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Maré Alta - Capítulo 36 (Últimos capítulos)

 



MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 36

Últimos Capítulos 


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. DIA

Continuação imediata do capítulo anterior. ANA ROSA continua com a arma aprontada para ELEANOR que fica totalmente sem reação. A vilã está ficando cada vez mais desequilibrada. Ela vai se aproximando da saída do quarto e ela ainda está com o pequeno BERNARDO em seus braços. 


Eleanor — (apavorada) você ficou louca, Ana Rosa? Abaixa essa arma. Você pode machucar alguém. Eu sei que você não quer isso. 

Ana Rosa — Cono você sabe o que eu quero, Eleanor? Tudo o que eu queria era o amor do Cassiano. Mas ele tirou isso de mim. 

Eleanor — E o que você quer fazer com o meu bisneto? Não vai me dizer que você quer se vingar do Cassiano e da Lívia em uma criança que não tem culpa de nada. 

Ana Rosa — Culpa de nada? Ele nasceu. Isso já faz dele alguém que eu odeio mais que tudo. 

ANA ROSA vai ficando cada vez mais instável. ELEANOR tenta se aproximar da vilã, mas ela está irredutível. 


Eleanor — Você não pode fazer isso, Ana Rosa. Eu sei que você não é tão ruim assim. Me devolva o Bernardo. Eu estou suplicando. 

Ana Rosa — Agora é tarde demais para isso, Eleanor. Eu não vou atrás do que eu quero. O seu bisneto é sorte fundamental dessa história. 

Eleanor — Pelo amor de Deus não faça isso, Ana Rosa. O Bernardo não tem culpa se o Cassiano não foi capaz de te amar.


ANA ROSA fica ainda mais furiosa. Ela olha para ELEANOR com muito ódio. Os olhos da vilã demonstram a sua raiva. 


Ana Rosa — (gritando) Já chega! Eu não quero mais saber de nada, Eleanor. Eu vou embora agora mesmo. E você nem ouse me seguir. Se não o pior vai acontecer com seu bisneto. 

Eleanor — Ana Rosa…. Por favor. Não faça isso. 


ANA ROSA vai embora do casarão levando o pequeno BERNARDO. CLOSE em ELEANOR que grita desesperada. 

CORTA PARA/


CENA 02. PORTO DA AREIA. ESTRADA. EXTERIOR. DIA

Uma caminhonete vem andando em alta velocidade por um estrada que está estranhamente vazia. Ao longe podemos ouvir o barulho das ondas do mar. A câmera se aproxima da caminhonete e podemos ver GREGÓRIO está do lado do carona e quem está dirigindo a caminhonete é o POLICIAL. GREGÓRIO faz um sinal para o POLICIAL parar a caminhonete ao redor da estrada. O POLICIAL assim faz. 


Gregório — (frio) Nós chegamos onde eu exatamente queria. Você vai me deixar aqui, Policial. Eu vou começar a me vingar de todos que queriam me destruir. Isso que vou fazer.

Policial — Você tem certeza, Dr Gregório? Esse lugar é um fim de mundo. Ninguém passa por aqui. O que você está planejando? 

Gregório — Isso não é da sua conta, Policial. Eu sei exatamente o que eu estou fazendo. E eu não gosto de ninguém se intrometendo. 

Policial — Faça como você quiser, Gregório. Mas eu quero aquilo que é meu por direito. Eu quero o dinheiro que você me prometeu. Agora. 


GREGÓRIO olha para o POLICIAL com um semblante bastante enigmático. O POLICIAL demostra ser corrupto. 


Gregório — Você já se esqueceu com quem está faltando? Eu sou Gregório Assunção. É dinheiro que você quer? Isso eu não tenho agora. Mas daqui a um tempo eu terei. 

Policial — Você acha que eu tenho todo esse tempo do mundo para esperar? Eu quero o meu dinheiro agora. Ou todos saberão que você escapou da Delegacia. O que você quer? 

Gregório — Você ganhou, Policial. Vamos sair dessa caminhonete que eu vou te dar o seu dinheiro. Não é isso que você deseja? 


GREGÓRIO e o POLICIAL saem da caminhonete. Clímax. O POLICIAL olha para GREGÓRIO de uma forma gananciosa. 


Policial — (impaciente) Onde está o meu dinheiro, Gregório? Estou ficando sem paciência. Vai! 

Gregório — Você vai aprender a nunca mais me desafiar, seu desgraçado. Eu já consegui o que eu queria. É hora de você sumir. 


GREGÓRIO consegue puxar a arma da cintura do POLICIAL. Sem pensar muito o vilão nata o POLICIAL a sangue frio. 

CORTA PARA/


CENA 03. CASARÃO DE ELEANOR. QUARTO. INTERIOR. DIA

ELEANOR está jogada no chão chorando copiosamente. Nesse momento para a sua surpresa CASSIANO entra no quarto e o nosso protagonista fica estarrecido ao vevr que algo está errado. CASSIANO percebe que o seu filho não está no berço. ELEANOR o olha com muito remorso. 


Cassiano — (apreensivo) Eleanor…. O que foi que aconteceu aqui? Onde está o meu filho? 

Eleanor — Eu sinto muito, Cassiano. Eu não consegui impedir a Ana Rosa de levar o seu filho. Ela apontou uma arma para mim. 

Cassiano — Isso não pode estar acontecendo. O que a Ana Rosa está pensando? Dessa vez ela foi longe demais. Eu vou salvar o meu filho. 

Eleanor — A culpa é toda minha, Cassiano. Se eu tivesse sido mais forte isso não tinha acontecido. Eu me sinto tão mal por isso.


As lágrimas escorrem pelos olhos de ELEANOR. Logo depois CASSIANO estiva as suas mãos e a ajuda a se levantar. 


Cassiano — Você não precisa ficar se martirizando, Eleanor. A única culpada dessa história é a Ana Rosa. Mas eu vou salvar o Bernardo. 

Eleanor — O que você está pensando em fazer, Cassiano? A Ana Rosa está cada vez mais desequilibrada. Eu estou com muito medo. 

Cassiano — Eu ainda não sei, Eleanor. Mas eu preciso encontrar o meu filho o quanto antes. Se isso chegar nos ouvidos da Lívia eu nem sei o que pode acontecer. 


ELEANOR balança a cabeça concordando com CASSIANO. O nosso protagonista exibe um semblante bem sério. 


Eleanor — (séria) Você sabe que vai ser difícil esconder algo dessa natureza da minha neta, Cassiano. Ela precisa saber a verdade. 

Cassiano — Você tem razão, Cassiano. Eu mesmo faço questão de contar para a Lívia o que está acontecendo. Pode confiar em mim.


CASSIANO está decidido. Ele e ELEANOR se olham bem firmea. Logo depois o nosso protagonista sai com pressa.

CORTA PARA/


CENA 04. PORTO DA AREIA. SAÍDA DA CIDADE. CARRO. EXTERIOR. DIA

Um carro bem simples está parado na saída da cidade. A câmera vai se aproximando e adentra dentro do carro. Lá dentro podemos ver que MISAEL está olhando para ROSELI que ainda está desmaiada. Logo depois ela vai acordando e se desespera ao perceber o que está acontecendo. 


Misael  — (ardiloso) Finalmente você acordou, Roseli. Agora ninguém mais vai conseguir nos impedir de seremos felizes juntos. 

Roseli — O que foi que você fez Misael? Eu não estou acreditando nisso. Onde eu estou? 

Misael — Isso não tem mais importância, Roseli. Agora ninguém mais vai impedir de você ser minha minha. Nós vamos embora daqui. 

Roseli — Eu já disse que eu não vou a lugar nenhum com você, Misael. Agora que eu tenho o amor do meu filho você não vai estragar a minha vida. Eu não vou deixar.


MISAEL perde a paciência. Ele dá um tapa em ROSELI. 


Misael — Isso é tudo culpa sua, Roseli. Você nunca deveria ter voltado para essa cidade. Agora você vai embora comigo querendo ou não. 

Roseli — Você não pode fazer isso comigo, Misael. Porque você não entende que o nosso casamento acabou. Essa é a verdade. 

Misael — Cala essa boca, Roseli. Você só está conseguindo me irritar. Fica quieta. 


ROSELI vai ficando apavorada. MISAEL está descontrolado. 


Roseli — (com medo) O que você está pensando em fazer comigo, Misael? Porque você não desiste disso de uma vez por todas?

Misael — É porque eu iria desistir? Para deixar o caminho livre para o Aníbal? Isso nunca vai acontecer, Roseli. Você é apenas minha. 


MISAEL coloca uma mordaça na boca de ROSELI. Ela fica gritando por ajuda, mas todo o seu esforço é em vão. 

CORTA PARA/


CENA 05. CASA DE RUBINHO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

CLOSE mais íntimo em BRENDA que está lendo um livro. Nesse momento RUBINHO cem entrando dentro de casa parecendo um verdadeiro furacão. BRENDA coloca o seu livro de lado e ela olha fixamente na direção de RUBINHO. O playboy olha com muito ódio para sua mãe. 


Brenda — Eu posso saber porque você está me encarando desse jeito, Rubinho? Não vai adiantar nada você continuar agindo do jeito que você está agindo. Eu não volto atrás. 

Rubinho — Você não pode fazer isso comigo. Você não pode me deixar sem dinheiro. Eu não vou suportar ficar sem a vida boa que eu sempre tive. Isso não é justo. 

Brenda — Você quer mesmo falar sobre o que é justo, meu filho? Você incendiar o a barco do Franchico isso sim não foi muito justo. 

Rubinho — Eu não acredito que a minha própria mãe vai ficar do lado daquele pescador imundo. 


BRENDA se levanta do sofá. Ela e RUBINHO se encaram. 


Brenda — Eu não estou do lado de ninguém, Rubinho. Eu apenas não posso compactuar com essa atrocidade que você fez. 

Rubinho — Eu bem que avisei o Francisco que isso poderia acabar acontecendo. Mas ele não quis me ouvir. A culpa é toda dele. 

Brenda — Eu não acredito no que eu estou ouvindo. Você se tornou alguém que eu não conheço mais, Rubinho. Você é alguém desprezível. 


A raiva de RUBINHO fica cada vez mais acentuada através do seu olhar. BRENDA começa a andar pela sala. 


Rubinho — (preconceituoso) Você não deveria confiar nesse povo caiçara. Eles são bem trairas. 

Brenda — Para mim já chega, Rubinho. Eu estou cansada desse seu jeito preconceituoso. Oi você muda de vez ou então eu serei obrigada a tomar uma atitude bem drástica. 

BRENDA sai da sala de estar sem nem olhar para trás. A câmera foca no olhar ambíguo de RUBINHO.

CORTA PARA/


CENA 06. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. DIA

LÍVIA está sentada dentro da cela totalmente perdida em seus pensamentos. Nesse momento a câmera mostra que CASSIANO vem se aproximando da cela com um semblante bastante aflito. Assim que ele chega na frente da cela LÍVIA olha para ela com bastante felicidade. Logo depois a nossa protagonista percebe que algo está muito errado.


Lívia — (preocupada) O que foi que aconteceu, Cassiano? Eu te conheço muito bem. Ru sei que você está né escondendo alguma coisa que não está querendo me contar. 

Cassiano — Eu sei muito bem como você vai reagir quando eu te contar, nas eu quero wu você né prometa que vai tentar se acalmar. 

Lívia — Você está me deixando ainda mais preocupada, Cassina. O que foi que houve

Cassiano — A Ana Roda invadiu o casarão da sua avó e sequestrou o nosso filho. Agora eu não faço a mínima ideia de onde eles estão.


O medo e o pavor estão visíveis no olhar de LÍVIA. A nossa protagonista fica totalmente fora de si. CASSIANO a olha. 

Lívia — Como você quer que eu fique calma depois de uma notícia dessas Cassiano. Se a Ana Rosa fizer alguma coisa com o meu filho eu juro.que eu mato ela. 

Cassiano — Eu prometo que não vou deixar a Ana Rosa fazer nenhum mal com o nosso filho, Lívia. Ela não vai conseguir o que quer. 

Lívia — E o que eu fico fazendo enquanto isso, Cassiano? Eu não posso deixar o nosso filho nas mãos de uma louca igual a Ana Rosa. 


LÍVIA fica muito nervosa. CASSIANO segura suas mãos. 


Cassiano — (sério) Eu nunca deixaria isso acontecer, meu amor. Eu juro que vou salvar nosso filho. A Ana Rosa precisa ser detida. 

Lívia — Eu confio em você, Cassiano. O dia que eu te salvei daquele helicóptero em chamada mudou a minha vida para sempre. 


CASSIANO esboça um sorriso. Ele e LÍVIA trocam olhares.

CORTA PARA/


CENA 07. CASA DE ANA ROSA. QUARTO. INTERIOR. TARDE

As horas se passam. ANA ROSA está parada em pé na frente de sua cama onde o pequeno BERNARDO está deitado. A loucura de ANA ROSA está ficando cada vez mais fora de controle. A vilã olha para o filho de CASSIANO e LÍVIA com muito ódio em seu olhar. Ela estica as mãos na direção de BERNARDO, mas ela recua. 


Ana Rosa — (descontrolada) A vontade que eu tenho é de apertar esse seu pescocinho bem devagar. Mas você ainda vai me ser útil. 


ANA ROSA esboça um sorriso sádico. A vilã começa a ter uma idéia bastante macabra do que ela pode fazer. 


Ana Rosa — Eu vou te usar para ter o seu pai na palma da minha mão. É uma questão de tempo para ele ser meu. Pode apostar. 


ANA ROSA vai na direção da cômoda e pega o seu celular. Depois de alguns minutos ela faz uma ligação. 


Ana Rosa (ao celular) Alô, Cassino….Eu acho que eu tenho algo que você quer. Eu quero te encontrar para ter uma última conversa. 


A ligação vai ficando com o som mudo. O olhar de ANA ROSA é um misto de mistério e ardilosidade. 

CORTA PARA/


CENA 08. CASARÃO DE ELEANOR. SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE

CLOSE em ELEANOR que está sentada no sofá da sala de estar se sentindo culpada pelo sumiço do pequeno BERNARDO. Eulália está ao seu lado lhe dando muito apoio. Nesse momento para o pavor delas GREGÓRIO invade o casarão apontando uma arma as deixando sem reação. 


Eleanor — (apavorada) Gregório??? O que é que você está fazendo aqui? Eu pensei que você estaria preso uma hora dessas. Queira sair da  minha casa agora mesmo, Gregório. 

Gregório — Você achou mesmo que iria conseguir se livrar de mim, Eleanor. Você e esse maldita empregada tem muito o que sofrerem. 

Eulália — Eu não vou deixar você falar assim com a Eleanor. O que você quer dessa vez, bicho ruim? Você sempre quer alguma coisa. 

Eleanor — O que mais poderia ser, Eleanor? Eu sei muito bem o que o Gregório quer. É dinheiro. 


GREGÓRIO sorri maliciosamente. Ele aponta a arma na direção de ELEANOR. O clima vai ficando ainda mais tenso. 


Gregório — Você não é tão incompetente igual eu pensei, Eleanor. Agora me dê o meu dinheiro antes que alguém se machuque. 

Eleanor — Você pode me matar se quiser, Gregório. Mas eu nunca vou te dar um centavo. Isso jamais vai acontecer. Pode esquecer. 

Eulália — Porque você não vai embora, Gregório? A Polícia deve estar atrás de você. Você nunca vai conseguir escapar depois de tantas atrocidades que fez.  Acabou. 


GREGÓRIO fica ainda mais violento e instável. 


Eleanor — (se enchendo de coragem) Eu não tenho mais medo de você, Gregório. Você é um covarde que se esconde atrás de uma arma. 

Gregório — Isso é o que nós vamos ver, Eleanor. Você vai comigo até o seu onseu quarto. Eu sei que você tem um cofre lá. E é melhor você não tentar nada. Se não essa empregadinha vai sofrer as consequências. 


ELEANOR e EULÁLIA de olham apreensivas. GREGÓRIO vai levando ELEANOR para o segundo andar do casarão. 

CORTA PARA/


CENA 09. VILA DOS PESCADORES. RUA. EXTERIOR. TARDE

Em plano aberto podemos ver que AÇUCENA está andando pela rua da vila dos pescadores com um certo receio ainda. Ela para na frente de uma tenda de lenços típicos da região. Nesse momento sem querer ela perceba ENRICO chega atrás dela.ao se virar AÇUCENA fica frente a frente com ENRICO. O medo toma conta de AÇUCENA. 


Açucena — (com medo) Enrico???? O que você está fazendo aqui? Eu pensei que depois do que você me fez passar eu não iria mais te ver. 

Enrico — Eu sei que eu tenho direito de ne aproximar de você, Açucena. Mas eu queria te dizer apenas que eu ainda te amo. 

Açucena — Eu não estou ouvindo isso. Você me fez passar pelo pior momento da minha vida e ainda tem coragem de dizer que me ama? 

Enrico — Eu perdi a cabeça, Açucena. Tudo o que eu fiz foi por medo de te perder. (P) pense como estou me sentindo aonset trocado por uma mulher. Eu estou humilhado. 


AÇUCENA respira fundo. Ela olha fixamente para ENRICO. 


Açucena — Foi você mesmo que procurou por isso, Enrico. Quantas vezes eu tentei salvar o nosso casamento. Mas agora eu encontrei alguém que me ama de verdade. 

Enrico — Você não pode fazer isso comigo, Açucena. Você vai mesmo jogar os meus sentimentos na lata do lixo? É sério isso? 

Açucena — Eu não fiz nada, Enrico. Quem fez foi você. Durante anos eu sofri calada. Mas chega uma hora que a gente cansa. Já deu. 


ENRICO olha para AÇUCENA com muito ressentimento.


Enrico — (nervoso) Eu espero que você não se arrependa, Açucena. Porque eu vou fazer da vida daquela sapata um verdadeiro inferno. 

Açucena — Por um momento eu cheguei a acreditar que você estava arrependido, Enrico. Mas você não é capaz disso. Você é um hipócrita. Eu quero você blonge de mim. 


AÇUCENA vai embora deixando ENRICO ali sozinho. 

CORTA PARA/


CENA 10. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. TARDE

CASSIANO está ao celular e do outro lado da minha está ANA ROSA. O semblante do nosso protagonista é bastante sério. Na frente dele está LÍVIA que está muito apreensiva. A cada palavra que CASSIANO ouve de ANA RODA mais a situação vai ficando cada vez mais tensa e dramática. 


Cassiano — (ao celular/ tenso) O que você quer dessa vez, Ana Rosa? Devolve o meu filho enquanto você pode. Eu estou avisando.

Ana Rosa — (voz) Eu já disse o que eu quero, Cassiano. Eu quero me entregar com você. E dessa vez você finalmente vai ser meu. 

Lívia — O que essa infeliz da Ana Rosa está dizendo, Cassiano? Se eu ver ela na minha su nem sei o que eu sou capaz de fazer. 

Ana Rosa — (voz) Se você contar alguma coisa sobre isso para a sonsa da Lívia eu juro que você nunca mais vai ver o seu filho, Cassiano. 


CASSIANO fica bastante apreensivo. Logo depois ele e LÍVIA trocam olhares de muita preocupação e aflição. 


Cassiano — (ao celular) Você ainda acha que pode me exigir alguma coisa, Ana Rosa? RA Lívia está na minha frente e ela vai saber de tudo o que está acontecendo. (P) Eu posso até ir te encontrar, mas é só pelo meu filho.

Lívia — Essa mulher está ficando cada vez mais louca. Eu quero o meu filho de volta. 

Ana Rosa — (voz) Você fez a sua escolha, Cassiano. A gente se encontra mais tarde onde eu te vi a primeira vez. Eu espero que se lembre. 


ANA ROSA desliga a ligação. O semblante de CASSIANO demonstra toda a angústia que o nosso protagonista está sentindo nesse momento. Ele e LÍVIA se olham. 


Lívia — (aflita) O que você está pensando em fazer, meu amor? A Ana Rosa está demonstrando ser muito perigosa. Eu estou com medo de que algo te aconteça.

Cassiano — Você não tem nada com que se preocupar, Lívia. Eu jurei para você que iria trazer o nosso filho de volta. E é isso que eu vou fazer. Custe o que custar. 


LÍVIA segura as mãos de CASSIANO bem forte. Logo depois o silêncio predomina mostrando a tristeza de nossos protagonistas que estão muito preocupados. 

CORTA PARA/


CENA 11. PORTO DA AREIA. CAIS. EXTERIOR. TARDE

FRANCHICO está no cais do porto parado na frente do seu barco que está totalmente destruído depois do incêndio que aconteceu. Nesse momento ele sente alguém tocar em seu ombro. Quando se vira FRANCHICO Dayse cara com ZÉ BATALHA que está parado na frente seu filho e o encara. 


Franchico — (surpreso) Pai??? O que você está fazendo aqui? Deixa eu adivinhar. A Baby disse tudo o que tinha acontecido não é? 

Zé Batalha — Porque você não me contou antes o que tinha acontecido, meu filho? Eu poderia ter tentado te ajudar de alguma forma. 

Franchico — Tudo aconteceu tão rápido, pai. Eu nem tive tempo de pensar no que fazer. O Rubinho conseguiu acabar comigo.

Zé Batalha — Não fale assim, Franchico. Nós senore vivemos do que o mar nos proporciona e isso nunca vai mudar. Eu sei que você vai conseguir dar a volta por cima, meu filho. 


FRANCHICO fica bastante pensativo. ZÉ BATALHA olha para o seu filho de uma forma bastante carinhosa e gentil. 


Franchico — Eu não consigo entender o porquê do Rubinho me odiar tanto assim. Eu nunca fiz nada para ele que justifique isso. 

Zé Batalha — Essa resposta é mais simples do que você imagina, Franchico. O Rubinho está com o orgulho ferido. E isso acaba fazendo com que a gente faça coisas terríveis.

Franchico — Mas isso não é desculpa para ter incendiado o meu barco, pai. Quando é que o Rubinho vai aceitar que eu e a Baby a gente se ama. Ele precisa superar. 


ZÉ BATALHA percebe um brilho nos olhos de FRANCHICO. 


Zé Batalha — Não vai ser eu quem vai te dizer o que você deve fazer, meu filho. Mas toma cuidado com o Rubinho. Eu te peço isso. 

Franchico — Não se preocupe com isso, pai. Eu sei me cuidar muto bem. O Rubinho vai ter que aceitar que perdeu a Baby para sempre.


ZÉ BATALHA apenas observa seu filho. FRANCHICO está em um misto de certeza e tristeza pela perde de seu barco. 

CORTA PARA/


CENA 12. PENSÃO DE JOSEFA. SALA. INTERIOR. TARDE

JOSEFA está sentada no sofá da sala olhando com olhos ternura para JUCA que retribui todo o seu carinho. Nesse momento o PREFEITO ANÍBAL entra na pensão parecendo estar bastante angustiado. JOSEFA estranha o jeito dele e ela percebe que alguma coisa não está muito certa. 


Josefa — (intrigada) Aníbal??? O que você veio fazer aqui? Toda vez que você vem até a minha pensão quer dizer que algo aconteceu. O que houve dessa vez? 

Prefeito Aníbal — A Roseli sumiu, Josefa. Tem horas que eu não sei onde ela está. Eu estou começando a ficar muito preocupado. 

Josefa — Você tem certeza disso, Aníbal? Eu e ela levamos o Juca para passear mais cedo. Essa história está muito mal contada. 

Prefeito Aníbal — Eu estou com um mal pressentimento, Josefa. Eu tenho quase certeza que o Misael está por trás disso.


O PREFEITO ANÍBAL e JOSEFA ficam apreensivos. Logo depois JOSEFA pede para JUCA sair da sala da pensão.


Josefa — Você acha depois de tudo que aconteceu o Misael iria ter coragem de ir atrás da Roseli? Ele estaria se colocando em risco. 

Prefeito Aníbal — Disso eu não tenho a menor dúvida, Josefa. O Misael faria qualquer coisa para conseguir fugir com a Roseli. 

Josefa — Eu sou obrigada a concordar com você, Aníbal. Se a gente não fizer alguma coisa pode ser tarde demais. E além do mais não é justo que a Roseli fique longe do Juca. 


O PREFEITO ANÍBAL está bastante preocupado. JOSEFA olha para ele fe forma bastante séria. O clima está tenso.


Prefeito Aníbal — (sério) Eu já sei exatamente o que eu vou fazer. Eu vou atrás do Misael. Só tem um lugar que ele possa ter ido. Cuida do Juca. A Roseli iria querer isso de você.

Josefa — Toma cuidado, Aníbal. Eu sei muito bem como o Misael pode ser violento. E é claro que eu vou cuidar do Juca. Pode confiar. 


O PREFEITO ANÍBAL vai embora da pensão com muita pressa. A câmera mostra o semblante sério de JOSEFA.

CORTA PARA/


CENA 13. VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. SALA. INTERIOR. TARDE

SANDOVAL e CLARICE estão tomando uma xícara de café tranquilamente quando de repente EULÁLIA entra na casa de SANDOVAL com um semblante bastante angustiado. SANDOVAL e CLARICE olham para EULÁLIA e eles percebem que a situação é bem mais séria que eles pensam. 


Sandoval — Eulália…. O que foi que aconteceu? Eu posso ver no seu rosto que está acontecendo alguma coisa. Não adianta você tentar nos enganar. 

Eulália — Você tem toda a razão, Sandoval. E foi algo muito terrível. O Gregório conseguiu fugir da Delegacia. Ele está solto por aí.

Clarice — Mas como ele conseguiu fugir da Delegacia? Isso está muito estranho. 

Sandoval — Isso não pode estar acontecendo. Nenhum de nós estará a salvo enquanto esse maldito do Gregório estiver livre. 


SANDOVAL fica muito nervoso. Ele está indignado. 


Eulália — Eu sinto muito ter que trazer essa notícia para vocês, Sandoval. Mas isso ainda não é o pior. O Gregório está no casarão mantendo a Eleanor como refém. 

Clarice — O Gregório está totalmente fora de si. Ele não pode continuar fazendo essas coisas. 

Sandoval  — Eu vou até o casarão agora mesmo, Eulália. Eu não vou deixar que o Gregório consiga se dar bem no fim dessa história. 


CLARICE fica muito preocupada. Ela e SANDOVAL se olham por alguns longos segundos. EULÁLIA apenas observa. 


Clarice — (preocupada) Você tem certeza disso, Sandoval? O Gregório está ficando encurralado. Você pode estar dando motivo para ele querer se vingar de você. 

Sandoval — Eu tenho certeza disso, Clarice. Eu não vou deixar a Eleanor sozinha com aquele sádico do Gregório. Isso é o certona se fazer. E você sabe muito bem disso. 


O PREFEITO ANÍBAL vai embora da pensão totalmente decidido. A câmera mostra que JOSEFA está preocupada.

CORTA PARA/


CENA 14. CASARÃO DE ELEANOR. QUARTO. INTERIOR. TARDE

ELEANOR vai entrando em seu quarto e ela está sendo acompanhada por GREGÓRIO que continua com a arma apontada para ela. O clima de perigo está ficando ainda mais evidente. ELEANOR fica parada na frente de um quadro tem tem em seu quarto. GREGÓRIO se torna mais violento.


Eleanor — (apreensiva) O que você está querendo com tudo isso, Gregório? Eu já disse que eu não vou te dar absolutamente nada.

Gregório — Você está fazendo eu perder a minha paciência, Elenaor. Eu sei que você tem muitos dólares guardado nesse cofre. 

Eleanor — Porque você quer tanto esse dinheiro, Gregório? Você está querendo fugir? 

Gregório — É lógico que eu vou fugir. Eu cansei desse país de quinta categoria. Mas antes eu estarei presente quando a Lívia for condenada pela morte do Tom. 

ELEANOR fica muito nervosa. GREGÓRIO guarda a arma em sua cintura. Ela lhe dá um tapa na cara. 


Eleanor — Eu vou dizer isso pela última vez, Gregório. A Lívia é inocente. Não foi ela que matou o Tom. Eu tenho certeza absoluta. 

Gregório — Se você quer acreditar nisso então o problema é seu, Eleanor. Agora me dá o meu dinheiro. Eu não tenho tempo para isso. 

Eleanor — Você vai ter que me matar para isso, Gregório. Você nunca vai conseguir tirar o dinheiro desse cofre. Está me ouvindo? 


Sem perder muito tempo GREGÓRIO pega a arma em sua cintura e dá uma coronhada em ELEANOR que desmaia. 


Gregório — (ardiloso) Você achou menso que iria conseguir me impedir, Eleanor? Agora o seu dinheiro vai ser exclusivamente meu. 


GREGÓRIO tira o quadro da padre e abre o cofre. Os seus olhos brilham ao ver muito dinheiro dentro do cofre.

CORTA PARA/


CENA 15. PORTO DA AREIA. PENHASCO. EXTERIOR. FIM DE TARDE

A câmera mostra que ANA ROSA está parada na beira do penhasco. Logo depois um carro vem chegando até o penhasco e em seguida CASSIANO desce do carro. O nosso protagonista vai na direção de ANA ROSA que tem um sorriso ardiloso em seu rosto. CASSIANO se irrita. 


Cassiano — (gritando) Onde está o meu filho, Ana Rosa? Eu exijo saber onde ele está agora. 

Ana Rosa — Você teve todas as chances de fazer a coisa certa, Cassiano. Mas agora eu vou até o fim das consequências. Eu quero ver você e a Lívia totalmente destroçados. 

Cassiano — Você não brinca comigo, Ana Rosa. Eu não vou deixar você usar o meu filho para me atingir. Isso vai acabar agora. 

Ana Rosa — E quem disse que eu estou brincando, Cassiano. Você vai pagar caro por ter me desprezada. Essa vai ser a minha vingança. 


CASSIANO fica descontrolado. Ele se aproxima de ANA ROSA e a vilã sorri maliciosamente. CASSIANO se enfurece. 


Cassiano — Porque você não consegue aceitar que eu amo a Lívia? Essa sua obsessão já está indo longe demais, Ana Rosa. Já chega. 

Ana Rosa — Eu nunca vou aceitar isso. Você é meu, Cassiano. Se você não for meu não vai ser de mais ninguém. Está me ouvindo? 

Cassiano — Agora eu consigo ver o quão enlouquecida você está. Você precisa de ajuda profissional. Mas antes você precisa se entregar. Vai ser melhor assim. 


A loucura de ANA ROSA chega em seu ápice. A vilã olha para CASSIANO com muito ódio. CASSIANO a encara 


Ana Rosa — (fria) Nos chegamos até o fim da linha, Cassiano. Se depender de mim você não vai ficar com a Lívia. Não vai mesmo. 

Cassiano — Você está completamente fora do seu juízo perfeito, Ana Rosa. Eu não vou a ligar nenhum com você. Eu quero o meu filho. 


ANA ROSA continua a beira da loucura. CASSIANO tenta convencer a vilã em contar onde seu filho está, mas ANA ROSA está cada vez mais fora de controle. 


A imagem congela no olhar sério de CASSIANO. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo. 





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