Capítulo 07
Cena 01 - Pensionato
Santa Cruz [Interna/Manhã]
(Marion continuava encarando Amanda,
parada na porta).
AMANDA: E então, não vai querer entrar? O quarto é humilde, mas a senhora pode
entrar...
MARION: (Entra no quarto e observa ao redor com desdém).
AMANDA: Disse que queria me fazer uma proposta. Posso saber do que se trata?
MARION: Eu vim perguntar de uma vez por todas quanto é que você quer para parar
com essa história de que é minha neta e desaparecer para sempre!
AMANDA: (Finge ficar ofendida) O que? Mas como a senhora é capaz de querer me
comprar com dinheiro, principalmente depois de tudo o que me fez, vovó?
MARION: (Abre a bolsa e retira um cheque em branco, contendo apenas a sua
assinatura) Aqui tem um cheque em branco, ele está assinado e você pode colocar
o seu valor, quanto você quiser. Não seja burra, menina. Essa é a sua chance de
sair dessa vidinha vulgar! (Diz estendendo a mão para entregar o cheque).
AMANDA: (Pega o cheque e o rasga em vários pedaços) A senhora está
completamente enganada ao meu respeito, vovó. Eu não vim atrás do seu dinheiro,
eu apenas quero recuperar o que é meu, a chance de ter uma família, pais,
irmãos. O que aconteceu com os meus pais? Quero vê-los!
MARION: Já chega, sua mentirosa! Eu não vou cair nessa sua lorota, acha que eu
nasci ontem. Que provas você tem de que é minha neta? (Grita).
AMANDA: Eu já disse, sou a menina que a senhora abandonou a própria sorte para
a Milú criar.
MARION: Isso não prova nada, garota. Será que você ainda não percebeu?
(Responde com ironia).
AMANDA: (Pega uma pequena bolsa em cima da cama e em seguida caminha em direção
a porta) Eu imaginei que a senhora diria isso...
MARION: Mas o que é isso? Para onde está indo? (Estranha o comportamento de
Amanda).
AMANDA: O certo é para onde vamos, vovó. Vamos agora mesmo fazer um teste de
DNA. Eu vou provar que sou a neta de Marion Assumpção agora mesmo, vamos ver o
que a mídia vai achar desse escândalo! (Responde secamente, deixando Marion
surpresa).
Cena 02 – Cobertura
de Rodrigo [Interna/Manhã]
Música da cena:
Quando A Chuva Passar – Renan Pitanga
(Com a transição de cenas, surge a
fachada do edifício onde Rodrigo mora com os filhos. Em seu quarto, Rodrigo estava
sentado na cama, enquanto observava um porta-retrato com a foto de Vivian, sua
falecida esposa).
RODRIGO: (Observa a foto
com os olhos marejados) Que falta você me faz, Vivi. Tenho certeza de que se
você estivesse aqui, as coisas estariam tão diferentes. O Caio voltaria a ser
aquele garoto de antes, a Cissa seria ainda mais sua companheira... Eu daria
tudo para ter você de volta!
FLASHBACK
Há alguns anos
atrás...
(Sentada em um lado da cama, Vivian
dobrava roupinhas de bebê, nessa época ela estava esperando seu primeiro filho
com Rodrigo, Caio).
VIVIAN: (Para de dobrar as roupinhas repentinamente e sorri) Você chutou meu
amor? Você chutou a mamãe? (Pergunta olhando para a barriga de seis meses,
enquanto a acariciava).
RODRIGO: (Entra no quarto após chegar da aula do doutorado) Como estão os meus
dois amores?
VIVIAN: Estamos bem! O seu filho não para de me chutar. Se continuar assim,
tenho certeza de que ele será um jogador de futebol.
RODRIGO: Ah, essa eu quero ver! (Se aproxima de Vivian e coloca as duas mãos na
barriga da esposa).
VIVIAN: Sentiu? (Refere-se ao novo chute do bebê).
RODRIGO: Senti, foi tão forte! As vezes nem acredito que o nosso amor está
crescendo dentro de você e logo, logo o nosso filho será uma parte de nós.
VIVIAN: É tão forte quanto o nosso amor! Eu te amo e vou te amar pra sempre,
não esqueça disso nunca! (Diz olhando nos olhos de Rodrigo e em seguida o
beija).
FIM DO FLASHBACK
Atualmente...
RODRIGO: Eu te prometo que não vou descansar até ver os responsáveis pela sua
morte apodrecerem na cadeia. Eu juro! (Fala olhando para a foto, com amargura).
Cena 03 –
Apartamento de Ulisses [Interna/Manhã]
Música da cena:
Amarelo, Azul e Branco – ANAVITÓRIA e Rita Lee
(Imagens externas apresentam as ruas
de São Paulo. Em seguida imagens aéreas mostram os grandes edifícios da cidade,
surgindo então a fachada do prédio onde Ulisses morava com seu avô).
JOAQUIM: Eu não acredito que enfim, estou te conhecendo! (Diz ao abraçar
Cristina).
CRISTINA: O seu neto me falou muito bem do senhor!
JOAQUIM: Eu aposto que não falou tanto quanto ele fala de você! (Diz brincando).
ULISSES: Vovô! O que a Cristina vai pensar com o senhor dizendo essas coisas?
CRISTINA: Não se preocupe, Ulisses. Eu estou vacinada contra o charme de
vovozinhos tão simpáticos como seu!
JOAQUIM: Como o que ela vai pensar? Vai pensar a verdade, que você está doidinho
por ela, só não ver quem é cego e olhe lá.
CRISTINA: (Sorri e olha para Ulisses).
Cena 04 – Casa de
Marina e Antônio [Interna/Manhã]
(Aproveitando a folga de domingo,
Letícia aproveitava para tentar se recompor dos últimos acontecimentos).
LETÍCIA: Você não sabe o quanto senti falta do seu colo! (Disse com a cabeça
apoiada no colo do irmão, Daniel).
DANIEL: Eu sempre estarei aqui! Porque você não se abriu comigo? Porque estava
sofrendo sozinha?
LETÍCIA: É tão difícil falar sobre isso, sabe? Principalmente com esse
relacionamento cheio de idas e vindas que eu venho tendo com o André durante os
últimos meses. Ah, eu não quero falar sobre isso agora! Tudo bem?
DANIEL: Tudo bem, eu vou respeitar o seu momento... Apesar de que eu acho que o
André vai se arrepender muito e vai querer voltar atrás nessa decisão.
Conhecendo você como eu conheço, com certeza você irá ceder, como se nada
tivesse acontecido. Enfim... Tem outra coisa que eu esqueci de comentar com
você!
LETÍCIA: Outra coisa? O que? (Senta-se na cama).
DANIEL: É sobre a mamãe! Você não sabe o que eu descobri! A nossa mãe é filha
daquela empresária famosa dos molhos de tomate.
LETÍCIA: (Surpreende-se) Marion Assumpção? Meu Deus, não acredito! Mas se isso é
verdade, porque ela nunca nos contou?
DANIEL: Eis a questão, a mamãe não quer contar, mas eu senti que ela e o papai
ficaram muito esquisitos quando perceberam que soltaram essa história sem
querer na minha frente. Resta sabermos o motivo delas suas não terem mais
contato!
LETÍCIA: Eu aposto que é algo com o papai, tenho quase certeza. (Comenta,
deixando o irmão pensativo com a possibilidade).
Cena 05 – Mansão
Assumpção [Interna/Tarde]
(Amália correu para abrir a porta
após ouvir o som insistente da campainha).
MARION: Que demora, hein Amália? Nem para abrir uma porta você tem tido
serventia ultimamente. (Marion entra e Amanda a acompanha, trazendo consigo uma
mala).
AMÁLIA: (Estranha a presença de Amanda, principalmente ao notar sua mala) E
essa moça, senhora?
MARION: Essa moça chama-se Amanda. Ela é filha de uma prima distante, de quem
eu não tinha notícias há muitos anos. Essa prima morreu e a Amanda ficou
sozinha no mundo, por isso ela passará um tempo conosco. Por gentileza, a
acompanhe até o quarto de hospedes e faça com que ela se acomode.
AMÁLIA: Sim, senhora. Por aqui, senhorita! (Diz ao começar a subir a escada,
orientando a direção para que Amanda a acompanhe).
AMANDA: (Começa a subir a escada e olha para trás, observando Marion. Em
seguida, vai ao encontro de Amália no pavimento superior da mansão).
MARION: (Observa Amanda subir a escada e fala consigo mesma em pensamento) É
sempre bom ter o inimigo por perto. Eu já me livrei dela uma vez, posso muito
bem me livrar outra...
Cena 06 – Sobrado
de Sofia [Interna/Tarde]
(Aproveitando que estava sozinha em
casa, Sofia havia aproveitado para abrir as cartas do tarot, como há muito
tempo não fazia).
SOFIA: (Corta as cartas
em três partes, em seguida as une e começa a desvirar algumas cartas. Entre
elas: a carta do mago, a lua e o julgamento) Santo Deus! A carta do mago
representa alguém manipulador, a carta da lua diz que está havendo mentiras,
infâmias, trapaças e a do julgamento me mostra redescobertas familiares. Está
tudo tão confuso, o que será que esse tarot está querendo me mostrar?
(Questiona a si mesma, enquanto tenta decifrar as cartas).
Cena 07 – Mansão
Assumpção [Interna/Tarde]
Música da cena: Não
Sai Da Minha Cabeça – Flávio Ferrari e Gabriel Nandes
(Imagens externas mostram a
movimentação daquela tarde. Em seguida surge a fachada da Mansão Assumpção. No
jardim, seguranças caminham pela propriedade. Enquanto isso no interior da
mansão, Stella invadiu o quarto esbaforida).
STELLA: Você não sabe da novidade! (Diz tentando recuperar o ar).
MURILO: Não sei, mas pelo jeito que você entrou, é algo sério. O que aconteceu?
(Diz ao parar a leitura no jornal com a chegada da esposa).
STELLA: A sua mãe acabou de voltar da rua!
MURILO: (Interrompe a esposa) E daí? Até agora eu não vi nada de tão importante
nisso.
STELLA: E daí que ela trouxe uma pobretona a tira colo e disse que é filha de
uma prima distante. Que prima é essa? Eu nunca soube dessa prima da sua mãe!
(Questiona).
MURILO: (Fica em silêncio e logo deduz do que se trata).
(Alguns instantes
depois, Murilo entra na suíte da mãe, sem bater na porta).
MARION: Pelo visto, a estúpida da sua mulherzinha já foi bater o serviço e te
contou sobre a Amanda, como uma boa lavadeira. Não foi? (Diz enquanto tira os
sapatos e massageia os pés).
MURILO: Mamãe, a senhora só pode ter ficado louca. Como pode cair na lábia
dessa golpista? Ela está mentindo...
MARION: Não, infelizmente ela não está. Eu vi nos olhos dela, ela não está aqui
para brincar. Você acredita que ela teve coragem de me chamar para irmos até um
laboratório? Queria fazer o exame de DNA!
MURILO: (Senta-se na cama, ao lado da mãe) E a senhora foi, eu imagino!
MARION: É claro que não, Murilo! Ficou doido? Isso seria um escândalo. Imagina
se essa história vaza do laboratório? A sua irmã nos coloca na cadeia!
MURILO: Então não temos certeza de que ela é realmente a menina que roubamos da
maternidade...
MARION: É claro que é ela! Tudo se encaixa, as datas, os nomes. Além disso,
você acha mesmo que ela iria me afrontar com um exame de DNA, sabendo que o
resultado seria negativo? Ela não seria tão burra.
MURILO: É, olhando por esse lado... A senhora pode ter razão. E agora, o que
vamos fazer?
MARION: Eu a trouxe para cá, justamente para não a perder de vista, quero saber
cada passo que ela dará. Claro, já dei meu jeito dela não comentar nada com
ninguém. Por enquanto vamos dizer que ela é filha de uma ´prima distante,
enquanto eu não dou um jeito de desaparecer com ela. Já você, dê um jeito da
sua esposa não se meter ainda mais nessa história. Isso seria péssimo para nós
dois! (Conclui).
Cena 08 – Casa de
Marina e Antônio [Interna/Tarde]
Música da cena:
Because You Loved Me – Cláudia Rezende
(Com a transição de cena, surgem as
ruas do bairro do Bixiga e a fachada da casa de Marina e Antônio. Em seu
quarto, Marina cheira uma roupinha da única filha que tivera com Antônio e
pensava ter morrido após o parto).
ANTÔNIO: (Abre a porta do quarto e percebe que a esposa está completamente
entretida) Pensando na nossa filha?
MARINA: (Seca uma lágrima que havia escorrido em seu rosto) Não há um só dia
dos mais de vinte anos que eu não tenha pensado em nossa filha, Antônio.
ANTÔNIO: (Senta ao lado de Marina e segura o pequeno macacãozinho cor de rosa,
de tricô) Foi a vontade de Deus, meu amor. Você precisa superar isso!
MARINA: Não tem como superar, eu não quero superar, eu não vou superar! Eu ouvi
a minha filha chorar, eu vi... Como posso me convencer que ela teve um mal
súbito no berçário e tenha morrido de repente? (Pergunta rispidamente).
ANTÔNIO: Isso é coisa da sua cabeça, Marina. Você teve um parto muito traumático
e complicado. Os médicos tiveram que te anestesiar e fazer uma cesariana de
emergência. Você quase morreu, lembra? Você mal conseguia falar naquele dia e
dormiu por horas depois do parto. Eu pensei que fosse te perder, como você pode
ter tanta certeza de que ouviu a Anna Luiza chorar?
MARINA: Eu não imaginei aquele choro, o meu coração de mãe diz que não. Eu ouvi
a minha filha chorar, acredite se quiser. É como se eu sentisse que a minha
filha está viva e perto de nós, Antônio. Como se ela fosse aparecer e entrar
por aquela porta dentro de instantes... (Chora copiosamente e é amparada pelo
marido).
ANTÔNIO: Infelizmente Deus quis assim, meu bem. A Anna Luiza está olhando por
nós, de onde quer que ela esteja. Eu sempre estarei aqui com você, eu te
prometo! (Abraça Marina).
Cena 09 – Mansão
Assumpção [Interna/Noite]
(Amália e a copeira serviam o jantar para
Marion, Murilo e Stella na sala de jantar, enquanto todos permaneciam em
silêncio).
STELLA: E de onde você disse que é mesmo, Amanda? (Diz para quebrar o gelo e na
tentativa de saber mais sobre a estranha).
(Marion e Murilo se encaram após a
pergunta).
AMANDA: Eu não disse. Sou de Campinas! (Diz enquanto come).
STELLA: Engraçado! Campinas é tão pertinho e eu nunca soube da sua existência.
Como era mesmo o nome dos seus pais, mesmo? Talvez eu me recorde.
MARION: Será que podemos comer em paz, sem tanto interrogatório? Murilo, por
favor, controle a sua esposa! (Diz secamente).
MURILO: Stella...
STELLA: Eu não preciso que a senhora utilize terceiros para se dirigir até mim,
querida sogra. Eu sei muito bem ouvir e entender o que diz, acontece que é
muito peculiar eu não saber da existência desses parentes. Sou casada com o
Murilo há mais de vinte anos e nunca ouvi falar nessa prima. Principalmente na
Amanda, esse rostinho tão bonitinho e angelical não seria facilmente esquecido.
(Bebe um gole de vinho branco).
AMANDA: É muito gentil de sua parte, me achar bonita. A senhora também é muito
bonita!
STELLA: Ah, minha querida. Não precisa de tantas formalidades, se vamos morar
na mesma casa, você pode claramente me chamar de Stella.
AMANDA: Está bem, Stella. Espero que possamos ser ótimas amigas! (Diz enquanto
corta um pedaço de carte com apoio do garfo e da faca).
STELLA: Claro, apesar de achar que não tenho mais idade para ser amiga de uma
moça tão jovem como você. Acho que você vai se dar muito bem com o nosso filho,
Murilo Neto. É o verdadeiro xodó da Marion.
AMANDA: Ah, é? E onde ele está agora? Quero conhecê-lo.
MARION: O Murilo Neto é o meu futuro sucessor na empresa e será meu único
herdeiro. Não confio em ninguém a não ser ele para comandar a nossa dinastia!
STELLA: Em breve você irá conhecê-lo. Ele está voltando da Inglaterra e vai
morar de vez aqui no Brasil. Depois, se quiser é claro, posso te mostrar
algumas fotografias dele.
AMANDA: Claro, deve ser incrível morar no exterior. Tenho certeza de que nos
daremos muito bem.
MURILO: (Observa Amanda e permanece em silêncio).
AMANDA: (Sorri para Murilo e fala consigo mesma em pensamento) Vai sonhando,
Marion. Sonha que esse fedelho vai ficar com o seu dinheiro, porque logo, logo
ele será carta fora do baralho!
Cena 10 – Sobrado
de Sofia [Externa/Noite]
Música da cena: A Primera
Vista – Pedro Aznar
(Ulisses estaciona o carro em frente
ao bar e casa de Sofia, após passar o dia na companhia de seu avô e Cristina).
ULISSES: (Desliga o carro) Nossa, é estranho ver esse local fechado e sem
movimento. Nem parece o bar agitado, em pleno funcionamento durante a semana.
CRISTINA: É verdade! A Sofia diz que precisa de pelo menos um dia livre na semana
para revigorar a beleza dela. (Sorri).
ULISSES: Já você, eu aposto que não precisa revigorar nada, pois está sempre
linda.
CRISTINA: Você falando assim, eu até fico sem jeito. Bem, agora eu tenho que ir.
Gostei muito de conhecer o seu avô, ele é incrível. Você me liga depois?
ULISSES: Claro, ligo sim!
CRISTINA: Bom, agora eu já vou... Espera, acho que estou presa! (Tenta soltar o
cinto de segurança, mas ele trava).
ULISSES: Deixa que eu te ajudo! (Se aproxima de Cristina e solta o cinto de
segurança).
(Com a aproximação,
Ulisses e Cristina se olham fixamente. Após alguns instantes, os dois não
resistem e se beijam novamente. Da janela do sobrado, Sofia e Tiago vibram com
a cena).
Cena 11 – Mansão
Assumpção [Interna/Noite]
(Após o jantar, Marion havia se
recolhido em seu escritório na mansão, quando de repente ouviu batidas na
porta).
MARION: Pode entrar!
AMANDA: (Abre a porta e entra no escritório).
MARION: E agora, o que você quer?
AMANDA: Eu gostaria de agradecer pelo o que fez. É muito importante pra mim
estar com a minha família, vovó. (Finge estar emocionada).
MARION: Eu já lhe disse para não me chamar de avó, alguém pode nos escutar e eu
não quero que descubram o nosso parentesco. (Diz em tom de desaprovação).
AMANDA: Eu sei que você já disse que não, mas eu gostaria de perguntar de novo,
eu preciso saber quem são os meus pais e o que aconteceu com eles.
MARION: (Levanta-se com agressividade) Eu já vi que você resolveu me tirar do
sério, vou dormir. Estou com dor de cabeça, com licença! (Diz ao deixar Amanda
sozinha no escritório).
AMANDA: (Sozinha e sem ser vista, Amanda abre um largo sorriso em tom de
deboche).
Cena 12 – Mansão
Assumpção [Interna/Manhã]
Música da cena: Seu
Lugar – Lucas Mennezes
(Imagens externas mostram o
amanhecer, a cidade de São Paulo inicia mais um dia com o ritmo frenético. Em
casa, Marion desse a escada da mansão apressada, segurando a bolsa).
AMÁLIA: Bom dia, senhora. Deseja tomar o seu café da manhã agora?
MARION: Bom dia, Amália. Eu não vou tomar café, tenho alguns compromissos na
empresa e lá eu como alguma coisa, preciso chegar cedo. O meu filho já se
levantou?
AMÁLIA: Ainda não, senhora. Só a...
AMANDA: (Interrompe Amália ao se aproximar) Bom dia!
MARION: Vejo que você acorda com as galinhas. Posso saber porque está de pé tão
cedo?
AMANDA: Porque eu gostaria de ir trabalhar com a senhora! (Diz empolgada).
MARION: (Surpreende-se) O que?
CONTINUA!
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