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FAÇA A SUA SORTE. CAPÍTULO 03

 




CENA 01. DELEGACIA. INT. TARDE

Romina, com um semblante sofrido, está diante do delegado, que percebe a angústia em seus olhos. Ele tenta acalmá-la enquanto toma nota das informações fornecidas.


Delegado - (compreensivo) Eu entendo que esse seja um momento difícil para você, mas precisamos reunir o máximo de informações possível. Por favor, conte-me tudo que souber sobre o suposto sequestro de sua tia.

Romina - (fingindo desespero) Delegado, eu não sei o que fazer! Minha tia é tudo o que tenho.


O delegado a observa atentamente, percebendo o drama que Romina está representando.


Delegado - (calmo) Fique tranquila. Vamos fazer o possível para resolver isso. Agora, me diga, você notou algo de diferente nos dias que antecederam o suposto sequestro?


Romina, com uma lágrima falsa nos olhos, continua a narrativa, detalhando uma história fictícia sobre os eventos que levaram ao alegado sequestro. O delegado, mesmo cauteloso, está determinado a investigar a situação.


Delegado - (decidido) Faremos o nosso melhor para resolver isso, Romina. Mantenha-se calma. Preciso que forneça o máximo de detalhes possível para nos ajudar nas investigações.


Romina, satisfeita com o andamento de seu plano, continua representando o papel de vítima.


CENA 02. CASA DE JULIANO. INT. NOITE

Juliano sai do banho e Paty vai até ele.


Paty - Juliano, sabe o que eu gostaria de fazer?

Juliano - (curioso) Diga lá, Paty.

Paty - Eu adoraria ir ao pagode da Portela!


Juliano, surpreendido com o pedido inusitado, arqueia as sobrancelhas.


Juliano - (surpreso) Pagode da Portela? Você tem certeza, Paty?

Paty - (entusiasmada) Tenho sim! Quero viver o melhor de Madureira, conhecer o que o bairro tem de mais autêntico. E o pagode da Portela é uma tradição, não é?


Juliano, sorrindo diante da empolgação de Paty, concorda.


Juliano - (sorrindo) Você está certa, Paty. Vamos lá! Vamos curtir o melhor que Madureira pode oferecer.


Paty, radiante, sorri e se prepara para a noite animada que os espera.


CENA 03. MANSÃO DE PATY. INT. NOITE

Romina chega à mansão com um sorriso vitorioso, ansiosa para contar a Max sobre sua artimanha na delegacia. Ela o encontra na sala de estar, e sem perder tempo, compartilha a notícia.


Romina - (animada) Max, você não vai acreditar no que eu fiz! Fui até a delegacia e...


Antes que Romina termine a frase, Max irrompe em gargalhadas, interrompendo-a.


Max - (rindo) Romina, você não é tão estúpida como eu achava. Brincar de vítima na delegacia, realmente?


A expressão de Romina muda instantaneamente para raiva, e ela explode com Max.


Romina - (furiosa) Estúpido é você! Eu fiz o que precisava ser feito para proteger nossos interesses. Você não tem o direito de...


Max a interrompe, ignorando a fúria de Romina.


Max - (rindo sarcasticamente) Calma, Romina. Não precisa ficar histérica. Só estou dizendo que você realmente me surpreendeu.


A raiva de Romina se transforma em um misto de tristeza e desespero.


Romina - (chorando) Você acha tudo isso engraçado, Max? A única coisa que eu faço é ser fiel a você, e você me trata como se eu fosse...


Max, sem paciência, a corta abruptamente.


Max - (firme) Se está incomodada, Romina, pode sumir no mundo e esquecer da minha existência. Ninguém está te segurando. Faça o que quiser...


Romina, com os olhos marejados, revela um sentimento profundo.


Romina - (frágil) Eu te amo, Max. Mas me odeio por isso. Você só me maltrata.


Max, surpreso pela sinceridade de Romina, tenta manter a compostura.


Max - (tocado, mas disfarçando) E desde quando você sabe o que significa amar alguém?


Max caminha em direção a janela, tentando fugir do assunto. Romina, ainda abalada pelas emoções, se aproxima de Max, que está próximo à janela , encarando a noite. Romina, sem pensar muito, toca o rosto de Max e o beija com paixão.


SONOPLASTIA ON : " PALAVRAS AO VENTO - CÁSSIA ELLER"


Romina - (com emoção) Max...


Max, inicialmente surpreso pela iniciativa, permite-se ser envolvido pelo beijo, correspondendo aos sentimentos intensos do momento. Ambos se entregam àquela troca de emoções, esquecendo momentaneamente das tensões e do jogo de poder que envolve a relação deles.

A música romântica que preenche a cena intensifica a atmosfera, criando um instante de conexão profunda entre Romina e Max. O beijo revela uma vulnerabilidade que até então estava escondida sob as camadas de manipulação e jogo de interesses.


As mãos deles se entrelaçam enquanto se beijam


De rompante, Max se afasta.


Max - (mexido) Nunca mais faça isso. Entendeu?


Max sai da sala, deixando Romina , chorando.





CENA 04. MANSÃO DE PATY . QUARTO DE HÓSPEDES. NOITE

Com a trilha sonora de fundo, Max entra no quarto, a mente agitada pela intensidade do momento que acabou de vivenciar com Romina. Ele fecha a porta atrás de si, tentando assimilar as emoções conflitantes que agora o assombram.


O silêncio reina no quarto, apenas quebrado pela respiração pesada de Max. Ele caminha , passando a mão pelos cabelos, expressando confusão e questionamentos internos. As imagens do beijo com Romina ecoam em sua mente, e ele não pode negar a atração que sentiu.


Max - (sussurrando para si mesmo) O que foi isso?


Max para em frente ao espelho, encarando sua própria reflexão, como se buscasse respostas para o turbilhão de sentimentos que o consome. A ambivalência entre o desejo e a resistência se reflete em seus olhos.


Max - (refletindo) Não deveria ter deixado isso acontecer. Isso complica tudo.


Ele se senta na beira da cama, passando as mãos pelo rosto, em um gesto de frustração. A confusão emocional o perturba, mas, no fundo, uma parte de Max não consegue negar que algo despertou dentro dele durante o beijo.


CENA 05. MANSÃO DE PATY. SALA DE ESTAR. NOITE

No chão da sala, Romina se encolhe, abraçando os próprios joelhos, enquanto as lágrimas começam a escorrer por seu rosto. O desespero e a dor emocional transparecem em cada soluço contido.


Romina - (sussurrando consigo mesma) Idiota! Como pude fazer isso? Por que me expus desse jeito?


Ela fecha os olhos, tentando conter as lágrimas, mas a tristeza profunda a consome. Romina se culpa por ter revelado seus sentimentos a Max, se questionando por não conseguir arrancá-lo de seu coração.


Romina - (em um sussurro cheio de dor) Eu sou uma tola. Por que ainda o amo?


A câmera captura a imagem dolorosa de Romina no chão da sala, desamparada e vulnerável, enquanto a trilha sonora ecoa ao fundo.


CENA 06. RIO DE JANEIRO. PLANO GERAL. NOITE

Um compilado de cenas do Rio de Janeiro são mostradas.


SONOPLASTIA OFF.


CENA 07. MADUREIRA. PAGODE. INT. NOITE.

Paty e Juliano chegam animados ao pagode em Madureira, onde o som envolvente e as batidas contagiantes preenchem o ambiente abafado. O lugar está lotado, mas a atmosfera é de pura alegria.


Paty - (sorrindo) Uau, Juliano, isso aqui está incrível! A última vez que fui a um pagode, ainda era adolescente.

Juliano - (animado) Hoje é dia de matar a saudade, então!


Juliano e Paty se misturam à multidão, deixando-se levar pelo ritmo envolvente da música. As pessoas dançam e cantam, criando um clima contagiante.


Paty - (encantada) Não acredito q

ue eu esqueci como é divertido! Isso aqui é sensacional!


Juliano, sorrindo, sugere uma pausa para uma cerveja.


Juliano - Que tal uma cerveja para acompanhar, Paty?

Paty - (rindo) Eu nem me lembro mais o que é beber, Juliano, mas acho que hoje vale a pena!


Os dois se dirigem ao bar, onde a música alta e as risadas ao redor tornam o momento ainda mais especial.

Paty, contagiada pelo clima festivo, se deixa envolver pelas batidas animadas da música e começa a sambar com alegria no meio da multidão. Seus passos sincronizados refletem a energia vibrante do pagode, enquanto ela sorri e se diverte.


A câmera captura a expressão de felicidade no rosto de Paty, que parece rejuvenescer no ritmo contagiante da música. As pessoas ao redor se juntam à dança, criando um cenário de celebração e descontração.


Juliano - (sorrindo) Olha só para você, Paty! Está se divertindo mesmo, hein?

Paty - (rindo) Ah, Juliano, isso aqui é maravilhoso! Esqueci como é bom se deixar levar pela música.


A cena destaca Paty, imersa na alegria do pagode, dançando e interagindo com a animada multidão.


CENA 08. PAGODE. INT. NOITE

Paty, cansada, decide se sentar em um local mais tranquilo, e Juliano a acompanha, percebendo a necessidade de um momento de paz.


Paty - (sorrindo) Juliano, sabe, estou realmente feliz por estar vivendo tudo isso. Me arrependo de ter perdido tanto tempo com coisas fúteis.


Juliano, atento, ouve Paty expressar seus sentimentos.


Juliano - (curioso) Por que diz isso?

Paty - (refletindo) Estou redescobrindo a alegria nas coisas simples, Juliano. E, sabe, eu te vejo como o filho que nunca tive.


A confissão de Paty toca o coração de Juliano, que se emociona.


Juliano - (com a voz embargada) Isso é muito importante para mim, Paty. Eu nunca consegui me despedir da minha mãe.


Juliano compartilha a trágica história de sua mãe, que faleceu vítima de câncer. Ele revela que, naquele dia, ela pediu para que ele ficasse em casa, mas a falta de recursos o obrigou a sair para vender água mineral. Ao retornar, encontrou sua mãe sem vida.


Paty - (emocionada) Juliano, sinto muito.

Juliano - (com os olhos marejados) Eu nunca tive a chance de ser o filho que ela precisava naquele momento.


Paty, emocionada, tenta consolar Juliano.


Paty - (carinhosa) A partir de agora, eu quero ser a mãe que você precisa, Juliano. E você será o filho que eu nunca tive.


Ambos se abraçam, compartilhando um momento de sincera emoção e apoio mútuo.


Após o emocionante diálogo entre Paty e Juliano, um suave silêncio se instala entre eles. O clima muda quando, de repente, começa a chover. As primeiras gotas caem, criando um ambiente de renovação.


Juliano, sorrindo, se levanta e estende a mão para Paty.


Juliano - Vamos, Paty, se joga nessa chuva!


Paty, surpresa e animada com a ideia, aceita e estende a mão. Os dois se levantam juntos, prontos para se divertir.


Ao saírem para a rua, a chuva se intensifica, tornando-se um verdadeiro dilúvio. Paty e Juliano, agora livres de preocupações, começam a dançar e brincar no meio da rua, completamente encharcados.


A trilha sonora da chuva mistura-se à risada deles, criando um ambiente de pura alegria e leveza. As luzes da cidade refletem nas poças d'água, enquanto Paty e Juliano se entregam à espontaneidade do momento.


FOCO NELES BRINCANDO NA CHUVA.



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