Capítulo 06
Cena 01 - Casa
Petra [Interna/Manhã]
(Marion permanecia estarrecida com o que Amanda havia lhe contado. Com a
sensação de que o passado havia batido em sua porta, um calafrio havia
percorrido todo o corpo da empresária).
AMANDA: Não vai dizer nada? Vejo que sabe muito bem do que eu estou falando.
MARION: (Vira-se para Amanda e a encara friamente) Eu acho que a mocinha está
bem louca, bêbada ou deve ter feito uso de algum entorpecente. Eu não sei do
que você está falando.
AMANDA: Ah, não sabe? Eu sou a neta que você desgraçou a vida e agora vim
recuperar o que é meu, a minha família. Eu tenho direito de saber quem são os
meus pais e o que aconteceu com eles.
MARION: Não sei do que você está falando, quantas vezes eu preciso repetir? Eu
vou chamar os seguranças e vou mandar que eles te coloquem daqui pra fora.
AMANDA: Ótimo, faça isso. Faça isso! Lá fora há repórteres por toda parte,
vamos ver o que a mídia vai achar desta história suja. Quem sabe assim eu não
desvende o meu passado e encontre os meus pais.
(De longe, Vavo sai do banheiro e nota a discussão e estranha).
VAVO: O que será que está acontecendo ali? (Fala consigo mesmo).
MARION: (Segura o braço de Amanda com agressividade e a leva até uma dispensa
da casa de eventos).
AMANDA: Me solta, a senhora está me machucando...
MARION: (Joga Amanda no interior da sala e tranca a porta) O que é que você
quer trazendo essa história à tona? Quem é você? Uma golpista? Eu já te falei
que não tenho neta nenhuma.
AMANDA: Tem sim, vovó. Eu sou a sua neta, a mesma que a senhora abandonou aos
cuidados da Milu, recém-nascida. Porque a senhora fez isso comigo? Porque?
(Questiona com lágrima nos olhos).
MARION: Eu não vou cair no seu jogo. Eu aposto que você é alguma dessas
bandidinhas mal nascidas, que pensa que vai arrancar o meu dinheiro. Eu não sou
nenhuma idiota. Pode ir parando!
AMANDA: Não, vovó. Eu não vou parar até esclarecer a verdade, eu tenho direito.
Eu quero saber a minha história, a senhora tem noção do que é crescer longe da
família? Eu não vou sair daqui sem conseguir a verdade. A verdade! (Grita).
Cena 02 – Sobrado
de Sofia [Interna/Manhã]
(Cristina e Tiago deixaram seus respectivos ao ouvirem o som incessante
de uma buzina).
TIAGO: Mas que zona é essa?
CRISTINA: Será que foi um acidente?
SOFIA: Só há um jeito de saber, olhando pro lado de fora! (Diz secando as mãos
com auxilio de um pano de prato).
TIAGO: (Vai até a janela, abre a cortina e observa a rua, em seguida ele sorri)
Eu acho que já entendi tudo. Pela descrição que você deu no café da manhã, quem
está buzinando é o seu bonitão, Cris!
CRISTINA: Ulisses? (Responde para logo em seguida correr até a janela, para
verificar se Tiago está certo).
(Alguns instantes depois, Cristina surge descendo a escada
apressadamente e abre o portão do sobrado que dá acesso à rua).
ULISSES: Eu disse que queria te ver de novo, mas fiquei com medo de ter feito
burrada com o beijo que te dei ontem, vim me desculpar. Será que você me
perdoa? (Pergunta encostado do lado de fora do carro com os braços abertos).
CRISTINA: (Corre até o encontro de Ulisses e o abraça).
ULISSES: Vamos dar uma volta?
CRISTINA: (Sorri) Vamos!
(Em seguida, os dois entram no carro e o veículo desaparece no final da
rua).
Cena 03 – Casa de
Marina e Antônio [Interna/Manhã]
(Marina, Antônio e Daniel tomavam café quando Letícia entrou na sala de
jantar).
MARINA: Minha filha, que bom que você saiu do quarto...
LETÍCIA: Eu estou me sentindo um pouco melhor, mamãe. (Disse ao se sentar).
ANTÔNIO: É bom mesmo que tenha saído do quarto, pois precisamos conversar.
Precisamos falar sobre o pai do seu filho!
DANIEL: (Se engasga com um gole de café) Filho? De que filho vocês estão
falando?
MARINA: A sua irmã está grávida, Daniel.
ANTÔNIO: E o canalha do pai da criança está querendo fugir da responsabilidade,
mas ele não vai fazer isso com a minha filha. Eu não vou permitir que ele te
abandone!
LETÍCIA: Não quero falar sobre isso, esse filho é só meu! (Diz com lágrima nos
olhos).
ANTÔNIO: Ah, mas você vai falar, vai falar sim! Eu quero saber onde fica o
endereço desse advogado chave de cadeia e você pode começar a abrir o bico, que
eu vou levar um lero de homem pra homem com ele. Será que eu fui claro? (Diz
seriamente).
Cena 04 - Casa
Petra [Interna/Manhã]
(Diante de Marion, Amanda continuava fingindo ser a sua verdadeira
neta).
MARION: Já falei para você não gritar! O que pretende fazer, um escândalo? Eu
aposto que você deve ser uma dessas trambiqueiras e está querendo me extorquir.
É dinheiro que você quer? Vamos lá, quanto?
AMANDA: Será que a senhora não ouviu uma palavra sequer do que eu disse, vovó?
Eu não quero o seu dinheiro, eu quero a minha família.
MARION: Não me chame de avó, eu não tenho uma neta com modos de doméstica como
você. Olha só o jeito que você se veste, você é pobre, vulgar! Eu quero que
você desapareça de uma vez por todas e essa será a minha última palavra.
AMANDA: Eu vou, mas com uma condição!
MARION: Condição? E o que uma doméstica como você poderia me propor como
condição? Um da de folga para cair num bar de fundo de quintal e se esbaldar em
bebidas?
AMANDA: (Abre a bolsa e retira um pedaço de papel) Aqui está o meu endereço, é
uma pensão onde estou hospedada. Quero que a senhora vá me ver amanhã sem
falta, temos muito o que conversar. Toma! (Insiste para que Marion pegue o
pedaço de papel).
MARION: (Pega o pedaço de papel) Está bem! Eu vou, agora você terá de ficar de
bico bem fechado ou eu acabo com você, entendeu? Agora desapareça da minha
frente, que os meus convidados estão me esperando. (Guarda o papel em sua bolsa
e deixa a despensa).
AMANDA: Ah, que comecem os jogos! (Fala consigo em pensamento com um largo
sorriso no rosto).
(Do corredor, Vavo observou Marion se afastar e mal podia acreditar no
que tinha escutado).
VAVO: Neta da velha? Isso é uma verdadeira bomba! (Diz em voz baixa).
(Ao entrar no salão, Marion estava completamente transtornada por dar de
cara com o maior temor do seu passado, tanto que nem havia prestado atenção nos
convidados que aplaudiam a sua chegada).
MURILO: Mamãe, onde a senhora estava? Todos nós estávamos te procurando.
Aconteceu alguma coisa?
MARION: Aconteceu! Ela voltou, ela voltou do passado para nos assombrar...
MURILO: Ela voltou? De quem a senhora está falando, mamãe? (Perguntou
preocupado com a expressão da mãe).
MARION: A filha da sua irmã, a menina que roubamos da maternidade e que eu
deixei aos cuidados da Milu.
MURILO: Mas isso não é possível, tem certeza?
MARION: É claro que eu tenho, Murilo. Não seja idiota, mas será possível que
até num momento como esse você tenha que bancar o seu pai? É claro que é ela,
veio me confrontar e me disse muitas coisas.
MURILO: E o que ela quer, dinheiro? Mamãe, se ela abrir a boca, nós iremos para
a cadeia!
(Amanda adentra no salão principal do evento e de longe, acena para
Marion).
MARION: (Observa Amanda, nervosa).
Cena 05 – Garagem
Music (Gravadora) [Interna/Tarde]
(Beto organizava os últimos instrumentos no estúdio antes do ensaio,
quando Daniel chegou).
BETO: Pô cara, até que enfim você chegou! Pensei que não fosse vir!
DANIEL: Eu sei, foi malzão pelo atraso. Lá em casa tá um clima tenso, a minha
irmã tá grávida, o pai da criança é um canalha e não quer assumir, meu pai está
uma fera e eu dei logo um jeito de vir pra cá, arejar a mente.
BETO: Pode crê, eu imagino a barra que vocês estão passando. Mas que tal
ensaiarmos o repertório novo para levantar os ânimos?
DANIEL: Só se for agora!
(Alguns instantes depois, Daniel surge no microfone, enquanto Beto
tocava pandeiro e cantava na segunda voz, conforme os demais instrumentistas
tocavam).
DANIEL: (Canta) Não deixe o samba morrer
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De samba, pra gente sambar
Não deixe o samba morrer
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De samba, pra gente sambar... (finaliza).
KAREN: (Aplaude fortemente ao entrar no estúdio) Muito bom, rapazes, muito
bom!
(Todos a observam sem jeito).
DANIEL: Obrigado! O que você está fazendo aqui? Pensei que estivesse em
Guarujá... (Responde devolvendo o microfone ao pedestal).
KAREN: Eu estava, mas não aguentei de saudade do meu namoradinho e precisava
reencontrá-lo! (Beija Daniel na boca, de surpresa).
DANIEL: (Afasta-se bruscamente de Karen) Ex-namorado, Karen. Nós dois
terminamos há mais de quatro meses, quando é que você vai entender isso?
KAREN: Quando eu te reconquistar, quer apostar? (Diz sorrindo).
Cena 06 - Casa
Petra [Interna/Tarde]
Música da cena: Em
Seu Lugar – Lucas Mennezes
(Imagens externas apresentam a cidade de São Paulo através de diversos
pontos. Carros percorrem pelas grandes avenidas, enquanto pessoas caminham
apressadas de um lado para o outro. Em seguida, surge a fachada da casa de
eventos onde estava ocorrendo a festa de 40 anos da indústria Assumpção).
MARION: (Sobe ao palco com ajuda de Murilo, enquanto é aplaudida).
(De longe e sentada em uma das mesas, Stella procurava Vavo com o olhar,
porém havia pedido o amante de vista. Enquanto isso, Amanda observava o evento
com os olhos brilhando de tamanha empolgação, aquele universo milionário a
deixava eufórica).
VAVO: Será que eu posso oferecer uma bebida para uma bela jovem? (Pergunta ao
se aproximar segurando duas taças de champanhe).
AMANDA: Não! Acredito que você deve saber que não é de bom tom aceitar bebidas
de um desconhecido, principalmente com uma cara dessas... (Ironiza).
VAVO: Mas de que cara você está falando? Não vai me dizer que me achou feio?
Eu sou o maior gato dessa festa, vamos combinar?
AMANDA: Vejo que modéstia não é o seu forte! Eu vou aceitar, mas é só porque
estou com sede... (Pega uma das taças e bebe um pouco de champanhe).
(Do palco, Marion ainda demonstrava estar inquieta sob os flashes das
câmeras fotográficas).
JACQUELINE: E agora, o que será que deu nessa cobra? Não me diga que vai ter um
ataque? (Fala consigo mesma).
MARION: Muito obrigada pelos aplausos! Senhoras e senhores, boa tarde. É com
imenso prazer que partilhamos a nossa alegria com vocês, pois a nossa empresa
está fazendo aniversário. Quarenta anos no mercado e como uma das marcas
líderes de molho de tomate no país, que agarra cada vez mais o mercado da
exportação e está levando o nome da minha família aos quatro cantos do mundo. Desde
que o meu marido faleceu, eu decidi continuar com o nosso legado, não podia
deixá-lo sucumbir e por isso é que chegamos tão longe, tendo a certeza de que
iremos alçar voos cada vez mais altos. O céu é o limite! (Diz ao microfone).
AMANDA: (Ergue a taça na direção de Marion, deixando-a desconsertada).
Cena 07 – Parque
Ibirapuera [Externa/Tarde]
Música da cena: A
Primera Vista – Pedro Aznar
(Ulisses e Cristina caminhavam pelo parque enquanto tomavam sorvete).
ULISSES: E então, você não vai falar nada?
CRISTINA: Eu acho que fui uma boba, ter saído correndo naquele dia. Você não deve
entender e talvez nem entenda, mas eu tenho os meus motivos para agir dessa
forma... São velhas feridas do passado que causam marcas até hoje! (Responde).
ULISSES: E eu posso te saber quem te causou essas marcas? Quem sabe eu não possa
te ajudar?
CRISTINA: Ninguém pode me ajudar, talvez o tempo mude isso, mas eu não quero mais
falar sobre isso agora. A única coisa que eu peço é que deixemos as coisas irem
com calma, tudo bem?
ULISSES: Eu só quero uma oportunidade para fazer tudo diferente, eu não sei o
que te fizeram no passado para te causar essa insegurança, mas eu quero fazer
diferente...
CRISTINA: Não vamos precipitar as coisas, vamos com calma! Não quero me machucar
e nem magoar você, que tem sido tão legal comigo. (Conclui).
Cena 08 – Mansão
Assumpção [Interna/Noite]
(Após a festa, Murilo, Marion e Stella voltaram para casa em silêncio,
em meio a um clima de tensão).
AMÁLIA: (Abre a porta) Boa noite, como foi a festa?
MARION: (Entra rapidamente e sobe a escada, deixando Amália falando sozinha).
STELLA: (Tira o casaco ao entrar e observa Marion) O que aconteceu? O que deu
nela para que ela ficasse tão transtornada?
MURILO: Nada, pelo menos nada que eu possa te contar agora, a não ser que a
nossa vida está para mudar de ponta cabeça.
STELLA: (Estranha o comentário do marido).
Cena 09 –
Pensionato Santa Cruz [Interna/Noite]
Música da cena:
Bandida - Cleo
(Vavo e Amanda entram no quarto dela na pensão, aos beijos. Os dois
esbarram nos moveis, conforme adentram no interior do local).
VAVO: Gostosa! (Sussurra enquanto tira a blusa de Amanda).
AMANDA: (Dá um tapa na cara de Vavo e o empurra em cima da cama) Você ainda não
viu nada. Eu vou te mostrar do que eu sou capaz! (Responde tirando o sutiã e
pulando em cima de Vavo em seguida).
(Alguns instantes depois, Vavo e Amanda permaneciam deitados na cama,
completamente nus e cobertos apenas pelo lençol da cama. Eles fumavam, enquanto
conversavam).
VAVO: Nossa, eu tenho que dizer que nunca fiz nada igual...
AMANDA: Eu sei, sou muita areia pro seu caminhão e duvido muito que uma outra
mulher como eu tenha passado pela sua cama. Eu sou eu, entendeu? (Diz
sarcasticamente).
VAVO: Entendi! Tanto entendi, que sei que em breve você estará montada na
grana.
AMANDA: (Vira-se bruscamente para Vavo, sem entender o teor do comentário) Não
entendi, o que você quis dizer com isso?
VAVO: Que eu ouvi tudo, eu sei que você é neta da velha milionária. Você é
uma Assumpção, consequentemente eu poderia te chamar de a princesa do tomate,
já que a imprensa chama Marion Assumpção de a rainha do tomate.
AMANDA: Já vi que devo tomar muito cuidado com você. Eu não gosto de quem ouve
o que não deve, sabia? (Diz friamente).
VAVO: Não precisa me ameaçar! Desde o primeiro momento em que te vi, saquei
que teríamos química. Conte comigo para tudo, para tudo o que você precisar. Eu
estou disposto a te ajudar no que for preciso!
AMANDA: Tudo? Tudo mesmo?
VAVO: Tudo! (Conclui).
AMANDA: (Sorri de forma maliciosa) É, quem sabe a gente não se dê bem daqui
para frente? Enquanto não descubro isso, podemos brincar de outras coisas...
(Monta em cima de Vavo e assopra fumaça de cigarro na cara dele).
VAVO: (Sorri de volta e beija Amanda).
Cena 10 – Donna Sô
(Café Bar) [Interna/Noite]
Música da cena:
Maria Rita – Tá Perdoado
(O bar estava completamente lotado como costumava estar em todas as
noites. Sofia observava os clientes do balcão, quando Tiago se aproximou).
TIAGO: Escuta mãe, eu vi um papel colado na geladeira com algumas despesas e
lista de materiais com os nomes dos fornecedores. A senhora que fez? Eu gostei
muito de como especificou tudo...
SOFIA: Não, quem providenciou aquela tabela foi a Cristina. Essa menina leva
muito jeito com essas coisas, olha lá como ela lida bem com os clientes.
Trabalha no pesado lá na fábrica e quando chega aqui, ainda quer nos ajudar.
Ela é uma menina de ouro, sem dúvidas só precisava de uma nova chance.
CRISTINA: (Despede-se de alguns clientes e retorna para o balcão) O que esses
dois tanto fofocam?
SOFIA: Fofoca nenhuma, pelo contrário, estávamos falando bem e sobre você.
CRISTINA: Sobre mim? E eu posso saber sobre o que falavam? (Sorri).
TIAGO: A minha mãe estava falando que foi você que fez aquela tabela que está
colada na porta da geladeira. Eu gostei muito, acho que você leva muito jeito
pra isso.
SOFIA: Eu concordo plenamente com o meu filho. Eu acho mesmo é que você tem
que continuar assim e se especializar. Porque você não volta a estudar, minha
filha?
CRISTINA: Isso é tudo o que eu mais quero nesse mundo. Eu quero me superar, quero
ser alguém na vida, quero fazer a diferença na vida das pessoas de alguma
forma. Por isso, já decidi e eu vou voltar a estudar. Só estou esperando
receber o meu primeiro salário e irei fazer o vestibular. Quem sabe não consigo
uma bolsa? Vou me preparar ao máximo! (Conclui).
SOFIA: E terá todo nosso apoio. É assim que se fala, Cris.
Cena 11 – Mansão
Assumpção [Interna/Manhã]
Música da cena:
Tudo de Novo – Negra Li
(O dia amanhece e imagens aéreas percorrem toda a capital paulista,
revelando um dia ensolarado. Os carros percorrem um extenso engarrafamento nas
ruas, enquanto ambulantes vendem seus produtos pelas ruas. Crianças correm pelo
parque do Ibirapuera, enquanto ciclistas passeiam pelo local. Em seguida, surge
a fachada da mansão Assumpção).
MURILO: (Desce a escada alinhando a camisa, em seguida vai em direção a sala de
jantar) Bom dia, bom dia! O que temos de gostoso nesse café?
AMÁLIA: Bom dia, senhor! Vejo que amanheceu de bom humor... (Diz após servir a
xicara de Stella com um pouco de café).
STELLA: Até demais para o meu gosto! (Responde enquanto toma um pouco de
iogurte).
MURILO: Que nada, na verdade eu estou elétrico porque dormi pouco. Cadê a minha
mãe, ela ainda não acordou? (Questiona ao se sentar).
STELLA: É verdade, a minha sogra não costuma se levantar tão tarde. Será que
aconteceu alguma coisa?
AMÁLIA: Não aconteceu nada! A dona Marion acordou cedo e já saiu. Quando eu fui
acordá-la, a cama já estava feita e não havia nem sinal dela no quarto.
STELLA: Que coisa estranha, para onde será que ela foi? Hoje é domingo, não é
possível que ela tenha ido para a empresa.
MURILO: Eu tenho um palpite, mas prefiro não o mencionar. Tenho medo de que se
torne realidade!
Cena 12 –
Pensionato Santa Cruz [Interna/Manhã]
(Amanda caminhou pelo quarto e foi até a porta).
AMANDA: (Abre a porta e se depara com Marion) Eu sabia que a senhora viria,
vovó!
MARION: Eu vim te fazer uma proposta e depois dela, você vai desaparecer das
nossas vidas de uma vez por todas! (Dispara).
CONTINUA!
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