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Alto Mar - Capítulo 18 (Último Capítulo)



ALTO MAR


GÊNERO WEBSÉRIE

ESCRITA POR GABRIEL PRETTO

EMISSORA RANABLE WEBS

CAPÍTULO 18

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Cena 1: Apartamento/Anoitecer/


Todos estão discutindo o que será feito para desmascarar Laerte


Vinicio: Tá...agora sobre o que a gente vai fazer. Acho que já temos provas o suficiente para

incriminá-lo. E tem esse assassinato recente do Andrés que ele pode estar por trás. A polícia deve

estar procurando por ele. Nós já fomos interrogados sobre o assunto. A gente pode levar as provas

para a polícia.

Lorenzo: Eu fiquei sabendo que daqui a 2 dias vai ter um evento de Memorial ao incidente.

E ele vai estar presente.

Vinicio: Ok...ok...todo mundo se junta aqui. Eu sei o que vamos fazer.


Dois dias depois...


Cena 2: Memorial/Tarde/


Laerte e Aline estão sentados tomando Champagne.


Laerte: Ainda bem que é meu último dia nessa cidade cafona. To louco pra voltar pra Gijón.

Alina: Eu posso imaginar.


Eles ficaram em silêncio. Laerte está com uma expressão de preocupação.


Alina: Tudo bem com você? Parece preocupado.

Laerte: Tô...tô bem sim; Só...só estou meio preocupado com o Lorenzo

Alina: Ai, esquece aquela pedra no caminho. Agora a gente tá aqui. Ninguém sabe de nada e a

gente pode celebrar a nossa glória.

Laerte (sorrindo): É...verdade. 


Os dois brindam


Cena 3: Ruas/Tarde/


Vemos carros da polícia passando pelas ruas. Eles possuem as sirenes ligadas

e vem a alta velocidade em direção ao memorial. Em seguida, temos um corte para a entrada

do memorial. Lá, vemos Vinicio, Ludim, Lorenzo e Paola entrando na celebração. Todos estão

muito bem vestidos e calmos.


Cena 4: Memorial/Interior/Tardes


O anfitrião da celebração está no palco. Todos os convidados e participantes voltam sua atenção

para a fala.


Anfitrião: Damas e cavalheiros, queria agradecer novamente a todos pela sua presença nesse dia

de celebrar a vida e prestar memória a aqueles que se foram no mar. Para começar a cerimônia, eu

queria chamar alguém que trabalhou incansavelmente em resgates e atendimento às vítimas e lutou a

todo o momento pela estabilidade de sua empresa. Convido agora para o palco, o presidente da

Coimbra, Laerte Aviles.


Laerte se levanta e vai até o palco. Todos o aplaudem. 


Cena 5: Entrada/Memorial/Tarde/


Vemos a polícia entrando no interior. Um dos policiais vai até o porteiro e faz uma pergunta.


Policial: Onde está Laerte Aviles?

Porteiro: Ele está lá dentro. Está dando um discurso no palco.


Os policiais vão até ele. 


Cena 6: Palco/Memorial/Tarde/


Laerte está dando um discurso e todos estão escutando a ele atentamente, incluindo Vinicio,

Lorenzo, Ludim e Paola.


Laerte: Em todos esses anos que trabalhei pela Coimbra, a empresa que me fez prosperar na vida,

eu sempre dei valor a todos os meus trabalhadores. Aqueles tripulantes eram importantes SIM. Sem

eles, como a carga ia ser transportada? Como nossos navios seriam operados? (T). Quando recebi

essa notícia trágica...eu busquei fazer tudo o que eu pod-


A polícia adentra no lugar e se dirige até o palco.


Polícia: Todos parados! Polícia! Ninguém se mexe!


A polícia sobe no palco em direção a Laerte. Confuso, ele larga o microfone que estava

segurando e levanta as mãos.


Polícia: Laerte Aviles, o senhor está preso.

Laerte (sendo algemado e confuso): O que? Por quê?

Polícia: Tome cuidado com a suas próximas palavras. Tudo que disser pode ser usado contra

você no tribunal. Você tem direito a um advogado.


Laerte é levado para o carro da polícia. Todos da reunião se olharam abismados. Lorenzo,

Vinicio, Paola e Ludim não demonstram reação.

Cena 7: Ruas/Tarde/

Laerte está sendo levado pro carro da polícia. Várias pessoas observam ele ser preso,

inclusive jornalistas que estavam documentando o memorial.


Laerte: Isso só pode ser um engano! Policial, eu sou inocente. Eu não fiz nada de errado!

Policial: Hã, então diga isso pro juiz.


Laerte é colocado dentro da viatura. Os policiais embarcam e dirigem até a delegacia.


Cena 8: Delegacia/Exterior/Tarde/


Laerte é retirado da viatura e levado para dentro da delegacia. Vários jornalistas estão

ali querendo saber porque ele foi preso. Laerte está com uma cara séria e de vergonha.

Ele não responde a nenhuma pergunta dos jornalistas e é levado para um interrogatório.


Cena 9: Sala de Interrogatório/Delegacia/Anoitecer/


Laerte está sentado em uma sala de interrogatório sozinho quando um policial entra no

ambiente e se senta em sua frente.


Policial: Você sabe porque está aqui?

Laerte: Não. Não faço ideia.

Policial (sério): Você está sendo investigado por uma série de crimes, Laerte. Como...corrupção

dentro da sua própria empresa, sonegação fiscal, desvio de dinheiro...homicídio culposo.

Pelo visto...você não vai abrir a boca. Então se continuar assim...espera uma longa noite pela

frente.


Laerte fica pasmo.


Cena 10: Televisão/


Vemos uma tela de televisão que transmite um telejornal.


Âncora: O presidente da transportadora Coimbra, Laerte Avilles, foi preso hoje enquanto

participava de um memorial em homenagem ao Atena. Segundo a polícia, Avilles é investigado por

uma série de crimes em relação a Coimbra. Como corrupção, sonegação fiscal e desvio de dinheiro.

Ele ainda é suspeito de pelo menos 4 assassinatos, dos quais 1 é considerado culpado. Acredita-se

que eles tenham relação com a Coimbra. A população entrou em verdadeira revolta após o chefe de

polícia anunciar que Laerte provocou um acidente de um navio de sua empresa em 1979. Ele ainda é

investigado por negligenciar o resgate do M.S Atena, que caracteriza o acidente mais recente da

empresa.


1 MÊS DEPOIS...


Cena 11: Casa de Paola/Quarto/Tarde


Paola está se arrumando em frente a um espelho. Ela veste um vestido preto e salto preto

também. Ela está muito bem vestida e com uma expressão séria. Ela se admira no espelho

e suspira nervosa. Keylor entra no quarto.

Keylor: Mãe...tudo pronto?

Paola: Sim...já estou descendo.


O garoto sai do quarto e ela arruma seus brincos. Após isso, ela sai do quarto e desce as

escadas.


Cena 12: Sala de Julgamento/Tarde/


Várias pessoas estão presentes para o julgamento de Laerte. A câmera foca nele, que está

nervoso. O julgamento já está em andamento e Ludim (testemunha) está sendo ouvido.


Advogado: E...existia alguma coisa dentro da embarcação antes do naufrágio que lhe

deixou...incomodado?

Ludim: Sim. Eu lembro que...só tinham dois botes que...eram apoiados por correntes extremamente

enferrujadas. Após o blackout...a comida se mostrou insuficiente e...os equipamentos de emergência

eram extremamente enferrujados. Isso...é tudo que consigo me lembrar.

Advogado: Ok...sem mais perguntas.


Laerte e seu advogado se entreolham nervosos.


Juiz: Segunda Testemunha. A senhora Paola Fuentes.


Paola entra na sala com uma expressão séria e se senta para dar seu testemunho.


Advogado: Bom...a quanto tempo a senhora trabalhava na Coimbra antes do ocorrido, senhora

Fuentes?

Paola: 8 anos junto com o meu marido.

Advogado: A senhora pode confirmar tudo que o senhor Jimenez disse.

Paola: Sim. Nossos superiores foram alertados inúmeras vezes sobre isso...e nunca foi feito nada.

Advogado: Ok...e….na noite do naufrágio...como ocorreu tudo?

Paola: Nós...tivemos que pegar algumas coisas antes de abandonar o navio. Não tivemos como

chamar por socorro. As baleeiras emperraram e tivemos de usar os botes. O mar estava muito

agitado e...a água estava gelada. Quando o navio virou...a carga caiu junto e esmagou alguns dos

meus colegas. Eu...e mais três pessoas conseguimos nos abrigar nem um bote. Minutos depois, o

Ludim e um outro colega conseguiram sair dali e embarcar no bote. Meu marido...não saiu de lá

dentro…

Advogado: Ok…sem mais perguntas.


O câmera foca novamente em Laerte, que está visivelmente preocupado.

Vemos um timelapse do tribunal até a hora do veredito. Vemos o juiz conversando com

algumas pessoas. 


Juiz: Senhoras e senhores...temos um veredito. Devido aos relatos das vítimas e das testemunhas...e

as provas apresentadas...o réu é considerado...culpado.


Laerte fica pasmo.


Juiz: Devido a acordos com a Polícia Espanhola e os crimes cometidos pelo Senhor Avilles,

ele será condenado a pena máxima de 50 anos. Será solicitada a sua transição imediata para a

prisão onde cumprirá sua pena. Declaro esse caso encerrado.


Policiais agarram Laerte para levá lo à prisão.


Laerte: N-não! Isso é um engano! Eu não posso ser preso! Eu não fiz nada! Eu sou inocente!

Me soltem!

Cena 13: Prisão/Tarde/


Laerte está caminhando em um corredor de um presídio acompanhado por um guarda.

Ele tem uma expressão fechada. Os presidiários batem nas grades e gritam para intimida-lo.

Ele é trancado em uma cela com vários presos. Laerte olha sério para o guarda.


Laerte: Você não pode me deixar aqui. Esses fedelhos vão acabar me matando.

Guarda: Isso não é da minha conta…


O guarda vai embora.


Presidiário 1: Ai seu cuzão! Tá chamando quem de fedelho? Tá achando que tá onde?

Num hotel 5 estrelas?

Laerte (intimidado): Eu...eu não disse isso…

Presidiário 2: Não se faz de palhaço! A gente tem ouvido bom, compadre!

Presidiário 3: Acho que esse aí tá precisando de corretivo

Laerte (com medo): Corretivo?

Presidiário 1: Isso mesmo…


Os presidiários se aproximam de Laerte.


Laerte: Que que é ess-


Um dos homens dá um soco na cara de Laerte. Ele tenta revidar, mas é jogado no

chão e começa a ser espancado por pontapés, socos e chutes pelos presidiários. 


Cena 14: Hospital/Interior/Noite


Ludim está chegando no hospital após o tribunal para visitar seu pai. Enquanto toma um

café e caminha pelo corredor, ele encontra com Constância.


Ludim: Oi vó. Como tá o papai?


Constância suspira.


Constância (deprimida) : Meu querido...ele...ele...ele está no céu agora. Vieram buscar ele...enquanto

você estava no tribunal.

Ludim (nervoso): O quê? Não...não...não...não...não...NÃO!!





Cena 15: Mansão de Lorenzo/Gijón/Noite/

Lorenzo está lendo jornal na mesa da cozinha procurando por uma vaga de emprego em

algum lugar. Ao virar uma página, ele repara na seguinte notícia

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A QUEDA DA VERGONHA

Após anos de sucesso baseado em fraudes, a Coimbra Transport vai a falência

após a prisão de seu presidente e exposição de escândalos.

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Ele solta um leve sorriso ao ver o titulo da noticia e continua folheando o jornal

em busca de algo que o interesse


Cena 16: Cadeia/Puerto Limon/Tarde/


Vemos vários presidiários no pátio da cadeia. Alguns jogam basquete enquanto outros

conversam entre si. Dentre eles, está Laerte com uma cara abatida e cheia de hematomas.

Ele começa a andar pelo pátio e esbarra com um homem.


Homem (brava): Ai! Olha por onde anda!


Laerte não responde nada em um ato de birra.


Homem: És surdo, é?

Laerte (furioso): CALA A BOCA! EU NÃO TENHO NADA PRA DIZER A ALGUÉM DESSE LUGAR

DE FEDELHOS QUE NÃO ME PERTENCE!

Vários homens olham em sua direção com uma expressão de fúria. O homem no qual Laerte

esbarrou se aproxima dele muito bravo e o escora contra a parede. Ele puxa uma navalha do

bolso e esfaqueia o estômago de Laerte 3 vezes. Ele cai no chão sangrando e vários presos

se reúnem ao redor da cena para ver o que aconteceu e prestar socorro.


A câmera se afasta do lentamente e mostra o prédio de cima.


FIM

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