Sede de Vingança
Capítulo 05
Cena 1, Casa de Luiz Gustavo, quarto, noite.
Carolina se surpreende ao ver a moça.
Carolina: Então era isso que tava escondendo de mim, Luiz Gustavo?
Luiz Gustavo: Eu nunca menti pra você, Carolina, isso deixei claro.
Carolina: Eu posso saber aonde você encontrou essa vagabunda? É lá da empresa, não é?
Moça (indignada): Primeiro que eu não sou nenhuma vagabunda! Segundo que tenho nome e sou muito honesta.
Carolina: Veremos quem é honesta agora!
Carolina estapeia a moça. Luiz Gustavo sem pensar, estapeia Carolina.
A moça grita.
Moça (desesperada): Luiz para com isso, pára já com isso!
Carolina chora de ódio.
Carolina: Você vai me pagar por isso, Luiz Gustavo, guarde as minhas palavras!
(Tema de suspense).
Cena 2, Casa de Renato, sala, dia.
Ana Beatriz está arrumada. Dona Solange prepara café e bolo para ela.
Solange (sorri): Bom dia menina! Como você está?
Ana Beatriz (sorri): Um pouco melhor, dona Solange.
Solange: Se acalme viu, isso não é o fim do mundo.
Ana Beatriz: Pra mim é, sabe. Eu tô praticamente desamparada no mundo.
Solange: Não diga uma bobagem dessas. Você vai encontrar o seu conforto, a sua paz interior.
Solange vai até seu quarto por um momento e traz uma correntinha de cruz dourada reluzente.
Solange: Toma, isso é seu.
Ana Beatriz (surpresa): Meu?... mas eu não posso aceitar isso, dona Solange.
(Tema de esperança).
Solange: Pode e deve! Deus vai estar sempre do seu lado quando interceder por ele.
Ana Beatriz abraça Solange.
Ana Beatriz: Obrigado, dona Solange. Um dia eu vou voltar e fazer justiça pela morte de minha avó.
Cena 3, Casa de Carolina, dia, café da manhã.
Carolina desce as escadas.
Sua mãe e seu pai estão tomando café.
Carolina: Bom dia família.
Lenita: Bom dia minha filha. Dormiu bem?
Carolina: Depois da noite de ontem, impossível.
Lenita: Então vamos tomar café.
Carolina se senta à mesa.
Carolina: E a minha irmã mais nova?
Lenita: Está dormindo ainda.
Carolina: Aquela garota só sabe dormir?
Diógenes (ri): Você também era bem preguiçosa na idade dela, Carolina.
Lenita (ri): Verdade! Até pra ir à escola era um sacrifício.
Carolina: Eu era mais feliz e não sabia.
Lenita: Talvez sim, filha.
Campainha toca.
Diógenes: Deixem que eu vou atender.
Diógenes se levanta e abre a porta.
Uma mocinha jovem olha para o homem assustada.
Diógenes: Olá, em que posso ajudar?
Um tempo depois…
A menina está sentada no sofá.
Diógenes e Lenita discutem.
Lenita: Não, isso é inadmissível, Diógenes! Ela ser nossa neta!
Diógenes: Eu também fiquei surpreso com a carta, mas temos que ver se é verídica.
Lenita: Por mim eu mandava ela pra um orfanato ou para um juizado de menores.
Diógenes: Fique aqui, eu vou conversar com ela.
(Tema de mistério).
-- Abertura --
-- Voltamos a Apresentar --
Cena 4, Escola, Rua, Rio de Janeiro, dia.
Rita Helena traz os filhos para estudar.
Rita Helena: Filha, cuida do seu irmão no recreio hein?
Lorena: Tá bom, mãe. Vamos, Carlinhos.
Carlinhos: Deixa eu dar um beijo na mãe, Lorena!
Lorena (impaciente): Vai logo então.
Rita Helena: Quê isso, Lorena? Deixa o seu irmão se despedir.
Lorena (chorosa): Vocês nunca me entendem…
Lorena corre de caminho para dentro da escola.
Carlinhos: O que houve com ela?
Rita Helena: Não sei filho. Mas é melhor indo. Quando chegar em casa converso com a Lorena.
Carlinhos (sorri): Ok.
Carlinhos sai do carro e entra na escola.
Rita Helena vai embora de carro.
Cena 5, Estrada, interior de Minas, dia.
O sol estava rachando. Ana Beatriz estava suada.
Ela pega a garrafa de água e bebe em pequenas doses.
Ana Beatriz (arfante): Que calor, meu deus.
Ela continua caminhando.
Ao longe ela escuta um barulho de carro.
Ana Beatriz: Quem será?
(Barulho de carro).
Bira: A gente vai fazer uma parada, viu.
Letícia: Lá na frente homem, agora é demais.
Bira: Tudo bem, Leti.
Letícia bate com o livro em Bira que ri.
Letícia: Para de me chamar assim!
Bira freia o carro.
Ana Beatriz: Olá, será que vocês poderiam me dar uma carona?
Bira e Letícia se olham.
Bira: Entra menina.
Ana Beatriz entra no carro.
Letícia: Pra onde você tá indo?
Ana Beatriz: Pra longe. Bem longe daqui.
Bira: Então encontrou as pessoas certas que podem te levar.
Bira toca o carro adiante.
Cena 6, Empresas Barreto, dia.
Luiz Gustavo chega a empresa.
Luiz Gustavo: Bom dia, Laís.
Laís: Bom dia, seu Gustavo.
Luiz Gustavo: E o meu pai, apareceu?
Laís: Não,senhor.
Luiz Gustavo: Estranho. Já era pra ele estar aqui.
Laís: Parece que outra pessoa tá te esperando. Uma moça bonita.
Luiz Gustavo (sorri): Já sei até quem é. Vou subir, licença.
Luiz Gustavo sobe as escadas.
Ele entra em sua sala.
A moça bonita de antes aparece.
Moça: Parece que não vai sair da minha mão tão cedo.
Luiz Gustavo: E nem quero, sabia?
A moça sorri. Os dois começam a se beijar.
(It's gonna take a miracle - Deniece Williams)
Cena 7, Pousada, Juiz de Fora, tarde.
Bira para o carro numa pousada.
Ana Beatriz: Aonde estamos?
Bira: Juiz de Fora pelo que deu pra perceber.
Letícia: Pousada da Zilda… quem será essa mulher?
Bira: Não sei, vamos ir lá ver.
Eles entram no lugar e logo uma mulher aparece.
Letícia: Bom dia, aqui é a pousada da dona Zilda?
Zilda: Sou eu mesma.
Letícia (sorri): Prazer, eu sou Letícia, esse é meu marido Bira e essa nossa viajante, Ana Beatriz.
Zilda olha a menina com simplicidade.
Zilda: Prazer Ana. Sejam bem vindos. Querem um quarto?
Bira: Sim. Dois por favor.
Zilda entrega as duas chaves para eles.
Zilda: Aqui está. Tenham uma boa estadia.
Em coro: Obrigado.
Eles se dirigem aos seus respectivos quartos.
Letícia: Ana, o quarto 35 é seu e o 37 meu e do Bira, ok?
Ana Beatriz (sorri): Sem problemas.
Letícia entrega a chave do quarto de Ana para ela que abre a porta.
Ana Beatriz: Graças a deus um descanso. Depois daqui, recomeçar a vida e quando tudo se firmar, voltar pra Vila Nova. Vou me vingar dos Barreto.
(Tema de tensão).
-- Fim de Capítulo --
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