PARTES DE MIM
CAPÍTULO 24
Criada e Escrita por Thiago Celestino
Escrita com: Ezel Lemos e Andie Araujo
Produção Executiva: Ranable Webs
CENA 01. HOSPITAL MARESIAS. INT. DIA.
Continuação da cena 07, capítulo anterior. Gael sente uma dor de cabeça e leva a mão na cabeça tentando segurar a dor. Diego fica preocupado.
DIEGO: O que será isso, doutor?
ALTAMIR: Não sei te dizer.
Gael tem um leve desmaio. Pânico de Diego.
Corta para Gael deitado na cama hospitalar. O médico chega com alguns exames em mãos. Diego ali preocupado.
DIEGO: E então, doutor, teve alguma coisa?
ALTAMIR: Estranho que ele está bem! Os exames estão ótimos.
DIEGO: Eu, hein.
Gael acorda, agitado.
GAEL: Eu lembrei de tudo, Diego. O que aconteceu comigo, tudo. O meu irmão armou para cima de mim e foi culpa dele eu estar nesse estado. Eu vou me vingar do Eduardo, ah se vou!
Gael olha determinado. Diego apenas o observa.
Corta para:
CENA 02. DELEGACIA DE POLÍCIA. INT. DIA.
Genésio e Lucrécia sentados no sofá da sala de espera. Eles em conversa já iniciada. Ela com um copo descartável de água.
LUCRÉCIA hesitante: Acho que a pressão baixou. Eu acho melhor marcar um outro dia, querido.
GENÉSIO: Lucrécia, o que está havendo?
LUCRÉCIA: Eu sei que com a minha declaração eu posso estar jogando o meu filho na cadeia. Não posso dizer que o Eduardo era brigado com o Gael. Não posso deixar meu filho ser preso, meu amor.
GENÉSIO: Não é questão de colocar ou não o Eduardo na cadeia, e sim falar a verdade.
LUCRÉCIA: Mas essa verdade fará com que meu filho não me perdoe, Genésio.
GENÉSIO: O que há com você? Sempre foi sensata e agora fica defendendo o Eduardo?
LUCRÉCIA: É amor de mãe, Genésio. A mãe protege por mais que o filho seja o pior ser humano.
GENÉSIO: Eu vou dar o meu depoimento. Contar o que sei.
Policial adentra a sala chamando por Genésio. Genésio o acompanha e Lucrécia fica ali pensativa.
Corta para:
CENA 03. SÃO PAULO. EXT. DIA/NOITE.
A noite cai na selva de Pedra Paulistana.
Ao som de "Forever Young - Alphaville".
O trânsito caótico da hora do rush, Avenida Paulista parada, buzinadas de um lado para outro. A vida boêmia da Vila Madalena. Fachada de Boate.
Corta para:
CENA 04. BOATE. INT. NOITE.
A CAM mostra a agitação da noite paulistana. Pessoas dançando na pista, outras no balcão conversando, degustando bebidas. O foco é em Leona e Lucas, os dois conversando, rindo, bem animados.
LUCAS: Só você para me arrastar pra cá!
LEONA: Lembra que aqui é a nossa boate favorita?
LUCAS: Sim. Claro. A gente arrasava na pista!
LEONA: Arrasava? Ué, enferrujou?
LUCAS: É que passei a ser mais caseiro, sabe. Eu e a Carla…
LEONA: Não! Esse passado aí não quero saber! (Ela pega na mão dele): Vem, vamos recordar o nosso passado!
Leona puxa Lucas para a pista de dança. Toca . Os dois dançam juntos, bem sensual.
A CAM foca em Carla e uma amiga, Dandara, chegando na Boate. Carla levemente incomodada.
CARLA: Tanto tempo que não venho a uma Boate! Acho que não estou no clima!
DANDARA: Para, amiga! Vamos distrair a mente. Você precisa sair mais, só vive enfurnada naquela casa pensando no Lucas.
CARLA: Eu me separei, tá!
DANDARA: Você ama ele e só está insegura. Você deveria conversar com ele para saber sobre aquele lance lá daquela outra.
Carla e Dandara vão adentrando para o interior da Boate. Elas vão caminhando enquanto Dandara já vai paquerando alguns rapazes. Os olhos de Carla congelam ao ver Lucas e Leona dançando no meio da pista de dança.
Um olhar decepcionado dela, Carla deixa uma lágrima cair.
Sonoplastia:
Corta para:
CENA 05. QUARTO DE HOTEL/ HOTEL MARESIAS. INT. NOITE.
Diego e Gael em um quarto. Diego acaba de repousar uma mala no chão.
DIEGO: Olha, Gael, vamos ficar nesse hotel aqui por enquanto! Vamos dividir esse quarto hoje, ok?
GAEL: Tudo bem! Amanhã cedo quero ir ver Tia Jurema, mó saudades dela!
DIEGO: Imagino, vocês ficaram esse tempo sem se falar?
GAEL: É. Desde que me mudei para Sampa, eu não tenho contato com ela, falo mais com a minha prima, Helena, ela tem até passado um tempo lá na Mansão do meu pai.
DIEGO: E falando em São Paulo, você tem certeza que será seguro voltar pra cidade?
GAEL firme: Isso eu faço questão. Meu irmão precisa de uma lição bem dada!
Ele se mostra bem determinado.
Corta para:
CENA 06. FACHADA/ CASA DE JUREMA. EXT./ INT. DIA.
Gael e Diego chegam à frente da casa. Gael esperançoso, alegre. Diego fica admirando enquanto ele fala.
GAEL: Aqui é onde passei minha vida inteira antes de me mudar para São Paulo. Venha, tia Jurema deve tá aí.
Os dois se encaminham até a porta. Gael bate na porta.
GAEL chama: Ô de casa!
Um silêncio de início. Gael bate palmas e nada.
DIEGO: Será que ela saiu?
GAEL: Mas ela não é muito de sair, não. Ô de casa!
A porta se abre e uma senhora os atende.
SENHORA: Pois não?
GAEL estranhando: Cadê Tia Jurema?
SENHORA: Jurema? Não conheço ninguém com este nome! Enganou de casa, meus jovens.
GAEL: Não. Essa casa é da Tia Jurema! Essa casa é minha!
SENHORA: Essa casa é minha! Meu marido comprou de papel passado e tudo. Com licença!
A senhora vai fechar a porta, mas Gael impede.
GAEL confuso: Comprou? Como assim?
Gael fica estarrecido.
Corta para:
CENA 07. FACHADA/ CASA DE JUREMA. EXT./ INT. DIA.
A senhora já com Gael e Diego dentro da casa. Ela serve café para eles.
GAEL: Diga, como a senhora comprou essa casa?
SENHORA: Foi uma tal de Helena. Ela vendeu a casa para nós com tudo dentro.
GAEL: A Helena? E tia Jurema?
SENHORA: Essa eu não conheci.
GAEL: A Helena disse que tinha vindo ver a tia Jurema. Eu lembro!
DIEGO: Não conhece alguém com quem vocês tivessem contato?
GAEL: Tem. O Padre Olavo!
Gael pensativo.
Corta para:
CENA 08. SALA DE ESTAR/ MANSÃO RANGEL. INT. DIA.
Lucrécia vem da sala de jantar. Carla ali esperando.
LUCRÉCIA: Carla, querida!
CARLA: OI, Lu.
Lucrécia abre os braços e abraça Carla.
LUCRÉCIA: Saudades, querida. Vem tomar um café conosco. Já pedi para a empregada chamar o Lucas para você. E o Arthur, por que não veio?
CARLA: Ele foi para a escola e vim ter uma conversa séria, bem séria com o Lucas.
Lucas desce o lance de escadas e vai cumprimentar Carla, que logo se esquiva.
A Cena escurece.
FIM DE CAPÍTULO.
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