Débora
CAPÍTULO 16
uma novela de
FELIPE LIMA BORGES
escrita por
FELIPE LIMA BORGES
baseada nos capítulos 3 a 5 do livro
de Juízes
FADE
IN:
CENA 1: EXT.
TEMPLO – DIA
Caído
de qualquer jeito, Baraque olha constrangido para os homens em pé ao seu redor,
entre eles Aliã.
BARAQUE
Desculpe...
ALIÃ
Quem é você
e o que queria invadindo o templo?
Com
dificuldade, Baraque senta e respira fundo.
BARAQUE
Eu...
estava atrás de algo... Nem sei como contar isso...
ALIÃ
Conte a
partir do começo. Ou diga logo o que esperava encontrar aqui.
BARAQUE
Eu
procurava um... tesouro.
ALIÃ
Tesouro?!
Os
outros franzem a testa e murmuram.
BARAQUE
Falei com o
juiz Sangar sobre isso, que me recomendou subir um dos montes ao redor da
cidade... Mas não havia nada por lá. Então tive uma nova interpretação do
pergaminho e--
ALIÃ
(interrompendo) Que
pergaminho?!
BARAQUE
Um
pergaminho antigo de família... Enfim, pensei que aqui poderia ser o local onde
estivesse o tesouro, mas sabia que jamais me deixariam entrar com o objetivo de
procura-lo.
Aliã
respira fundo.
ALIÃ
Francamente...
Um tesouro escondido no templo. Essa é nova.
E
balança a cabeça negativamente.
ALIÃ
Vou
encaminhá-lo ao juiz Sangar. Ele resolverá o seu caso.
Um
tanto tenso, Baraque engole em seco.
CENA 2:
INT. CASA DE TAMAR – SALA – DIA
A
porta se abre. Débora segura-a para que Lapidote, com a cabeça coberta, entre.
Em seguida ela passa e a fecha. Tamar, trabalhando no forno, olha para eles.
TAMAR
(surpresa)
Débora?!... Quem é ele?...
Lapidote
então descobre a cabeça e, sorrindo, olha para ela.
LAPIDOTE
Senhora
Tamar! É um prazer revê-la.
Tamar fica
impressionada.
CENA 3:
INT. CASA DE NIRA – DIA
Alguém
bate à porta. Nira se aproxima e abre. Jeboão entra e já a agarra afoitamente.
JEBOÃO
(beijando-a) Eu a perdi
de vista...
NIRA
Hummm!...
JEBOÃO
Por pouco
não consigo deixar Najara em casa... pra vir te ver...
NIRA
Hum!...
JEBOÃO
Eu trouxe
um presente... um presente para você...
Ela
se desprende dele, o encara e sorri.
NIRA
Certo.
Então diga. Ou melhor, me mostre.
Contente,
Jeboão enfia a mão em um bolso e tira de lá uma joia, um lindo colar feito de pedras
preciosas que entrega a Nira.
JEBOÃO
É seu. Como
prova do meu amor.
Ao
ver o colar, Nira arregala os olhos e grita de felicidade. Pula no colo dele e
beija seu rosto diversas vezes.
NIRA
Obrigada,
Jeboão, obrigada, meu amor, meu amor lindo, perfeito, maravilhoso!!! Você é
tudo o que eu sempre quis em minha vida!!!
JEBOÃO
Não foi
nada...
Nira
desce e olha o colar em suas mãos.
NIRA
Jeboão... É
tão lindo... É perfeito... Que beleza, que brilho, veja... Meu amor, você
realmente tinha esse dinheiro?
JEBOÃO
Eu prometi
que daria meu jeito, não prometi? Agora que meu filho é o Capitão, logo terei muito
ouro!
NIRA
Mas você
comprou sem pagar? Contando com o ouro de Sísera?
Jeboão
entra mais no quarto e senta na cama.
JEBOÃO
Sim. Sísera
tem a obrigação de me ajudar.
NIRA
Hum...
JEBOÃO
Mas não
fale disso, minha deusa, o importante é o presente, o importante é que agora
você tem o colar que tanto queria.
NIRA
(sorrindo) Sim! Não
sabe como me sinto grata!
JEBOÃO
Me dê,
deixe-me colocá-lo em você.
Ele
se levanta, ela lhe entrega o colar e vai até o espelho. Jeboão se aproxima por
trás e coloca a joia no pescoço de Nira, cujos olhos brilham ao contemplar seu
reflexo.
NIRA
Estou...
linda... Pareço até uma das mulheres nobres!...
JEBOÃO
Nobre
alguma desse reino chega aos seus pés, meu monumento de beleza! Agora que tem o
que quer, me dê o que eu tanto quero também, hum? (puxando-a) Vamos,
vamos ali para nossa cama, venha...
NIRA
Jeboão,
espere... Me desculpe, não vai dar.
JEBOÃO
Como não
vai dar? Por que não?!
NIRA
É que... É
que eu estou de saída, vou visitar um amigo...
JEBOÃO
Amigo?!
NIRA
Amiga! Amiga,
foi o que eu quis dizer! Uma amiga doente. Está grávida e febril, coitada...
Precisa de ajuda, precisa de visita... Por favor, meu guerreiro lindo, me
entenda...
JEBOÃO
(expirando) Rum...
Tudo bem.
NIRA
Depois terá
o que tanto quer, está bem?
JEBOÃO
Está bem.
Boa saída para você, então.
NIRA
Obrigada,
meu homem mais perfeito desse reino! Amei o presente!!!
Jeboão
sorri, beija a mão dela e sai. Quando a porta se fecha, Nira pula de felicidade
um monte de vezes! Arranca o colar do pescoço e o olha com uma alegria sem
igual.
CENA 4:
INT. CASA DE TAMAR – SALA – DIA
Tamar
se aproxima de Débora e Lapidote.
TAMAR
Esse... é
mesmo o Lapidote?!
DÉBORA
Sim, mãe, é
ele, o próprio. Depois teremos tempo de contar tudo. Eu mesma preciso entender
muita coisa ainda. Acontece que Lapidote precisa de ajuda.
Tamar
parece tentar absorver tudo o que está acontecendo.
TAMAR
Sim, ajuda,
claro, claro...
DÉBORA
Ele precisa
de alguns suprimentos básicos.
TAMAR
Sim, tudo
bem. Prepararemos tudo...
LAPIDOTE
Bem, eu
agradeço muito a ajuda de vocês, mas esperarei lá fora, perto da esquina.
DÉBORA
Ora, mas
por quê?! Fique aqui, você pode nos ajudar e dizer tudo o que vai precisar.
Além disso, logo o meu pai chega e também poderá lhe rever.
Lapidote
não fica nada confortável ao ouvir isso.
LAPIDOTE
Ahn, tem
certeza, Débora? Eu confio em vocês para arrumar tudo, não vou atrapalhar, vou
pra lá.
DÉBORA
Lapidote,
não! Já ficou tempo demais fora... Fique aqui, somos todos amigos. E será
rápido, em instantes terminaremos.
Lapidote
força um sorriso amarelo.
LAPIDOTE
Tudo bem.
Débora
sorri e se junta à sua mãe para preparar tudo. Lapidote, desconfortável, dá uma
rápida olhada para a porta antes de observá-las arrumar as coisas.
CENA 5:
INT. CASA DE SANGAR – SALA – DIA
Deitado
em sua cama, Sangar, com os olhos arregalados, encara Baraque na cadeira ao
lado.
SANGAR
Invadiu o
templo?!
BARAQUE
Sim...
SANGAR
(impressionado) Baraque...
BARAQUE
O senhor se
lembra do pergaminho? Daquele trecho que dizia que o tesouro está sobre a casa
de Deus? Bom, se não podia estar em Betel, que significa “a casa de Deus”, e
não estava no monte onde vários foram sepultados com seus bens, interpretei que
talvez estivesse no templo, o lugar mais próximo do Senhor.
Sangar
sorri carinhosamente.
SANGAR
Você tem
muita imaginação, meu filho. Mas se esse tesouro estivesse nessas redondezas,
acredito que já o teria encontrado.
Baraque
parece se entristecer.
SANGAR
Volte para
casa, Baraque. Volte para sua família. Não devemos usar o tempo que temos
buscando os tesouros dessa vida e nos esquecermos do verdadeiro tesouro, aquele
que está ao nosso redor todos os dias.
Apesar
de triste, Baraque faz que sim.
BARAQUE
O senhor
tem razão. Retornarei para Quedes.
SANGAR
Vá em paz,
filho. Que o Senhor o guarde, o abençoe e o guie.
Baraque
sorri.
CENA 6:
INT. CASA DE NIRA – DIA
Parado,
Debir encara Nira, que vem da cama para o lado dele.
DEBIR
O que é?
NIRA
Adivinhe
quem é o casal que se mudará para uma praia deserta, construirá sua casinha e os
dois viverão fartos até morrerem de velhos!
DEBIR
Nira... Não
me diga que...
Sorrindo
de orelha a orelha, Nira finalmente mostra o colar para ele.
DEBIR
Nira!
Felicíssima,
ela pula no colo de Debir.
DEBIR
Você
conseguiu!!!
NIRA
Nós conseguimos!!!
Então
os dois se beijam em comemoração.
DEBIR
Deixe-me
ver isso!
Ela
desce do colo dele e o entrega o colar.
DEBIR
Pelos
deuses, nunca toquei tamanho valor em toda minha vida...
NIRA
Coloca em
mim?
Ele
olha para ela e sorri.
DEBIR
Agora
mesmo.
Nira
vira para o espelho e Debir coloca o colar no pescoço dela.
DEBIR
Por que
tenho a impressão de que Jeboão já fez isso?
NIRA
É, ele fez
sim... Mas para mim não vale de nada.
Ela
vira de frente para ele.
NIRA
E muito em
breve não teremos mais aquela carcaça ambulante para nos preocuparmos.
Então
eles se beijam novamente, muito desejo e intensidade envolvidos. Mas Debir
interrompe.
DEBIR
Nira, precisamos
arrumar nossas coisas para fugirmos!
NIRA
Claro,
vamos começar a arrumar. Alguns dias e poderemos partir. Mas agora eu quero
comemorar com você, amor...
DEBIR
Hum... Acho
que está me convencendo...
Nira
tranca a porta e os dois se agarram e caem na cama.
CENA 7: INT.
CASA DE TAMAR – SALA – DIA
Tamar
e Débora entregam algumas sacolas de pano amarradas para Lapidote.
DÉBORA
Pronto.
Está tudo aqui.
LAPIDOTE
Nem sei
como agradecer. Espero um dia poder retribuir a vocês.
TAMAR
Bom, você
pode nos contar tudo o que aconteceu nesses anos todos.
LAPIDOTE
Farei isso
sim, mas agora preciso muito ir.
DÉBORA
Tudo bem...
TAMAR
Débora... Precisamos
conversar.
DÉBORA
Podemos
fazer isso depois que eu acompanha-lo até a hospedaria?
Tamar
não gosta muito.
TAMAR
Está bem. Tenha
cuidado. E Lapidote, cubra-se, é melhor assim para um egresso.
Lapidote
faz que sim e cobre a cabeça.
LAPIDOTE
Shalom,
senhora Tamar.
TAMAR
Shalom.
Um
pouco tensa, Tamar observa Débora e Lapidote saírem.
CENA 8:
EXT. HAROSETE – ARREDORES – DIA
Sísera,
seu novo Primeiro Oficial e mais 500 soldados aguardam de pé no lado de fora da
cidade.
PRIMEIRO
OFICIAL
Eles
chegaram.
Sísera olha no alto do terreno à
frente e vê surgir várias carruagens: todas de ferro, puxadas por um cavalo e
com 1 homem em cada.
Mas elas não param de surgir no
horizonte. Dezenas, centenas!
PRIMEIRO
OFICIAL
O rei
gastou uma fortuna. 1000 carros de ferro, os servos, o transporte até aqui...
SÍSERA
Logo você
se impressionará de verdade com o que o reino tem de melhor.
Antes de completar a metade no
horizonte, a frota para, pois o líder, um homem numa carroça comum de madeira, chegou
onde está Sísera: trata-se do ENTREGADOR.
ENTREGADOR
Saudações
do reino de Zieron!
SÍSERA
Saudações!
Sísera então faz sinal e vários
soldados se espalham para contarem e conferirem os carros de ferro. O
Entregador desce de sua carroça.
ENTREGADOR
Finalmente
chegamos. Sabe, Capitão, passei um pouco de vergonha ao longo do caminho.
Vários foram os vilarejos assustados com o barulho dos carros (ri). Ih,
uma bagunça, homens atrás de armas, mulheres e crianças correndo assustadas...
Um caos! Coitados, imaginaram que fosse o prenúncio de uma guerra.
Sísera ri.
SÍSERA
Essa é a
ideia. Mil maravilhas dessas, e ainda
espadas batendo em escudos... Será um terror único na Terra. Exército
nenhum poderá sobre nós.
O Entregador parece meio temeroso
com algo. Olha para os soldados hazoritas conferindo a frota.
SÍSERA
Algum
problema?
ENTREGADOR
Sim. Há um.
Sísera franze a testa.
ENTREGADOR
Aqui não há
1000 carros, mas 900.
Sísera estranha.
SÍSERA
Por que
900? A encomenda feita pelo rei Jabim foi de 1000 carros e o pagamento foi
integralmente adiantado.
O Entregador respira fundo.
ENTREGADOR
Acontece
que um dos vilarejos por que passamos não era... exatamente um vilarejo. E sim
uma base... Uma base de um grupo de saqueadores profissionais. Homens
perigosíssimos.
Sísera encara o homem.
ENTREGADOR
Eles
trabalham com metal de toda espécie. E nós acabamos por cair numa emboscada
e... não pudemos com eles. Estavam armados. Nós somos ferreiros, não
guerreiros.
SÍSERA
E então
roubaram 100 carros da frota.
ENTREGADOR
Sim... A
essa hora os carros já devem estar desmontados e os ferros derretidos para a
fabricação de outras coisas.
Sísera fica em silêncio. Apesar de
preocupadíssimo, é visível uma certa raiva em seu semblante.
SÍSERA
Pois bem.
Devolva-me o dinheiro correspondente aos 100 carros saqueados.
ENTREGADOR
(receoso) Meu
senhor, eu sinto muito... Não posso fazer isso, não é a política praticada em
meu reino. E isso estava claro no contrato firmado entre o rei Jabim e o meu
senhor ferreiro.
Sísera está atordoado...
PRIMEIRO
OFICIAL
(para
Sísera) O rei não aceitará essa justificativa. Com todo o respeito, mas
o próprio Capitão poderá ser punido.
SÍSERA
Cale-se!
Estou tentando pensar!
O Primeiro Oficial e o Entregador
trocam olhares de preocupação e os soldados continuam conferindo os carros da
frota.
SÍSERA
Pois muito
bem. Soldados!
O Entregador está visivelmente
tenso. Observa os soldados voltarem de sua inspeção para junto dos outros.
Sísera, raivoso, se aproxima do Entregador e fica cara a cara.
SÍSERA
Vamos. Me
dê uma solução. Uma única solução para esse problema. Eu quero resolver
isso, mas preciso de uma solução que favoreça a nós dois. Vamos, diga.
O Entregador parece pensar enquanto
encara, de forma receosa, o Capitão.
Por fim...
ENTREGADOR
(tremendo) Não
tenho... nenhuma, senhor. Nada posso fazer. Preciso que o senhor aceite... e me
deixe ir.
O semblante de Sísera é curioso,
parece um misto de raiva e tristeza. Olha para os soldados.
SÍSERA
Prendam
esse homem.
3 soldados se aproximam e seguram o
Entregador pelos braços e ombro.
ENTREGADOR
Senhor,
Capitão Sísera, por favor, me deixe ir... Por favor, não faça mal, eu não tive
culpa...
SÍSERA
Não posso deixa-lo
impune. Se não for assim, eu mesmo terei que pagar diante de Jabim, talvez com
minha própria vida. Foi uma compra atrapalhada, portanto eu preciso apresentar
a compensação ao rei. (pequena pausa) Nada melhor para isso do que
sangue.
O Entregador se apavora e começa a
se debater.
ENTREGADOR
Não!!! Não,
por favor, me deixe ir!!! Me deixe ir!!! Me soltem, me soltem, por favor!!!
SÍSERA
Aproveitarei
o infortúnio para já testar os carros. Soldados! Levem esse homem naquela
direção a uma distância de uma flechada. Amarrem seus braços e pernas e
deixem-no deitado.
Enquanto os soldados carregam o
desesperado Entregador dali, Sísera se aproxima de um dos carros. Passa a mão
pelo ferro, sente as gravuras, o frio do metal... Passa por outro, examina a
roda... E, no outro, ele sobe. Com seu olhar fulminante, o servo que conduzia
desce. Sísera observa todo o interior e segura a barra própria para isso; está
completamente confortável.
Então, com o auxílio das rédeas,
guia o cavalo e posiciona o carro mais à frente, ao lado de sua centena de soldados.
Lá adiante, os 3 soldados hazoritas deixam o homem amarrado e amordaçado no
chão e se afastam.
Apesar da distância, Sísera o
encara. Os músculos do rosto tensionados e a fúria no olhar aumentando. De
repente ele bate as rédeas e o cavalo dispara!
Ao perceber que o carro entrou em
movimento na sua direção, os olhos do Entregador se arregalam e ele se debate
para sair dali, mas as cordas estão muito apertadas. A cada segundo Sísera
ganha mais e mais velocidade, e bate as rédeas constantemente no cavalo. O Entregador
desesperado, Sísera em fúria. O Entregador se debatendo violentamente, Sísera
batendo mais e mais as rédeas.
SÍSERA
(furioso)
AAAAAAAHHH!!!!!!
De repente a colisão acontece, e o
barulho é esquisito. Pedaços de membros se espalham por ali e o prateado do
carro de ferro é forrado por sangue. Sísera, também sujo, larga as rédeas e,
pouco a pouco, o carro vai diminuindo a velocidade... diminuindo...
diminuindo... Ofegante, ele encara o nada. O carro diminui... e para.
Então
Sísera, ainda no carro, vira para trás e observa o estrago. Olha para si, para o
veículo... Respira fundo... e faz que sim, satisfeito.
CENA 9:
EXT. BETEL – RUAS – DIA
Débora e Lapidote, esse com a
cabeça coberta, caminham pela cidade.
LAPIDOTE
Como é bom
estar de volta! Sentir de novo essa mistura de fragrâncias das ruas...
Débora sorri.
LAPIDOTE
Embora,
durante todos esses anos, só um cheiro realmente me fez falta.
E olha para ela, que fica sem jeito
e pigarreia.
DÉBORA
Ahn, e
quanto tempo foi que você ficou sem vir a Betel? Nunca entrou escondido?
LAPIDOTE
Não, apenas
observei de longe. E era um alento para os meus amargos dias quando eu
conseguia avistá-la, Débora.
VOZ
Débora!
Ela para e vira para trás, Lapidote
não. Éder, encarando Débora, se aproxima dela.
ÉDER
Quem é esse
com quem você está andando e conversando?
Lapidote, sem virar para trás, fica
tenso. Em Débora encarando o noivo e procurando por palavras, IMAGEM CONGELA
CONTINUA...
FADE OUT:
No próximo capítulo: Jabim declara guerra contra o reino de Amom. E
um encontro da família de Débora com os anciães, a fim de acertarem o casamento,
não acaba bem para ela.
Obrigado pelo seu comentário!