Capítulo 41
(Últimas Semanas)
Cena 01 – Ruas do
Bixiga [Externa/Noite]
(Após mais de duas décadas,
Marina pode abraçar realmente a sua verdadeira filha. Antônio, Daniel e Ulisses
observavam a cena de longe).
MARINA: Minha
filha, minha filhinha, minha pequena Anna Luísa. Eu te carreguei nove meses
dentro de mim e nossos corações batiam juntos, por isso eu senti algo tão especial
ao te conhecer. Era o meu coração de mãe que gritava e te reconhecia como minha
filha! (Disse enquanto abraçava e beijava Cristina).
CRISTINA: Mamãe,
mamãe... Como você me fez falta! Eu sofri a minha vida toda pensando que você
não me queria e por isso havia me abandonado. Eu precisava tanto de você e você
não vinha... (Responde aos prantos).
MARINA: (Também
em lágrimas, seca o rosto de Cristina) Não chore mais, eu já estou aqui e não
vou mais me separar de você. Nunca mais pense nisso, nem por um segundo. Mesmo
quando me diziam que o meu bebê havia morrido, eu nunca deixei de pensar em
você e o meu coração estava certo, você está aqui e eu não vou mais te perder,
não vou.
CRISTINA: (Abraça
Marina ainda mais forte).
Cena 02 – Instituto
Médico Legal [Interna/Noite]
Música da cena: Seu
Lugar – Lucas Mennezes
(Imagens aéreas
mostram a noite de São Paulo, através de seus prédios iluminados. Em seguida
surge a fachada do instituto médico legal).
INVESTIGADOR:
Posso dar uma olhada? (Questiona se reportando ao médico).
MÉDICO LEGISTA:
Claro! (Diz ao puxar a gaveta com um enorme saco preto, em seguida ele o abre e
podemos ver o rosto de Kátia). – Vítima de atropelamento, com inúmeros traumas
pelo corpo. A coisa foi violenta!
INVESTIGADOR: (Observa
o rosto de Kátia, cheio de ferimentos) É, eu soube. De acordo com testemunhas,
o carro se aproximou em alta velocidade propositalmente, agora precisamos ligar
os fatos e descobrir quem queria se livrar dessa daí! (Conclui).
Cena 03 – Casa de
Marina e Antônio [Interna/Noite]
Música da cena:
Because You Loved Me – Cláudia Rezende
(Com a transição de
cenas, surge a fachada da casa de Marina e Antônio. No interior da propriedade,
Murilo Neto aguardava sozinho na sala de estar por notícias, quando Letícia
deixou um dos quartos).
MURILO NETO: E
então, ele dormiu?
LETÍCIA: Como
uma pedra, mamou e dormiu. Alguma notícia? (Perguntou ao se aproximar do sofá onde
Murilo Neto estava sentado).
MURILO NETO: Nenhuma,
a essa altura a Cristina já deve estar sabendo toda a verdade.
LETÍCIA: E
como será que ela reagiu? (Questiona).
(Nesse momento,
Antônio abre a porta. Em seguida, Daniel entra acompanhado por Marina, Cristina
e Ulisses).
MURILO NETO: (Levanta-se
bruscamente ao vê-los e se aproxima de Letícia) E então, ela já sabe de tudo?
ANTÔNIO: Sim,
ela já sabe de toda verdade. A Cristina já sabe que nós somos a verdadeira
família dela. (Responde emocionado ao olhar para Cristina).
MARINA: Ela
vai ficar aqui conosco, essa é a sua casa, minha filha. Aqui está a sua família
e nós iremos recuperar todo o tempo perdido.
CRISTINA: (Observa
e ouve a mãe, emocionada).
MARINA: Não
vai abraçar a sua irmã? (Questiona olhando para Cristina).
CRISTINA: (Olha
para Letícia com os olhos marejados).
LETÍCIA: (Abre
os braços para acolher Cristina).
(Nesse momento,
Cristina percorre a sala e vai ao encontro de Letícia, por fim as duas se abraçam
pela primeira vez como irmãs. Em seguida, Daniel se junta as duas e abraça as
irmãs).
MARINA: (Fecha
os olhos e junta as duas mãos em sinal de agradecimento) Obrigada, meu Deus.
Obrigada por colocar os meus três filhos debaixo do mesmo teto.
ANTÔNIO: (Consola
Marina).
Cena 04 – Bar A
Paulistana [Interna/Noite]
Música da cena:
Amarelo, Azul e Branco – ANAVITÓRIA, Rita Lee
(O bar estava
repleto de clientes que se divertiam enquanto tomavam alguns drinks. No balcão,
Amanda tomava algumas doses de martini, após ser abandonada por Vavo).
BARMAN:
Mais um? (Questiona ao se aproximar do balcão com a garrafa).
AMANDA:
Mais um! (Responde visivelmente alterada).
(Em uma das mesas,
André observava as mulheres do bar, até que avistou Amanda no balcão e resolveu
se aproximar).
ANDRÉ:
Olha só, quem está aqui e solitária. Será que eu posso me juntar a minha
cunhadinha? (Questiona ao se aproximar carregando consigo o seu copo com
uísque).
AMANDA:
Tanto faz! (Responde após beber todo o drink de uma só vez). – Mais um!
ANDRÉ:
Algum problema? Pra você tá bebendo assim, alguma coisa deve ter acontecido.
(Comenta observando Amanda).
AMANDA: Eu
não quero falar sobre isso, se você quiser sentar, ótimo, mas sente em
silêncio. Não estou interessada na sua ladainha, pra isso eu deixo a idiota da
Letícia. Entendeu? (Pergunta de forma rude).
ANDRÉ:
Entendi, sim senhora! (Responde ao se sentar). – Sirva outro drink para a moça,
por minha conta. (Fala com o barman, que serve outro martini).
AMANDA:
(Segura o copo após o barman servir mais um drink).
ANDRÉ: Um
brinde ao nosso encontro! (Ergue o copo).
AMANDA:
(Toca seu copo no de André e em seguida volta a bever).
Cena 05 – Cobertura
de Rodrigo [Interna/Noite]
Música da cena: Quando
a Chuva Passar – Renan Pitanga
(Com a transição de
cenas, surgem imagens externas da cidade. Carros percorrem as grandes avenidas,
pessoas caminham pelas ruas. Em seguida surge a fachada do bairro onde Rodrigo
morava com os filhos. Após o jantar, Vilma retirava os pratos da mesa, enquanto
Rodrigo permanecia com o olhar distante).
CAIO: O que deu nele?
(Pergunta estranhando).
VILMA: Não
sei, ele está estranhando desde a hora que chegou da universidade.
CISSA: Papai...
Papai! (Grita chamando a atenção de Rodrigo).
RODRIGO: Oi...
Oi, minha filha! Aconteceu alguma coisa?
CISSA: O
senhor está com uma cara de bobo, até parece que está apaixonado.
RODRIGO: Apaixonado?
(Repete sorridente). – E desde quando uma menina da sua idade sabe o que é
estar apaixonado?
CISSA: Ah,
pai... As minhas amigas lá na escola comentam, eu sei tudo.
VILMA: Essas
crianças! (Comenta surpresa).
RODRIGO: Depois
você me explica como é estar apaixonado diante as explicações das suas
coleguinhas de escola.
CAIO: E o senhor
realmente está apaixonado? (Questiona seriamente).
RODRIGO: (Nota
a acidez da pergunta de Caio e resolve responder) Talvez esteja meu filho,
porque? Isso te incomodaria?
CAIO: É claro que sim!
Fique sabendo que eu não vou deixar outra mulher roubar o lugar da minha mãe
nunca. Nunca! (Grita ao se levantar da mesa). – Antes disso eu prefiro fugir de
casa e vou morar com a minha avó. (Vai embora da sala de jantar, deixando todos
estarrecidos).
Cena 06 – Casa de
Marina e Antônio [Interna/Noite]
(Após um momento de
comemoração em família, com direito a brinde com cidra, Ulisses percebeu que
aquele era um momento que a família deveria desfrutar mais à vontade e resolveu
ir embora. Ao sair de fininho, não percebeu que Cristina havia notado e lhe seguido).
ULISSES: (Tira
as chaves do carro do bolso e destrava o alarme).
CRISTINA: Espera,
onde você está indo? (Pergunta ao se aproximar de Ulisses em frente à casa).
ULISSES: Eu
acho que esse é um momento que a família deve aproveitar sozinha, sem agregados.
Eu já cumpri a minha missão, agora eu vou para casa.
CRISTINA: E
quem foi que disse que você não faz parte dessa família? Você me devolveu o que
há de mais precioso nessa vida, nunca eu vou ter como te pagar por isso.
ULISSES: Não
se preocupe com isso! Eu prometi e não podia deixar de cumprir a minha
promessa.
CRISTINA: Eu
posso te dar um abraço?
ULISSES: É
claro! (Responde sem graça).
(Os dois se abraçam
fortemente).
ULISSES:
Posso te fazer uma pergunta?
CRISTINA: Depois
do que você fez por mim, você pode perguntar o que quiser.
ULISSES: Bem,
falando juridicamente agora e como advogado... Apesar dela ser sua amiga, a
Amanda cometeu um crime e você precisa tomar alguma providência, ela não pode
continuar usufruindo das coisas que são suas por direito.
CRISTINA: Eu
sei disso e você tem toda a razão. A Amanda merece pagar pelo crime que ela
cometeu, mas antes eu preciso acertar algumas contas com ela e ninguém pode impedir
isso. Eu preciso ver a Amanda e a encarar cara a cara, eu faço questão!
(Responde pensativa).
Cena 07 – Donna Sô
(Café Bar) [Interna/Noite]
Música da cena:
Sorria (Tô Te Filmando) – Os Travessos
(O movimento do bar
estava começando a diminuir por conta do tardar da hora, enquanto isso, Sofia,
Tiago e Murilo comentavam a novidade no balcão do bar).
TIAGO: Eu
sabia que quando o Murilo Neto me pediu aquela escova de cabelo, algo
importante estava para acontecer, mas isso... Eu não imaginaria nem sonhando!
SOFIA: Os
astros não mentem! A Cristina tem uma luz, um brilho no olhar e ela merecia que
a vida sorrisse pra ela. Não seria justo tanto sofrimento para uma menina tão
boa como ela.
MURILO: Eu
a conheço muito pouco, mas ela parece ser uma boa moça. Agora a única pergunta
que está ecoando em minha cabeça é: O que vai acontecer com a Amanda? Porque
ela estava roubando a vida da melhor amiga e isso não pode ficar por isso
mesmo. Alguém precisa frear aquela golpista! (Conclui).
Cena 08 –
Apartamento de Ulisses [Interna/Noite]
Música da cena:
Diferença Mara - Juliette
(Cada vez mais
confusa e dividida sobre a sua vocação, Janice não conseguia mais negar para si
mesma o que estava acontecendo. Pensativa, ela resolveu ir até a varanda do
apartamento, tomar a fresca).
IRMÃ JANICE: Meu
Deus, o que está acontecendo? Porque eu estou tão confusa sobre o meu chamado?
Me mande um sinal pelo qual eu devo seguir. Só um sinal! (Fala olhando para o
céu).
(Nessa hora, Beto
adentra na área externa do prédio e ao avistar Janice, ele acena para ela).
IRMÃ JANICE: (Se
benze) Esse sinal não, Deus... Esse não!
Cena 09 – Mansão
Assumpção [Interna/Manhã]
Música da cena:
Bandida - Cleo
(Após passar a
noite fora, Amanda entra em casa carregando os sapatos de salto na mão, para
não fazer barulho. Em seguida, sem ser vista, ela sobe a escada e vai até o
segundo pavimento da casa. Pelo corredor, Amanda caminhava olhando para os
lados e se certificava que ninguém a via, em seguida ela entrou no quarto de
Marion que estava sozinha e dormindo).
AMANDA:
(Tranca a porta e em seguida se aproxima da cama de Marion) Vegetal, velha
moribunda... (Sussurra no ouvido de Marion).
MARION:
(Abre os olhos ao ouvir a voz de Amanda).
AMANDA: (Sorri
com um olhar frio) Agora você não tem a governanta como seu cão de guarda.
Somos só nós duas! Pronta para a historinha?
MARION:
(Olha com os olhos arregalados e fica aterrorizada).
AMANDA: Era
uma vez, uma velha muito soberba... Tão soberba que ela não chegou a perceber o
quanto esteve cega e caiu no conto do vigário. Quer saber de uma coisa? Eu não
sou a sua neta... Quer saber quem é a sua verdadeira neta, vegetal?
MARION:
(Nervosa, tenta erguer a mão trêmula).
AMANDA:
Quer dizer que você estava escondendo o jogo e estava reagindo pelas minhas
costas, velha nojenta? Quer saber de uma coisa? Eu vou contar quem é a sua
verdadeira neta e sabe porquê? Porque você não vai contar a ninguém, você vai
levar esse segredo para o túmulo. (Diz ao arrancar o travesseiro embaixo da
cabeça de Marion). – Sabe quem é a sua neta? É aquela que você tanto despreza,
aquela que você chama de faxineira, a mosca morta da Cristina. (Diz com
ironia).
MARION:
(Chora ao ouvir a verdade, porém não consegue falar).
AMANDA:
Isso, chora... Porque você será a única a saber esse segredo, porque dessa vez
eu vou garantir que você vai para o inferno. Diga adeus, vovozinha! (Amanda
pressiona o travesseiro no rosto de Marion, sufocando-a).
MARION:
(Sem forças para reagir ou falar, a única reação de Marion era tentar
movimentar as mãos trêmulas).
(Nesse mesmo
momento, Amália se aproxima do lado de fora do quarto e bate na porta).
AMÁLIA:
Senhorita Amanda... Senhorita Amanda, você está aí? (Questiona ao bater na
porta insistentemente).
AMANDA: (Tira
o travesseiro de cima de Marion) Velha maldita, tem mais vidas que um gato.
Salva pelo congo! (Comenta consigo mesma). – Sim, estou aqui, Amália...
Aconteceu alguma coisa? (Questiona em voz alta enquanto coloca o travesseiro no
mesmo lugar).
AMÁLIA: A
porta está trancada, eu não consigo entrar...
AMANDA:
(Vai até a porta e a abre) A porta deve ter travado, foi isso. Que foi
criatura, tá pegando fogo em algum lugar? Porque você quase derrubou a porta?
AMÁLIA: A
senhorita tem visita, disse que era muito importante e que não sairia daqui sem
falar com a senhorita. Está aguardando lá embaixo na sala!
AMANDA:
(Observa Amália, pensativa).
Cena 10 – Praça do
Bixiga [Externa/Manhã]
Música da cena: Resposta
- Skank
(Imagens externas
apresentam as ruas do bairro do Bixiga, em seguida surge uma praça. Pessoas
caminham de um lado para o outro, quando Letícia surge empurrando um carrinho
de bebê ao lado de Murilo Neto).
MURILO NETO:
(Observa Théo no carrinho) Tem certeza que esse sol não faz mal mesmo ao bebê?
LETÍCIA:
(Sorri) Tenho sim! Essa hora faz bem, desde que seja com muita cautela. Você
está muito apreensivo, pode deixar que ele está bem.
MURILO NETO: Ah,
é que ele é tão pequenino, tão indefeso... Não tem como não querer protege-lo!
LETÍCIA: Ih,
já vi tudo! Já vi que quando você tiver um filho, você vai ser um pai coruja...
(Responde).
MURILO NETO:
Você sabe muito bem que eu daria tudo nesse mundo para ser o pai do Théo, não
sabe? (Questiona olhando nos olhos de Letícia).
LETÍCIA:
(Olha Murilo Neto nos olhos, sem saber o que responder e permanece em
silêncio).
MURILO NETO:
Escuta, Letícia. Agora que estamos sozinhos, me conta o que aconteceu. Nada se
encaixa nessa sua súbita separação com o André e nem o nascimento prematuro do
Théo quando tudo estava correndo tão bem. O que foi que realmente aconteceu?
LETÍCIA:
(Respira fundo) Não dá para continuar escondendo! O André sempre agiu de forma
muito violenta comigo. Na noite em que o Théo nasceu, nós tivemos uma briga e
ele me agrediu, por conta disso eu entrei em trabalho de parto antes do temo.
Ele poderia ter nos matado, só de pensar que eu poderia ter matado o meu filho,
eu não consigo nem dormir direito. A única coisa que eu quero é recomeçar longe
dele e esquecer essa vida de horror. Só isso! (Conclui).
MURILO NETO:
(Observa Letícia e perde a fala após o seu relato).
Cena 11 –
Pensionato Santa Cruz [Interna/Manhã]
Música da cena:
Vício – Glória Groove
(Com a transição de
cenas, surgem as ruas do bairro do Bixiga. Após Jacqueline sair para trabalhar,
Vavo aproveitou para tomar um banho e trocar de roupa. Após sair do banheiro,
Vavo ainda de toalha, ouviu algumas batidas na porta).
VAVO: Ué, será que a
Jacqueline esqueceu alguma coisa? (Questiona a si mesmo, em seguida vai até a
porta, ainda de toalha e se surpreende com a visita). – Você? O que quer aqui?
ULISSES: Eu
vim confirmar o que eu já sei e não saio daqui enquanto não ouvir da sua boca,
nem que pra isso eu tenha que arrancar a verdade de você a força. (Diz
encarando Vavo).
Cena 12 – Casa de
Marina e Antônio [Interna/Manhã]
(Antônio lia o
jornal enquanto tomava café da manhã, quando ouviu gritos vindo do corredor).
MARINA:
Antônio, Antônio... (Grita ao entrar correndo na sala).
ANTÔNIO:
(Estranha o comportamento da esposa) O que houve, Marina? Porque você está tão
nervosa?
MARINA: A
Cristina não está no quarto, eu tenho medo de que ela tenha ido aonde eu penso
que foi e que aconteça alguma coisa com ela.
ANTÔNIO:
Você acha que ela pode ter ido atrás da Amanda?
MARINA:
Acho! E agora conhecendo a Amanda como conheço, tenho medo de que tenha
acontecido alguma coisa ou que ela faça algo contra a nossa filha. Nós
precisamos ir atrás dela!
ANTÔNIO:
(Levanta-se da mesa e joga o jornal em cima da mesa) Vamos até a mansão, alguém
precisa frear aquela psicopata, do caminho chamaremos a polícia.
MARINA:
Vamos! (Diz ao pegar a bolsa em cima do sofá).
(Em seguida, os
dois saem de casa apressados).
Cena 13 – Mansão
Assumpção [Interna/Manhã]
Música da cena:
Jura Secreta – Lucinha Lins
(Com a transição de
cenas, surge a fachada da mansão. Na área externa, jardineiros cuidavam do
paisagismo da propriedade, enquanto outro funcionário limpava a piscina. Após
Amália anunciar a visita, Amanda resolveu descer para bancar a anfitriã).
AMANDA: Quando
a empregada disse que você estava aqui, eu não pude acreditar. Você deve ser
sadomasoquista mesmo, o que eu te disse não foi o suficiente? O que você faz na
minha casa? (Questiona ao descer a escada).
CRISTINA: (Dá
uma risada quando Amanda se aproxima).
AMANDA: Eu
posso saber qual foi a piada? Do que você está rindo, mosca morta?
CRISTINA: Eu
acho engraçado como você abre a boca para dizer minha empresa, minha casa,
minha família, quando na verdade nada disso te pertence.
AMANDA:
(Estranha o teor da conversa) Não entendi, do que você está falando?
CRISTINA:
(Abre a bolsa e retira o envelope com o teste de DNA) Sabe o que é isso?
(Questiona ao erguer o envelope). – Isso daqui é um teste de DNA, eu já sei de
toda a verdade. Essa não é a sua casa, a empresa não é sua, essa não é a sua família
e nada disso aqui te pertence. Eu já sei que você me roubou tudo, sua
impostora! (Grita).
AMANDA:
(Surpreende-se) Você está louca, eu já falei que não quero você aqui. Vá embora
agora mesmo, ou eu vou mandar a segurança te jogar no olho da rua. (Amanda vai
até a porta e a abre para Cristina ir embora).
CRISTINA:
(Vai até a porta e a fecha com força) Eu não vou a lugar nenhum, quem vai sair
daqui é você! (Responde encarando Amanda).
AMANDA: Vai
embora, sai! (Grita).
CRISTINA: (Dá
um tapa na cara de Amanda, que perde o equilíbrio e cai no chão) Eu já disse
que não saio daqui, não sem concretizar o nosso acerto de contas, Amanda.
CONTINUA!
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