PRA FRENTE BRASIL 🇧🇷 — CAPÍTULO 6
Criada e escrita por: Luan Maciel
Supervisão: Fernando Luís
Colaboração: Lukas Lima
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CENA 1. INT — APARTAMENTO DE BEATRIZ E RUBENS — SALA — TARDE
RUBENS está sentado no sofá da sala lendo um bom livro. Nesse momento ARTHUR e LUCIANA entram no apartamento. RUBENS se levanta do sofá e vai até o encontro deles. Logo em seguida quem também chega é BEATRIZ que olha com com muito desprezo para ARTHUR. O clima fica pesado entre todos que ali estão.
BEATRIZ — (nervosa) O que esse homem está fazendo no meu apartamento? Eu bem para você minha filha que eu não quero que vocês se casem. Todos nós vamos sair perdendo com essa história. Será que ninguém me ouve aqui?
LUCIANA — (furiosa) Chega mãe. Você está passando de todos os limites. (P) Você sempre gostou do Arthur. Do dia para a noite você começou a implicar com ele. Eu não estou conseguindo entender essa sua repentina mudança de humor.
BEATRIZ — (séria) Não sou eu que está sendo acusada de corrupção. Será que eu sou a única que tem bom senso aqui? Eu não quero que você carregue esse fardo minha filha.
LUCIANA olha friamente para BEATRIZ, e depois dá um tapa na cara dela. Logo em seguida BEATRIZ devolve o tapa em LUCIANA. Nesse momento ARTHUR segura LUCIANA para impedir mais conflitos.
RUBENS — (em choque) Luciana o que foi que você fez? Você perdeu totalmente a razão. Por mais errada que s sua mãe esteja você não pode agredir ela assim dessa maneira. Bem ou mal ela ainda é sua mãe.
ARTHUR — O seu pai tem toda a razão Luciana. Eu também acho injusto a Beatriz usar do fato do meu pai estar sendo acusado de corrupção para ser contra o nosso casamento, mas isso não te dá o direito de agredir ela.
BEATRIZ — (nervosa) Eu não preciso que você me defenda Arthur. Eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que a minha filha não bse case com você. Eu espero que você me entenda Arthur. Não é nada contra você, mas eu não posso deixar que a Luciana se envolva nessa história.
LUCIANA — (séria) Vamos embora daqui Arthur. Eu não quero ficar nem mais um segundo aqui.
ARTHUR e LUCIANA vão saindo do apartamento. BEATRIZ olha com muita raiva para RUBENS que vai saindo da sala deixando ela sozinha.
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CENA 2. INT — MANSÃO DOS PELLEGRINI — COZINHA — TARDE
ONDINA está terminando de arrumar a cozinha quando ela ouve alguém bater na porta para funcionários. ONDINA abre a porta e ela dá de cara com SCARLET que está visivelmente diferente e ela olha para ONDINA com um sorriso no rosto.
ONDINA — Olá… Em que eu posso te ajudar minha jovem? (P) Você deve ter vindo por causa da vaga de empregada doméstica não é mesmo?
SCARLET — (sorrindo cinicamente) Sim senhora. Eu espero que eu não tenha chegado tarde demais. Você não imagina o quanto eu estou precisando desse emprego.
ONDINA — Verdade minha jovem. Esse país está uma verdadeira confusão sem tamanho. Mas não se preocupe… Você é a primeira candidata que vem por causa da vaga. Eu vou falar com a dona Marion. Você pode ficar s vontade.
SCARLET força um sorriso. ONDONA vai saindo da cozinha. Nesse momento SCARLET pega seu celular e começar a fazer uma ligação. Do outro da linha está MÁRIO, mas podemos apenas ouvir a sua voz.
SCARLET — (ardilosa/ao telefone) Michê…. Você nem pode imaginar onde eu estou agora. Isso mesmo eu estou na casa dos bacanas. Eles são mais otários do que a gente imaginou. Eu entrei aqui com a maior facilidade. Conseguir essa vaga vai ser mole.
MÁRIO — (em OFF/telefone) Esses otários nem pode imaginar pelo o que espera eles. (P) Toma cuidado para ninguém ouvir a nossa conversa gata. Você sabe que na casa de rico parede tem ouvidos.
SCARLET — (confiante/ao telefone) Eu sei muito bem me cuidar Michê. Esse é o primeiro passo para podermos ususfrir de toda essa vida boa. Se prepare Michê, pois vamos ter vida de bacana.
SCARLET ouve o barulho de passos e logo em seguida ela desliga o celular. Logo depois ONDONA volta para a cozinha e vai levando SCARLET para conhecer toda a mansão.
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CENA 3. INT — CASA DE HIROSHI E FRANCESCA — QUARTO DE FELÍCIA — NOITE
Anoitece. A câmera mostra FELÍCIA deitada em sua casa totalmente pensativa. Ela vai lembrando as provocações de VALÉRIA e fica ainda mais triste. Nesse momento FRANCESCA entra no quarto e vai na direção de FELÍCIA que só agora percebe a presença ali.
FRANCESCA — (preocupada) Minha filha… O que está acontecendo com você? Desde ontem que eu estou percebendo que você está triste. Eu posso te ajudar em alguma coisa?
FELÍCIA — (triste) Não está acontecendo nada mãe. Eu apenas quero ficar um pouco sozinha. (P) Eu não consigo mentir para você mãe. Eu estou assim por causa da Valéria. Ela gosta de me ver sofrer. Nem parece que nós somos irmãs.
FRANCESCA — Você não pensar assim minha filha. Eu sei que você e a sua irmã são diferentes, mas eu sei que no fundo ela gosta muito de você. Vocês precisam tentar se entender Felícia.
FELÍCIA se levanta da cama e ela fica na frente de FRANCESCA. A câmera focaliza no rosto de FELÍCIA e mostra que ela está uma seriedade no olhar.
FELÍCIA — (séria) Isso nunca vai acontecer mãe. A Valéria é uma oportunista que só pensa nela mesma. (P) Mesmo sabendo que eu sempre fui apaixonada pelo Raí ela não teve consideração e vive dando em cima dele para me provocar.
FRANCESCA — Então tudo isso por causa do Raí não é mesmo minha filha? (P) Felícia se você sempre foi apaixonada pelo Raí então você deveria ter se declarado para ele. Quando a gente ama outra pessoa de verdade não devemos deixá-la escapar de nenhuma forma.
FELÍCIA — (de cabeça baixa) Eu não posso fazer isso mãe. O Raí nunca iria me olhar como mulher. Todo mundo sabe que ele sempre foi apaixonado pela Marina. Eu não teria a menor chance. O que eu tenho a fazer é me contentar em ter pensa a amizade dele.
FRANCESCA — (sorrindo) Como você tem certeza disso minha filha? Se a gente não se arriscar nunca seremos felizes. O pior que pode acontecer é ele dizer não. Você não tem nada a perder Felícia.
FELÍCIA fica pensativa por alguns segundos. FRANCESCA dá um beijo na testa de sua filha. Logo em seguida ela vai saindo do quarto deixando FELÍCIA pensando no que ela acabou de dizer.
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CENA 4. EXT — RUA — NOITE
Plano geral da cena. A câmera mostra uma enorme blitz que está acontecendo. Muitos carros estão sendo parados e fiscalizados por alguns policiais. Depois de alguns minutos o carro de MÁRCIO vai se aproximando de onde os policiais estão. Nesse momento um policial aparece ao lado do carro de ANDRÉ que abaixa os vidros do carro.
POLICIAL — (sério) Desce do carro agora. E é melhor você não fazer nenhum movimento brusco.
ANDRÉ — (sem entender) O que está acontecendo Policial? (P) Eu não vou descer do meu carro enquanto eu não souber o que realmente está acontecendo aqui. Eu conheço muito bem os meus direitos.
POLICIAL — (gritando) Eu já mandei você sair de dentro desse carro. Quando em você pensa que é para me confrontar dessa maneira? Você vai aprender a respeitar as leis.
O POLICIAL força e consegue abrir a porta do carro. Logo em seguida ele tira ANDRÉ de dentro do carro. A câmera mostra que ANDRÉ está muito nervoso.
ANDRÉ — (furioso) Porque você está fazendo isso? Eu não vi você tratar os outros motoristas da mesma forma que está me tratando. (P) Deixa eu adivinhar você está fazendo isso pelo fato de que eu sou negro não é mesmo?
POLICIAL — (sério) Você por um acaso está me acusando de alguma coisa? Tome cuidado porque você pode se complicar com acusações infundadas. É melhor você ficar calado.
ANDRÉ — (nervoso) Eu sei muito bem do que estou falando. Você só me parou porque eu sou negro. Esse país é mesmo uma piada. Quem deveria nos proteger é quem fica nos intimidando por benefício próprio. Essa humilhação não vai ficar barato.
ANDRÉ olha com seriedade para o POLICIAL. Logo depois o POLICIAL usa do abuso de autoridade e algema ANDRÉ e o coloca dentro da viatura policial. As pessoas que estão ali perto ficam indignados com a atitude do POLICIAL.
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CENA 5. INT — HOSPITAL — QUARTO — NOITE
GREGÓRIO está deitado na cama do hospital e ele está muito machucado. Nesse momento MARINA entra no quarto e ela fica chocada ao ver o estado em que GREGÓRIO se encontra. Ela vai caminhando até na direção que GREGÓRIO está.
MARINA — (em choque) Meu Deus do céu…. O que foi que aconteceu com você?
GREGÓRIO — Você tinha foda a razão Marina. Agora eu sei que você estava certa. Eu tirei fotos do Olavo de encontrando com um segurança do Grupo Pellegrini. Eu não sei o que está acontecendo Marina, mas é algo muito sério. O meu instinto de jornalista me do que algo de muito ruim está para acontecer.
MARINA — (séria) Eu tentei te avisar Gregório. César Pellegrini é um homem que só pensa em si mesmo. Por culpa dele milhares de pessoas humildes estão na rua. Tudo o que ele faz é por dinheiro.
Com .uita dificuldade GREGÓRIO consegue se mexer na cama. Ele pega as fotos que estão do lado da cama e entrega para MARINA. Ao olhar as fotos MARINA percebe que a situação é bem pior do que ela poderia imaginar.
MARINA — (respirando fundo) Tem uma coisa que eu não te contei Gregório. O informante que me passou toda essa história do César Pellegrini estar envolvido com corrupção é o Olavo Moretti. (P) Eu não poderia imaginar que ele iria me usar de uma forma tão covarde.
GREGÓRIO — (aflito) Fica longe desse homem Marina. Ele é muito perigoso. Eu estou com medo de que algo muito ruim possa acontecer com você. Para essas pessoas o que importa é o dinheiro e o poder.
MARINA — (firme) Eu cheguei muito longe para desistir agora Gregório. Eles acham que o dinheiro e o poder podem salvar elas das consequências de destruir a vida de muitas pessoas. Enquanto eu estiver viva eu vou fazer de tudo para colocar César Pellegrini e Olavo Moretti atrás das grades.
GREGÓRIO olha com um ar de preocupação para MARINA. A nossa protagonista pega as fotos que GREGÓRIO tirou e um brilho em seu olhar pode ser visto.
A imagem congela no rosto de MARINA, e aos poucos um efeito com as cores azul, verde e amarelo tomam conta da tela.
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