Type Here to Get Search Results !

O PREÇO A SE PAGAR - CAPITULO 46

 




Cena 01/Praia/Pedra azul/Ext/Noite

Continuação da última cena do capítulo anterior. Pedro e 

Eva (CAM segue em slow até os dois estarem um de frente pro 

outro). Pedro desce da pedra e se aproxima de Eva. Ambos 

não conseguem controlar a emoção. 


Pedro - Mãe! 

Eva - Meu filho! 


Os dois se abraçam. Momento.

Eva - Como você é bonito, Pedro. Parece um anjo, 

uma moldura que Deus fez. 


Pedro - Eu achei que a senhora estava morta, mãe. 

Não sabe como sofri com isso, senti sua 

falta. 

Eva - E eu a sua, meu filho. 


Cena 02/Floresta/Casebre Gorete/Ext/Noite

Guto se aproxima do casebre, carregando os galões de 

gasolina. Ele começa a jogar o líquido na casa. 


Cena 03/Praia/Ext/Noite

Eva e Pedro. 


Eva - Pedi muito a Deus pra que me desse vida, 

força, saúde, pra poder te encontrar um dia 

e te abraçar. Dizer o quanto te amo, que não 

deixei de pensar em você em nenhum momento. 

Pedro - Agora nos encontramos e nada vai nos 

separar, mãe. 

Eva - Tem o seu pai, Pedro. O Rufino não me quer 

perto de você. Nunca quis e não vai ser 

agora. 

Pedro - Você é minha mãe e não vou deixar que ele 

me afaste de você novamente. Eu vou proteger 

a senhora e não vou deixar que nada te 

aconteça. 


Eva abraça Pedro. 


Eva - Como é bom ouvir isso, meu filho. Era 

torturante estar tão próximo, mas ao mesmo 

tempo tão distante de você. Quero que saiba 

que tudo o que fiz foi pro seu bem. 

Pedro - Não precisa me explicar nada, mãe. Hoje eu 

sei quem é o pai que eu tenho e sei das 

coisas terríveis que ele é capaz de fazer. 

Eva - Eu sinto muito, Pedro. Me sinto um pouco 

responsável por isso e quero te ajudar, meu 

filho. Quero te ajudar a ser feliz! 

Pedro - Só de saber que a senhora está viva, mãe, 

agora do meu lado, já está me fazendo muito 

feliz.


Cena 04/Floresta/Casebre Gorete/Ext/Noite

Guto acende o fósforo e joga no rastro de gasolina que fez. 

Rapidamente o casebre se torna uma bola de fogo no meio da 

floresta. 


Guto - Queime no inferno, sua bruxa maldita! 

Guto saí correndo, sumindo na escuridão. 


Cena 05/Casebre Gorete/Int/Noite

Gorete acorda, tossindo, incomodada com a fumaça. Se 

desespera ao ver sua casa pegando fogo. Começa a procurar 

Scarlet. 


Gorete - Scarlet... 


Gorete tenta sair, mas as chamas estão altas. Gorete se 

concentra, fecha seus olhos e pede: 

Gorete - (grita) Espíritos da floresta me ajudem! 


Cena 06/Casebre Gorete/Ext/Noite

O casebre pega fogo. Da chaminé saí um clarão, uma luz 

brilhante muito rápida em direção a floresta. 


Cena 07/Praia/Ext/Noite

Pedro e Eva veem um clarão, vinda da floresta. 


Pedro - Que clarão é aquela?

Eva - É fogo, Pedro... 

Pedro - Tá vindo da floresta. 

Eva - Gorete!

Pedro - (sem entender) O quê?

Eva - O casebre da Gorete. 


Eva saí correndo em direção a floresta, Pedro vai atrás. 


Cena 08/Floresta/Casebre Gorete/Ext/Noite

Pedro e Eva se aproximam do casebre já consumido pelas 

chamas e ficam chocados com a cena. Eva fica desesperada. 

Pedro - Meu Deus! 

Eva - Não pode ser.... Gorete! 


Pedro tenta controlar Eva. 


Pedro - Calma, mãe. Ela pode ter conseguido sair. 


Cena 09/Casebre Gorete/Int/Noite

Em meio as chamas, CAM detalha o boneco vudu de Rufino 

sendo consumido pelo fogo. 


Eva - (off) Foi o Rufino! Aquele demônio em 

forma de gente!


Cena 10/Estrada de terra/Ext/Noite

Guto guarda os galões de gasolina no carro. Pega o celular 

e disca. 


Guto - (cel.) A bruxa está ardendo no inferno uma 

hora dessas.


Cena 11/Casa Patrício/Quarto Jeferson/Int/Noite

Jeferson está apagado, dormindo profundamente. Isabel 

termina de escrever um bilhete, deixa uma marca de beijo no 

papel e o coloca perto de Jeferson, em um lugar visível. 


Isabel - Adeus, meu querido! Até a volta! Foi 

maravilhoso nossa transa. Mas, sinceramente,

esperava mais de você, viu! 


Isabel beija Jeferson e vai embora. Jeferson continua 

apagado.


Cena 12/Ônibus/Int/Noite

Isabel acaba de sentar em sua poltrona. Está feliz, 

animada. 


Isabel - Adeus pobreza. Adeus vida ruim! (T)Vou 

trilhar meu sucesso, meu caminho no mundo da 

moda. Com a grana que peguei daquele 

pescador fedorento, tio da piranha da 

Rebeca, vou conseguir fazer meu book e me 

virar nos primeiros dias em São Paulo. 


Cena 13/Quarto Moisés/Int/Dia

Flash-back a ser gravado.Isabel está dentro do quarto, 

evitando de fazer qualquer barulho. 


Insert do áudio da fala de Moisés:

Moisés - (off) Meu dinheiro está bem seguro, 

escondido no meu quarto.

Fim do insert.


Isabel começa procurar pelo dinheiro de Moisés, tendo o 

cuidado de deixar tudo do jeito que encontrou. Procura mais 

um pouco, até que pega um travesseiro e sente algo estranho 

dentro dele. Tira a fronha e um envelope caí. Isabel abre o 

envelope e dentro dele tem um bolo de dinheiro. 


Cena 14/Ônibus/Int/Noite

Isabel pega sua bolsa e abre. Dentro dela vemos o bolo de 

dinheiro que roubou de Moisés. 


Isabel - Que idiota! Não ouviu o conselho que meu 

pai lhe deu, de depositar o dinheiro no 

banco, agora perdeu! 


Isabel fecha a bolsa, atento pra ver se está sendo 

observada por alguém. 


Isabel - Vou fazer muito sucesso... O céu é o limite ...


O motorista liga o ônibus, que logo começa a andar. 


Cena 15/Estrada/Ext/Noite

Ônibus segue pela estrada. 


Cena 16/Quarto Moisés/Int/Noite

Moisés e Carmem entram. 


Moisés - Você vai dormir aqui e não vamos mais 

discutir isso. 

Carmem - Não quero te dar mais trabalho, muito 

menos te despejar do seu quarto, Moisés.

Moisés - Você ficará mais confortável aqui. Eu me 

ajeito na sala. 

Carmem - Já te dei um prejuízo, destruindo seu 

barco e não quero te dar mais incomodo. 

Moisés - Não se preocupe com isso. Tenho dinheiro guardado, que eu utilizaria pra comprar um outro barco. Mas diante do que aconteceu, será a minha salvação pra não ficar sem trabalho. (T) O importante é que você sobreviveu a queda e logo você estar completamente boa, se lembrando de tudo. 

Carmem - Você é um homem muito bom, Moisés. Alma boa e coração puro. 

Moisés - Ninguém leva nada dessa vida, a não ser as coisas boas que fez. Como São Francisco de Assis disse: “É dando que se recebe... é perdoando que é perdoado...” 


Carmem fica tocada com o que escuta. 


Moisés - Vou buscar um travesseiro pra você.


Moisés saí. Corta rápido para Moisés entregando o 

travesseiro pra Carmem. 


Moisés - Aqui está! (T) A casa é bem simples, como 

reparou. Mas é tudo bem limpinho. Pode ficar 

à vontade. 

Carmem - Você nem me conhece e já está me tratando 

como se me conhece há muito tempo. 

Moisés - Senti confiança em você. Está passando por 

um momento difícil e precisa de ajuda...


Carmem explode. 


Carmem - (grita) Chega... chega! 

Moisés - (sem entender) Que foi? Aconteceu alguma 

coisa?

Carmem - Não posso mais continuar com isso. 

Moisés - Do que está falando? 

Carmem - Você me perdoa, Moisés? 

Moisés - (confuso) Perdoar? 

Carmem - Estou te enganando, Moisés. Estou mentindo 

pra você e não posso mais continuar com essa 

falsidade. 


Moisés encara Carmem, sem entender. 

Desse momento, corta para:


FIM DO CAPÍTULO 46





Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.