7º Capítulo
(CENA 1 – Madrugada – Hospital de Serra Dourada)
Danilo – A senhora está delirando? Eu não posso ser seu filho! Porque meus pais já morreram.
Renata – Não Filho! Eu disse a sua avó que era para me tratar como morta para você, eu tenho certeza que sou sua mãe.
Danilo – Por que a senhora fez isso? A vida toda eu fiquei achando que nunca ia conhecer os meus pais, depois que minha vó morreu, eu não tive mais ninguém.
Renata – Eu queria pedir o seu perdão, me perdoe!
Danilo – Eu não sei se posso, vou pensar. (Danilo sai de lá)
Renata – Danilo! Volte aqui...por favor! (Renata chora)
(CENA 2 – Manhã – Mansão San Roman)
(No telefone)
Alessandra – Otávio, pelo amor do Senhor Jesus, cala essa boca! Nada justificará a sua traição...então é assim?...passar bem...infiel! (Alessandra desliga) Não é possível que eu tenha tanto azar assim para ter um namorado.
Malvina – Então filha, já se foi outro namorado?
Alessandra – Mamãe?! Eu já disse que Deus não gosta que fiquem escutando atrás da porta.
Malvina – Os anjos do senhor estavam vendo que era para uma boa coisa, amem!
Alessandra – Isso não justifica!
(CENA 3 – Manhã – Mansão San Roman)
Fernando – O que será que tem nesse diário que aquele homem me entregou?
(Fernando abre o diário)
Fernando – Meu querido diário? Por que ele me entregou um simples diário?
(Fernando começa a ler o diário)
Mãe de Fernando – Nunca consegui entender a razão do Estevão não me reconhecer como a mãe dos seus filhos, querendo ou não eu mereço os conhecer...
Fernando – Mamãe? Essa é o diário da minha mãe!
(Fernando lê mais ainda)
Mãe de Fernando – Se alguém estiver lendo esse diário, por favor, diga a ele que eu o perdoo por ter me agredido quando estava grávida e também o perdoo por quase ter me matado, o diga, por favor! Diga a ele que eu só quero ver os meus filhos...
Fernando – Por que o meu pai nunca nos mostrou a mamãe? Por que ele batia nela?
(Ele lê outra página)
Mãe de Fernando – Estevão...eu prometo que nunca vou lhe denunciar por ter matado o Dono da “Corporação X”, se você deixar eu ver os meus filhos, eu só te peço isso!
Fernando – Mamãe...o que o papai lhe fez... (Fernando chora) agora...além de descobrir que você batia na minha mãe, ainda era um assassino...
(CENA 4 – Tarde – Corporação X)
Joyce – Senhor X!
Sr. X – O que você quer Joyce?
Joyce – Tem uma senhora aqui lhe procurando, o nome dela é... Renata Lizalde
Sr. X – Renata Lizalde?! Essa mulher estava internada...deixe a entrar!
Joyce – Okay Senhor!
(Renata entra)
Renata – O que você queria lá na casa dos San Roman? Maldito infeliz!
Sr. X – Não permito que fale comigo assim! Se acalme ou irei chamar os seguranças, velha louca!
Renata – Você não pode deixar eles em paz? Já não basta ter acabado com a vida da...
Sr. X – Cala a boca!
Renata – Eu não vou calar! Você matou a sua própria namorada por ter te traído com o Estevão, além do mais, como se não bastasse ainda tem que ficar perturbando essa família.
Sr. X – Eu não fiz nada que ela e ele não merecessem, eles só pagaram com a vida até agora, mas as crias deles ainda estão em perfeito estado...por enquanto!
(Renata se aproxima do Sr. X)
Renata – Você não vai encostar neles! (Renata segura-o pela a gola)
Sr. X – Me solte! Se não quiser que todo mundo também saiba que você se ofereceu para o Estevão!
(Renata solta ele)
Renata – Eu sei que você tem algo a ver com a morte do Estevão, só não sei como, mas sei que tem...por sua culpa a Diana vai apodrecer naquele Hospital Psiquiátrico, o que você fez? Por que eu tenho certeza que ela não matou o próprio pai.
Sr. X – Você sabe que aquela menina usava drogas! Ela matou o próprio pai, você querendo ou não.
Renata – Você matou o pai do meu filho e eu vou provar isso...
(Renata sai de lá)
Sr. X – Joyce!
Joyce – O que deseja senhor?
Sr. X - Eu quero que tente entrar em contato com a Bárbara, eu tenho um trabalhinho para ela, quando consegui entrar em contato pode passar diretamente para mim.
Joyce – Entendido Senhor!
(CENA 5 – Tarde – Hospital Psiquiátrico)
Enfermeira – Senhorita Diana, é melhor comer se não a senhora vai passar mal.
Diana – Eu não matei o meu pai...eu não matei o meu pai...eu não matei o meu pai...eu não matei o meu pai...
(A enfermeira sai dali)
Enfermeira – Sr. Carlos...acho que a paciente está precisando de mais uma dose diária de remédios.
Carlos – Aquela louca só dá trabalho, mas ela vai parar de dar trabalho agora mesmo...você verá! Enfermeiros! Me ajudem com o estado da senhorita San Roman, pro quarto dela agora!
(Carlos e os enfermeiros entram no quarto de Diana)
Diana – Quem são vocês?! Cadê o Fernando?!
Carlos – Segurem ela!
(Os enfermeiros seguram Diana)
Diana – Não! Não! Me soltem! Me soltem! (Diana fica gritando para eles as soltarem e ela fica tentando se soltar)
Carlos – Pode ficar caladinha! Você irá ficar bem calminha...
Diana – Não! Eu não quero mais remédio! Eu não estou louca!
(Carlos puxa uma seringa do bolso e tentam injetar em Diana)
Diana – Me soltem! Me soltem! (Diana consegue se soltar e quando se solta a seringa fura o braço de Carlos. Diana sai correndo do quarto)
Carlos – Segurem essa louca! Não deixem ela escapar!...aí como isso dói.
(Os enfermeiros vão atrás de Diana)
(CENA 6 – Tarde – Mansão San Roman)
(O telefone de Bárbara toca)
Bárbara – Alô!
Sr. X – Bárbara...eu te liguei por que tenho outro trabalho para você.
Bárbara – E qual seria esse trabalho?!
Sr. X – Eu queria que você desse um fim na maldita Renata Lizalde.
Bárbara – Por que você quer que eu mate a Renata?
Sr. X – Ela ousou me desafiar e você sabe que ninguém me desafia.
Bárbara – Entendido senhor, aquela mulher não vai mais lhe pertubar.
(CENA 7 – Noite – Praça Beira-Mar)
Danilo – Eu espero não me arrepender de ter chamado a Renata para nos encontrarmos aqui. Será que ela merece uma chance Alonso?
Alonso – Talvez ela mereça uma chance Danilo! Além do mais, ela é a sua mãe e...
Diana – Socorro! Socorro!
Danilo – Aquela moça parece que está precisando de ajuda! Vamos ajudá-la! (Danilo vai ajudar Diana)
Diana – Eles querem me pegar! Eles querem me pegar!
Danilo – Você está bem agora! Se acalme!
Alonso – Danilo, a sua mãe já chegou!
Diana – Renata?! É a minha babá! Babá!
Renata – Diana? Querida!
(Renata estava atravessando a rua quando do nada alguém dá um tiro que atinge o seu peito)
Danilo – Mamãe!
(Danilo grita, se desespera e vai ajudá-la)
Danilo – Mamãe...você não pode me deixar agora que eu lhe conheci...
Renata – Você ter me chamado de Mamãe já valeu uma vida inteira...
(Danilo começa a chorar, enquanto ele chorava o sangue que jorrava do peito de sua mãe escorria pelo os seus braços...)
Danilo – Mamãe...
(Danilo chorava mais ainda enquanto sua mãe morria nos seus braços até o fim...acabou a agonia, acabou a dor, acabou uma vida...)
(FIM DO 7º CAPÍTULO)
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