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FAÇA A SUA SORTE - CAPÍTULO 21 | ÚLTIMAS SEMANAS

 


CENA 1. MANSÃO DE MARISOL. INT. MADRUGADA

O clima de tensão entre Romina e Marisol continua.

 

ROMINA - (com o revólver em punho, ameaçadora) Se você correr, Marisol, eu atiro para matar. Senta, agora!

 

Marisol, tremendo de medo, levanta as mãos lentamente em rendição e obedece, sentando-se no sofá.

 

MARISOL - (com a voz trêmula) Por favor, Romina, não faça isso. Podemos resolver isso de outra maneira.

ROMINA - (com um riso amargo) Resolver? Você acha que pode resolver o que fez? Você me arruinou, Marisol! Por sua culpa, estou à beira de me tornar uma assassina!

 

Marisol respira fundo, tentando manter a calma diante da situação cada vez mais tensa.

 

MARISOL - (com um semblante sério) A culpa de suas desgraças é sua, Romina. Você sempre foi uma bandida, e sabe disso.

 

Romina avança em direção a Marisol.

 

ROMINA - (com fúria contida) Eu sou uma bandida? E você, Marisol? Você roubou aqueles diamantes! Você é tão culpada quanto eu!

 

Marisol não recua, mantendo-se firme diante das acusações de Romina.

 

MARISOL - (com um sorriso irônico) Crime por crime, Romina. Mas a sua ficha é bem mais extensa do que a minha. Comparada a você, eu sou uma carmelita descalça.

 

Romina se enfurece e aponta a arma para Marisol.

 

ROMINA - (gritando) Não me faça rir! Você não é melhor do que eu, Marisol. Nesse momento, você está tão por baixo quanto eu! Eu preciso de um tempo para pensar o que vou fazer com você antes de te mandar para o quinto dos infernos.

MARISOL – (sem entender) Como assim?!

ROMINA – (sarcástica) Meu amor a morte é pouco para toda a confusão que você me causou. Antes de te matar, vou te fazer sofrer bastante. Pode apostar!

 

 

CENA 02. TRANSIÇÃO MADRUGADA – DIA

 

CENA 03. MANSÃO DE MARISOL. SALA DE ESTAR. MANHÃ

Marisol está deitada no chão da sala, roncando alto, quando é bruscamente acordada pelo impacto de um balde de água gelada sobre ela. Ela se senta, completamente encharcada e aturdida, olhando em volta com os olhos arregalados de surpresa.

 

MARISOL - (assustada) O que diabos está acontecendo aqui?!

 

Romina está parada diante dela, com um sorriso sádico no rosto. Ao lado dela, um homem alto e imponente, com uma expressão sombria, observa a cena.

 

MARISOL  - (com a voz trêmula) Quem... quem é esse?

ROMINA - (com desprezo) Marisol, conheça Valfredo. Ele é um velho amigo e vai ficar de olho em você enquanto eu saio para fazer algumas compras.

 

Marisol está visivelmente perturbada pela presença do estranho.

 

MARISOL - (inconformada) Você pretende ficar aqui?

 

Romina solta uma risada irônica, seus olhos brilhando com malícia.

 

ROMINA - (zombeteira) Ah, Marisol, você é engraçada. Esta mansão, assim como tudo o que tem dentro dela, foi comprada com os diamantes. Eu tenho total direito de estar aqui.

 

Marisol fica chocada com a revelação, incapaz de acreditar no que está ouvindo.

 

MARISOL - (incrédula) Mas era só o que me faltava.

 

Romina não responde diretamente. Em vez disso, ela estende a mão para Marisol.

 

ROMINA - (exigente) O seu cartão de crédito, por favor.

 

Marisol franze a testa em desaprovação, mas finalmente cede e entrega seu cartão a Romina.

 

ROMINA  - (triunfante) Muito bem. E o seu celular também, por favor.

 

Marisol olha confusa para Romina enquanto ela tira o celular de sua cintura.

 

MARISOL - (perplexa) O que você quer com o meu celular?

 

Romina entrega o celular a Valfredo, que o pega e, com um único movimento, o esmaga com a mão.

 

MARISOL - (horrorizada) Animal...

ROMINA - (com um sorriso sombrio) Considere isso um aviso, Marisol. Se você pensar em fugir, Valfredo fará a mesma coisa com você.




 

CENA 04. RESTAURANTE. INT. MANHÃ

Marsala está sentada em uma mesa do restaurante, saboreando seu café da manhã tranquilamente, quando de repente, o Fantasma de Gerson, surge ao seu lado, fazendo caretas.

 

FANTASMA DE GERSON - (com uma risada) Olá, querida!

MARSALA - (soltando um grito surpreso) Ah! Gerson! O que você está fazendo aqui?

 

Os outros clientes olham em volta, surpresos com a cena.

 

GARÇOM - (se aproximando) Bom dia, senhora! Posso ajudá-la em algo mais?

MARSALA - (com um suspiro) Eu pensei que estava livre de você faz tempo!

GARÇOM - (sem entender) Desculpe, senhora, não entendi!

 

Marsala fica vermelha de vergonha enquanto tenta explicar a situação.

 

MARSALA - (com um sorriso nervoso) Não, não, é que... é uma longa história.

GARÇOM - (com um olhar confuso) Certo... Mais alguma coisa que eu possa trazer para a senhora?

 

Marsala revira os olhos, envergonhada, enquanto o Fantasma de Gerson solta risadinhas ao redor dela.

 


GARÇOM - (confuso) Desculpe, senhora, eu ainda não entendi...

MARSALA - (tentando se explicar) É uma longa história, sabe? Meu marido, Gerson, faleceu há algum tempo e... aparentemente, ele decidiu voltar para me atormentar agora.

GARÇOM - (olhando ao redor, nervoso) Ah, entendi... Eu... acho...

FANTASMA DE GERSON - (com um sorriso travesso) Ah, querida Marsala, você nunca se livrará de mim!

MARSALA - (bufando) Isso parece mais uma maldição do que uma visita espiritual...

GARÇOM - (tentando manter a compostura) Bem, senhora, quanto a seu marido... posso trazer mais alguma coisa para ele?

FANTASMA DE GERSON - (entusiasmado) Ah, uma xícara de café, por favor! Sem açúcar, é claro.

MARSALA - (revirando os olhos) Eu realmente preciso de mais café...

GARÇOM - (desconcertado) Entendi, senhora!

 

Marsala solta um suspiro resignado enquanto o garçom se afasta, ainda visivelmente confuso com a situação.

 

MARSALA - (dirigindo-se ao Fantasma de Gerson) Você realmente acha isso engraçado, não é?

FANTASMA DE GERSON - (com um sorriso travesso) Ah, Marsala, a vida após a morte não poderia ser mais divertida!

 

CENA 05. TRANSIÇÃO MANHÃ – TARDE

 

CENA 06. MANSÃO DE JULIANO. QUARTO PRINCIPAL. TARDE

A luz do sol entra suavemente pela janela do quarto de Inara, iluminando o ambiente enquanto ela observa pela janela a babá com Clarinha nos braços, indo em direção à creche. Seus olhos se enchem de lágrimas.

 

INARA - (com a voz embargada) Oh, Clarinha...

 

Ela caminha lentamente até a cama e passa a mão no travesseiro ao lado, onde Juliano costumava dormir.

 

INARA - (com tristeza) Como eu sinto sua falta, meu amor...

 

A dor da solidão se torna palpável, e Inara se levanta da cama com dificuldade, lutando contra as lágrimas que ameaçam cair a qualquer momento. Ela decide descer as escadas, buscando uma distração para sua tristeza.

 

INARA - (soluçando) Eu não aguento mais essa solidão...

 

Ela desce as escadas lentamente, olhando ao redor da mansão vazia, onde cada canto parece ecoar com a ausência de Juliano.

 

INARA - (entre soluços) Tudo está tão vazio sem ele...

 

A dor a consome.

 

INARA - (com determinação) Eu preciso sair para espairecer um pouco se não vou enlouquecer...

 

CENA 07. MANSÃO DE JULIANO. EXT. FRENTE. TARDE

Ao sair da mansão, Inara fica surpresa ao ver Romina passando pela rua, carregando algumas sacolas. Seus olhares se encontram por um breve momento antes de Romina decidir seguir em frente.

 

INARA - (gritando) Ô vadia!

 

Romina para por um instante, encarando Inara com uma expressão de desinteresse.

 

ROMINA - (com voz firme) O que você quer, Inara?

INARA - (com raiva) Eu sei muito bem por que você está aqui! Você está rondando a casa, esperando encontrar Juliano!

 

Romina respira fundo e caminha em direção a Inara, tentando manter a calma diante das acusações de Inara.

 

ROMINA - (com calma) Não, Inara. Eu não estou aqui por causa do Juliano.

INARA - (debochando) Ah, claro que não! Você sempre teve coisas mais importantes para fazer do que perseguir um homem, não é mesmo?

ROMINA - (com seriedade) Sim, Inara. Eu tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar me rastejando por macho, ao contrário de você.

 

A raiva toma conta de Inara e ela levanta a mão, como se fosse bater em Romina, mas se contém a tempo.

 

ROMINA - (advertindo) Tome cuidado com o que vai fazer, Inara.

 

Inara respira fundo, tentando controlar suas emoções, enquanto Romina se vira para ir embora.

 

INARA - (segurando Romina) Espere!

 

Romina para e olha para Inara com curiosidade.

 

INARA - Eu estava pensando mesmo em procurar você, pois tenho uma proposta.

ROMINA – E o que te faz pensar que eu teria interesse em qualquer proposta vinda de você?

INARA – Romina, a proposta que vou fazer é, com certeza, do seu interesse.

 

Romina a encara, esperando que ela continue.

 

INARA - Eu devolvo a guarda de Clarinha para você. Em troca, você desaparece da vida de Juliano.

 

A fisionomia de Romina muda.

 

Inara - Eu quero que você suma de uma vez por todas do mapa!

 

Romina a encara de maneira estarrecida.


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