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Maré Alta - Capitulo 26 (Últimas Semanas)

   





MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 26


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. ESCRITÓRIO. INTERIOR. DIA 

Continuação imediata do capítulo anterior. GREGÓRIO está andando de um lado para o outro dentro do escritório e o vilão vai olhando para LÍVIA que está muito abalada. GREGÓRIO fica ainda mais perto de nossa protagonista demonstrando toda a sua decepção que ele sente por sua neta. LÍVIA respira fundo e encara GREGÓRIO.


Gregório — (ardiloso) Você é igual a sua mãe, Lívia. É idealista e isso me irrita muito. Esse seu sendo de justiça não vai te levar a lugar nenhum. O que vale é quanto nós temos.

Lívia — Eu me recuso a acreditar nisso. Você é um homem desprezível que passa pro cima de qualquer um para manter o seu poder. 

Gregório — E o que tem de errado nisso, Lívia? Eu sempre mandei e desmandei nessa cidade. Você acha mesmo que isso vai mudar?

Lívia — Você não passa de um criminoso. O seu lugar é na cadeia. Se você quiser me parar você vai ter que me matar. Tem coragem? 


GREGÓRIO encara LÍVIA com muita frieza.


Gregório — É melhor você não testar a minha paciência, Lívia. Você pode ser minha neta, mas eu não tenho sangue de barata. 

Lívia — Eu já disse tudo o que eu tinha para falar. Agora eu vou embora. Até nunca mais. 

Gregório — Não dê as costas para mim, Lívia. Eu ainda estou falando com você. Se você sair por essa porta terá um inimigo implacável. 


LÍVIA se vira para GREGÓRIO. Ela o olha com firmeza. 


Lívia — (séria) Você se tornou o meu inimigo quando matou a minha mãe. Agora eu quero justiça. E nada vai impedir eu conseguir isso. 

Gregório — Some da minha frente, Lívia. Eu nunca mais quero te ver aqui. Está ouvindo? 


LÍVIA vai embora do escritório deixando GREGÓRIO furioso. O semblante do vilão é de puro ódio.

CORTA PARA/


CENA 02. CASA DE TOM. SUÍTE. INTERIOR. TARDE

ANA ROSA está saindo só banheiro da suíte enrolada em um toalha. A vilã esbanja sensualidade. Ela.vai passando um crime em sua perna de forma bem sensual. Nesse momento TOM entra na suíte e ANA ROSA olha para ele de um jeito cínico. O vilão se aproxima de ANA ROSA que sorri. 


Tom — Aproveita enquanto você pode, Ana Rosa. Essa sua vida boa ainda vai acabar. 

Ana Rosa — (cínica) Como você é engraçado, Tom. Essa é a vila que eu mereço. E tudo vai ficar melhor quando eu me livrar da Lívia. 

Tom — É só nisso que você pensa, Ana Rosa? Essa sua obsessão pela Lívia vai acabar estragando com todos meus planos. E eu não vou deixar isso acontecer. 

Ana Rosa — E o que você está pensando em fazer, Tom? Não se esqueça que eu sei que você matou a Shirley. Você quer ser preso?


TOM perde a paciência e dá um tapa na cara de ANA ROSA que olha para ele com muita raiva. 


Tom — Você acha que eu sou burro, Ana Rosa? Eu sei muito bem que você está blefando. E além disso se você insistir nessa história eu serei obrigado a contar a polícia que você está envolvido no incêndio da associação. 

Ana Rosa — Você não teria coragem de fazer isso comigo, Tom. O que que com tudo isso? 

Tom — Você sabe muito bem que eu sou capaz de fazer isso, Ana Rosa. Se eu for rorsi você também vai. Vai querer arriscar? 


O sorriso vai sumindo do rosto de ANA ROSA. A vilã vai ficando bastante irritada. TOM fica muito satisfeito. 


Ana Rosa — (furiosa) Você não vai querer me ver irritada, Tom. Eu estou te avisando. 

Tom — Eu que estou te avisando, Ana Rosa. A partir de agora as coisas vão ser do meu jeito. Se você quiser vai ser assim. 


TOM sorri maliciosamente. ANA ROSA ferve de raiva.

CORTA PARA/


CENA 03. PORTO DA AREIA. ENTRADA DA CIDADE. EXTERIOR. TARDE

Um caminhão bastante antigo vem chegando até a entrada da cidade. A câmera vai se aproximando e podemos ver que quem está saindo de dentro caminhão é CASSIANO. Ele olha para todos os lados e alguns flashes vem em sua cabeça. Logo depois SAMUEL também desce do caminhão e ele fica parado na frente do nosso protagonista. Eles se olham.


Cassiano — (admirado) Então essa é Porto da Areia? Eu sinto que as respostas do meu passado estão aqui. Chegou a hora da verdade. 

Samuel — Eu espero que você encontre por essas respostas, Cassiano. Você merece descobrir quem causou esse sofrimento a você. 

Cassiano — Eu estou preocupado, Samuel. E se as respostas que eu estou procurando não for o que eu estou imaginando. Eu não vou saber o que fazer. Isso é novidade para mim. 

Samuel — Você é um bom homem, Cassiano. Não deixe o medo te impedir de fazer o que é certo. Eu sei que tudo vai ficar bem. 


CASSIANO esboça um sorriso. SAMUEL olha para ele.


Cassiano — Você está coberto de razão, meu amigo. Eu estou tendo alguns flashes e agora eu vou até o fim. Eu vou atrás da verdade. 

Samuel — É assim que se fala, Cassiano. Sempre que você precisa sabe onde me encontrar. 

Cassiano — Obrigado por tudo, Samuel. Você salvou a minha vida. E isso é algo que faço questão de nunca esquecer. Você é um bom amigo. 

SAMUEL toca suavemente nos ombros de CASSIANO. 


Samuel — Eu fiz apenas o que eu achava ser o certo. Agora vá atrás da sua história, Cassiano. Você merece saber a verdade. 

Cassiano — (decidido) É isso mesmo que eu vou fazer, Samuel. Eu te agradeço por tudo. 


CASSIANO e SAMUEL se abraçam bastante emocionados. Logo depois SAMUEL entra em seu caminhão e vai embora. A câmera mostra que CASSIANO vai andando pela cidade. 

CORTA PARA/


CENA 04. CASARÃO DE ELEANOR. SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE

CLOSE em ELEANOR que está sentada no sofá da sala de estar e os seus pensamentos estão bastante longe. Nesse instante EULÁLIA entra trazendo consigo uma bandeja com uma xícara de chá o que acaba surpreendendo ELEANOR. EULÁLIA e tra a xícara de chá para ELEANOR que agradece. 


Eleanor — (sorrindo) Não era necessário você ter trazido essa xícara de café, Eulália. Você não é mais minha empregada. Você está aqui como minha convidada. 

Eulália — Eu em sinto bem em fazer isso, dona Eleanor. Eu passei muitos anos da minha vida trabalhando para a sua família. E além disso eu sei que a senhora está preocupada. 

Eleanor — Em primeiro lugar senhora está no céu. E em segundo lugar você tem razão, Eulália. Me preocupa essa decisão da Lívia querer colocar o Gregório na cadeia a todo custo.

Eulália — Ela está ficando cada vez mais parecida com a mãe dela. A dona Berenice era exatamente assim. Ainda mais ela grávida. 


ELEANOR balança a cabeça concordando. O semblante dela está sério. EULÁLIA se senta bem em sua frente.


Eleanor — É exatamente isso que me preocupa, minha amiga. A Lívia está grávida e o Gregório pode usar isso cobra ela. Se isso acontecer eu nem sei o que eu faria.

Eulália — Você acha que o Gregório seris capaz de fazer alguma coisa contra a Lívia? Ela sempre foi a menina dos olhos dele. 

Eleanor — Eu não tenho certeza de mais nada, Eulália. Eu não conheço mais o Gregório. Ele é um homem que eu desconheço. 


EULÁLIA fica sem palavras. ELEANOR se levanta do sofá.


Eulália — A Lívia é uma mulher admirável, dona Eleanor. O que ela está tentando fazer é honrar a memória da mãe dela. Isso é louvável. A senhora deveria ficar orgulhosa. 

Eleanor — (séria) E eu estou orgulhosa, Eulália. Mas isso não significa que eu não me preocupo. Principalmente agora que ela perdeu o Cassiano e que ela está grávida.


O semblante de preocupação de ELEANOR é visível. EULÁLIA não sabe o que dizer diante dessa situação.

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, ANOITECE.


CENA 05. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. QUARTO DE CLARICE. INTERIOR. NOITE

CLARICE está deitada na cama lendo um livro quando de repente BABY entra no quarto com um sorriso de orelha a orelha. CLARICE estranha o jeito que sua irmã está. BABY se senta na cama ao lado de CLARICE. O sorriso estampado no rosto de BABY deixa CLARICE muito curiosa.


Clarice — (estranhando) O que foi que aconteceu com você, Baby? Porque você parece estar tão feliz? Onque você fez dessa vez? 

Baby — O Rubinho finalmente teve o que ele mereceu. O Franchico deu soco nele. Isso é aoenasbi começo. O Rubinho merece mais.

Clarice — Eu juro que eu não te entendo, Baby. Primeiro você decide se afastar do Franchico. E agora comemora que ele bateu no Rubinho. O que você está querendo? 

Baby — Se eu tentasse te explicar você não iria entender, Clarice. (P) Eu gosto do Franchico de verdade. Mas eu quero ver a derrocada do Rubinho. É difícil entender isso? 


CLARICE se ajeita na cama e olha bem sério para BABY que levanta da cama e o seu semblante vai mudando aos poucos. 


Clarice  — Eu sei exatamente o que você está querendo fazer, Baby. Você está tentando fazer ciúmes no Franchico. Mas isso não vai adiantar. Ele não é bobo assim. 

Baby — Você está enganada, Clarice. Eu quero apenas que o Rubinho sinta na pele tudo o que eu passei. O Franchico vai entender.

Clarice — Eu não teria tanta certeza assim, Baby. Você melhor que ninguém sabe que o Franchico é teimoso. Ele vai acabar achando isso uma afronta. Você não acha?


BABY fica bastante pensativa. Ela fica em silêncio.


Baby — (concordando) Você está certa, Clarice. Mas eu não sei o que fazer. O Franchico não dá brecha de eu tentar me desculpar. 

Clarice — Seja sincera com ele. Fale tudo o que você sente por ele. Eu tenho certeza que o Franchico vai se derreter por suas palavras. 


BABY esboça um sorriso. Ela e CLARICE se olham animadas. Logo depois BABY sai do quarto com pressa. 

CORTA PARA/


CENA 06. VILA DOS PESCADORES. RUA. EXTERIOR. NOITE

Em plano aberto podemos ver que CASSIANO está andando pelas ruas da vila dos pescadores olhando tudo ao seu redor. O nosso protagonista vai tendo falshes de tudo que já lhe aconteceu. Nesse momento ele acaba esbarrando em SANDOVAL que está vindo na direção contrária. SANDOVAL fica em estado de choque ao ver CASSIANO vivo. 


Sandoval — (surpreso) Cassiano???? É você mesmo? Eu não posso acreditar no que eu estou vendo. Você está vivo? A Lívia vai levar um susto quando ela descobrir a verdade. 

Cassiano — Me desculpa, senhor. Mas eu te conheço? Eu sinto muito, mas eu não consigo me lembrar de absolutamente nada. 

Sandoval — Do que você está falando, Cassiano? Você perdeu a memória? Isso é surreal. 

Cassiano — Eu passei os últimos meses me recuperando do acidente que eu sofri. Eu vim para essa cidade para descobrir quem eu sou. Eu não lembro de nada. 


CASSIANO fica bastante triste. SANDOVAL toca em seu ombro. Eles se encaram em total silêncio. 


Sandoval — Essa sua história é totalmente inacreditável, Cassiano. Mas tem um lugar que eu tenho certeza que vai fazer você lembrar de tudo. Acredite em mim. 

Cassiano — Você tem certeza disso? Eu não consigo lembrar de você, mas eu sei que eu podo confiar em você. Eu vejo bondade em você. 

Sandoval — É claro que você pode confiar em mim, Cassiano. Eu quero ajudar você a recuperar a memória. O que você me diz? 


CASSIANO respira fundo. Ele aperta a mão de SANDOVAL. 


Cassiano — Vamos…. O que estamos esperando? 

Sandoval — É bom você segurar a emoção, Cassiano. O que eu estou para te mostrar vai fazer você recuperar a memória imediatamente. 


CASSIANO fica bastante confuso. Ele SANDOVAL vão caminhando em direção a praia da cidade. Eles não percebem, mas ENRICO estava observando tudo.

CORTA PARA/


CENA 07. PORTO DA AREIA. PRAÇA. EXTERIOR. NOITE

LÍVIA está totalmente sozinha na praça da cidade. Ela se senta no banco da praça. Ela começa a se lembrar dos momentos que passou ao lado de CASSIANO. As lágrimas escorrem por seus olhos. Nesse momento LÍVIA é surpreendida com a chegada de TOM que a confronta.


Tom — (frio) Finalmente eu te achei, Lívia. A gente tem muito o que conversar. Eu tenho uma proposta irrecusável para te fazer. 

Lívia — Eu não quero nada que venha de você, Tom. Você matou o Cassiano. Ele foi o único homem que eu amei de verdade.

Tom — E você tem coragem de dizer isso na minha cara, Lívia? Você pode até não acreditar, mas eu sempre amei você 

Lívia — Que forma torta de demonstrar isso, Tom. Você só quer o dinheiro da minha família. Não adianta tentar negar o óbvio. 


TOM puxa LÍVIA pelo braço com força. A nossa protagonista encara o vilão sem demonstrar nenhum medo. 


Tom — O seu avô não te contou a verdade, não é mesmo, Lívia? O meu pai era sócio do seu avô e o Gregório roubou o meu pai causando assim o suicídio dele. 

Lívia — Você está mentindo, Tom. Isso é mais de suas mentiras para tentar me enganar. 

Tom — Dessa vez eu estou falando a verdade, Lívia. Essa é a minha motivação. Eu quero tudo que o seu pai tirou do meu pai. 


TOM solta o braço de LÍVIA.


Lívia — (sem acreditar) Depois de tudo que você me contou ainda diz que me ama? Você não passa de um assadinho, Tom. Tanto você quanto o meu avô merecem estar presos. 

Tom — Você está grávida e muito vulnerável, Lívia. Você ainda vai ver que eu sou o único homem capaz de te amar de verdade. 


TOM sorri sarcasticamente e depois vai embora. A câmera mostra o olhar apavorado de LÍVIA que fica paralisada.

CORTA PARA/


CENA 08. CASA DE TOM. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

A câmera mostra que ANA ROSA está esparramada no sofá da sala de estar se sentindo nas nuvens. Nesse momento a campainha toca. Em seguida ENRICO entra na casa parecendo estar bastante assustado. ANA ROSA olha para ele com frieza e ENRICO vai se aproximando da vilã. 


Ana Rosa — (intrigada) Que cara é essa, Enrico? Se o Tom sonhar que você entrou aqui desse jeito eu nem sei o que ele vai fazer com você.

Enrico — Você não vai acreditar quem eu acabei de encontrar na vila dos pescadores. O Cassiano está vivo. O que você me diz? 

Ana Rosa — Você só pode estar bêbado, Enrico. Isso o que você está dizendo não tem a menor graça. Você está me irritando demais. 

Enrico — Tem certeza disso, Ana Rosa? Eu sei que você é obcecada pelo Cassiano. Vai perder essa chance de ver ele novamente? 


ANA ROSA vai ficando casa vez mais enlouquecida. 


Ana Rosa — Eu preciso encontrar o Cassiano antes da Lívia. Ele vai ser meu de qualquer jeito. Aquela maldita não vai impedir isso de acontecer. Me leve até ele agora, Enrico. 

Enrico — Não é melhor você esperar até amanhã de manhã, Ana Rosa? Se o Tom descobrir que o Cassiano está vivo ele pode tentar terminar o serviço o quanto antes.

Ana Rosa — Você tem razão, Enrico. Eu não posso deixar isso acontecer de novo. Dessa vez o Tom não vai fazer mal ao Cassiano. 


ANA ROSA sorri esperançosa. ENRICO a encara. 


Enrico — O que você está pensando fazer agora, Ana Rosa? Se o Cassiano e Lívia se encontrarem a sua chance vai pelo ralo. 

Ana Rosa — (ardilosa) Então nós temos que impedir isso de acontecer. Vamos fazer um brinde.


ANA ROSA serve champanhe para ela e para ENRICO. Eles brindam de uma forma bastante maléfica.

CORTA PARA/


CENA 09. CASA DE ZÉ BATALHA E OBDINA. SALA. INTERIOR. NOITE

ONDINA e estão sentadas no sofá da sala bastante apreensivas. Logo depois ZÉ BATALHA chega em casa com um semblante bastante preocupado. Ele se senta no sofá enquanto ONDINA e AÇUCENA vão olhando para ele. ONDINA fica olhando para ZÉ BATALHA que a encara.


Ondina — (apreensiva) Você foi mesmo procurar o Enrico, Zé? O que foi que ele te disse? 

Zé Batalha — Aquilo que a gente já imaginava. Ele fez tudo o que ele fez por causa de dinheiro. Eu temo que não tenha possibilidades de salvar a vila. Temos que encarar a realidade. 

Açucena — Isso é tudo culpa minha. Eu deveria ter contado tudo o que eu sabia antes. Eu não acredito que o Enrico esteja fazendo isso. 

Ondina — Você não tem culpa de nada, Açucena. O único culpado é o seu marido. Foi ele que se vendeu e quer acabar com a vila. 


ZÉ BATALHA está muito preocupado. ONDINA e AÇUCENA ficam se olhando bastante preocupadas. 


Zé Batalha — O que eu tenho que fazer agora é procurar o Sandoval. Ele é o único capaz de impedir que essa tragédia possa acontecer. 

Ondina — Toma cuidado, Zé. Você está mexendo com pessoas muito poderosas. Isso é arriscado. Eu fico preocupada com você. 

Açucena — Eu ainda tenho esperanças queno Enrico se arrependa de tudo o que ele fez. No fundo eu ainda amo ele. Eu quero o homem por quem eu me apaixonei de volta. 


ZÉ BATALHA olha para AÇUCENA de uma forma séria.


Zé Batalha — (sério) Açucena…..Eu sei que você quer acreditar que o Enrico pode mudar. Mas infelizmente ele já passou dessa fase. E tem mais uma coisa. Foi ele que colocou fogo na associação e quase matou a Lívia. 

Açucena — Eu não acredito que o Enrico foi capaz de fazer uma covardia dessas. Onde ele está com a cabeça? Porque ele é desse jeito?


AÇUCENA começa a chorar copiosamente. ONDINA abraça dia amiga tentando a consolar. ZÉ BATALHA está pensativo.

CORTA PARA/


CENA 10. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

ELEANOR vai entrando na mansão com muita elegância. Ela percebe que GREGÓRIO já está a sua espera. O vilão sorrindo uma forma cínica quando ELEANOR vai se aproximando dele. GREGÓRIO tenta dar um beijo no rosto de ELEANOR, mas ela o trata com muita frieza.


Eleanor — (intrigada) Eu posso saber o porquê você me chamou aqui, Gregório? Eu já sei tudo que você vem fazendo com a sua neta. 

Gregório — Eu não te chamei aqui para falar sobre a Lívia e sim para que você assine alguns documentos passando a sua parte da fortuna para mim. É isso que eu quero. 

Eleanor — Você só pode estar de brincadeira comigo, Gregório. Eu não vou assinar absolutamente nada. Pode esquecer.

Gregório — É melhor você não me provocar, Eleanor. Eu não vou deixar você ficar com a fortuna que é minha por direito. Está ouvindo? 


ELEANOR enfrenta GREGÓRIO com muita coragem.


Eleanor — Sua fortuna? Você não vale nada mesmo, Gregório. Metade de toda essa fortuna me pertence. Eu não vou permitir que você fique na herança da minha neta. Eu fui clara? 

Gregório — Você não vai ficar com nada que é meu, Eleanor. Eu vou até o fim do mundo, mas eu vou ficar com tudo. Isso é apenas meu. 

Eleanor — Esse sempre foi o seu problema, Gregório. Você só pensa em si mesmo. Maldita hora que eu passei anos ds minha vida só seu lado. Eu vou embora. Adeus! 


GREGÓRIO segura ELEANOR pelo braço. Ela o encara.


Gregório — (nervoso) Você acha que pode né dar as costas e sair desse jeito, Eleanor? Você e a Lívia são iguais. São duas prepotentes. 

Eleanor — Eu não tenho medo de você, Gregório. As suas ameaças não surtem mais efeito em mim. Você foi o pior erro da minha vida.


ELEANOR vai embora da mansão. GREGÓRIO fica totalmente nervoso. O ódio em seu olhar é perceptível. 

CORTA PARA/


CENA 11. PORTO DA AREIA. CAIS. BARCO DE FRANCHICO. EXTERIOR. NOITE

O foco da cena está em FRANCHICO que está terminando os preparativos para mais uma noite de pescaria. Ele não percebe, mas BABY vem se aproximando sorrateiramente dele. Ela coloca as mãos em seus olhos. Logo depois FRANCHICO se vira ficando frente a frente com BABY. 


Franchico — (confuso) O que você está fazendo aqui, Baby? Eu pensei que você tinha dito que nunca mais queria ver. O que você quer? 

Baby — Eu já soube do que aconteceu, Franchico. Eu vim aqui para te pedir perdão. Eu estava confusa com os meus sentimentos. Eu espero que você possa me perdoar. 

Franchico — Desde que eu conheci você eu me encantei, Baby. Mas eu não consigo com a sobra do Rubinho pairando sobre nós.

Baby — Eu não estou mais confusa, Franchico. Eu sei o que eu quero. Eu quero você. 


FRANCHICO fica totalmente sem reação. BABY o olha. 


Franchico — Eu também quero você, Baby. Eu nunca me senti assim antes. Mas enquanto o Rubinho estiver por perto a gente vai continuar sofrendo desse jeito. 

Baby — A gente tem que se esquecer do Rubinho. E para te provar do que eu estou falando ri vou com você hoje para o alto mar. 

Franchico — Do que você está falando, Baby? Você tem certeza que é isso que você quer? 


BABY pega nas mãos de FRANCHICO. Ela sorri. 



Baby — (sorrindo) Eu quero te provar o quanto eu mudei, Franchico. É você que o meu coração escolheu. É só você que eu quero.

Franchico — Você não imagina como ouvir isso me deixa feliz, Baby. Eu não quero mais ficar longe de você nunca mais, minha marrentinha. 


FRANCHICO e BABY se beijam apaixonadamente. 

TRILHA SONORA: Retratos & Canções - Sandra de Sá

O barco de FRANCHICO vai seguindo em alto mar. Depois de alguns minutos o barco some na escuridão do mar.

CORTA PARA/


CENA 12. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. SALA DE ESTAR. EXTERIOR. NOITE

O PREFEITO ANÍBAL e ROSELI estão no maior clima de romance. Eles se beijam com muita paixão. Nesse momento para a surpresa deles JOSEHAYentra no sobrado demonstrando estar fora de si. Ela parte para cima de ROSELI e lhe dá um tapa na cara com força.


Roseli — (sem entender) O que significa isso, Josefa? Porque você fez isso comigo?

Josefa — Não se faça de desentendida, Roseli. eu sei que você invadiu a minha pensão e roubou o Juca. Diz logo onde ele está.

Prefeito Aníbal — Essa acusação que você está fazendo é muito séria, Josefa. Explique melhor do que você está falando. 

Josefa — Alguém invadiu o quarto do Juca e ele sumiu. Eu tenho certeza que foi a Roseli. 


JOSEFA tenta avançar em ROSELI, mas só que o PREFEITO ANÍBAL não permite. Ela fica furiosa. 


Josefa — Me solta, Aníbal. Eu preciso dar uma surra nessa maldita. É isso que ela merece.

Roseli — Você precisa se acalmar, Josefa. Não foi eu que pegou o Juca. Você tem que acreditar em mim. Estou falando a verdade. 

Prefeito Aníbal — Eu posso imaginar quem fez uma atrocidade dessas. (P) Foi o Misael. Ele é o único capaz de fazer algo assim.


ROSELI e JOSEFA se olham muito preocupadas. 


Roseli — (séria) Eu sei o quanto você me odeia, Josefa. Mas a gente precisa se unir. Nós não podemos deixar o Misael fazer qualquer tipo de mal contra o Juca.

Josefa — Eu odeio admitir, mas você tem razão. Quando tudo isso acabar eu vou embora de Porto da Areia com o meu filho. E você não vai poder me impedir, Roseli. 


JOSEFA concorda. Logo depois JOAEFA vai embora. O PREFEITO ANÍBAL abraça ROSELI que está aflita.

CORTA PARA/


CENA 13. PORTO DA AREIA. BEIRA-MAR. EXTERIOR. NOITE

CASSIANO e SANDOVAL vem andando pela orla à beira-mar e o nosso protagonista vai achando esse lugar muito familiar. SANDOVAL toca no ombro de nosso protagonista que está lembrando de tudo o que aconteceu com ele. O semblante de CASSIANO vai mudando radicalmente e as lembranças voltam como se nunca tivessem ido embora. 


Sandoval — Então Cassiano…. Foi uma boa ideia ter te trazido aqui. Esse local foi onde tudo começou. Onde o helicóptero que você estava caiu e a minha filha te salvou. 

Cassiano — (sério) Eu lembrei de tudo, Sandoval. A minha memória voltou com tudo. (P) Onde a Lívia está? Eu preciso ver ela o quando antes. Ela deve ter sofrido muito. 

Sandoval — Com certeza, Cassiano. Mas tem uma coisa que você precisa saber. A Lívia está grávida. Ela está esperando um filho seu. 

Cassiano — Eu vou ser pai? Eu não posso acreditar nisso. É alegria demais para uma pessoa só. 


CASSIANO fica muito emocionado. SANDOVAL o conforta. 


Sandoval — Durante todos esses meses a minha filha nunca te esqueceu, Cassiano. Você pode imaginar o choque que não vai ser quando ela descobrir que você está vivo. 

Cassiano — Eu preciso encontrar a Lívia. Eu estou morrendo de saudades dela. Onde ela está? 

Sandoval — Ela deve estar na minha casa, Cassiano. Você está pronto para esse reencontro? 


CASSIANO respira fundo. 


Cassiano — (emocionado) Eu estou mais do que pronto, Sandoval. Eu necessito encontrar a mulher que eu tanto amo. 

Sandoval — Então vamos, Cassiano. Você e a Lívia merecem ter esse reencontro. Vocês passaram muito tempo separados.


CASSIANO e SANDOVAL vão indo embora. A lua que está no céu ilumina o caminho deles até a vila de pescadores.

CORTA PARA/


CENA 14. CASA DE TOM. SUITE. INTERIOR. NOITE

TOM.vai entrando na suíte bastante irritado depois do último encontro que ele teve com LÍVIA. O vilão percebe que ANA ROSA está a sua espera. Ele menospreza ANA ROSA que vai ficando cada vez mais nervosa. A vilã fica parada na frente de TOM e ele continua a encarando com frieza.


Tom — (ardiloso) Porque você está me olhando desse jeito, Ana Rosa? Até hoje você não aprendeu que não deve me confrontar? 

Ana Rosa — Olha como as coisas são engraçadas, Tom. Você achou mesmo que tinha se livrado do Cassiano, mas ele está vivo. 

Tom — Ficou louca, Ana Rosa? O Cassiano já é carta fora do baralho. Você não vai conseguir me jogar contra a Lívia nesse momento. Ela vai ser minha de qualquer jeito. 

Ana Rosa — Então me explica como o Enrico viu o Cassiano conversando com o Sandoval? O seu plano está indo por água abaixo, Tom.


TOM vai ficando muito nervoso. ANA ROSA sorri cinicamente. O vilão se estressa e ela olha para ANA ROSA. 


Tom — Isso não pode estar acontecendo. Eu fiz o crime perfeito. O Cassiano deveria ter morrido. Mas eu não vou deixar pontas soltas. Ele precisa continuar morto. 

Ana Rosa — Eu bem que tentei te avisar, Tom. Mas você não quis me dar ouvidos. Agora eu vou atrás do homem que eu mereço ter. 

Tom — Você não me provoque, Ana Rosa. Eu posso te garantir que o Cassiano não vai ficar vivo por muito tempo. Entendeu? 


ANA ROSA encara TOM e demonstra o seu ódio por ele. 


Ana Rosa — (ardilosa) A escolha é sua, Tom. Mas não se esqueça. Se você fizer alguma coisa contra o Cassiano eu te coloco na cadeia pela morte da Shirley. O que você escolhe? 

Tom — Eu estou cansado das suas ameaças, Ana Rosa. Até quando você acha que eu vou me sujeitar a isso? 


ANA ROSA continua sorrindo cinicamente. Ela dá um beijo bem caliente em TOM. O vilão a empurra na cama com força. 

CORTA PARA/

CENA 15. VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. SALA. INTERIOR. NOITE

LÍVIA está sentada em uma poltrona totalmente perdida em seus pensamentos. Nesse momento SANDOVAL entra em sua casa o que traz sua filha de volta para a realidade. Ela se levanta da poltrona e vai na direção de SANDOVAL. O pescador tem um brilho diferente em seus olhos. 


Lívia — (preocupada) Onde você esteve o dia todo, pai? Eu estava morrendo de preocupação. E além disso eu queira te contar algo que me aconteceu hoje. 

Sandoval — Eu sei que eu fiquei um pouco distante, minha filha. Mas tem algo que eu te mostrar que vai te surpreender muito. Oi melhor dizendo. Alguém que quer te ver demais. 

Lívia — Eu não estou conseguindo entender o que você está querendo me dizer, pai. Alguém quer me ver? Mas quem? 

Sandoval — Você confia em mim, Lívia? Eu jamais faria nada para te magoar. Você sabe disso.


LÍVIA concorda com a cabeça. SANDOVAL coloca suas mãos nos olhos de LÍVIA. A nossa protagonista fica intrigada. 


Lívia — Que mistério todo é esse, pai? O que você quer tanto me mostrar? Eu estou ficando preocupada com tudo isso.

Sandoval — Eu te garanto que você não precisa se preocupar, minha filha. Pode confiar em mim. Você vai ficar bastante surpresa. 

Lívia — É claro que eu confio em você, pai. Mas esse mistério está me deixando confusa.


LÍVIA vai ficando cada vez mais intrigada. Nesse momento SANDOVAL faz um sinal com as mãos e CASSIANO entra na casa em silêncio. Ele fica na frente de LÍVIA. SANDOVAL tira as mãos dos olhos de LÍVIA que fica em estado de choque. 


Lívia — (surpresa) Cassiano??? É você mesmo? 


O semblante de LÍVIA mostra o seu choque ao ver CASSIANO parado em sua frente. Logo em seguida a nossa protagonista desmaia deixando CASSIANO preocupado. 


A imagem congela no semblante preocupado de CASSIANO. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.






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