CAPÍTULO 38
Criada e Escrita por ANDIE ARAÚJO
Diretor de Núcleo DENNIS CARVALHO
CENA 01.SALA DE ESTAR/ CASA DE ROSA. INT. NOITE.
Continuação do capítulo anterior. Toque no celular. Rosa desesperada atende, cabisbaixa, desanimada.
ROSA (cel): Marinho! Eu tô louca. Cadê você?
Rosa ao celular, espera uma resposta.
ROSA (cel): Fala, Marinho!
MARINHO EM OFF: Eu… eu tô te esperando aqui fora!
ROSA (cel): Como assim?
Rosa sai para a rua e vê Marinho encostado em um carro preto, todo charmoso, bem arrumado. Rosa abre um sorriso feliz.
ROSA: Meu amor! Eu já estava arrancando os cabelos!
Marinho ri. Rosa se aproxima e o beija.
MARINHO: Gostou da surpresa?
Rosa balança a cabeça, afirmando.
MARINHO: Fiz tudo com a ajuda daqueles dois ali!
Marinho aponta para Janaína e Gilson abraçados observando eles. Rosa emocionada.
MARINHO: Vamos para o jantar premiado?
ROSA: Sim.
Marinho cavalheiro, abre a porta do carro para Rosa entrar. E logo partem.
Corta para:
CENA 02. SALA DE ESTAR/ COBERTURA DE TERESA. INT. NOITE.
Continuação da cena 09, capítulo anterior. Reação de Leandro surpreso com a pergunta da avó.
LEANDRO: Aprontar? Eu não aprontei nada.
TERESA: Não mente para mim! Eu te conheço. Eu criei você desde que sua mãe morreu e além disso você prometeu se vingar daquela vagabunda.
LEANDRO: Tá louca, vó!
TERESA: Não mente, Leandro. Foi você.
LEANDRO: E daí, se foi eu? Não vai dar em nada!
TERESA: Isso é caso de polícia, Leandro. Você humilhou publicamente uma pessoa e quase levou essa mulher à morte.
LEANDRO: Não faz drama, vó. Agora tá resolvido: ela provocou a morte da minha mãe e eu provoquei a morte do filho dela.
TERESA surpresa: Oi? Ela estava grávida?
LEANDRO: Tava, mas o traíra não sabia. O Miro me contou. O cara ficou abalado e tudo.
TERESA perplexa: Como você é sádico! Eu criei um monstrinho…
LEANDRO: (risos) Sou um anjinho, vó!
TERESA: Isso pode respingar em você se descobrirem…
LEANDRO: Não deixei rastros, vó. Fica tranquila.
Leandro beija a testa da idosa e sai para o quarto. Teresa fica grilada.
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CENA 03. SALA DE ESTAR/ APART DE VICENTE. INT. NOITE.
Vicente pondo a mesa. Miguel ali sentado. Os dois bem animados.
VICENTE: Eu fiz um macarrão básico para comemorarmos o nosso beijo!
MIGUEL: Só de estar aqui com você, estou muito feliz! Feliz pela primeira vez depois da desilusão que tive.
Vicente o beija.
Corta para:
CENA 04. RESTAURANTE PARISON. INT. NOITE.
No meio do salão, alguns casais dançando uma música intimista. Em primeiro plano, sentados à mesa, Marinho e Rosa, já terminaram o jantar. Começa a tocar “The Closer I Get To You - Luther Vandross, Beyoncé”.
ROSA: Eu gosto dessa música! Dança comigo.
MARINHO: Sim.
Marinho a acompanha. Os dois bailam romanticamente. Ela põe a cabeça sobre o ombro do amado. Ao longo da dança, eles se olham, admirados um com o outro. Um beijo sela a cena. Ela deixa até as lágrimas cair.
Corta para:
CENA 05. SALA DE ESTAR/ APART DE LEONARDO. INT. NOITE.
Leonardo já abrindo a porta. Nanda se joga nos braços do amado. Ela o beija, mas ele desvencilha, é frio.
NANDA percebe: Que foi?
LEONARDO: Precisamos ter uma conversa. É melhor a gente não adiar…
NANDA: Não tô entendendo, meu amor…
LEONARDO: Você trata como se fosse minha dona, minha carcereira. Isso não tem cabimento! É uma situação desagradável.
NANDA: Eu amo você, Léo. Eu fico insegura com esse seu jeito frio de me tratar!
LEONARDO: Sempre foi insegura!Eu não gosto desse seu jeito de me controlar, vigiar cada passo , cada momento meu! Eu não pertenço a você. Estamos juntos porque havia uma certa atração, desejo, afinidades
NANDA: Havia?
LEONARDO: Você tornou a nossa relação agradável, gostosa, em algo asfixiante, uma prisão. Eu não sei viver sem oxigênio, Nanda!
NANDA: Eu pensei que você queria casar comigo, viver uma relação de verdade.
LEONARDO: Eu não quero te enganar, Nanda, eu não quero mais viver nessa relação.
NANDA: Você está terminando comigo?
LEONARDO: É o melhor pra nós dois! Eu tô amando outra.
NANDA: Eu sempre te amei! Eu fui sua amante por anos, esperei aquela mulher morrer para você me jogar assim no lixo?! Eu te odeio, Léo!
Nanda pega sua bolsa e sai.
Corta para:
CENA 06. RIO DE JANEIRO. DIA.
Ao som de “Bela Flor - Maria Gadú”. Maracanã, Lagoa Rodrigo de Freitas, Cristo Redentor, Pão de Açúcar. Terminando na Fachada da floricultura.
Corta para:
CENA 07. FLORICULTURA. INT. DIA.
Baixinho e Jasmin no balcão em conversa já iniciada. Margarido no corredor atendendo um cliente.
JASMIN: Manda um abraço para a Zu e diz que todos aqui sente falta dela!
BAIXINHO: Pode deixar.
JASMIN: Minha mãe fez esse bolo para ela.
BAIXINHO: Ela vai gostar muito!
Baixinho sai. Margarido se aproxima do balcão.
MARGARIDO: O preço do aluguel está exorbitante! Temos que reunir o pessoal e ver o que vamos resolver.
JASMIN: Pai, isso tudo que tá rolando com a Dona Tônia tá muito estranho! Acho que deveria ser acionado a polícia.
MARGARIDO: Concordo, meu amor.
Uma senhora se aproxima da dupla. Margarido vai atendê-la, em off.
Corta para:
CENA 08. SALA DE VISITA/ PRESÍDIO FEMININO. INT. DIA.
Baixinho e Zu saindo de um abraço. Uma carcereira na porta.
ZU: Sempre é bom te ver, meu amigo.
BAIXINHO: Todos te mandaram abraços e beijos.
ZU: Até Dona Tônia?
BAIXINHO: Então, tá tudo muito esquisito, Zu. A gente não vê ela tem semanas.
ZU: Como assim? Explica melhor isso, Baixinho.
BAIXINHO: Ela sumiu, disse que foi fazer uma viagem. Acredita que ela deixou um Escritório de Advocacia cuidando dos aluguéis?
ZU: Isso tá me cheirando a pilantragem daquela cachorra!
BAIXINHO: Cachorra? A Solange?
ZU: Ela mesma!
BAIXINHO: Esquece. Ela tá acima de qualquer suspeita. Tá trabalhando que nem uma condenada! Sai cedo e volta tarde.
ZU: Trabalhando? (Riso sarcástico)
BAIXINHO: Ela começou a trabalhar um pouco antes disso tudo acontecer com a Dona Tônia.
Zu fica grilada. Os dois continuam a conversa em off.
Corta para:
CENA 09. RESTAURANTE PARISON. INT. DIA.
Ao som de “Water - Tyla”. Dinorá e Helena almoçam. As duas conversam felizes, gargalham, tudo fora de áudio.
Um homem (Xando Graça) se aproxima da mesa delas de modo bem agressivo.
HOMEM: Duas macacas! Preta vagabunda!
DINORÁ: Mas eu não fiz nada!
HOMEM: Cala a boca senão eu quebro sua cara!
Os outros clientes observam a cena, surpresos, mas nada fazem.
HOMEM ameaça: Velha macaca tava rindo de mim! Eu vou quebrar sua cara!
HELENA: Olha como você fala da minha mãe, seu racista!
Helena se levanta e vai em direção à porta.
HELENA aos gritos: Socorro! Socorro! Tem um homem agredindo minha mãe!
Helena em desespero.
Corta para:
CENA 10. SALA DE ESTAR/ APART DE COPACABANA. INT. DIA.
Abrir de porta. Solange guiando a cadeira de rodas, ela é bruta. Solange empurra a cadeira de rodas com forças contra a parede fazendo Tônia cair no chão.
TÔNIA resmunga: Ai.
SOLANGE: Não doeu nada velha chata!
Solange levanta Tônia, que mesmo sem muita força morde a mão de Solange.
SOLANGE: A anta morde? Vaca!
Solange estapeia Tônia.
SOLANGE irritada: Pra aprender!
Tônia chora. Solange ri diabolicamente.
SOLANGE: Tá na hora do remedinho.
Solange pega uma garrafa de suco na geladeira, também pega um copo, esfarela uma cápsula de calmante e mistura ao suco.
SOLANGE: Bebe tudo, entendeu?
Solange força Tônia a beber o suco.
A cena congela, um esfumaçado azul, como se fosse uma neblina.
FIM DO CAPÍTULO
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