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A Promessa - Capítulo 22


A Promessa
CAPÍTULO 22

webnovela de
FELIPE LIMA BORGES

escrita por
FELIPE LIMA BORGES

livre adaptação do livro de Rute

No capítulo anterior: Salmon e Raabe, tios de Neb, chegam à cidade junto com seu filho Boaz e seu servo Josias. Salmon considera Elimeleque como sobrinho, e conta que veio para Belém em prol do futuro de seu filho. Diz que lutarão para reerguer a cidade. Elimeleque, Noemi, Malom e Quiliom partem. Rute sonha que Aylla é sacrificada aos deuses e acorda assustada. Ao perceber que já amanheceu, ela chama a menina e a leva pelo corredor. Orfa acorda e as nota. No corredor, Myra aparece e surpreende Rute e Aylla, e questiona a sacerdotisa.

FADE IN:

CENA 1: EXT. CAMPOS – AMANHECER

Até onde se pode ver, não há coisa alguma no campo para se aproveitar, apenas o gramado e montes. A família de Elimeleque continua a caminhar por essa grande terra.
Na carroça onde estão os pertences da família, Noemi vai sentada. Elimeleque guia o cavalo e Malom e Quiliom vão levando as ovelhas.
ELIMELEQUE
Podemos aproveitar pra avançar até próximo do sol à pino. E então paramos pra comer algo que eventualmente encontrarmos...
QUILIOM
“Eventualmente”...
MALOM
Não será fácil...
ELIMELEQUE
Ânimo, meus rapazes! Força! Tenham fé! Não pensem nas dificuldades, não olhem apenas para o que seus olhos se limitam a ver. Confiem! Creiam! E apenas avancem! Sem desanimar!
Malom e Quiliom fazem que sim e continuam. Elimeleque olha para Noemi, que sorri muito discretamente, e segue em frente.

CENA 2: EXT. CASA DE SEGISMUNDO – AMANHECER

Tamires bate forte na porta da casa. Alguns segundos e nada. Ela bate de novo.
SEGISMUNDO (O.S.)
Já vai, já vai!
Um barulho lá de dentro e Segismundo abre a porta. Está com roupa de dormir e semblante de sono.
SEGISMUNDO
Mas o que é isso, mulher?! Como pode bater na minha porta dessa forma tão cedo?!
TAMIRES
É Tamires! E se faço isso é porque não há tempo a perder!
Tamires passa por Segismundo e entra na casa.

CENA 3: INT. CASA DE SEGISMUNDO – SALA – AMANHECER

Ele fecha a porta e a olha.
SEGISMUNDO
Do que está falando? Explique as coisas bem certinho porque você acabou de me tirar da cama e eu estou lento ainda...
TAMIRES
Pois trate de ficar esperto. O Elimeleque, Segismundo! Ele e sua família já partiram de Belém!
SEGISMUNDO
Eu estava dormindo tão bem, e vem você--
TAMIRES
(interrompendo) Prepare todos os homens que conseguiu e partam imediatamente atrás deles! Foram na direção noroeste.
SEGISMUNDO
Não tenho muitos homens ainda.
TAMIRES
Não interessa. Vá com os que tem. Mas não deixe de fazer o que combinamos. Agora vá!

CENA 4: INT. TEMPLO – QUARTO DAS SACERDOTISAS – AMANHECER

Orfa vem da sua cama e para grudada à porta mal fechada. Olha para o corredor pela frestinha.

CENA 5: INT. TEMPLO – CORREDOR – AMANHECER

No corredor, Rute e Aylla olham receosas para a Sacerdotisa Myra, que mantém um olhar interrogador.
MYRA
E então, sacerdotisa? Estou esperando sua resposta.
RUTE
O que aconteceu, senhora, foi que me levantei para beber um pouco de água e encontrei a menina aqui no corredor, grogue e sem saber onde estava... Aparentemente ela é sonâmbula.
MYRA
Sonâmbula... (para Aylla) Isso é verdade?
Aylla tem um pequeno susto com a pergunta feita diretamente para ela e engole em seco. Logo em seguida balança a cabeça confirmando. Myra parece acreditar; então olha para Rute.
MYRA
Apesar do destaque que ela vem tendo na seleção, não é bom que uma sonâmbula seja sacrificada aos deuses. Sua alma pode lhes causar indigestão.
RUTE
Perdão, grande Sacerdotisa, mas acredito que podemos tratar isso com relativa facilidade. E visto os resultados que Aylla vem tendo, vejo como um esforço que compensa.
MYRA
Certo. Pois então cuide disso. Mas agora voltem para a cama, pois falta pouco para dar o momento de se levantarem.
RUTE
Com todo o respeito, senhora, mas por que já está de pé?
MYRA
Minhas obrigações de Sacerdotisa exigem que eu esteja bem acordada antes mesmo de o sol nascer. Quem sabe um dia você esteja no meu lugar e saiba como é.
Rute faz que sim sorrindo.
MYRA
Tenham um bom dia.
Elas abaixam o olhar e Myra passa elegantemente por elas. Da fresta da porta, Orfa vê a Sacerdotisa passar. Em seguida, Rute olha para Aylla.
RUTE
Você está bem?
AYLLA
Sim...
RUTE
Venha aqui.
Rute e Aylla caminham de volta para o quarto. Orfa não tem tempo de sair dali, e Rute abre a porta e a vê de pé.
RUTE
Orfa?...
ORFA
Rute... (olha uma vez para Aylla) Você não a encontrou no corredor.
Rute é mais uma vez surpreendida e engole em seco.
ABERTURA

CENA 6: INT. HOSPEDARIA – SALÃO – AMANHECER

Sentados à mesa comendo, estão Salmon, Raabe, Boaz, Josias e Neb um tanto deslocado. O dono se aproxima menos carrancudo que normalmente.
DONO
Sei que não é muito, senhor Salmon, e tampouco está perto do que normalmente sirvo a quem vem até minha hospedaria, mas nesses tempos de crise, acredito que dê pra enganar o estômago...
Salmon lambe os dedos.
SALMON
Está maravilhoso.
RAABE
De onde você disse que essa comida veio mesmo?
DONO
Consegui com alguns mercadores que vieram mais cedo. Parece que trouxeram de outros reinos. Mas fiquem à vontade, qualquer coisa é só me chamarem.
RAABE
Obrigada.
O dono volta para trás do balcão. Neb tenta chamar a atenção de Salmon.
NEB
E a viagem, como foi, tio? Passaram bem?
SALMON
Tudo muito bem, graças ao bom Deus.
NEB
E Laquis, como está? Nos meus tempos de mercador passei algumas boas vezes por aquela cidade.
SALMON
(lento) Apesar de tudo, Laquis continua sendo um ótimo lugar pra se viver.
NEB
E agora que o senhor e a sua família vieram pra Belém, quais são as expectativas?
SALMON
Tento manter as melhores possíveis... Neb, meu sobrinho, você vai me desculpar, mas agora eu só quero dormir um pouco. Andamos muito durante essa noite.
NEB
Claro, claro...
RAABE
Você foi o que mais andou, meu amor. Pode ir, eu vou daqui a pouco.
SALMON
Certo. Com licença.
Salmon se levanta, beija a esposa e vai para a escadaria.
BOAZ
Eu estou indo... E acredito que Josias também.
JOSIAS
Mal sinto minhas pernas, meu amigo!...
BOAZ, JOSIAS
Shalom.
Os dois também saem. Na mesa ficam Raabe e Neb com os braços na mesa e mantendo um semblante alegre.
RAABE
Você não comeu nada todo esse tempo, Neb... Não vai comer?
NEB
(desconcertado) Ahn, não, eu... Bem, é que, na verdade, eu não... não tenho como pagar...
RAABE
Neb, por que não disse?! Francamente, ficou todo o tempo nos vendo comer e não se manifestou!
NEB
Ahn, senhora, não se preocupe comigo--
RAABE
(para o dono) Senhor! Por favor, sirva este homem, ele está faminto! Ficará por nossa conta.
Neb mal disfarça o contentamento e o dono o olha meio desconfiado, mas logo começa a preparar a comida.
RAABE
Não deixe restos, ouviu bem? Agora vou repousar um pouco. Shalom, Neb.
NEB
Shalom, senhora Raabe.
Raabe se levanta e vai para a escadaria. O dono, a contragosto, se aproxima com a comida e serve.
DONO
Vê se come tudo, a comida é escassa!
Com aquela comida em sua frente, Neb mal percebe o dono. Feliz, ele começa a se fartar comendo e bebendo.

CENA 7: INT. CASA DE SEGISMUNDO – AMANHECER

Segismundo vem da rua e entra em sua casa. Ali estão Gael e quatro homens fortes e mal-encarados.
SEGISMUNDO
Gael... Então? São esses?
GAEL
Por enquanto sim.
Segismundo começa andar ao redor deles, olhando cada um.
SEGISMUNDO
Creio que Gael já tenha deixado vocês cientes de qual foi o motivo da criação da nossa Caravana da Morte.
ALGUNS
Sim.
SEGISMUNDO
Ótimo. Pois isso tem que estar extremamente enraizado na cabeça de cada um. Qual é a nossa luta, porque fazemos o que fazemos. No campo, os animais se viram pra sobreviver, e prevalece aquele que for o mais forte. Agora, se quiserem continuar pisando sobre a relva do campo, e não comendo-a pelas raízes, terão que lutar, lutar até o último momento. São tempos sombrios, de fome, escassez... Não podemos deixar que também a morte nos alcance. Todos têm isso em mente?!
TODOS
Sim!!!
SEGISMUNDO
Maravilha!... Nossa primeira missão tem não apenas nome, mas localização. Elimeleque e sua família saíram hoje da cidade em mudança. Nós sairemos, os alcançaremos, pegaremos toda sua comida e seus bens que podem ser trocados em comida, e então os mataremos.
MEMBRO
A todos?
Segismundo se aproxima devagar do homem e o encara, olho no olho.
SEGISMUNDO
Sem (pequena pausa) exceção.
O homem faz que sim e Segismundo sorri.

CENA 8: EXT. BELÉM – ARREDORES – AMANHECER

Segismundo, Gael e os quatro homens já estão montados em seus respectivos cavalos. Tamires também está ali, observando-os.
TAMIRES
(para Segismundo) Eu vou estar esperando pelas boas novas. Não me decepcione, Segismundo. Acabe com todos eles. Mas não se esqueça de deixar Noemi pra morrer por último.
Segismundo acena com a cabeça e vira o cavalo.
SEGISMUNDO
Avante!
Cavalgando, Segismundo passa à frente dos homens e os guia para longe dali. Tamires observa sorrindo.
TAMIRES
Finalmente você vai ter o que merece, sardenta imunda.
Ela cospe no chão.

CENA 9: EXT. CAMPOS – MANHÃ

O pequeno grupo continua a andar incessantemente. Noemi já não está na carroça, mas caminhando próximo a Elimeleque. Eles estão cruzando um vale.
MALOM
Estou chegando em lugares onde jamais pisei...
ELIMELEQUE
Não estamos nem próximos da terra mais distante em que estive nos tempos de mocidade.
Elimeleque olha para a esposa e percebe que ela está séria.
ELIMELEQUE
Meu amor... Está cansada? Não quer voltar para a carroça?
NOEMI
Eu estou bem, Elimeleque... Aguento caminhar.
Elimeleque se preocupa.
ELIMELEQUE
Meu amor, não fique angustiada... Vai dar tudo certo. Estamos indo para um lugar melhor.
NOEMI
Que lugar?
Elimeleque não tem essa resposta. Ele olha para os lados, para a frente... E continuam a caminhar.

CENA 10: INT. TEMPLO – QUARTO DAS SACERDOTISAS – MANHÃ

Esperando por uma resposta, Orfa encara Rute.
RUTE
Eu não vou enrolar com você, nem ficar mentindo. Aylla me procurou à noite, pois estava com medo.
ORFA
Rute, francamente, você não devia deixar ela entrar! Ela não devia entrar aqui--
Orfa se interrompe por causa da presença da menina. Rute percebe.
RUTE
Aylla, por favor, vá para o seu quarto. Aproveite o pouco de tempo que ainda resta pra ficar deitada.
Aylla faz que sim e sai. Orfa fecha a porta e segue Rute adentrando o quarto.
ORFA
Rute, o que você fez é expressamente proibido. Se aproximar, dessa forma, de uma das candidatas... No mínimo, no mínimo, podem te acusar de privilegiar essa menina! O que talvez não fosse mentira...
RUTE
Assim você me ofende, Orfa. Não quero privilegiar ninguém, apenas recebi uma menina com medo.
ORFA
Uma menina que não pode ter medo. Se ela quer ter o privilégio de ter sua alma servida aos deuses, então que se comporte como tal. E vir até aqui com o rabinho entre as pernas, feito uma plebeia qualquer, é muito baixo.
RUTE
Olha, Orfa, eu sei que eu errei. Sei mesmo. E por isso te digo que isso não vai acontecer de novo, tudo bem?
ORFA
Hum.
RUTE
Pode guardar esse segredo?
ORFA
Claro, Rute, claro. Mas, por favor, me ajude a te ajudar!
Jogada na cama, Rute faz que sim.

CENA 11: EXT. DESERTO – MANHÃ

Conforme a manhã avança, Elimeleque e sua família avançam pelas paisagens deslumbrantes de Israel.
Estão passando por uma região de árvores com grandes sombras. Então vão para baixo de uma delas, e começam a beber água.
ELIMELEQUE
Certo, precisamos pensar em um lugar específico para irmos.
MALOM
Hebrom está do mesmo jeito, Laquis idem...
QUILIOM
Será que as outras tribos também foram afetadas?
MALOM
Provavelmente...
QUILIOM
Pense em alguma que tem a fama de ser mais justa diante do Senhor...
ELIMELEQUE
Não existe isso, Quiliom. Se em Belém havia pessoas retas como nós, e todos foram atingidos, imagine se alguma tribo de Israel também não seria afetada por essa fome.
MALOM
Mas meu pai, se for assim, estamos andando em vão.
ELIMELEQUE
Talvez haja algum lugar que tenha sido menos afetado, não sei... Ou que, por ter menos pessoas, a comida que conseguirem seja maior por boca.
MALOM
Então vamos na direção dos vilarejos ao norte...
ELIMELEQUE
É uma boa ideia. O que acha, meu amor?
Noemi está sentada em uma pedra, bebendo água.
NOEMI
O que você decidir, meu amor...
QUILIOM
Oh, mãe...
Quiliom se aproxima da mãe e a abraça. Ela acaricia a mão do filho e a beija.
ELIMELEQUE
Então está decidido: vamos em direção ao norte. Serão alguns dias de viagem.
De repente, um barulho vindo dos arbustos atrás deles; olham assustados. Malom e Quiliom levam a mão às espadas. As folhas se mexem, e então surge um rapaz carregando algumas bolsas de couro. Ele se assusta ao encontrar os quatro ali e para.
RAPAZ
Oi...
ELIMELEQUE
Olá... Quem é você?
RAPAZ
Eu... me chamo Dov. E vocês?
ELIMELEQUE
Sou Elimeleque. Essa é minha esposa Noemi e nossos filhos, Malom e Quiliom.
DOV (30 anos) se aproxima mais.
DOV
Parece ser uma ótima família...
ELIMELEQUE
São sim. Vamos, sente-se, beba um pouco de água.
DOV
Ah, não se preocupe, senhor, tenho o suficiente aqui. Abasteci no último riacho que cruzei. Ao menos eles não foram afetados.
ELIMELEQUE
E de onde você vem? Para onde está indo?
DOV
Estou fugindo da fome, em busca de um lugar melhor onde possa levar meus velhos paizinhos para cuidar deles. Pretendia ir até os vilarejos ao norte, mas estão completamente arrasados. Então intentei viajar até as tribos vizinhas, mas soube que várias delas estão na mesma situação que Judá.
ELIMELEQUE
Então a fome é mesmo em toda Israel.
DOV
Sim, senhor, é o que parece. Todas as tribos foram castigadas.
ELIMELEQUE
Pouco antes de você chegar, nós resolvíamos justamente ir para os vilarejos ao norte. Parece que teremos que mudar nosso trajeto.
DOV
Exatamente, senhor Elimeleque. Ir até lá será em vão. Por causa disso eu tomei uma decisão drástica: vou para outro reino.
MALOM
Outro reino?...
QUILIOM
Isso pode ser perigoso... Para qual reino pretende ir?
DOV
Moabe.
ELIMELEQUE
Moabe?
DOV
Sim, senhor.
NOEMI
Por mais que lá não haja fome, eles são nossos inimigos antigos. Não o receberão bem.
DOV
Mas acredito, senhora, que é preferível arriscar. É minha única chance de salvar meus paizinhos. Por que não veem junto comigo?
Elimeleque olha para Noemi e para os filhos.
ELIMELEQUE
Parece que não temos escolha...
DOV
Ótimo! Será um prazer ter companhia nessa longa viagem. Vocês acabaram de animar o meu dia!
Dov pega suas bolsas.
DOV
Eu tenho um pouco de comida aqui. Um pouco de carne de um animal que abati...
NOEMI
Isso é seu, Dov. É pra você.
DOV
Tsc, mas o que é isso, senhora? Se vamos viajar juntos, precisamos compartilhar!
Todos eles se acomodam e começam a preparar as coisas.
DOV
Apesar disso, precisaremos economizar e comer apenas o suficiente. A comida precisa dar para a viagem toda, ou ao menos até às fronteiras de Moabe.
ELIMELEQUE
Enquanto preparamos as coisas, conte-me mais, por favor, sobre o caminho. Já viajei muito nessa minha vida, mas jamais saí de Israel.
Dov começa a explicar.
A certa distância dali, no alto de uma elevação, Gael, montado, os observa preparar a comida. Faz um sinal e logo Segismundo e os quatro cavaleiros se aproximam.
GAEL
Eu os encontrei.
Segismundo olha, identifica e sorri.
SEGISMUNDO
Que maravilha...
GAEL
Quais são as ordens?
SEGISMUNDO
Vamos esperar o momento certo.
Pouco tempo depois, lá embaixo da árvore, Dov fala.
DOV
Eu vou procurar lenha para melhorarmos esse fogo.
Dov sai.
QUILIOM
Muito legal esse Dov, hein...
MALOM
E muito companheiro, também.
NOEMI
Como todo hebreu deveria ser.
De repente, um novo barulho vindo dos arbustos.
ELIMELEQUE
Dov?
Elimeleque, atento, tenta ouvir algo...
Silêncio...
VOZ
AAAAAAHHHHHHH!!!!
No susto, Elimeleque, Malom e Quiliom sacam as espadas. Noemi se levanta e fica atrás deles.
QUILIOM
O que é isso?!
O barulho de movimentos nos arbustos começa a aumentar, a se intensificar... até que a Caravana da Morte surge ali! Gael, com seu habitual semblante tranquilo, carrega Dov de refém mantendo um punhal em seu pescoço.
Segismundo, à frente e empunhando uma espada, se aproxima da família, que recua levemente.
SEGISMUNDO
(sorrindo) Elimeleque... Lembra de mim?
Dov aflito e preso no braço de Gael. Atrás deles, os quatro membros da Caravana apontando as espadas. De frente para eles, Elimeleque, Malom e Quiliom com suas espadas prontas para o uso, e Noemi atrás. IMAGEM CONGELA
CONTINUA...
FADE OUT:

No próximo capítulo: Salmon diz que quer tentar reconstruir Israel e um confronto mortal acontece no deserto.

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