Capítulo 20.
No Capítulo Anterior.
Natália consegue escutar o que os médicos falam no corredor, pois seus sentidos estão mais apurados, o aparelho começa a apitar continuamente, o tempo passa mais devagar para Natália, que vai ficando cada vez mais longe de sua mãe. Natália começa a ter a sensação de viajar por um túnel iluminado no fundo (experiência túnel). Maenna começa sacudir sua filha.
Maenna (chorando e completamente fora de si): ME AJUDEM! NÃO ME DEIXA MINHA FILHA! EU TE AMO, NÃO ME DEIXA. NÃAAAAAAAAAAAOOOOOOO!
Fique agora com o capítulo de hoje.
O fenômeno que estava acontecendo com Natália é também conhecido como Experiência Quase Morte (EQM).
Maenna cai no desespero, achando que sua filha havia morrido, quando de repente os aparelhos começam a apitar pausadamente, mostrando que Natália estava viva.
Maenna (alegre e aliviada, enxuga a lágrima do rosto): Minha filha você está viva! Não acredito! É o momento de maior felicidade em minha vida.
Tamires chega ao quarto, pois estava passando no corredor e observa a alegria de Maenna.
Tamires (contagiada pela alegria de Maenna): O que está acontecendo?
Maenna (muito feliz e contente): Minha filha! Ela está viva Tamires! Ela está viva!
Tamires comemora junto com Maenna, mas Natália continua em coma, só que agora mostrando sinais de vitalidade.
Tamires (falando com calma, perto da porta do quarto): Maenna eu sei que gostamos do mesmo homem (Maurício), mas qualquer decisão que ele venha a tomar, acho que não nos cabe, ficarmos uma com raiva da outra.
Maenna (aliviada): Sim claro! Concordo com você plenamente.
Cena 2: Delegacia; Sala do Delegado; Noite.
A polícia especializada em tráfico de drogas chega à Arcos das Medalhas, com informações sobre a investigação de quem é o mestre.
Otávio: Tudo bem, vocês que vieram ajudar a gente na Operação Mestre Oculto?
Capitão: Sim! Vamos sim e vamos colocar a mão no Mestre e também em quem matou a enfermeira Luzia daquela forma brutalmente.
Otávio (aliviado): Fico feliz por receber reforços de São Paulo, sejam muito bem vindos.
Salira chega à delegacia com advogado para tirar JC, que responderá em liberdade, pois não há antecedentes criminais e possui residência fixa.
Salira (triste, abalada por ter uma filha no hospital e outro preso): Oi delegado Otávio, tudo bem?
Otávio (com compaixão): Sim, estou bem! Vamos resolver sua situação e do JC mais rápido possível. O alvará de soltura está aí com advogado?
Advogado: Sim, está aqui!
Otávio (com alívio e alegria): Pode soltar o rapaz e traga ele aqui, até mim.
JC chega a sala do advogado, com um olhar triste, cheio de tiques e manias e ainda fedendo, mesmo depois de tomar um banho na delegacia.
Otávio (tranquilo e calmo): Agora JC você vai procurar uma clínica e se tratar, você está doente e precisa de ajuda. Sozinho é muito difícil sai dessa vida. A Adicção não é brincadeira, é um doença séria, está me ouvindo?
Salira (nervosa e muito abalada): Pode deixar Otávio, ele irá se tratar sim. Pode deixar! E obrigado por tudo! Fica com Deus, meu amigo!
Otávio: Vai com Deus também minha amiga!
Cena 3: Passagem de Tempo; Música tocando; Manhã;
Enquanto isso na madrugada, tocando a música “Oração ao tempo” de Caetano Veloso: Vítor passa a noite inteira procurando Francisco, Maurício fica tentando lembrar onde Morgana está, pois conhece aquele lugar, só não se recorda da onde, Natália acorda e Maenna fica muito feliz, Yasmin sai do hospital junto com Januária e vai para casa de sua mãe biológica, Lorival pede que Francisco tire a blusa e fique de joelhos e começa acoitá-lo, Morgana está ainda no cativeiro, a polícia especializada em tráfico decide invadir a quebrada e chega o pessoal que trabalha na receita federal para resolver o caso de Shalon que está encrencado, por sonegar impostos e executar caixa dois.
Cena 4: Mansão de Maurício; Sala; Manhã.
A campainha toca e Maurício vai atender.
Maurício (triste com a situação da filha): E aí Gustavo? Tudo bem? Não né?
Gustavo (indignado): Não Maurício não estou nada bem. Tenta lembrar Maurício onde que a Morgana está.
Maurício (enfático e esperançoso): Tenho uma ideia, o que acha de seguirmos o Shalon? Ficamos de prontidão na casa dele e seguirmos onde ele for, ele irá no cativeiro alguma hora.
Gustavo (perseverante e muito eufórico): Acho uma ideia ótima! Vamos sim fazer isso então, o seguir o tempo todo.
Cena 5: Quebrada; Sala; Manhã.
Estavam na sala Corrimão, Sem Cérebro e Piolho esticando e cheirando suas carreiras de Cocaína e batendo papo, haviam virado a noite vendendo e usando drogas.
Corrimão (travada e falante): Aí, conseguimos lucrar para caramba, filés! Olha o malote!
Piolho (levanta-se pois estava sentado e rapidamente pega o dinheiro): Esse dinheiro aqui é pra entregar para o Mestre, não podemos nem sonhar em gastá-lo. O que a gente está cheirando aqui é parte do meu lucro.
Sem Cérebro (Marquinhos): Acho que quero parar com essa vida. Só não paro agora. Porque quero juntar dinheiro para colocar esses dois dentes da frente.
Corrimão (debochada): Isso mesmo Sem Cérebro, tu já não tem Cérebro e ainda vai ficar sem dente, aí nenhuma mulher vai querer. (Gargalhadas altas)
Sem Cérebro (nervoso): Cala a boca Corrimão! Quem é você para falar de mim, com essa xana sua podre e rodada.
Corrimão (sarcástica): Recalque seu, meu amor! Que não consegue, colocar seu pinto aqui dentro, meu bem! Minha Xana é gostosa e limpinha e faz sucesso por aí. Não fico com qualquer um, meu nome e Corrimão, não é bagunça!!! Meu banguelinho! (Gargalhas altas).
De repente alguém interrompe e todos ficam quietos lá dentro.
Capitão (gritando e sendo bem enfático): Abram a porta é a polícia, casa caiu para vocês bandidos! Abram a porta se não vamos arrombar. E não adianta tentar fugir a casa está cercada de policiais.
Dentro da casa um olha para o outro com nervosismo e pânico e ficam perplexos sem saberem o que fazer.
Cena 6: Chácara; Família Chicralla; Manhã.
Depois de Hanna rodar e rodar na caminhonete de laranja do velhinho que havia matado, ela tem a ideia de ir para chácara de sua família, pois tem a chave de lá em seu molho, pendurado no chaveirinho.
Hanna (tranquila e fria como se não tivesse cometido crime algum): Agora vou livrar-me dessa caminhonete, colocando fogo nela! E aquelas duas que atropelei viraram molho de tomate no asfalto. (Gargalhadas altas).
Morgana (do porão da chácara ouvi alguém e apavorada pede ajuda): SOCORRO! SOCORRO!
Quando Morgana se mexia muito a cobra saia do cesto, colocava sua língua bifurcada para fora e ameaçava a dar o bote Morgana, mas até então a serpente só recuava.
Hanna (pensando): Onde será que tem gasolina ou querosene aqui na chácara hein? Acho que no porão só pode, vou lá dar uma olhada.
Chegando no porão se depara com Morgana, sentada toda amarrada com um cesto entre suas pernas.
Hanna (surpresa e contente): Gente que presente! Não acredito! Mas essa vinda pra cá me saiu melhor que encomenda! (Risos e gargalhadas altas). Condições perfeitas para dar um sumiço em você e colocar a culpa em quem te trouxe para cá. (Olhar fixo em Morgana com cara a assustadora e Morgana com semblante de apavorada).
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