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Disputa Pelo Poder - Capítulo 06 (Reprise)

 


Disputa pelo Poder - Capítulo 06

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Zelinha: Cristiano, você matou o Gastão?

Sebastião olha para o filho com tristeza e desonra.

Sebastião: Diga Cristiano! Responde a pergunta!

Sebastião avança no pescoço do filho.

Cristiano: Sim, foi.

(Tema de tensão).

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CAPÍTULO 06

Cena 1, Casa dos Vilhena, núcleo 2, noite.

Sebastião fica desconcertado ao ouvir aquelas palavras.

Cristiano: Pai, eu posso me explicar... eu --

Sebastião: Me deixe sozinho, Cristiano. Preciso pensar.

Berenice: Faz o que o seu pai disse, Cristiano. 

Zelinha põe as mãos na boca e corre para o quarto.

Diva aparece entristecida.

Diva: Vem Cris, vamos conversar lá fora.

Eles saem da sala.

Berenice: O que faremos, Bastião?

Sebastião: O que é o correto a se fazer.

(Tema de fundo tensão).

Cena 2, Casa dos Vilhena, noite.

Aristides e Laura estão arrumados para sair.

Caio está sentado sob uma mesa checando dados do estaleiro. 

Aristides: Caio, por quê não vai sair, hein?

Caio: Eu já saí hoje pai. Saí com a Fernanda.

Aristides: Parece que você está conquistando o coração da moça, hein meu filho?

Laura ri.

Laura: Conquistando, Tide? Duvido muito já que ela curte o lado feminino.

Caio: Ela curte os dois lados, Laura.

Laura: Então é bissexual!

Aristides: Chega desse assunto. Caio, você sabe que a Fernanda é dona de meia metade do nosso estaleiro, não sabe?

Caio: Sei pai. Ela conseguiu por causa do dinheiro que o pai dela pegou do tio Sebastião, não é?

Aristides: Isso. Meu irmão quis se desfazer do dinheiro que tinha em mãos e então doou a Ragilac Campos que impulsionou sua fortuna fazendo parceria comigo. 

Caio: Eu não quero nada com Fernanda, pai. Respeito o sentimento dela por minha irmã. 

Aristides: Ok meu filho. Vamos Laura?

Laura: Vamos Tide. 

Caio: Aonde vão?

Aristides: Vamos ver uma peça de teatro.

Laura: Isso!

Caio: Bom passeio, pai.

Laura: E pra mim?

(Caio enfaticamente sarcástico): Laura, você não acha que está muito grandinha pra receber um tchauzinho?

Laura: Não há idade para se dar tchau!

Aristides ri.

Aristides: Tchau Caio.

Cena 3, Barranco, Duas Barras, noite.

Diva e Cristiano estão sentados ao lado de um barranco próximo olhando para as estrelas.

Diva: Aqui é lindo né, Cris?

(Cristiano meio desanimado): É, é sim.

Diva: Ei, você quer conversar sobre o assunto?

Cristiano: Sabe, eu não tive culpa na morte daquele rapaz, o Gastão. 

Diva: Então por quê contou pros nossos pais que você o matou?

Cristiano: Não sabia o que fazer Diva. Tava desesperado pra acabar de vez com essa loucura.

Diva: Acho que deveria conversar com nossos pais direito. Por quê se não foi culpa sua e sim um acidente, por quê você merece ser preso?

Cristiano: E quem vai acreditar nas palavras de um sem-sorte como eu, Diva?! Quem vai dar apoio a mim, um rapaz sem futuro além de trabalhar pra um borracheiro!

Diva se levanta.

Diva: Eu acredito. Vem eu vou te ajudar.

Cristiano se levanta.

    Corta para Sequência. 

Diva e Cristiano entram em casa.

Berenice: Meu filho você está em apuros!

Diva: Mas por quê, mãe? Cadê o pai?

Berenice: O pai de vocês foi a delegacia prestar queixa à você, Cristiano! Agora você tem que tomar uma atitude, meu filho.

(Tema de fundo de tensão).

Cena 4,  Delegacia, noite.

Sebastião chega na delegacia.

Um policial aparece para atendê-lo.

Policial: Boa noite, meu senhor. 

Sebastião: Boa noite, seu guarda. 

Policial: Em que posso ajudá-lo?

Sebastião: Queria ver o delegado. Ele está?

Policial: Sim, ele está. 

Sebastião: Era pra saber sobre o caso do rapaz que supostamente matou o Gastão. 

Policial: Venha comigo. 

Sebastião acompanha o policial até a sala do Delegado. 

Policial: Delegado Ambrósio, este homem veio conversar com o senhor sobre o caso do assassino de Gastão Neves.

Delegado Ambrósio: Entre, meu caro senhor.

Sebastião se aproxima. 

Sebastião: Delegado eu vim aqui prestar ajuda ao rapaz preso.

Delegado Ambrósio: O senhor é quem?

Sebastião: Sebastião Vilhena. Sou um pastor que prega a fé e a palavra da Bíblia e de Deus na praça da cidade. 

Delegado Ambrósio: Entendo. Bom, o rapaz anda meio perturbado. Ele chegou aqui há dois dias atrás com a mente delirando dizendo que foi ele quem matou o rapaz.

Sebastião fica apreensivo. 

Sebastião: Que Deus o ajude. 

Delegado Ambrósio: E nos ajude também pois suspeito que este rapaz ao qual prendemos não é o verdadeiro culpado.

Sebastião: Como assim, Delegado?

Delegado Ambrósio: Suspeito que o verdadeiro assassino está solto por aí.

(Tema de fundo tensão).

-

Cena 5, Quarto de Fernanda, Casa dos Arruda Campos, noite. 

Fernanda está sentada ao lado da janela, pensativa.

Vivi logo aparece.

Vivi: Oi, minha filha.

Fernanda: Oi mãe. O que aconteceu?

Vivi: Eu vim te ver, meu amor.

Fernanda: Eu estou bem mãe, não precisava se preocupar.

Vivi: Eu me preocupo pois é minha filha! 

Elas se abraçam. Vivi dá um beijo na cabeça de Fernanda.

Fernanda: Mãe, por que o meu pai morreu hein?

Vivi: Talvez... o destino quis isso.

Fernanda: Eu não acredito em destino.

Vivi: É modo de dizer, Fernanda. 

Fernanda: Bom, seja como for a senhora deve sentir falta dele.  

Vivi: Sinto, sinto sim. Porém já passou, não é?

Fernanda: Isso.

Vivi: Amanhã farei um jantar aqui em casa. Convidei o Caio e a Cíntia pra cá e alguns amigos meus.

Fernanda: Ótimo, outra festa.

Vivi: Não fique assim, as festas são legais!

Fernanda: Só em momentos convenientes!

Vivi: E é um momento conveniente. 

Fernanda: Não pra mim. Estou farta dessas festas sem motivo que a senhora me faz.

Vivi: Prometo que é a última por uns tempos. Farei um hiato de festa.

Fernanda: Ótimo, eu tava louca pra me livrar dessas festas!

Elas riem.

Cena 6, Delegacia, Prisão, noite. 

Sebastião é levado até o local onde o acusado está preso.

Policial: Me acompanhe, seu Sebastião. 

Sebastião: Claro, claro.

O acusado logo se levanta. 

Acusado: Policial, e o meu pai já veio me buscar? Trouxe um advogado?

Policial: Ainda não rapaz, sossega o facho aí. 

Acusado: Mas que droga!

O policial bate nas barras de aço do encarceramento ecoando um barulho desenfreado. 

Policial: Fique calado! Uma visita veio te ver.

Acusado: Que visita?

Sebastião: Olá meu caro rapaz.

Acusado: E quem é você?

Sebastião: Me chamo Sebastião. Sebastião Vilhena. Sou um pastor. 

O acusado ri da cara de Sebastião. 

Sebastião: E qual é a graça?

Acusado: A graça é que não quero receber sermão do senhor.

Sebastião: Mas eu quero te ajudar!

Acusado: Escutar as lamúrias de um padreco não vão mudar a minha condição! Sai daqui, por favor.

Sebastião: Olha, eu voltarei aqui amanhã. Tentarei colocar um consolo em sua vida.

Acusado: Eu não preciso de nenhum consolo! Saia daqui!

Sebastião sai do recinto.

    Corta para Sequência Final.

Delegado Ambrósio: E então seu Sebastião, viu o delinquente?

Sebastião: Vi sim, Delegado. Parece perturbado.

Delegado Ambrósio: É a culpa do qual o aflige. Logo depois de amanhã estarei recomeçando as buscas pelo verdadeiro assassino. Esse palerma aí vai ser solto ou ser mandado pra outra delegacia. 

(Tema de fundo suspense).

Sebastião: Delegado eu já tenho que ir, tenho que cuidar de casa. 

Delegado Ambrósio: Com toda certeza, seu Sebastião. Até mais ver.

Sebastião: Até mais ver.

Cena 7, Sala, Casa dos Vilhena núcleo 2, noite.

Diva: Mas por quê a senhora o deixou ir mãe?

Berenice: Vocês conhecem o pai de vocês, não conhecem? Então! Ele foi lá na polícia dizer que você Cristiano foi quem matou o Gastão!

Zelinha chega em casa. 

Cristiano: Zelinha, você viu nosso pai pelo caminho?

Zelinha: Não, Cristiano. Por quê?

Diva: Não te interessa, Zelinha!

Zelinha: É claro que me interessa, Diva! Eu quem ajudo a sustentar essa casa assim como o Cristiano e a mãe! 

Cristiano tenta apartar a discussão. 

Cristiano: Ei ei ei ei ei! Vamos parar de discussão aqui, vamos?

Cristiano: Zelinha, nosso pai foi na cadeia resolver aquele assunto sobre mim.

Zelinha: E você vai ser preso, Cristiano?

De repente Sebastião aparece e interrompe a conversa. 

Sebastião: Não, ele não vai ser preso, Zelinha. 

Berenice: Mas como assim, Bastião? Você me disse aqui que ia denunciar o Cristiano pra polícia!

Sebastião: Eu resolvi pensar bem e não vou. Mas não fique muito alegre não, Cristiano. Ainda estou desapontado com você e acho que a morte daquele rapaz merece uma explicação. 

Cristiano se aproxima de Sebastião e o abraça. 

Cristiano: Obrigado, pai.

--- Estamos Apresentando -- 

-- Voltamos a Apresentar -- 

Cena 8, Sala, Casa de Simone, noite.

 A televisão está ligada no jornal. Seu Chico está vendo a televisão e costurando alguns tecidos.

Simone: Pai, como a vida passa tão rápido, não é? Eu estava aqui, vivendo uma vidinha simples de escultora mas rejeitada por algumas coleções nas festas que ocorrem aqui e amanhã irei para o Rio de Janeiro tentar uma vida lá. 

Francisco: A vida é muito pouca para se conter prêmios, minha filha. Mas devido a sua força de vontade e sua garra você vai conseguir algo ou no Rio ou em São Paulo. Ultimamente nosso estado está sendo depredado por vagabundos que o corrompem. A criminalidade é tanta que chega dá vontade de me eleger prefeito pra tentar mudar a situação do estado.

Simone: É pai, o Rio de Janeiro mudou muito desde quando eu era pequena. 

Francisco: Realmente. Tempos funestos, esses.

Simone: Bom eu vou dormir, ok? Amanhã acordarei cedo.

Francisco: Ok minha filha, tenha uma boa noite.

Simone beija a testa de seu pai.

Simone: Obrigada. 

(Veronica Sabino - Demais).

Simone entra no quarto.

Simone: Que tudo dê certo amanhã, Cris. E que a gente possa ir embora daqui.

Simone sorri e se deita.

Cena 9, Apartamento de Walkíria, dia.

Walkíria acorda animada. César está ao lado dela.

Walkíria: Bom dia, Jandira!

Jandira: Bom dia, dona Walkíria, bom dia seu César.

César: Bom dia.

Walkíria: E Flávia?

Jandira: Foi pra escola.

Walkíria: Escola? Mas do jeito que está?

Jandira: Hoje ela se sentiu disposta a ir, dona Walkíria. 

Walkíria: Bom seja como for eu só vou tomar o café e ir partindo pro trabalho. 

Jandira: Ok patroa.

César: Eu vou pro meu, minha querida. Lá na firma as coisas não estão boas.

Walkíria: Mas o que aconteceu?

César: Um corte no aumento salarial que deixou alguns operários meio indignados, inclusive eu. 

Walkíria: Que descaso com vocês, meu bem.

César: E os meus quadros, quando serão exibidos?

Walkíria: Quando for a hora certa, meu querido. Termine suas obras e quando estiverem completas faço uma coletiva. 

César: Obrigado minha querida.

Walkíria sorri sem jeito.

Walkíria: Eu que agradeço. 

Cena 10, Sala, Casa dos Vilhena núcleo 2, dia.

A cena mostra o sol nascendo entre as rochas altas do povoado.

Berenice está esquentando um café. 

Sebastião logo aparece. 

Berenice: Bom dia, Bastião. 

Sebastião: Bom dia minha querida. Esquentando o café?

Berenice: Sim, eu tô sim. Zelinha foi comprar o pão.

Sebastião: Ótimo. Logo estarei indo lá na rodoviária comprar uma passagem pro Cristiano e depois ir pra minha reza com meus fiéis. 

Berenice: Você está mesmo disposto a ajudar o Cristiano, Bastião?

Sebastião: Deus sabe de tudo, Berê. E se nosso filho é culpado ou não, o tempo e a justiça divina entrarão na vida do Cristiano e mostrará. 

Berenice: Que Deus queira que seja assim.

Cena 11, Cozinha, Casa de Simone, dia.

Simone está na cozinha lavando a louça e logo em seguida varrendo a casa.

(Veronica Sabino - Demais).

A música toca conforme o tempo passa. Logo seu Chico aparece.

Simone: Bom dia, pai!

Francisco: Bom dia minha filha. O que foi que te deu pra arrumar a casa essas horas?

Simone: Ah pai, quis deixar tudo arrumadinho pra quando eu for embora pro Rio, a casa não esteja bagunçada. 

Francisco: Ah minha filhaa!!! Vem cá. 

Francisco abraça Simone.

Francisco: Espero que você seja muito feliz lá. E qualquer coisa é só me ligar.

Simone: Pode deixar, eu mandarei notícias. 

(Batidas na porta).

Francisco: Já vai!

Jorge logo aparece animado.

Jorge: Bom dia, seu Chico!

Francisco: Bom dia Jorge! Parece que vocês madrugaram mesmo, hein? E são 8:15 ainda!

Jorge: Eu já sou acostumado a acordar cedo.

Francisco: Bom, Simone tá aqui, entra.

Jorge entra na casa de Francisco.

Simone: Jorge, já está tudo preparado?

Jorge: Creio que sim, Simone. 

Simone: Ótimo, eu já fiz tudo e vou arrumar as coisas.

Francisco: Olha Jorge, eu fico muito feliz de ver minha filha bem, e tal, mas eu fico preocupado.

Jorge: Como assim, seu Chico?

Francisco: Acredito que essa ida dela pro Rio vai causar grandes transformações. 

Jorge: O que você tá sentindo?

Francisco: Algo ruim, Jorge.

(Tema de tensão).

A cena congela no rosto de Francisco transformando-o em gesso.

Fim de Capítulo.

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