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Alto Mar - Capítulo 9








ALTO MAR

GÊNERO WEBSÉRIE
ESCRITA POR GABRIEL PRETTO
EMISSORA RANABLE WEBS
CAPÍTULO 9
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Cena 1: Delegacia de Puerto Limon/Dia/

Vinicio está parado com um olhar maléfico na frente de Laerte, que está muito 
assustado com a sua presença.

Vinicio: Posso saber por que você ainda está com essa cara, visto que eu só estou aqui para lhe 
 ajudar?

O delegado adentra na sala.

Delegado: Bom dia cavalheiros.
Vinicio: Bom dia.
Delegado: Você deve ser o oficial Vinicio, não é?
Vinicio: Sim, sou sim. Vou ajudar o senhor Aviles com as operações de resgate do M.S Atena.
Delegado: Ótimo. Agora para você, Laerte Aviles…
Laerte: Sim?
Delegado: Eu preciso fazer algumas perguntas para o senhor. Sobre quem tinha acesso ao 
documento, onde ele foi guardad-
Laerte: Delegado, não precisa. Eu já sei quem foi. Foi esse cara de pau aí! Foi ele! 
EU TENHO CERTEZA DISSO!
Vinicio: ...o senhor está falando com-
Laerte: Sim! Eu estou! 
Vinicio: Mas eu não fiz nada! Eu não fiz absolutamente nad-
Laerte: CALA ESSA BOCA!
Laerte dá um tapa em Vinicio.

Lorenzo: Laerte! Pelo amor de deus!
Laerte: Você merecia muito mais, Vinicio! Você tentou fazer com que o meu sócio passasse 
para o seu lado, mas fracassou. Agora você está tentando afundar a minha empresa bem sucedida 
graças ao meu trabalho honesto! Invejoso! Quer saber? Vamos voltar pro hotel, Lorenzo.
Lorenzo: Você tem certeza?
Laerte: Tenho! Vamos!
Os dois saem da sala e Vinicio se levanta como uma cara maléfica.

Delegado: Você está bem?
Vinicio: Sim...eu acho…
Delegado: Eu vou buscar uma água pra você.

O delegado sai.

Vinicio: Ah Laerte, seu inferno tá só começando. Me aguarde apenas.

Cena 2: Hotel Caribe/Quarto 210/Manhã/

Laerte está conversando com Alina e Lorenzo.

Lorenzo: Eu posso entender por que você acha que foi ele?
Laerte: Eu não acho. Tenho certeza! 
Alina: Então por que você tem certeza?
Laerte: Ele tem vindo aqui nos dias anteriores. Tentou fazer com que o Lorenzo passasse 
para o lado dele, me incriminar falsamente de atrocidades que vocês sabem que eu jamais faria.
Alina: Tá, você tem argumentos que podem incriminar ele. Mas como ele pode ter conseguido 
acesso a esse documento?
Laerte: Eu não sei.
Lorenzo (gelado): Talvez ele tenha ido até a empresa em Gijón e ter pegado o documento, porque 
você enviou para lá.
Alina: Talvez seja uma opção.
Laerte: É um bom ponto. Mas como ele poderia saber que esse documento estava lá?
Alina: Talvez ele tenha um cúmplice?
Lorenzo engole seco.

Laerte: É...provavelmente.
Lorenzo: Laerte.
Laerte: Sim?
Lorenzo: O que você vai fazer se você descobrir quem é esse tal cúmplice. se é que ele tenha um?
Laerte: Eu acabo com ele. Pode ter certeza disso.

A câmera foca no olhar preocupado de Lorenzo.


Cena 3: Restaurante/Hotel Caribe/Tarde/

Alina e Laerte estão almoçando.

Laerte: Esse lugar não têm muitos luxos, mas pelo menos a comida daqui é deliciosa.
Alina: Concordo.

Os dois ficam em silêncio por um tempo.

Alina: Senhor Aviles, sobre o documento eu tenho um palpite sobre o cúmplice desse Vinicio.
Laerte: Então diga.
Alina: Ontem no entardecer apareceu um homem dizendo que ia dar uma entrevista na empresa.
Eu autorizei a entrada e 10 minutos depois ele saiu. Horas depois a notícia vazou.
Laerte: Como era esse homem?
Alina: Bem...quarenta anos aproximadamente...cabelo grisalho, óculos de lente, camisa azul e...uma 
bolsa preta eu acho. Ele podia estar levando o tal documento lá dentro daquela bolsa.
Laerte: Tá...Alina eu preciso de um favor. Eu preciso que você ligue para o meu presidente de 
segurança e peça para que analisem a imagem das câmeras por volta da faixa horária na qual o 
homem apareceu.

Cena 4: Corredores/Hotel Caribe/Tarde/

Lorenzo está ligando para Vinicio.

Lorenzo: Vamos lá Vinicio. Atenda.
Vinicio (na linha): Alô?
Lorenzo: Vinicio, eu preciso encontrar com você.
Vinicio: Lorenzo! Você gostou da cara do Laerte. Ela foi maravilhosa.
Lorenzo: Escuta, eu acho que logo ele vai descobrir o nosso esquema.
Vinicio: Por quê?
Lorenzo: Ele suspeita que você tem um cúmplice. Talvez ele possa me descobrir ou até mesmo o 
Andres. E as coisas vão ficar bem, mas bem feias se ele descobrir. E por causa das suas suspeitas, 
nós não podemos mais nos encontrar de tarde.
Vinicio: Então quem sabe a gente não se encontra lá naquele bar de madrugada quando ele estiver 
dormindo? O Andres viajou comigo até Puerto Limon e ele pode vir junto comigo.
Lorenzo: Pode ser.
Vinicio: Então tá. Nos vemos de madrugada. Até mais Lorenzo. Tome cuidado.
Lorenzo: Eu vou ter. Até mais.

Lorenzo desliga.

Cena 5: Oceano Atlântico/Manhã/

Todos estão tentando pegar peixes debaixo de um sol quente.
Ludim: Vocês estão conseguindo achar alguma coisa?
Paola: É...tá difícil.
Ávila: Seria bom a gente ter algum tipo de arpão.
Fernando: Mas onde a gente ia conseguir?
Ludim: Talvez quebrando uma das tábuas da prancha.
Paola: Não sei se é uma boa ideia, porque dependendo de que tábua tirar, a prancha pode 
afundar e a gente não quer isso.
Fernando: É...depois a gente vê isso.

A câmera foca em Marcel, que está muito ofegante e exausto. Gallego repara o estado 
dele e fica preocupado.

Gallego: Você tá bem?

Marcel não responde. De repente ele desmaia e cai na água.

Gallego (nervoso): Ai meu deus! Gente! Gente ajuda aqui pelo amor de deus!

Todos percebem Marcel na água. Ludim pula na prancha, pega Marcel e coloca ele de 
volta na madeira.

Ludim: O que é que aconteceu?
Gallego: Ele tava exausto e passou mal.

Ludim coloca a cabeça no peito dele.

Ludim (nervoso): Ele ta tendo um infarto!

Ludim começa a reanima-lo fazendo massagens e verificando o pulso. Não há sinais vitais, 
mas ele insiste.

Ludim: Vamo Marcel! Pelo amor de deus! Não faz isso!
Paola: Ludim, eu acho que ele se-
Ludim: Não! Ele não morreu!
Ludim continua a tentar reanimá-lo.

Ludim: Vamo cara! Vamo! Pelo amor de deus!

Paola segura Ludim para fazer ele parar.

Paola (deprimida): Não a mais nada que você pode fazer.
Ludim (desesperado): QUE INFERNO!

Cena 6: Central da marinha/Puerto Limon/Tarde/

Lorenzo, Alina e Laerte estão na central para discutir o que vão fazer. 
Eles encontram com o presidente da Costa Rica.

Lorenzo: Gente...olha quem tá ali.

Laerte e Alina olham para o homem.

Laerte: Quem é aquele? 
Lorenzo: Oscar Arias, presidente da Costa Rica.
Laerte: Ai meu deus. Agora a política vai me massacrar.

O chefe da marinha aparece. 

Chefe da marinha: Senhor Aviles?
Laerte: Ele mesmo.
Chefe da marinha: Estávamos esperando a sua chegada. 
Precisamos discutir como vamos agir para encontrar o Atena. Mas antes eu gostaria que 
o presidente conhecesse vocês. Senhor presidente?

Oscar se vira.

Oscar: Sim.
Chefe da marinha: Esse é o presidente da Coimbra. Laerte Aviles.
Oscar: Prazer em conhecê-lo.
Laerte: O prazer é todo meu.

Os dois apertam as mãos.

Oscar: Vocês já estão colocando em prática ações para ajudar o Atena?
Laerte: Vamos discutir isso agora. Vamos colocar o nosso plano em ação assim que tivermos
ele em mãos.
Oscar: Ótimo. Saiba que qualquer coisa que precisar eu estou aqui.
Chefe da marinha: Nós precisamos entrar para a reunião. Não temos tempo a perder.
Laerte: Então vamos.

Laerte, Alina e Lorenzo entram para a reunião.

Todos estão sentados na reunião.

Cena 7: Reunião/Sede da marinha/Puerto Limon/

Laerte: Então isso já está certo. Nós vamos mandar todos os nossos homens disponíveis para o 
mar em busca do Atena.
Lorenzo: Tá, mas e se o navio tiver saído da zona de navegação? A região na qual ele sumiu é 
extremamente chuvosa e cheia de ondas. As chances dele ter saído da faixa são altas.
Chefe da marinha: Quanto a isso...nós deveríamos reforçar o patrulhamento em volta dessa área e 
na faixa em si. Nós vamos alertar todos os tipos de embarcações que passam pela área. Cruzeiros, 
Cargueiros, Petroleiros, Barcos de pesca, todos serão avisados para ficar em alerta.
Alina: Nós deveríamos aceitar ajuda voluntária?
Laerte: Com certeza. Vamos fazer campanhas para arrecadar alimento, água, roupas e para achar o 
barco em si.
Chefe da marinha: Então acho que essa reunião está encerrada. Agora vamos colocar esse plano 
em ação. Vou fazer um pronunciamento para alertar a mídia. 
Laerte: Você quer que eu fique aqui?
Chefe da marinha: Pra quê?
Laerte: Pra fazer o pronunciamento.
Chefe da marinha: Você tem certez-
Laerte: Tenho. Eu sou o dono da Coimbra. O mínimo que eu posso fazer é ajudar com as buscas 
em todos os estágios.
Lorenzo: Você quer que eu fique com você Laerte?
Laerte: Não há necessidade. Você e a Alina podem voltar voltar para o hotel. 

Cena 8: Televisão/Tarde/

A câmera mostra a tela de uma televisão, que está passando por um plantão jornalístico.

Repórter: Interrompemos a nossa programação normal para trazer mais informações sobre o 
desaparecimento do transportador de carga M.S Atena, da empresa espanhola Coimbra. A poucos 
minutos, o chefe da marinha costarriquenha Humberto Nadal informou que embarcações já estão 
sendo enviadas para o mar para ajudar nas buscas e navios que estão transitando pela rota do Atena
foram alertados para ficar em alerta e informar sobre qualquer informação do paradeiro da 
embarcação. Ele também informou que ajuda voluntária é muito bem vinda tanto para a arrecadação 
de suplementos quanto para as buscas. Nesse exato momento, milhares de pessoas estão 
na doca da qual o Atena partiu em direção ao Rio de Janeiro. Equipes médicas, da marinha, 
jornalistas e principalmente voluntários estão presentes para prestar ajuda às vítimas e suas famílias. 
O dono da Coimbra, Laerte Aviles, que está de viagem em Puerto Limon, fez o seguinte 
pronunciamento. ‘’Estou completamente abalado com a situação. Queria dizer a todas as famílias 
que as devidas providências já estão sendo tomadas e que os prejuízos serão recompensados em 
dinheiro. Vou ficar na cidade até que todos os tripulantes do M.S Atena estejam em terra.’’ Estaremos 
de volta a qualquer momento com mais informações.

Cena 9: Porto de Puerto Limon/Tarde/
Lorenzo e Laerte estão conversando no Porto. Há milhares de pessoas presentes também 
para ajudar com as buscas do Atena. 

Lorenzo (impressionado com todas as pessoas): Olha, eu não iria pensar que tanta gente iria 
se unir por uma causa dessa maneira.
Laerte: É. Esse mundo realmente tem alguma esperança de fé.

Os dois ficam em silêncio por um tempo.

Laerte: Olha, eu estava querendo ir pro mar com algum voluntário ou até mesmo com a marinha.
Lorenzo: Pra que?
Laerte: Pra ajudar aquelas pessoas.
Lorenzo: Tem certeza?
Laerte: Eu achei um pouco insensível da sua parte você perguntar isso. 
Isso não é algo que se possa questionar.
Lorenzo: Me desculpe.

Laerte olha para os lados por algum tempo e avista um barco que está com uma placa 
escrita ‘’aberto para ajuda voluntária’’.

Laerte: Quem sabe eu não posso ir naquele barco? Está aberto para ajuda voluntária.
Lorenzo: Talvez. Vamos lá perguntar.

Os dois se dirigem até o barco.

Cena 10: Barco de Carlos/Porto de Puerto Limon/Tarde/

Carlos está com um rosto preocupado. Ele está preparando com pressa as coisas 
para poder zarpar e procurar seu filho.

Laerte e Lorenzo chegam.

Laerte: Boa tarde. Você é o dono desse barco?

Carlos se vira e fica perplexo ao ver quem é.

Carlos: Você?
Laerte: Sim...sou eu…
Carlos: O que que você tá fazendo aqui? Que que você quer comigo?
Laerte: Eu reparei na placa. Você vai ao mar?
Carlos: Vou. E só volto quando eu achar meu filho.
Laerte: Eu...posso ir com você?
Carlos:...o quê você disse?
Laerte: Eu sou o dono da empresa. Eu me importo com os meus funcionários. 
Eu estou muito preocupado com todos a bordo do Atena. Eu queria ir ao mar pra ajudar em 
alguma coisa. É o mínimo que eu posso fazer.
Carlos (abalado): Não se faça de santo.
Laerte (comovido): Por favor. Eu sei que a única coisa que você quer agora é seu filho. 
Talvez eu possa ajudar com alguma coisa. Pelo bem do seu filho.

Carlos fica em silêncio pensativo por um instante.

Carlos: Entra ai.

Laerte entra no barco.

Lorenzo: Você não quer que eu vá com você?
Laerte: Não precisa não. A melhor coisa que você pode fazer é ficar na cidade e ajudando os 
superiores da Coimbra e a minha secretária.
Lorenzo: Tá bom. Eu vou voltar para o hotel. E mais uma coisa. Tomem cuidado. Aquela área é 
uma zona perigosa.
Carlos: Não se preocupe rapaz. Porque o velho fracote aqui já faz isso há anos. Além disso, 
eu irei junto com outros barcos. Se acontecer algo com nós dois, vai ter quem nos ajudar.
Lorenzo: Ok. Eu...vou voltar para o hotel. Boa sorte. Até mais.
Laerte: Até.

Lorenzo sai.

Cena 11: Bar/Puerto Limon/Madrugada/

Vinicio, Andres e Lorenzo estão sentados conversando.

Lorenzo: Você deve ser o Andres, não é?
Andres (sorrindo): Sim, sou.
Lorenzo: Pois é um prazer conhecê-lo.

Os dois apertam as mãos

Lorenzo: Se não se incomoda, eu gostaria de perguntar como você conseguiu pegar o documento.
Andres: Fingi que estava indo para uma entrevista de emprego e peguei o documento.
Lorenzo: Mas ninguém percebeu?
Andres: Não.
Lorenzo: Mas e as câmeras? Ninguém pegou nada?
Vinicio: Deixa isso pra lá. Ele foi discreto, é dificil pegarem algo.
Ai ninguém pegou ele.
Lorenzo: Hm, entendo. Mas agora mudando de assunto, a gente precisa tomar muito 
mais cuidado com as ações que a gente toma contra o Laerte a partir de agora. Ele tem quase 
certeza que foi você, Vinicio, que pegou o documento. Então você não pode simplesmente 
aparecer na frente dele.
Vinicio (rindo): É...eu sei. Mas vocês viram a cara dele? Era maravilhosa.
Lorenzo (confuso): Você não iria ajudar com a busca? 
Vinicio: Sim, mas me mandaram ir pra lá conversar com ele em um primeiro momento porque eu 
era a única pessoa disponível. Nós tínhamos chegado da viagem de madrugada. Mas eu estou 
passando o dia inteiro na marinha ajudando com o Atena.
Lorenzo: Ok. Outra coisa, ele trouxe a secretária dele pra cidade. O Laerte está prestando ajuda 
como voluntário. Foi pro mar ajudar com as buscas do Atena.
Vinicio (sarcástico): Só pra se fazer de inocente. Que coisa ridícula.
Lorenzo: É. Mas tem a secretária dele aqui me vigiando, então a gente precisa tomar cuidado. 
Agora a gente só pode se encontrar de madrugada.

Cena 12: Quarto 204/Hotel Caribe/Madrugada/

Lorenzo entra no quarto.

Alina: Boa noite, Lorenzo.

Lorenzo vira assustado.

Lorenzo: Nossa, que susto. Não vi você aí.
Alina: Onde você tava?
Lorenzo: Tava lá no porto. Tô sem notícias do Laer-
Alina: Será que você tava no porto mesmo? Ou será que você tava no bar se encontrando com o 
Vinicio?
Lorenzo: Do que você tá falando?
Alina: Não se faça de sonso. Você com certeza não sabe do que eu sou capaz. 
Eu posso simplesmente avisar o Laerte que o seu sócio preferido está encontrando com um 
homem que está tramando contra a empresa. 

Lorenzo fica perplexo.

Alina: Então...como vai ser? Por bem ou por mal que você vai me falar onde estava?

A câmera foca em Lorenzo. A imagem congela nele. O fundo fica desfocado e a imagem 
inteira fica azul.

FIM DO CAPÍTULO
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