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Antropófago - Diário de um Canibal - Episódio 03 (Reprise)

 


ANTROPÓFAGO – DIÁRIO DE UM CANIBAL
WEB SÉRIE DE ADÉLISON SILVA
PRIMEIRA TEMPORADA
TERCEIRO EPISÓDIO 

CENA 01/FLORESTA MOSSAÍH/ TARDE

Vai mostrando as cenas em flashback preto e branco conforme Max vai narrando.

MAX: (off) Existia próxima a cidade uma floresta chamada Mossaíh. Ganhou esse nome por causa de John Mossaíh, um grande fazendeiro torturador de escravos que tinha suas terras onde hoje é a cidade de Braço Forte. Conta a história que John Mossaíh levava os seus escravos fujões para a floresta e lá os torturavam diante dos demais escravos, para que eles aprendessem a lição. Há quem diz que, andando pela floresta ainda é possível ouvir os gemidos dos negros e o arrastar de suas correntes. John foi pego em uma tocaia pelo os próprios negros, sendo torturado, massacrado e deixado vivo pendurado de cabeça para baixo em uma árvore no meio da floresta. Dias depois, as autoridades daquele local foram atrás de John e ninguém achou nada, nem um vestígio de seu corpo. Reza a lenda que o fantasma de John Mossaíh assombraria a floresta ainda hoje e todos os que se atrevem a entrar no coração daquele território desaparecem sem deixar pistas. Se o sumiço dos curiosos tem a ver ou não com John Mossaíh ninguém sabe, mas poucos se atrevem a conferir a veracidade da informação. 

CORTA para a cena seguinte, dando seguimento a narração de Max.

MAX: (off) O que essa história tem a ver comigo? Simples, a maluca da professora Maria da Soledad resolveu fazer um passeio em uma antiga fábrica de soda cáustica, que para o desespero de todos se localiza nas extremidades da floresta Mossaíh. 

CENA 02/ COLÉGIO/ PÁTIO/ DIA

Estão todos reunidos no pátio, Cibele sentada no canteiro e alguns alunos ao seu redor.

CIBELE: Eu não vou para esse passeio, simples assim. Imagina, eu me enfiar em meio a uma floresta mal assombrada. 
MARIA: Esse passeio é de suma importância, e quem não for vai ficar sem nota.
CIBELE: Pois então me deixe sem nota. Prefiro ficar sem nota do que me aventurar em um lugar mal assombrado. 
LETÍCIA: Eu confesso que eu também estou com medo, Cibele. Mas vamos todos juntos não há o que temer.
CIBELE: Você não está entendendo Letícia. O meu tio foi nessa floresta e nunca mais ninguém ouviu falar nele. Eu conheço varias pessoas que assim como meu tio se aventuraram e desapareceram.
MARIA: Isso é bobagem. O ônibus vai nos levar diretamente para a fábrica e vai nos trazer de volta para cá. Ninguém vai adentrar em meio a floresta.
CIBELE: Eu estou fora professora.
MARIA: Você que sabe Cibele. Mas vai ficar sem nota.



EPISÓDIO III
“A fábrica de soda cáustica”
CENA 03/ REPÚBLICA/ PORTÃO/ TARDE

Todos estão reunidos do lado de fora da república de mochilas nas costas esperando a hora de partir. O ônibus parado na frente, Maria da Soledad na porta do ônibus conversando com o motorista. Max sentado na calçada próxima ao portão que dá para a república, com um caderno na mão olhando os seus desenhos. Davi encostado no ônibus colocando pilha no medo das garotas.  

MAX: (off) É claro que o passeio da professora não alegrou a maioria. Mas não tive medo algum. Eu sempre achei essa história uma babaquice. Tudo bem, não desprezo o fato de que o tal John tenha torturado os seus escravos, muitos fidalgos da época faziam isso, e é natural também os escravos tê-lo matado como uma forma de vingança. Mas daí a achar que o seu fantasma esteja solto pela floresta torturando a quem nela entrar é demais, pura história da carochinha. O que mais temia no momento era o que se passava na cabeça da Érica. Eu já não sabia mais o que fazer, tentava de todas as maneiras me aproximar dela, mas ela continuava a me evitar. Ela o fazia não de uma forma arrogante, pois até que me tratava bem, só não queria conviver muito comigo. Eu estava ficando louco e em meu peito o coração fervia. No fundo eu tinha esperança de que ela resolvesse me dar mais uma chance. 

DAVI: (se aproximando) E aí, está com medo de encarar a floresta Mossaíh?
MAX: Não. Acho tudo isso uma bobagem, eu não acredito em fantasma.
DAVI: Eu também não. Mas as meninas estão morrendo de medo. Até a Thaís que é toda durona está com medo. Mas parece que a Letícia conseguiu convencer a Cibele de ir também. (ao perceber que Max alisava uma das suas caricaturas do rosto de Érica) Você ainda está na fossa por conta dessa história sua com Érica, né?
MAX: Ela nem olha mais na minha cara. (T) O que eu fiz foi tão grave assim Davi?
DAVI: Não, claro que não. Ela só está com medo de perder a vaga dela aqui na república. 
Ricardo ao longe olha para Max com cara de deboche. 

MAX: (com ódio ao ver a cara de deboche de Ricardo) Tudo por culpa daquele otário.
DAVI: Não dá moral para o Ricardo, ele está fazendo tudo isso só pra te provocar.
Érica vai se aproximando por trás.

ÉRICA: Max!
Max vira lentamente ao ouvir a voz de Érica.

DAVI: (se retirando) Eu vou deixar vocês dois a sós.
ÉRICA: Obrigada Davi!
MAX: Você ainda está com raiva de mim?
ÉRICA: Não. Desculpe Max, eu sei que estou te evitando. E sei que de alguma forma isso te fere. O Davi me falou um pouco sobre as conversas que vocês costumam ter.
MAX: Ele falou sobre as nossas conversas?
ÉRICA: Sim. Sobre os sentimentos que você nutre por mim.
MAX: Eu gosto muito de você, Érica. Desde o primeiro dia que te vi eu me encantei.
ÉRICA: Olha Max, eu também gosto muito de você. Porém não dá pra gente continuar mantendo esse nosso romance. Eu errei em ficar alimentando esse seu sentimento, eu não tive noção da proporção que tudo isso estava tomando. Eu fui egoísta e não me dei conta que tudo isso poderia te machucar. Me desculpe Max, mas entre a gente não haverá mais nada além de amizade.
MAX: (decepcionado) Está bem, talvez você esteja certa. Seremos apenas amigos.

Depois da conversa Érica levanta e estende a mão pedindo para Max se levantar com ela. Max então se levanta segurando a mão de Érica e os dois vão se juntar aos outros que estão mais próximo ao ônibus. Érica se entrosa na conversa da turma, sempre rindo e olhando para Max que fica todo instante de os olhos fitados nela. As cenas descritas aqui vão acontecendo enquanto se ouve a narração seguinte.

MAX: (off) Amigos? Se tem uma coisa que dói é quando a pessoa que você ama diz que quer ser apenas sua amiga. Não Érica, eu não posso ser seu amigo. Como amigo, eu não posso sentir o beijo dessa sua boca carnuda; como amigo, eu não posso tocar a sua pele e acariciar os seus cabelos; como amigo, eu não posso tê-la em meus braços e torcer para o tempo parar e você ficar para sempre aqui comigo. Não, eu não posso ser seu amigo. Por outro lado, foi melhor assim. Com a minha amizade, Érica voltou a falar comigo e voltamos a nos dar bem como antes. Ela sorria, brincava e me olhava de lado com um sorriso no canto dos lábios, como se dissesse: “Que bom que estamos bem!”. 

CENA 04/ REPÚBLICA/ PORTÃO/ TARDE

Maria da Soledad está na porta organizando a entrada dos seus alunos no ônibus.

MARIA: Vamos todos entrar no ônibus que já está na hora. Anotem tudo o que vocês puderem pois irei cobrar. Irei pedir um trabalho para ser apresentado, sobre como funciona essa fábrica. Ou melhor, como funcionava, já que ela está desativada.
CIBELE: Sério mesmo isso? Eu vou ter que entrar nesse ônibus?
LETÍCIA: Cibele, por favor, não complica, eu já estou aqui morrendo de medo e você ainda faz drama.
THAÍS: Depois da história do tio da Cibele que desapareceu, até eu já estou com medo.
DAVI: Olha não é falando não, mas eu também já ouvir umas histórias macabras sobre essa floresta.
LETÍCIA: Ai gente, sério?
ÉRICA: Deixe de conversa fiada Davi. Está na cara que ele está tirando onda com a nossa cara, gente.
MARIA: Vamos deixar de conversa e entrar logo no ônibus.

Todos entram no ônibus. Mostra cenas aéreas do ônibus partindo e seguindo estrada até chegar na floresta. CORTA para cena seguinte.

CENA 05/ FLORESTA MOSSAÍH/ ÔNIBUS/ TARDE

Todos estão sentados, alguns ainda com medo e Davi amedrontado as garotas. Érica sentada no fundo do ônibus e Max no meio observando a conversa do Davi com as meninas.

LETÍCIA: (olhando a janela) Não há nada demais, uma floresta como outra qualquer.
CIBELE: Essas árvores são gigantescas, bem assustadoras. 
THAÍS: Isso são eucaliptos, não há nada de assustador. Também não viaja Cibele. 
DAVI: (com cara de assustado) Gente, vocês viram?
LETÍCIA: Eu não vi nada.
CIBELE: O que você viu, Davi?
THAÍS: Para de graça! Tenho certeza que ele não viu nada.
DAVI: (mostrando as mãos) Cara, olha pra mim estou tremendo até agora.
LETÍCIA: Pelo o amor de Deus Davi o que você viu?
DAVI: Eu vi um vulto, ali em meio aos pés de eucaliptos. Um homem branco...
CIBELE: O meu tio era branco.
DAVI: Esse homem tinha mais ou menos um metro e oitenta, barba ruiva, usava um chapéu na cabeça.
THAÍS: Você está falando sério Davi?
DAVI: Eu juro. E digo mais, ele segurava um chicote com umas lanças cabulosas na ponta.
CIBELE: (amedrontada) Ah não gente, eu não quero ir mais não. (gritando) Pare esse ônibus, eu quero descer!
DAVI: Tem certeza que você quer descer?
CIBELE: Não, eu quero voltar! (gritando) Volte esse ônibus!

As garotas gritam, pedindo para Davi parar, mas ele insiste afirmando que é verdade. Max de longe só observa a conversa do Davi com as meninas e sorri ao ver as meninas amedrontadas com a história de Davi. Ele olha para trás e ver Érica isolada no fundo olhando atentamente para o lado de fora. Ele para por um instante, e decide ir até ela. 

MAX: (se sentando ao lado de Érica) O que foi? Não está acreditando nas histórias do Davi, está?
ÉRICA: Não. Eu nem prestei muita atenção. Estava aqui com os meus pensamentos longe.
MAX: Quanto mistério! E o que passa aí dentro dessa sua cabeça? 
ÉRICA: Nada de mais, são apenas pensamentos tolos. (levantando) Vamos nos juntar aos outros? 
MAX: Eu prefiro ficar por aqui mesmo.
ÉRICA: Então tá. Eu vou lá conferir a veracidade dessas histórias horripilantes do Davi.

Érica levanta e se junta a turma que continua ouvindo as histórias de Davi. Ricardo ao notar Max sozinho juntamente com seus dois amigos se aproxima. Senta-se em uma poltrona em frente ao Max e vira-se para trás para conversar. Enquanto um amigo senta do lado de Max e o outro em uma outra poltrona em frente.

RICARDO: Ainda está correndo atrás da Érica? Desista, Max, ela apenas fez uma caridade quando ficou contigo.
MAX: Não me enche o saco Ricardo. Não se toca? Érica também não quer nada contigo. 
RICARDO: Olha isso meninos! Então, você não sabe? 
MAX: Eu não sei o que?
RICARDO: Eu não acredito ninguém contou pra ele.
BETO: Conta aí, então. Ele precisa saber da novidade.
RICARDO: Entre Érica e eu rolou muito mais do que um simples beijo. Posso te garantir uma coisa, ela é quente.
Os três zombam de Max.

MAX: Isso não é verdade.
RICARDO: Acredite se quiser. Vamos nessa rapaziada. (provocando enquanto sai) Ela é quente.

Os três se afastam zombando.

MAX: (off) Mentira, isso não pode ter acontecido. Sinceramente, quem estou enganando? Por que não pode ser verdade? Érica já não é mais a mesma, e da forma que eles se entrosaram de uns tempos para cá não é difícil de acreditar que o Ricardo esteja falando a verdade. Meu peito apertava, eu me assustava com o ódio que brotava dentro de mim. Comecei a detestar tudo: o passeio em si, a música que a turma começou a cantar, os buracos na estrada, as gargalhadas do Davi e, principalmente, a voz do Ricardo. 

Max chora silenciosamente, enquanto todos se divertem cantando dentro do ônibus ao comando da professora que puxava a cantoria. 

{Flashback on}

Mostra Érica e Ricardo tranzando. Os dois olham em direção a CAM, provocando com o olhar. (As imagens fazem parte dos delírios de Max)

{Flashback off}

CENA 06/ FLORESTA MOSSAÍH/ FÁBRICA DE SODA/ TARDE

Mostra o ônibus chegando na fábrica. CORTA para dentro do ônibus.

CENA 07/ FLORESTA MOSSAÍH/ FÁBRICA DE SODA/ ÔNIBUS/ TARDE

Todos sentados, Maria da Soledad em pé na frente.

MARIA: Prontinho, chegamos. Vamos descer todos devagar e vamos nos manter sempre juntos. Sem afobação. Vamos lá!

Todos descem, Letícia abraçada com Cibele tentando confortá-la por ela está com medo. Max é o último a descer do ônibus. Ele não tira o olhar de Érica que vai andando na frente juntamente com as outras meninas.

MAX: (pensamento off) Minha nossa, o que fiz de errado para lhe perder?
DAVI: (se aproximando) As garotas piraram com as histórias que eu contei.
MAX: Ela ficou com ele.
DAVI: Quem ficou com quem? 
MAX: A Érica. (com ódio no olhar) Ela e o Ricardo transaram.
DAVI: Calma, Max, não vai acreditar nas lorotas do Ricardo.
MAX: Como eu posso não acreditar? Érica não quer mais saber de mim.
DAVI: Cara, você está indo em uma onda completamente errada. Não dá crédito a essa história que o Ricardo está contando. Isso que você está sentindo por Érica não é amor, é uma obcessão que já está te consumindo. E você não está se dando conta disso.
CORTA para Maria da Soledad em frente juntamente com Lázaro.

MARIA: Gente, todo mundo aqui, por favor. Vamos prestar atenção. Esse aqui do meu lado é o senhor Lázaro Miguelle. Ele é o diretor dessa fábrica, trabalhou nela durante anos. E hoje será o nosso guia. 
LÁZARO: Eu vou mostrar pra vocês passo a passo de como a soda era fabricada. Desde o processo inicial até o produto final. Vamos lá?
MARIA: (com uma máscara em mãos) Mas antes da gente começar a nossa expedição pela a fábrica, todos devem usar essa máscara. Como a fábrica foi desativada recentemente ainda há muito cheiro de amônia por aqui. Outra coisa importante também, não toquem em nada não podemos entrar em contato direto com o produto. Todos bem equipados? Vamos dá início a nossa expedição.

Lázaro vai andando por todos os departamentos, mostrando passo a passo de como funcionava a fábrica. Maria da Soledad andava ao seu lado e Letícia do outro anotando tudo o que o diretor da fábrica dizia. Os demais alunos vinham logo atrás.

LÁZARO: (explicando) Para produzir o hidróxido de sódio, a soda caustica que conhecemos. Usava-se a mesma reação que ocorre quando se separa o oxigênio e o hidrogênio da água. A reação é feita usando energia elétrica. Passando uma corrente elétrica por uma solução de sal em água. Vamos passar por aquela sala ali e vocês vão ver direitinho como tudo isso funcionava aqui na nossa fábrica.
MARIA: Vamos gente, e não se esqueçam de anotarem tudo, pois irei cobrar depois.

Max e Davi vinham atrás de todos os outros. Max ainda tristonho sem tirar por um segundo se quer o olhar em direção a Érica.

DAVI: Aff, Max! Que cara é essa, parece que comeu e não gostou?
MAX: Nada não, só estou triste. 
Davi puxa Max pelo o braço.

DAVI: Vem!
MAX: Para aonde você está indo?
DAVI: (entrando em outro salão) Vem comigo!
Érica olha para trás e ver que os dois entraram no salão, ela vai se afastado discretamente da turma e entra no mesmo salão em que Max e Davi havia entrado. Na parede próxima a porta um letreiro dizia, “perigo, apenas funcionários treinados”.  CORTA para Max e Davi já entrando em outra sala.

CENA 08/INT/ FÁBRICA DE SODA/ TARDE

Max e Davi vão adentrando para dentro da fábrica.

MAX: Aonde estamos indo, Davi?
DAVI: Vem, Max, eu quero pregar uma peça nas meninas. Elas vão levar um susto!
MAX: O que você vai fazer? Não devíamos ter entrado aqui!
CORTA para Érica que se aproxima.

ÉRICA: Vocês estão malucos? O que fazem aqui? 
Max se surpreende ao ver Érica. 

MAX: (se justificando) É coisa do Davi.
DAVI: Preciso encontrar outra saída, quero pegar as meninas lá na frente.
ÉRICA: (sorri meio traquina) Tudo bem, eu vou com vocês.
MAX: Cara isso tudo está muito errado.
DAVI: Deixa de ser careta, vem logo. Não tem perigo nenhum a fábrica está desativada, é só a gente não tocar em nada.

No fundo da sala havia outra porta que dava a um corredor, os três foram entrando por esse corredor, no alto passava uns canos grossos e coloridos de metal.  PLANO SEQUÊNCIA seguindo os três.

MAX: (off) Eu não estava entendendo mais nada. Davi parecia obcecado com a ideia de assustar as meninas e se arriscou a entrar em uma sala mesmo sabendo que poderia ser perigoso. Já Érica, que sempre me pareceu certinha, estava querendo se aventurar nas pegadinhas do Davi. Eu, como sempre, ficava mexido com o jeito da Érica. Queria sondar para ter certeza de que era verdade o que o Ricardo havia dito, mas não tinha coragem. O jeito eufórico dela pela adrenalina de fazer algo errado me encantava. Eu era envolvido por vários sentimentos que nem sei como explicar: felicidade, por ela estar ali comigo; medo de sermos pegos ou de dizer algo errado que a magoasse (optei por ficar em silêncio); raiva por imaginar que o Ricardo pudesse ter dito a verdade; e ansiedade em saber como tudo isso iria acabar. 

Os três entram em outra sala. Um salão enorme, com dois grandes cilindros metálicos, onde eram usados para depositar a soda cáustica em alta quantidade. No alto uma passarela, também metálica. Ao observar que não havia ninguém ali, Davi sugere todos a subir a passarela para olhar do alto se havia ainda soda nos cilindros. 

ÉRICA: Davi melhor não, isso pode ser perigoso.
DAVI: (já nas escadas) Relaxa gente, vamos só ver como funciona.
MAX: Cara, você está maluco? Estamos falando de soda caustica isso pode ser perigoso.
DAVI: Cara, a gente só vai olhar se ainda tem soda no cilindro. É provável que eles estejam até vazio. Não tem perigo, a gente só vai subir a passarela, olhar e depois descer. 
ÉRICA: (subindo a escada logo atrás de Davi) Então vamos ser rápidos.
DAVI: Vem Max, deixa de ser frouxo!

Max resolve também seguir os dois. Já na passarela todos ficam admirados ao notar que ainda restava soda nos cilindros. Érica pisa em uma garrafa de plástico que cai no cilindro dissolvendo rapidamente.

ÉRICA: Nossa, olha só o efeito que a soda causa quando cai um objeto sobre ela!
DAVI: Seria o fim se caíssemos ali.
ÉRICA: (voltando para trás) É melhor descermos, já não estou tão confiante.
DAVI: Não, espere! Há uma saída ali na frente.
MAX: Loucura isso que estamos fazendo. Quero só ver quando a professora dá por nossa falta. 
DAVI: Não vai dá nada. Vamos sair lá na frente. Assim a gente ver melhor aquele outro cilindro ali.

FIM DO TERCEIRO EPISÓDIO
Como a página de um diário mostra os três em cima da passarela em uma espécie de Freeze frame. Depois o diário fecha mostrando o logo da série na capa.

PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO

MAXWELL = Johnny Massaro
ÉRICA = Sophia Abrahão
DAVI = Guilherme Leicam
RICARDO = Chay Suede
JOHN MOSSAÍH = Fábio Assunção
MARIA DA SOLEDAD = Zezé Polessa
LETÍCIA = Daphne Bozaski
THAÍS = Gabz
CIBELE = Beatriz Damini 
SUZANA = Pâmela Tomé 
LÁZARO = Alexandre Borges
BETO = Pedro Novaes
AMIGO DE RICARDO =  Caian Zattar

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