cima de Otávio para protege-lo. Os tiros cessam e Barbara corre dali.

Cena 06 – Clínica Veterinária – Ext. – Noite.

A clínica está em chamas. Bombeiros disparam jatos d’água dos seus caminhões. A polícia está cercando o local. Pessoas curiosas observam. Emese chega juntamente com Lorenzo. Ela desce do carro desesperada e vai em direção a entrada, mas é impedida.

BOMBEIRO: Sinto muito, mas você não pode passar. A área está cercada.

Emese (chorando): EU PRECISO ENTRAR! É A MINHA CLÍNICA! TEM ANIMAIS LÁ DENTRO!

BOMBEIRO: Sinto muito, senhora. Infelizmente não pudemos fazer nada. O fogo se alastrou rapidamente.

Emese (chorando): Não! Não! Isso não pode estar acontecendo!

Lorenzo segura Emese, esta, o abraça fortemente e chora em desespero.

Emese (chorando): Lorenzo, os animais estavam lá!

Lorenzo: Vai ficar tudo bem, Emese.

Do outro lado, um homem com um capuz observa tudo, é Konrad.

Cena 07 – Delegacia – Escritório – Int. – Noite.

Nala e Severus estão sentados quando são surpreendidos por Bence que dá um rompante na porta. Eles dois levantam-se assustados.

Bence: Acabou de acontecer um verdadeiro atentado na Fame Magazine. Alguém invadiu o local e saiu atirando.

Nala: Como é que é? Precisamos ir pra lá agora.

Severus: O que vai fazer, Nala?

Nala: Peça para as viaturas mais próximas fazerem uma busca por qualquer pessoa aparentemente suspeita em um raio de 1km.

Severus: Algo mais?

Nala: Preciso que mais oficiais entrem no local e procurem por todo local. Com certeza o criminoso ainda não saiu do prédio.

Bence e Severus assentem e sai. Close em Nala vestindo sua jaqueta e pegando a chave do seu carro.

Cena 08 – Fame Magazine – Salão. – Int. – Noite

O local está em completo silêncio, é possível ouvir apenas o barulho das lâmpadas em curto circuito. O escuro ainda toma conta da cena. Uma lanterna do celular é erguida, nesse momento, pessoas começam a gritar em desespero. Frank levanta-se devagar.

Frank (grita): Otávio?

Otávio: Eu estou aqui. Aparentemente, estou bem. Não tenho nenhum ferimento. Cadê a Felícia?

Ambos gritam por ela que não responde. Eles ligam o flash das suas câmeras do telefone. Eles passam por muitas pessoas que estão no chão mortas. Otávio grita ao ver a amiga no chão desacordada.

Otávio: Frank, ela está baleada!

Frank: Não mexe nela! Eu vou tentar ligar para ambulância.

Cena 09 – Clínica Veterinária – Ext. – Noite.

Os bombeiros continuam tentando amenizar as chamas. Emese está sentada no chão sendo consolada por Lorenzo que beija sua cabeça. András chega em seu carro.

András: Emese, eu vim assim que eu vi no noticiário! Sinto muito por você estar passando por isso.

Emese: Foi tudo culpa do Konrad! Eu sei que isso foi armação dele, András. Eu tenho certeza. Ele teve lá em casa hoje mesmo.

Lorenzo: O quê? Por que você não me contou isso, Emese? Você sabe que ele é um foragido da polícia. Ele é perigoso.

Emese: Eu consegui lidar bem com ele. Não tenho medo, mas confesso que não esperava que ele fosse fazer isso.

András: Tentei te ligar diversas vezes, Emese, mas você me ignorou, então eu preferi ficar longe.

Emese: Eu não estava em clima para conversar com ninguém e ainda não estou. Lorenzo, eu quero que você encontre o Konrad, eu quero ele morto. Quero ele ajoelhado pedindo perdão por todas as atrocidades que fez, depois você pode mandar mata-lo.

Lorenzo: Emese, isso não é coisa a se pedir.

Emese: É sim! Se você não conseguir, pode ter certeza que eu farei e não terei compaixão por ele e nem mesmo pela tia Ilona.

Close no rosto de Emese.

Cena 10 – Fame Magazine – Salão. – Int. – Noite

Nala e Severus entram no local, refletores estão acesos. Há enfermeiros por todo o local.

Nala: Meu Deus, isso é um cenário de guerra!

Severus: Santa Mãe de Deus!

Nala e Severus observam todo o local e se deparam com os corpos no chão e diversas pessoas feridas. Ali perto, Felícia está sendo colocada em uma maca. Otávio e Frank acompanham ela.

Otávio: Amiga, por favor, seja forte! Não morre.

Enfermeiro: Afaste-se, por favor.

Os paramédicos levam Felícia que está inconsciente e perdendo bastante sangue.

Cena 11 – Casa do Senador – Sala – Int. – Noite.

O Senador Fridrich está sentado em uma poltrona. Ele está olhando apenas para o nada. Seu olhar é vazio e triste. A Campainha toca, vagarosamente, ele levanta-se e vai até a porta e abre. Ao abrir, é tomado pela surpresa da presença de Domokos.

Domokos: Não vai me convidar para entrar?

Cena 12 – Fame Magazine – Ext. – Noite

Nala e Severus continuam ajudando as vítimas. Neste instante, Zóltar chega com Zaco.

Zóltar: Boa noite, pessoal. Hoje Budapeste está agitada, não é mesmo?

Nala: O que você quer dizer com isso?

Zóltar: A Clínica Veterinária da Emese Angyal pegou fogo. Um verdadeiro tormento. Diversos animais estavam dentro da clínica e tenho certeza que não resistiram.

Severus: Meu Deus! Isso não pode ser algo comum. Tenho certeza que existe algo aí.

Nala coloca a mão na cabeça e começa a gritar. Todos ao redor a olham estranhando.

Zóltar: Delegada, o que está acontecendo?

Nala: Esses merdas nazistas estão me deixando completamente louca! Nunca lidei com algo tão difícil. Zóltar, lá dentro tem diversas pessoas mortas! É um verdadeiro cenário de guerra! Não há maca e nem ambulância para todo mundo.

Zóltar: Nala, precisamos manter a calma! É isso que esses merdas querem, mas não vão conseguir. Vamos vencê-los.

Severus: Isso é uma verdadeira tragédia.

Ao final da fala, corpos em sacos são vistos saindo do local. Todos param para olhar e o silêncio toma conta do local.

Zaco: Eles não vão parar.

Cena 13 – Avenidas de Budapeste – Noite

Barbara corre e para ao lado de um poste de luz. Sua respiração está ofegante.

Barbara: Não acredito que deu tudo certo, huh? Agora é esperar o reconhecimento.

Barbara volta a correr.

Cena 14 – Clínica Veterinária – Ext. – Noite.

Emese está coberta por uma manta. Lorenzo está ao seu lado a abraçando, enquanto András conversa com alguns policiais. Um oficial de policia vai em direção de Emese.

Policial: Boa noite, senhora. Antes de tudo, sinto muito por tudo que aconteceu hoje. Meus homens entraram juntamente com os bombeiros, mas tudo está perdido. Alguns animais, seus funcionários conseguiram retirar antes do fogo tomar conta do prédio, mas outros... Enfim, acreditamos que o incêndio começou no 2° andar, já que foi o mais danificado pelo fogo. Então, iremos começar nossa investigação por lá.

Emese: Só volte a falar comigo quando vocês colocarem o responsável por este incêndio na cadeia.

Policial: Ainda não há indícios que foi algo criminoso.

Emese: Não precisa de indícios. Eu sei que foi algo premeditado. Jamais minha clinica pegaria fogo dessa forma. Toda parte elétrica estava em dia, sempre houve vistoria.

Policial: Quem dirá isso será as investigações.

O Policial assente e sai de cena. Lorenzo a tranquiliza.

Emese: Dá para acreditar na soberba desse cara? Eu estou praticamente colocando o culpado na guilhotina e ele vem com descrente na minha palavra.

Lorenzo: Calma, Emese. Ele está apenas fazendo o trabalho dele.

Emese: Eu não quero ter calma, Lorenzo. Eu quero acabar com o Konrad! Estou farta de ter que aturar tudo que esse garoto faz!

Sebestyénne e Ilona chegam no momento.

Ilona: Viemos assim que soubemos.

Sebestyénne: Meu Deus. É uma verdadeira batalha de Tróia, Emese.

Emese: Sabe quem fez isso? O Konrad! Eu tenho a mais absoluta certeza que foi ele quem incendiou a clinica. Eu não estou doida.

Ilona: Desse jeito ele iria longe demais, Emese. Não acho que o Konrad seria capaz de fazer tudo isso.

Emese: Não seria capaz? É claro que seria! Você está sendo ingênua! Cuidado, tá? Ele pode querer colocar você em uma clinica de reabilitação novamente.

Sebestyénne: Emese! Isso são modos de falar com a sua tia?

Ilona: Deixa, Sebestyénne. Ela está nervosa, precisamos entender o lado dela.

Cena 15 – Casa do Senador – Sala – Int. – Noite.

Domokos e Fridrich estão sentados no sofá tomando um chá.

Domokos: É, meu amigo. Estamos vivendo tempos conturbados para o nosso grupo, mas acredito que tudo irá se resolver em breve.

Fridrich: Espero que sim.

Domokos: Sabe, Fridrich, quando a Barbara me ligou e disse que o plano tinha falhado, porque a delegada por algum motivo descobriu sobre as dinamites, eu pensei: Não, ela precisaria ser muito mais do que inteligente, precisaria ser uma médium e eu não sou de acreditar nisso, é claro. Você me conhece, sou uma pessoa totalmente cética em relação a essas coisas. Como eu ia dizendo, eu fiquei bastante pensativo sobre e confesso que não consegui chegar a nenhuma conclusão sobre o motivo de tudo ter dado tão errado.

Fridrich: Está insinuando alguma coisa, Domokos?

Domokos: Em nenhum momento falei isso, meu amigo. Mas percebo que está tenso, talvez isso tenha entregando a sua traição para com o nosso grupo. Não precisa negar, está bem óbvio, mas preciso que me conte o que de fato aconteceu.

Fridrich: Domokos, eu te juro, em nenhum momento eu quis contar algo a alguém, mas fui chantageado e fui obrigado a dizer tudo que sabia. Apenas contei isso do atentado.

Domokos: Imaginei que algo dessa magnitude teria acontecido. Mas você me diz que foi chantageado, quem foi essa pessoa?

Fridrich: A Emese Angyal.

Domokos: Emese Angyal? (ri). Parece que sempre um Angyal resolve atrapalhar meus planos. Eu já deveria estar acostumado com isso.

Fridrich: Minha vontade era de matá-la.

Domokos (ri): Assim como você fez com o seu genro? É, eu fiquei sabendo. Não adiantou nada esconder seu filho, Fridrich. Sempre soubemos aonde seu filho estava e com quem estava. Sempre me perguntei: Por onde anda o filho do Fridrich? Mas é claro, você estava com vergonha do seu filho ser marica, mas será se isso é motivo de tentar esconder a própria família? Olha o que isso causou. Você e o Konrad andam me causando muitos problemas.

Fridrich: Você vai me matar?

Domokos: Jamais! Pelo menos não agora, mas já posso ver a corda envolvendo o seu pescoço.

Close no rosto de Fridrich.

 

A História não tem conexão real com a realidade. O preconceito e o ódio jamais deverão ser aceitos em qualquer sociedade! Apologia ao Nazismo no Brasil é crime previsto no art. 20, da Lei nº 7.716/89 do Código Penal, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

DENUNCIE!

Fim do Capítulo 19



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