JANA
LAURA
GIOVANA
GENIVALDO
ELIETE
RAIMUNDA
REBECA
RAVENA
BEATRIZ
JORGE
FÁTIMA
KALEB
MARIA
PANDORA
DARLAN
KIRA
VANESSA
JÚNIOR
Participação Especial:
CELEBRANTE
1. CENA 01/ EXT/
RUA/ CARRO DE JORGE/ DIA/
Fátima está fazendo
força para sua filha nascer. Beatriz está a frente ajudando no parto. Jorge
está ao lado de Fátima, segurando sua mão e olhando-a com olhos cheios de preocupação.
BEATRIZ
- Força, Fátima, já tamos quase lá!
Só mais um tiquinho.
Fátima faz um
esforço final e, finalmente, a criança nasce. Beatriz a pega com cuidado e a examina.
BEATRIZ
(sorrindo)
- É uma menina, uma linda menina.
FÁTIMA
(sorrindo, mesmo exausta)
- Bruna, o nome dela será Bruna.
Beatriz entrega a
menina para Fátima, que a segura com cuidado. Jorge está emocionado, seus olhos
estão marejados de lágrimas. Ele toca delicadamente o rosto do bebê com o dedo,
sorrindo com admiração.
JORGE
(emocionado)
- Meu Deus, ela perfeita!
FÁTIMA
- Veja, meu amor, a nossa filha!
BEATRIZ
- Parabéns aos dois! Agora preciso
ir.
Beatriz vai saindo discretamente, para dá mais
privacidade.
FÁTIMA
(chamando)
- Dra. Beatriz!
BEATRIZ
(virando-se)
- Sim, Fátima!
FÁTIMA
- Muito obrigada, viu? Acho que se
cê não me ajudasse correria o risco de perder minha filha.
BEATRIZ
- Apenas fiz o meu trabalho como médica.
Do fundo do meu coração desejo toda felicidade aos dois. Espero que um dia cê
possa me perdoar pelo o que fiz. Quem sabe a gente até se tornam amigas, né?
FÁTIMA
- Vamos deixar o tempo cuidar
disso, né?
BEATRIZ
- Tá certa! Com licença.
Beatriz se despede e
sai em seu carro. Fátima fica olhando ela partir, depois vira-se pra Jorge.
FÁTIMA
- Agora nossa filha nasceu, não vai
mais precisar cê sacrificar seu tempo pra
cuidar de mim. Já pode ir atrás de sua amante.
JORGE
- Não fale bobagem, meu lugar é
aqui com cês.
FÁTIMA
- Vamos ver até quando, né?
2. CENA 02/ INT/
IGREJA CAJADO DA FÉ/ TARDE
A movimentação é intensa enquanto Raimunda,
Rebeca e outras mulheres se preparam para o culto.
RAIMUNDA
- Aí não filha, põe o banco mais
pra trás para não atrapalhar os músicos que vão ficar aí. Jéssica, ajuda ela aí
por gentileza. E Vanessa, menina, cadê?
Vanessa vai chegando bem na hora, eufórica.
VANESSA
- Rebeca!
RAIMUNDA
- Oh ela chegando aí, ajuda as meninas aí Vanessa!
VANESSA
- Sim senhora.
(virando-se pra Rebeca animada)
- Cê não vai acreditar quem tá lá
fora.
REBECA
- Oxente, quem é?
VANESSA
- É Júnior, seu Pirulito tá aí
mulher!
Rebeca fica animada, dá uma olhada para
Raimunda, que acena positivamente com a cabeça. Rebeca sai correndo, ansiosa
para encontrar Júnior.
CORTA
PARA:
3. CENA 03/ EXT/
IGREJA CAJADO DA FÉ/ PORTA/ TARDE
Júnior em pé de costas para a igreja. Rebeca
vai se aproximando toda animada.
REBECA
- Júnior! E cê mesmo?
Júnior se vira para Rebeca com um sorriso no
rosto.
JÚNIOR
- Sou eu sim, minha linda. E vim
pra ficar, viu? Não consegui ficar longe do cê não.
REBECA
- Tô nem acreditando, viu?
JÚNIOR
- Oxente, e tá esperando o quê? Venha
cá me dá um cheiro!
Rebeca corre e se lança no pescoço de Júnior. E
os dois dão um demorado beijo.
4. CENA 04/ EXT/
CLÍNICA PSIQUIATRA/ TARDE
Eliete está sentada no banco, observando o
horizonte, absorvendo a tranquilidade do momento. Genivaldo se aproxima,
trazendo consigo um buquê de rosas brancas.
GENIVALDO
- Oi!
ELIETE
- Oxe, mas que é isso? Que flores
mais lindas!
GENIVALDO
- Trouxe pro cê.
Genivaldo sorri, orgulhoso do presente que
trouxe para ela. Eliete pega o buquê, sentindo o perfume suave das rosas, mas
logo depois olha para Genivaldo com curiosidade.
ELIETE
- Mas venha cá, como é que cê
conseguiu entrar aqui no céu?
GENIVALDO
- Acho que me arrependi de todos os
meus pecados, e por isso Deus resolveu me conceder essa graça.
ELIETE
- Aleluia meu irmão, que Deus seja
louvado!
GENIVALDO
- Posso me sentar ao seu lado?
ELIETE
- Por favor, fique a vontade.
Genivaldo senta ao lado de Eliete, e ela
continua admirando o buquê com um sorriso nos lábios.
GENIVALDO
- Sabe Eliete, esse tempo que
passei sozinho em casa longe do cê, me fez entender como cê faz falta. Também
me fez entender que apesar dos apesares, ainda sou apaixonado por cê.
Eliete fica um pouco pensativa, depois olha nos
olhos dele.
ELIETE
- Agora tô entendendo o porquê que
Deus permitisse que cê entrasse aqui no céu. Cê é um homem muito bom. E se cê
quer saber, também sou muito apaixonada por cê.
Ele a abraça e ela deita no ombro dele juntos
contemplando o pôr do sol.
5. CENA 05/ INT/
IGREJA CAJADO DA FÉ/ NOITE
Raimunda faz um culto com uma pregação linda
sobre fé e respeito pela as diferenças. Sobre o amor real de Deus. Kaleb e
Laura se olham um pega na mão do outro.
Raimunda está no púlpito. Os fiéis estão
reunidos, ouvindo atentamente suas palavras.
RAIMUNDA
- Irmãos e irmãs, hoje estamos aqui
para celebrar não apenas a nossa fé, mas também a diversidade que Deus nos
concedeu. Ele nos ama incondicionalmente, independentemente de quem somos ou de
onde viemos. Assim como Ele nos aceita, devemos aceitar uns aos outros, com
amor e compreensão. É esse amor real, esse amor divino, que nos une como uma
família, independentemente das nossas diferenças.
Durante a pregação, Kaleb e Laura, cujos
olhares se encontram, trocando um sorriso cúmplice. Eles entrelaçam seus dedos
suavemente.
Alguns dias depois...
6. CENA 06/ EXT/
PRAIA/ NOITE
Um luau foi preparado com delicadeza, iluminado
por tochas e lanternas. No centro do luau, um pequeno altar é montado com
flores frescas e velas. Giovana e Kira, vestidas em trajes brancos, olham uma
para a outra com amor e expectativa.
CELEBRANTE
(sorrindo)
- Queridos amigos, estamos reunidos
aqui hoje para celebrar o amor puro e sincero entre Giovana e Kira. Este
casamento não é apenas a união de duas almas apaixonadas, mas também a
celebração do compromisso, da lealdade e do respeito mútuo. Que este amor
continue a crescer e florescer, assim como as ondas do oceano que nos cercam.
Giovana e Kira se olham.
GIOVANA
(emocionada)
- Kira, desde que cê entrou na
minha vida, tudo se iluminou. Seu amor me deu força nos momentos difíceis e
alegria nos dias felizes. Prometo lhe amar e lhe respeitar todos os dias de
minha vida.
KIRA
(cheia de emoção)
- Giovana, Estou honrada em
compartilhar minha vida com cê. Prometo ser sua companheira fiel, lhe apoiando
em todas as jornadas que a vida nos reservar.
O celebrante sorri e faz um gesto para que
troquem as alianças.
CELEBRANTE
(com ternura)
- Com a troca destas alianças, cês
afirmam perante todos nós o amor eterno e a dedicação um ao outro. Que este
laço simbolize a união inseparável de seus corações.
O casal dá um demorado beijo, enquanto os
convidados ao redor aplaudem.
7. CENA 07/ EXT/
PRAIA/ NOITE
Jana caminha pela areia, seu olhar perdido no
horizonte. Ela está visivelmente abalada. Maria se aproxima devagar, seus
passos suaves na areia. Ela observa sua mãe por um momento antes de falar.
MARIA
(com cuidado)
- Mainha...
Jana vira-se para encarar Maria, seus olhos
cheios de tristeza e remorso.
JANA
(chorando)
- Oh minha linda, sinto tanto...
Sinto tanto por não ter conseguido lhe proteger como deveria. Eu deveria ter
sido mais forte, mais vigilante. Essa dor que cê carregou durante todos esses
anos, foi culpa minha.
MARIA
- Não fale bobagem minha mãe. Cê não tem culpa de nada. Cê sempre fez o
melhor que pôde. Nós duas fomos vítimas de daquele monstro, alguém que nunca
deveria ter entrado nas nossas vidas. Nós vamos superar isso juntas, como
sempre fizemos. Lhe amo, viu minha mãe, e nada disso é sua culpa.
Jana soluça e Maria a abraça com força,
envolvendo-a em um gesto de amor e consolo.
JANA
- Também lhe amo, minha linda. Cê é
a coisa mais preciosa que tenho na vida. Tanto que lhe desejei, tanto que lutei
pra lhe ter. Agora pode ter certeza, farei tudo o que tiver ao meu alcance para
lhe proteger sempre.
Elas permanecem abraçadas na praia silenciosa.
FIM
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