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Na Boca Do Povo - Capítulo 46 (Últimos Capítulos)

 


Capítulo 46 (últimos capítulos)

Cena 01 – Casa de Durant [Interna/Noite]

(Durant permanecia em silêncio após descobrir que Luiza Helena estava grávida de novo).

 

LUIZA HELENA: Durant, eu falei com você. Porque você ficou assim, se dizer nada?

DURANT: Outro filho meu? (Repete).

LUIZA HELENA: Claro que é seu! Apesar de estar casada com o Evandro, nós nunca tivemos nenhum tipo de intimidade. A única pessoa com quem estive nos últimos tempos foi você. Esse filho é seu!

DURANT: (Abraça Luiza Helena completamente eufórico) Essa é a melhor noticia que você poderia ter me dado. Antes eu não tinha ninguém além dos meus primos e agora de repente eu ganhei de presente dois filhos.

LUIZA HELENA: Ai, graças a Deus! Eu tive tanto medo de você também me rejeitar depois de tudo o que aconteceu.

DURANT: Não! Agora tudo está muito claro. A propósito, você precisa deixar o Evandro, aquele homem é muito perigoso. A polícia precisa colocá-lo atrás das grades.

LUIZA HELENA: Eu pretendo colocá-lo para fora de casa, mas não posso deixar a mansão. Não depois de tudo o que o Demétrio fez por todos nós. Eu não vou deixar com que ele deteriore todo o patrimônio da família, isso não seria justo.

DURANT: Mas não é só isso...

LUIZA HELENA: Como não é só isso? Aconteceu alguma coisa que eu não estou sabendo?

DURANT: Eu poderia jurar que ele é o responsável pelo acidente que a Betinha e a Fernanda sofreram.

LUIZA HELENA: (Fica de pé) Claro! Agora tudo faz sentido. A Betinha já estava desconfiada do caráter dele há muito tempo, principalmente depois do que aconteceu com o Ângelo e a Suzana. Durant, nós precisamos fazer alguma coisa.

DURANT: Eu penso da mesma forma, mas como? Aquele bandido é muito escorregadio e provavelmente não está sozinho nisso. Precisamos encontrar algo que o incrimine!

LUIZA HELENA: Então vamos dar corda para que ele se enforque. O Evandro é o típico homem egocêntrico, que julga ser mais esperto que tudo e todos, impossível de ser pego. Vamos deixar que ele pense isso! Que estamos separados, que continuo casada com ele, somente enquanto tento descobrir algo a respeito, algo que seja contundente para jogá-lo na cadeia sem possibilidade de habeas corpus.

DURANT: (Levanta-se do sofá) Eu não sei se concordo com isso. É muito arriscado, principalmente agora! (Diz ao acariciar o ventre de Luiza Helena).

Música da cena: O Ar Que Eu Respiro - Dienis

LUIZA HELENA: Eu preciso que você confie em mim, eu tenho algumas ideias em mente. Vai dar certo... (Responde olhando nos olhos de Durant, enquanto coloca as duas mãos em volta do pescoço do pintor).

DURANT: Você não sabe o quanto senti a sua falta! (Beija Luiza Helena).

 

Cena 02 – Ruas de São Paulo [Externa/Noite]

(Pelas ruas do bairro Morumbi, Paula empurrava a cadeira de rodas de Enrico enquanto os dois conversavam).

 

ENRICO: Aqui está ótimo, pode parar! (Orienta para que Paula pare de empurrar a cadeira de rodas).

PAULA: (Olha ao redor com o semblante desconfortável) Esse lugar me provoca uma sensação tão esquisita.

ENRICO: Também foi por essa região onde tudo aconteceu com você, não foi?

PAULA: (Observa em volta mais um pouco para poder responder com mais convicção) Sim, foi mais ou menos por aqui.

ENRICO: Eu sabia... Eu sabia! Foi exatamente onde tudo aconteceu comigo. Já temos mais pistas, estamos diante um criminoso que age de forma similar e costuma atacar da mesma forma e o mesmo padrão de vítima. Agora só precisamos esquematizar bem como e quando atraí-lo para a nossa armadilha.

PAULA: Enrico, você tem certeza do que está planejando? É tudo muito arriscado, estamos nos colocando em perigo. Se a justiça não fez nada, você acha mesmo que devemos bancar os justiceiros? (Pergunta ao se agachar para ficar na mesma altura que Enrico e encará-lo nos olhos).

ENRICO: Eu não acho, eu tenho certeza. Se você quer desistir, tudo bem, eu vou entender. Agora ninguém vai me impedir em colocar as mãos nesse psicopata e fazer com que ele pague por tudo o que nos fez.

PAULA: Calma, eu fiz apenas uma pergunta. Eu não vou amarelar, eu estou com você nessa e não vou voltar atrás. Agora que você já viu tudo o que queria, podemos voltar agora?

ENRICO: Por hoje sim, mas nós iremos voltar. Pode apostar que vamos! (Conclui).

 

Cena 03 – Mansão Martins de Andrade [Interna/Noite]

Música da cena: Me Leva – Alice Caymmi

(Imagens externas mostram a vida noturna na capital Paulista. A estação da Sé segue movimentada com o fluxo dos metrôs. Em seguida, surge a fachada da mansão).

 

LUIZA HELENA: (Adentra na sala de estar e se depara com Evandro e Tamara).

EVANDRO: Ora, ora... Apareceu a margarida! Posso saber por onde andou? Não me diga que a pentelhazinha piorou? Olha que já vi caso assim como dela, aparentemente sem perigo nenhum e de repente veio uma morte cerebral. A famosa “melhora da morte” como costumam dizer por aí. (Ironiza).

LUIZA HELENA: Infelizmente para a sua tristeza, a minha filha está muito bem e cada vez mais se recupera plenamente. Fico feliz em encontrá-los aqui, assim não precisarei deixar recados.

EVANDRO: Eu não entendi. O que você quis dizer?

LUIZA HELENA: Jura que não imagina? Então tudo bem, será como você quer. Eu não tenho mais nada que me prenda a você. Quero que você desapareça imediatamente da minha casa, você e essa pilantra. Rua! (Grita).

EVANDRO: (Gargalha e em seguida aplaude) Bravo! Foi um belo show, pena que não durou mais que dois minutos. Eu estou casado com você em comunhão total de bens, não vou a lugar nenhum. Tudo o que você tem é meu! Além disso não esqueça que tenho uma outra carta na manga que lhe convém ocultar.

LUIZA HELENA: (Fica séria) Eu não posso continuar debaixo do mesmo teto que vocês, saiam já da minha casa. Chega de ter medo, chega de chantagem... Eu estou farta!

TAMARA: Farta? Quem está farta nessa história é a Betinha. Não é à toa que ela não te perdoa! E sinceramente? Não acho que ela vai te perdoar, eu no lugar dela faria o mesmo. Esse será o seu castigo, você vai ficar sem nada, inclusive sem a filha que tanto escondeu. (Diz ao se aproximar de Luiza Helena).

LUIZA HELENA: Eu quero você fora da minha casa quando eu acordar amanhã. Não me faça usar a força e te jogar na rua como a boa bisca que você é, sua vagabunda! (Deixa a sala de estar e sobe a escada rumo ao segundo andar da mansão).

TAMARA: (Olha para Evandro ao perceber que estão sozinhos) E agora, o que vamos fazer? Ela pode realmente nos expulsar?

EVANDRO: Você eu não sei, já eu... Nem que ela peça o litigio eu deixo essa casa! (Diz ao beber um pouco de uísque).

TAMARA: E o que iremos fazer? (Questiona).

EVANDRO: Calma! Tenho um plano alternativo...

LUIZA HELENA: (Ouve os dois do alto da escada, sem ser vista).

 

Cena 04 – Hospital Santa Veridiana [Interna/Manhã]

Música da cena: Dona de Mim - Iza

(O dia amanhece e a fachada do hospital surge movimentada com a chegada de ambulâncias. No interior do hospital. Betinha tomava café da manhã sozinha em seu quarto quando recebeu uma visita).

 

DURANT: Será que eu posso entrar? (Pergunta parado na porta).

BETINHA: Claro, entra... (Responde empurrando a bandeja para longe do corpo).

DURANT: Como você se sente? Pronta pra outra?

BETINHA: Nenhum desses hematomas que você vê espalhado pelo meu corpo dói mais que o peso que essa mentira trouxe para as nossas vidas.

DURANT: Eu não sabia de nada, Betinha. Eu juro que se soubesse, teria feito diferente. Eu jamais teria concordado em esconder de você algo tão importante, principalmente por se tratar da sua vida, da sua família.

BETINHA: Eu sei, conversei muito com o Rafael na noite passada. Ele tem sido maravilhoso comigo, se dependesse dele, ele estaria aqui até agora. Eu que pedi para que ele fosse para casa, descansasse mais um pouco, esse sofá de hospital não é nada confortável.

DURANT: Eu também teria ficado aqui, dormiria nesse sofá mil noites que fossem desde que fosse por você...

BETINHA: Eu sei, pai! (Diz com a voz embargada).

DURANT: Do que foi que você me chamou? (Pergunta estarrecido e com lágrimas nos olhos).

BETINHA: Pai! Não é isso que você é? O meu pai! Eu passei a noite refletindo e entendi que nessa história, você foi tão vítima como eu. Então não faria sentido em continuar te rejeitando, meu pai.

DURANT: (Abraça Betinha) Eu nunca imaginei que ouvir essa palavra de você fosse me deixar assim, nas nuvens... Minha filha! Eu sempre quis ser pai, mesmo sem saber que você existia, algo me cativava essa vontade. Não consigo explicar o motivo, mas era como se algo ou alguém estivesse me preparando para você chegar, minha filha. Eu vou ficar sempre ao seu lado e nunca mais você ficará sozinha, entendeu? O seu pai estará sempre ao seu lado, sempre.

BETINHA: (Não contém as lágrimas e abraça ainda mais forte o pai).

 

Cena 05 – Apartamento de Judith [Interna/Manhã]

(No quarto de hospedes de seu apartamento, Judith acomodava Fernanda junto do mordomo e Glória).

 

JUDITH: Pronto! Aqui você terá todo o necessário para se restabelecer e nada vai te faltar, minha filha. (Diz enquanto arrumava um travesseiro nas costas de Fernanda).

FERNANDA: Eu nem sei como te agradecer, Juju. Você tem sido ainda mais incrível do que sempre foi comigo! Será que o seu marido não vai se incomodar, mesmo?

JUDITH: Não precisa agradecer, eu já te disse que você é como se fosse a filha que eu nunca tive. Não se preocupe com o que o meu marido vai pensar, ele sempre faz tudo o que eu quero.

MORDOMO: A senhora ainda precisa de mais alguma coisa, madame?

JUDITH: Não, pode voltar para os seus afazeres. Se precisar, eu chamo!

MORDOMO: Com sua licença... (Sai do quarto em seguida).

GLÓRIA: Eu só não entendo o porque da minha filha ter que ficar hospedada aqui. Nós temos casa, sabia? (Resmunga).

JUDITH: Calada, estrupício. Vê se fecha esse bico, não quero mais ouvir essa sua voz. Porque ao invés de você reclamar tanto, não vai até a cozinha e traz alguma coisa para a Fernanda comer?

GLÓRIA: (Faz cara feia e deixa o quarto).

JUDITH: Até para ser ciumenta, a sua mãe tem o nariz empinado. Eu vou quebrar essa crista dela, por bem ou por mal eu vou quebrar. (Diz ao ficar sozinha com Fernanda no quarto de hospedes).

FERNANDA: (Sorri) Está aí uma coisa que eu nunca imaginei, minha mãe recebendo ordens suas. Ah, como esse mundo dá voltas...

JUDITH: E não é mesmo? Ele não gira, ele capota. Agora se você me permite, vou apressar a dona Glória do jeito que ela mais entende... Assim: Estrupício! (Grita).

 

Cena 06 – Hotel Ouro Branco [Interna/Tarde]

Música da cena: Sampa – Caetano Veloso

(A Avenida Paulista e Marginal Pinheiros são apresentadas e em seguida surge o bairro do centro. Com aparência duvidosa, Evandro e Tamara entram em um hotel de baixo padrão).

 

TAMARA: (Olha o quarto com nojo).

EVANDRO: E então, o que achou? (Pergunta logo atrás dela).

TAMARA: Ainda mais nojento do que o lado de fora dessa espelunca. Eu não quero ficar aqui, Evandro! Eu quero voltar para a mansão.

EVANDRO: Agora não dá, eu preciso dobrar a minha mulherzinha. Depois pensamos se você volta ou não.

TAMARA: Ela não é mulher para você, ela não te dá o que eu te dou. Você está com medo do que ela disse ontem à noite? É por isso que você está me jogando nessa pocilga? (Questiona ao se aproximar de Evandro).

EVANDRO: Medo? Faça-me o favor. Eu tenho a Luiza Helena na palma da mão, ela não me faz medo. Eu posso acabar com aquela família num piscar de olhos, dúvida? (questiona).

 

 

Cena 07 – Ruas de São Paulo [Externa/Tarde]

Música da cena: I Won’t – Colbie Caillat

(Imagens externas apresentam os principais pontos turísticos da cidade. Entre eles o MASP, o Beco do Batman, o Mercadão e a Catedral da Sé).

 

- Rafael cuida de Fernanda;

- Luiza Helena observa sua barriga ainda pouco evidente no espelho;

- Durant prepara o quarto que Betinha voltará a ocupar em sua casa;

- Maria Rita experimenta seu vestido de noiva;

- Um amigo de Fernanda volta a insistir que ela aceite uma proposta de emprego para trabalhar no Diário de notícias, um famoso jornal paulistano;

- Evandro continua desviando dinheiro da revista;

- Luiza Helena continua tentando se reaproximar de Betinha, enquanto ela a rejeita;

- Fernanda observa uma foto sua com Ângelo e sente a falta dele;

- Thiago observa Enrico e Paula;

- Luiza Helena inicia o pré-natal e realiza uma ultrassonografia;

- Francesca e Zeca namoram;

- Lola/Amara finaliza a gravação de seu CD;

- Luiza Helena e Durant se encontram às escondidas;

- Inspetor Eriberto investiga o paradeiro de Laís;

- Ítalo aborda Enrico na faculdade e tenta puxar conversa;

 

DIAS DEPOIS...

 

Cena 08 – Casa de Durant [Interna/Manhã]

(Após ter alta do hospital, Betinha resolveu voltar para a casa do pai, acompanhada de Durant e Rafael).

 

BETINHA: Ué, porque vocês estão tão apressados assim? (Questiona após observar Durant e Rafael entrarem em casa apressados deixando a porta aberta. Ao adentrar em casa, Betinha se surpreendeu ao perceber que se tratava de uma recepção de boas-vindas).

(Estavam presentes na sala de estar: Luiza Helena, Maria Rita, Enrico, Fernanda, Francesca, Zeca, Ítalo, Marcelo, além de Durant e Rafael).

BETINHA: Nossa, que surpresa... Não esperava uma recepção tão calorosa! (Diz sem jeito).

MARIA RITA: É para que saiba o quanto você é querida por todos nós. Seja muito bem-vinda, minha querida! (Abraça Betinha).

FERNANDA: É bom te ver de pé de novo. Fico feliz que esteja bem! (Diz após se aproximar e também abraçar Fernanda).

BETINHA: Será que você já conseguiu me perdoar depois de tudo o que aconteceu?

FERNANDA: Não vamos falar sobre isso, o que aconteceu foi apenas um acidente e você não teve culpa de nada.

BETINHA: Sem dúvida, você é uma das melhores pessoas que já conheci em toda a minha vida.

LUIZA HELENA: (Se aproxima) Será que eu também posso te abraçar e desejar boas-vindas?

BETINHA: Não, não pode! (Responde secamente e dá as costas a mãe, indo cumprimentar outras pessoas).

DURANT: Tenha calma, eu tenho certeza que ela vai te perdoar e essa nuvem de chuva sairá de cima dessa cabecinha teimosa. (Responde ao se aproximar de Luiza Helena).

LUIZA HELENA: Assim espero, Durant, assim espero! Eu só sei que não vou desistir até que a minha filha me aceite como a mãe dela.

 

Cena 09 – Gravadora Som Brasil [Interna/Tarde]

(Através de outra sala com uma equipe técnica, Edu observava Lola/Amara gravar mais uma faixa para compor o seu novo álbum).

 

LOLA/AMARA: (Canta) Você partiu

E me deixou

Nunca mais você voltou

Pra me tirar da solidão

E até você voltar

Meu bem eu vou cantar

Essa nossa canção... 

(Alguns instantes depois, Lola/Amara vai até a sala de Edu).

LOLA/AMARA: E então, como me saí?

EDU: Maravilhosamente bem, como sempre. Você é uma grande estrela e nunca perdeu o seu brilho. Com essa faixa, o seu CD está praticamente finalizado. Estamos lapidando os últimos ajustes e logo mais haverá o lançamento, está pronta para viver uma nova turnê?

LOLA/AMARA: Sabe que eu ainda nem acredito que estou vivendo tudo isso de novo? As vezes parece que estou vivendo um sonho e tenho até medo de acordar.

EDU: Felizmente não é um sonho, pode ficar tranquila. Quando você acordar amanhã, perceberá que a sua vida continua alavancando de novo.

LOLA/AMARA: Eu devo isso a você, afinal você foi insistente e não desistiu de mim. Obrigada, Edu! Você é um excelente profissional, tive sorte em poder trabalhar com você nesse projeto.

EDU: Eu não fiz nada demais, além do meu trabalho, mas já que você insiste em agradecer, eu tenho uma ideia.

LOLA/AMARA: E qual ideia seria essa, posso saber? (Pergunta curiosa).

EDU: Porque você não janta comigo para comemorarmos? (Convida, deixando Lola/Amara sem palavras).

 

Cena 10 – Casa de Durant [Externa/Tarde]

(Após a visita e a festa de boas-vindas, Rafael resolveu acompanhar Fernanda até rua para que ela pegasse um táxi).

 

RAFAEL: Foi muito nobre da sua parte ter vindo até aqui, principalmente depois de tudo o que aconteceu e pelo fato de como a Betinha estava se sentindo.

FERNANDA: Eu não fiz nada demais, além disso eu só fiz reforçar. O que aconteceu foi um acidente, seria burrice culpar a Betinha por um acidente que poderia ter custado inclusive a vida dela, ela não seria tão idiota a esse ponto.

RAFAEL: A propósito e por falar nesse acidente, tem uma coisa que eu não sei bem como te dizer. (Responde meio sem jeito).

FERNANDA: (Observa a expressão séria de Rafael e desconfia) Que cara é essa, Rafael? Eu te conheço bem e sei que você quer me contar algo importante. O que você quer me falar a respeito do acidente que eu ainda não sei?

RAFAEL: É justamente isso! Nós achamos que o que aconteceu não foi um acidente.

FERNANDA: Não foi acidente? Como não foi acidente? Eu estava lá, eu vi quando a Betinha tentou frear o carro e não conseguiu. Foi isso, não foi?

RAFAEL: Nós achamos que o carro foi sabotado e que alguém cortou os freios do carro propositalmente. Para ser mais claro que isso, nós achamos que a intenção do Evandro era de se livrar da Betinha.

FERNANDA: (Fica atônita após ouvir as suposições de Rafael).

RAFAEL: Fernanda? Você está bem? (Questiona após perceber que Fernanda permaneceu em silêncio por um longo período).

FERNANDA: (Volta a si e tenta disfarçar) Meu táxi chegou! Eu estou bem, não se preocupe. Avisa a Betinha que depois que volto para conversamos mais, até outra hora.

(Fernanda e Rafael se despedem e ela entra dentro do táxi. Rafael observa o veículo se afastar e depois volta para dentro de casa. Enquanto isso, no interior do táxi, Fernanda permanecia estarrecida com o que Rafael acabara de lhe contar).

TAXISTA: Moça, para onde estamos indo? (Questiona enquanto dirige).

FERNANDA: Eu vou te dizer o endereço, pode seguir em frente... (Responde).

 

Cena 11 – Ruas de São Paulo [Externa/Noite]

Música da cena: Um Pôr Do Sol Na Praia – Silva e Ludmilla

(A noite chega e novamente, Enrico percorre o local onde ele sofreu o atentado para estudar os hábitos daquela área enquanto tentava identificar a pessoa que lhe agrediu).

 

ENRICO: (Empurra a cadeira de rodas enquanto observa detalhadamente o local) Será que entre essas pessoas está o desgraçado que está fazendo isso? Será que está prestes a fazer de novo? (Fala consigo mesmo em pensamento quando sente alguém segurar a sua cadeira de rodas e olha para trás assustado).

PROFESSOR THIAGO: O que você pensa que está fazendo? (Questiona enquanto segura a cadeira de rodas).

ENRICO: Você me assustou! Como sabia que eu estava aqui?

PROFESSOR THIAGO: A Paula me contou a loucura que você está tramando. Enrico, isso é muito perigoso. Você tem noção do risco que você está correndo? Eu não vou deixar você fazer isso.

ENRICO: A Paula não tinha que ter falado nada...

PROFESSOR THIAGO: Mas falou e porque eu insisti. Agora você precisa vir comigo, vem, vamos sair daqui.

ENRICO: Não, eu não vou a lugar nenhum. Nem você, nem ninguém fará com que eu desista dos meus objetivos, entendeu? Ninguém! (Afirma, deixando Thiago assustado).

 

Cena 12 – Na Boca Do Povo, Redação [Interna/Noite]

(Sozinho em seu escritório, Evandro lia alguns documentos em seu notebook quando ouviu uma voz alterada se aproximando).

 

FERNANDA: Cadê? Onde ele está? (Grita enquanto invade a sala de Evandro).

EVANDRO: Que loucura é essa agora? Que modos são esses, Fernanda? Não é porque eu sou seu pai, que vou te dar o direito de invadir a minha sala desse jeito. (Diz após se levantar e se aproximar de Fernanda).

FERNANDA: Seu assassino, psicopata! (Esbofeteia Evandro aos gritos).

EVANDRO: (Encara Fernanda após o tapa completamente furioso).


A imagem foca em Evandro encarando Fernanda. A cena congela e vira uma capa de revista.


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