Type Here to Get Search Results !

FAÇA A SUA SORTE. CAPÍTULO 04

 



CENA 01. CASA DE JULIANO. INT. NOITE

Paty e Juliano, ainda encharcados da chuva, retornam à casa de Juliano, carregando a atmosfera mágica da noite que acabaram de vivenciar. Juliano, ágil, pega uma toalha para que ambos possam se enxugar.


Juliano - (sorrindo) Foi uma noite incrível, não foi?

Paty - (sorrindo, mas com desconforto) Sim, Juliano, foi maravilhosa.


A atmosfera descontraída é interrompida quando Paty começa a sentir um desconforto.


Juliano - (preocupado) Paty, está se sentindo bem?

Paty - (tocando a cabeça) Talvez seja só cansaço...


Nesse momento, o desconforto de Paty se intensifica, e ela leva as mãos à cabeça como se estivesse sentindo uma dor aguda. Em seguida, ela desmaia, caindo no chão.


Juliano - (desesperado) Paty! Paty, pelo amor de Deus, acorda!


Juliano se ajoelha ao lado dela, tentando acudi-la. A preocupação toma conta do rosto dele, enquanto ele busca entender o que aconteceu. 

Em desespero, ele chora ao tentar acordar Paty, que permanece desacordada no chão. Nesse momento, batem à porta.


Juliano - (desnorteado) Quem é?


Juliano, ainda abalado, abre a porta, encontrando policiais do lado de fora.


Delegado - (entrando) Juliano Gomes?

Juliano - (confuso) Sim, sou eu. Posso ajudar?


O delegado, sério, anuncia a razão da visita inesperada.


Delegado - Você está detido pelo suposto sequestro de Patricia Lisboa.


Juliano, completamente perplexo, tenta argumentar.


Juliano - (incrédulo) Sequestro? Isso é um engano! 


Enquanto Juliano é levado a viatura.


Juliano - (gritando) Vocês estão cometendo um erro! Eu não fiz nada!


A cena percorre com Juliano, algemado e sendo levado pelos policiais, clamando pela verdade e insistindo que tudo não passa de um terrível equívoco


CENA 02. MANSÃO DE PATY. QUARTO DE PATY. MANHÃ

Paty acorda desnorteada em seu quarto e, ao abrir os olhos, se depara com Romina e Max. Assustada, Paty questiona o que está acontecendo e como foi parar ali. Romina, de forma sarcástica, tenta tranquilizá-la.


Romina - Calma, bobinha, está tudo bem. Você está em casa.


Paty, confusa, pergunta por Juliano. Romina, mantendo o tom irônico, afirma que Paty está segura agora.Preocupada, Paty, insiste em saber o que está acontecendo.


Paty - Onde está Juliano? O que está acontecendo?

Romina - (sarcástica) Oh, querida, você foi encontrada desacordada na rua, sem seus cartões. Com certeza foi aquele pilantra que estava no seu cangote.


Paty, incrédula, nega as acusações.


Paty - Isso é loucura. Juliano jamais faria isso.

Romina - (fingindo pesar) Sinto muito, titia, mas parece que ele se aproveitou de sua fragilidade e fugiu.


Paty, indignada, se levanta exaltada.


Paty - Você está mentindo! Eu vou procurar o Juliano.


Romina, irritada, a segura e impede que ela saia.


Romina - Você não vai a lugar algum.


Paty, determinada, diz que não vai ficar na mansão com dois bandidos. Max debocha e Romina se faz de ofendida.


Romina - Não acredito que um estranho a envolveu a ponto de deixá-la contra a própria sobrinha.

Paty - (furiosa) Não vou aceitar suas mentiras, Romina! Juliano não faria isso!

Romina - (irônica) Claro, ele é o príncipe encantado que você encontrou na rua, não é?

Paty - O que você está querendo dizer com isso, Romina?


Max, percebendo que Romina está passando dos limites, tenta intervir.


Max - (p/ Romina) Romina, por favor...


Romina olha fixamente para Max e novamente se volta para Paty.


Romina - (debochando) É isso mesmo que você entendeu! Não banca a ofendida, Titia. A verdade é que você está querendo viver uma aventura com esse michêzinho que acabou de conhecer.


Furiosa com a insinuação, Paty não consegue se conter e desfere um tapa forte no rosto de Romina.


Romina - (grita) Sua desgraçada, eu vou.../


Antes que tenha a chance de terminar a frase, Paty, ainda enfurecida, esbofeteia-a novamente com força, fazendo Romina cair no chão.


Romina grita, irritada.


CENA 03. DELEGACIA. CELA. MANHÃ

Na cela da delegacia, Juliano aparece sozinho, visivelmente abalado e chorando. Ele está sentado no banco, tentando entender o motivo injusto que o levou a ser preso sem ter cometido crime algum. O ambiente é sombrio e a expressão de perplexidade e tristeza de Juliano revela o impacto profundo que a situação está causando em sua vida.


Juliano - (soluçando) Não entendo... por que estão fazendo isso comigo?


O som do choro ecoa na cela, enquanto Juliano luta para compreender a injustiça que o colocou atrás das grades. 


CENA 04. MANSÃO DE PATY. QUARTO DE PATY. MANHÃ

Após a intensa briga entre Paty e Romina, Max pede para Paty se acalmar e tenta segurá-la. No entanto, Paty, ainda furiosa, se afasta, recusando qualquer contato de Max.


Max - (tentando acalmar) Paty, se acalme. Isso não vai ajudar em nada.

Paty - (afastando-se) Não encoste em mim!


Paty deixa o quarto em um misto de raiva e frustração. Max, visivelmente irritado, levanta Romina com força.


Romina - (chorando) Max, eu...

Max - (enfurecido) Sua presepada pode ter colocado tudo a perder!


Romina, ainda chorando, encara Max. Ele, em um acesso de raiva, diz que ela vai aguentar a situação na mansão com Paty sorrindo. Romina, no entanto, decide que não vai mais suportar a presença de Paty.


Romina - (decidida) Não vou mais ficar aqui, aguentando aquela mulher.

Max - (furioso) Você vai aguentar sim!


Romina, em um tom de desafio, expressa seu desprezo por Paty.


Romina - (determinada) Desejo que essa maldita morra logo e eu não farei questão de ir ao velório.


Max, compreendendo que a situação está ficando fora de controle, diz a Romina que ela vai precisar pedir perdão a Paty, mesmo que seja ajoelhada, para evitar complicações maiores.


Max - (decidido) Você vai se desculpar, Romina. Não podemos colocar tudo a perder. Peça perdão a Paty, mesmo que tenha que fazer isso de joelhos.


Romina, decidida a não pedir perdão a Paty, expressa sua recusa.


Romina - Prefiro ir para a sarjeta ou voltar a rodar bolsinha na rua do que me rebaixar a pedir perdão para aquela mulher.


Max, enfurecido com a resistência de Romina, perde a paciência e a segura pelo cabelo com força.


Max - (raivoso) Isso não é sobre o seu orgulho, Romina! A herança de Paty é uma questão de sobrevivência para nós e não permitirei que seus caprichos coloquem nossos planos por água abaixo.


Romina o olha, assustada.





CENA 05. MADUREIRA.EXT.TARDE

Paty caminha pelas ruas de Madureira, preocupada e determinada a encontrar Juliano. Ela encontra um conhecido de Juliano, que a recebe com surpresa.


Conhecido de Juliano - Paty? O que faz por aqui?

Paty - (ansiosa) Preciso falar com Juliano. Você sabe onde ele está?


O conhecido de Juliano olha para Paty com uma expressão séria e preocupada.


Conhecido de Juliano - Você não soube? Juliano foi preso. O acusaram de te sequestrar.


Paty fica paralisada, incapaz de acreditar no que acabou de ouvir.


Paty - (incrédula) O quê? Isso não pode ser verdade...


O choque e a incredulidade tomam conta de Paty, enquanto ela tenta processar a terrível notícia. 


O conhecido de Juliano, percebendo o abalo emocional de Paty, expressa sua preocupação com sua condição.


Conhecido de Juliano - Paty, você está bem? Posso te ajudar com algo?


Paty, lutando para manter a compostura diante da terrível notícia, responde com determinação.


Paty - Preciso corrigir essa injustiça. Juliano não pode estar na cadeia por algo que não fez.


A determinação nos olhos de Paty transparece sua resolução em fazer justiça e provar a inocência de Juliano. 

Paty retira o celular do bolso e disca o número de sua advogada de confiança.


CENA 06. COPACABANA. EXT. TARDE

Marsala (Vera Fisher) aparece caminhando e observando, com desejo, todos os homens bonitos que passam por ela. Ela caminha sorridente. Seu celular toca.

Marsala, atende o celular com tranquilidade. O cenário de Copacabana ao fundo revela uma atmosfera serena e descontraída.


Marsala - (ao telefone, com calma) Alô?


Paty, do outro lado da linha, expressa sua urgência.


Paty - (no telefone) Marsala, é a Paty Lisboa. Preciso da sua ajuda imediatamente. Te liguei, pois é a única que pessoa que com certeza não hesitará em me ajudar, minha amiga.


A câmera foca alternadamente entre Paty, visivelmente ansiosa, e  Marsala, que mantém sua expressão calma e confiante.


A cena encerra com a introdução da personagem Marsala.


CENA 07. DELEGACIA. INT. NOITE.

Paty aguarda ansiosamente na delegacia, enquanto o delegado tenta provocá-la, insinuando que Marsala não terá sucesso em garantir o Habeas Corpus para Juliano. Paty, determinada, não se deixa abalar pelas palavras do delegado.


Delegado - (provocador) Sabe, Paty, acho que você está depositando muita confiança nessa tal de Marsala. Duvido que ela consiga o que quer.


Paty mantém sua compostura, resistindo à provocação do delegado.


Paty - (firme) Confio plenamente no trabalho da minha advogada. Ela não vai nos decepcionar.


Nesse momento, Marsala entra na delegacia com o Habeas Corpus em mãos. Paty fica eufórica ao vê-la.


Paty - (eufórica) Marsala!


O delegado, surpreso e incrédulo, questiona como Marsala conseguiu o Habeas Corpus.


Delegado-  Como... como você conseguiu isso?


Marsala, diante do delegado, mantém-se firme e determinada, exigindo a liberação imediata de Juliano.


Marsala - (firme) Juliano deve ser liberado imediatamente. O Habeas Corpus foi concedido e não há mais tempo a perder.


CENA 08. DELEGACIA. INT. NOITE

Um policial conduz Juliano até onde Paty e Marsala estão. Paty, emocionada, mal consegue conter as lágrimas ao vê-lo. Juliano corre para abraçá-la, e os dois se envolvem em um abraço emocionado, como mãe e filho se reencontrando após uma longa separação. Marsala observa a cena comovida, testemunhando a forte ligação entre eles.


Paty - (chorando) Está tudo bem agora.

Juliano - (chorando) Eu não fiz nada, Paty. Foi um engano! Eu jamais tentaria lhe fazer mal. Eu juro pela minha maezinha.

Paty - (chorando) Meu bem, você não precisa jurar absolutamente nada. Eu sempre acreditei em você, meu menino.


O delegado, ao lado, não consegue conter a emoção e começa a chorar, mas tenta disfarçar.


Delegado - (Secando as lágrimas) Acho que estou com alergia no meu olho, com certeza.

Marsala - (sorrindo) Alergia, delegado? Está mais para uma comoção tardia.


Todos riem da situação.


CENA 09. MANSÃO DE PATY. QUARTO DE ROMINA. NOITE.

Max bate na porta e logo entra. Ao entrar no quarto, se depara com Romina, sentada na cama, visivelmente abalada.


Romina - Max, por favor, me deixa sozinha. A última coisa que quero hoje é te ver.

Max - Talvez eu tenha sido duro demais contigo hoje... Mas você precisa entender, Romina, eu morro de medo de ficar pobre.


Romina, com uma mistura de tristeza e resignação, responde a ele, destacando o padrão de comportamento que têm vivenciado.


Romina - Tudo o que você faz é ser duro comigo, Max. E tudo o que eu faço é amar  e servi-lo.


Max, com um visível conflito interno, reconhece suas ações, mas expressa sua dificuldade em mudar.


Max - Eu sei... Reconheço isso. Mas eu não consigo ser diferente. Essa armadura... eu a construí porque já me magoaram muito. E o que mais me irrita é perceber que aos poucos, você foi me conquistando. Eu prometi a mim mesmo que nunca amaria ninguém, e farei o impossível para lutar contra esse sentimento.


SONOPLASTIA ON : " PALAVRAS AO VENTO - CÁSSIA ELLER"


Max, tomado pela emoção, começa a chorar, e Romina, sensível ao seu sofrimento, se aproxima e limpa suas lágrimas. Ela sutilmente passa a mão em seu rosto, encorajando-o a se permitir.


Romina - (emocionada) Permita-se, Max...


Max, ainda chorando, segura a mão de Romina e começa a beijar seus dedos. Logo depois, ele a puxa para si e a beija com paixão e volúpia.


O clima entre Romina e Max se intensifica de forma romântica e apaixonada. Os beijos tornam-se mais ardentes e as carícias mais íntimas. Com ternura, Max despe Romina e, em seguida, retira suas próprias roupas. Com delicadeza, ele a deita na cama e se posiciona sobre ela. O desejo e a paixão refletem nos olhares e gestos de ambos. Enquanto se entregam ao momento, as lágrimas escorrem dos olhos de Max, revelando a intensidade de seus sentimentos.


Max - (entre lágrimas) Eu te amo...


Um sorriso emocionado ilumina o rosto de Romina diante das palavras de Max. Em um momento de conexão profunda, eles se beijam novamente, entregando-se ao amor e à paixão que compartilham.


A cena se encerra com a câmera se afastando lentamente, deixando Max e Romina envolvidos em um momento de intimidade e entrega.


SONOPLASTIA ON 


Foco na cena embaçada com os dois se amando na cama.




Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.