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EM SEU LUGAR - CAPÍTULO 40 (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)



 


Capítulo 40 (Últimas Semanas)

 

Cena 01 - Casa de Marina e Antônio [Interna/Tarde]

(Após Murilo Neto revelar o que tinha descoberto com ajuda de Ulisses, Marina tentava assimilar a notícia).

 

MARINA: A Cristina é minha filha e não a Amanda? Que brincadeira é essa? (Questiona nervosa).

ULISSES: Não é nenhuma brincadeira, senhora. Nós já estávamos desconfiados há algum tempo e fizemos um teste de DNA para comprovar e que não restasse nenhuma dúvida...

MARINA: Eu quero ver esse teste! (Diz estendendo a mão).

ULISSES: Aqui está! (Entrega o envelope para Marina).

MURILO NETO: Viu, tia? Não resta a menor dúvida, a Cristina é a sua filha.

MARINA: (Lê o resultado do exame e percebe que Murilo Neto e Ulisses estavam realmente certos) Santo Deus, então é verdade... A Cristina é mesmo minha filha!

 

Cena 02 – Praça da Sé [Externa/Tarde]

Música da cena: Seu Lugar – Lucas Mennezes

(Imagens externas percorrem alguns pontos turísticos, entre eles a Catedral e Praça da Sé. Entre algumas pessoas passando, Kátia surge caminhando pelo local).

 

KÁTIA: (Confere a hora no relógio de pulso) Em poucas horas vou colocar as mãos em uma bolada e graças a minha querida filhinha! (Senta-se no banco da praça comemorando).

 

Cena 03 – Apartamento de André [Interna/Tarde]

Música da cena: Tudo De Novo – Negra Li

(Imagens aéreas percorrem a cidade e mostram os grandes edifícios da cidade, em seguida surge a fachada do prédio onde André e Letícia moravam).

 

LETÍCIA: (Coloca alguns pertences em uma mala e em seguida vai até a sala).

ANTÔNIO: E então, conseguiu pegar tudo o que era necessário? (Questionou enquanto observava o neto dormir no carrinho de bebê).

LETÍCIA: Peguei sim, podemos ir agora, pai!

ANTÔNIO: Escuta, minha filha... Agora que estamos só nós dois aqui, porque você não aproveita e me conta o que aconteceu com o André? Porque você quis se separar dele? Esse cara não estava aprontando com você, estava?

LETÍCIA: (Senta-se ao lado do pai) Acontece que eu percebi que amar por dois não é o suficiente para manter uma relação.

ANTÔNIO: Tem certeza de que foi apenas isso? Você sabe que pode conversar sobre tudo comigo, não sabe?

LETÍCIA: (Sorri) Sei, sei sim, pai! Podemos ir agora? Eu estou ansiosa para recomeçar! (Conclui).

 

Cena 04 – PUC-SP, Universidade [Interna/Tarde]

Música da cena: Oceana – OUTROEU, Melim

(Com a transição de cenas, surge o campus da universidade. Alguns estudantes observavam o mural de avisos, entre eles, Milena e Cristina).

 

MILENA: Congresso no Guarujá, que barato! Você vai, né? (Questiona após ler o informativo).

CRISTINA: Não sei, não acho que seja uma boa ideia. Não conheço ninguém no Guarujá!

RODRIGO: Pois deveria ir! Vários estudantes formam caravanas para ir, alugam ônibus, dá para ir e voltar no mesmo dia, se você não se interessar por toda a programação. (Diz ao se aproximar).

MILENA: Ele tem razão, Cris. Vamos!

RODRIGO: Eu voto sim, também. Vai ser ótimo para o nosso projeto, pense nisso...

CRISTINA: Está bem, eu vou pensar... Não garanto nada!

 

Cena 05 - Casa de Marina e Antônio [Interna/Tarde]

(Em silêncio e ainda estarrecida, Marina continuava relendo o teste de DNA, como se ainda não acreditasse no que estava bem diante dos seus olhos).

 

MURILO NETO: Tia, eu sei que essa notícia foi um choque pra senhora, mas você está bem?

MARINA: (Levanta-se do sofá bruscamente) Eu quero vê-la, eu preciso abraçar a minha filha, eu vou contar a verdade agora mesmo!

ULISSES: (Levanta-se e se coloca diante Marina) A senhora não pode fazer assim, pelo menos não desse jeito.

MARINA: Como eu não posso? Ela é minha filha, eu sou a mãe dela e ela tem o direito de saber, ninguém pode me impedir de contar a verdade e abraçar a minha filha. Eu vou lá agora mesmo!

MURILO NETO: (Se aproxima de Marina) Tia, o que o Ulisses quer dizer é que a Cristina precisa ser preparada para essa notícia, imagina o choque que será ser, de repente ela descobre que a melhor amiga dela roubou a sua vida. Como será que não vai ficar a cabeça dela? Sabendo a noticia assim, de supetão, ela pode rejeitar a verdade. Precisamos preparar o terreno.

MARINA: (Fica pensativa) É... Você pode ter razão! Mas quem iria intermediar essa conversa?

ULISSES: Se a senhora me permitir, eu mesmo! (Responde olhando para os dois).

 

Cena 06 – Praça da Sé [Externa/Tarde]

(Com a transição de cenas, surge novamente a praça da Sé. Após esperar muito tempo por Amanda, Kátia ficou furiosa ao perceber que havia sido enganada e que ela não levaria o seu dinheiro).

 

KÁTIA: Eu não acredito que aquela merdinha me enganou de novo! Mas isso não vai ficar assim, eu vou acabar com ela. Ela não pode me passar a perna, porque eu sei coisas demais e vou terminar com esse joguinho dela. Ah se vou! (Levanta-se do banco da praça).

(Sem perceber que estava sendo seguida, Kátia continuou caminhando pela praça).

KÁTIA: (Se aproxima de uma faixa de pedestres e aguarda o sinal fechar para atravessar. Quando a luz verde se acende, Kátia desce da calçada e começa a caminhar pela faixa).

(Nesse momento, um carro ligar o motor e arranca em alta velocidade na direção de Kátia, atropelando-a com violência. O corpo de Kátia e arremessado para longe com o impacto e ao cair no chão, seus olhos estão vidrados).

AMANDA: (Observa o corpo de Kátia estirado no chão através do retrovisor).

 

Cena 07 – Praça da Sé [Externa/Tarde]

(Amanda continuava observando o corpo de Kátia caído no chão pelo retrovisor, quando pessoas começaram a se aproximar).

HOMEM 01: Ela morreu?

MULHER 01: (Checa o pulso de Kátia e percebe que não há sinal) Essa mulher está morta!

HOMEM 01: Vocês viram o carro? Pareceu que foi pra cima dela de propósito!

(Do carro, Amanda tentava se recompor do surto após ter matado Kátia).

AMANDA: Você não me deu outra alternativa, infeliz! Eu não tive outra saída, eu nunca iria permitir que você acabasse comigo. Nunca! Eu preciso sair daqui, ninguém pode me descobrir... (Fala consigo mesma).

(Na calçada, um homem havia observado toda a cena

HOMEM 02: (Fotografa Amanda no carro).

(Em seguida, Amanda acelera o carro e vai embora da cena do crime).

 

Cena 08 – Mansão Assumpção [Interna/Noite]

Música da cena: Não Sai da Minha Cabeça – Gabriel Nandes

(Com a transição de cenas, surge a fachada da mansão. Seguranças percorriam toda a propriedade, quando se ouviu a voz de Amália. No interior do quarto, Amália havia pensado em um novo método para se comunicar com Marion).

 

AMÁLIA: Vamos, dona Marion! A senhora precisa se esforçar, isso vai te ajudar a recuperar os movimentos. Tente falar através da escrita... Escreva o que quer me dizer! (Disse entregando uma caneta e apoiando a mão de Marion em cima do papel).

MARION: (Tenta escrever no papel com muita dificuldade).

AMÁLIA: (Tenta ler o que Marion escreveu) Amanda? É isso que a senhora tentou escrever?

MARION: (Pisca os olhos uma vez, sinalizando que Amália tem razão).

AMÁLIA: É isso? Dona Marion, foi a Amanda quem te empurrou da escada, não foi? A senhora não caiu por acidente?

MARION: (Volta a tentar escrever, enquanto Amália aguarda).

AMÁLIA: (Percebe que Marion completou a frase) “Amanda tentou me matar”. (Surpreende-se ao ler o que Marion escreveu).

 

Cena 09 – Donna Sô (Café Bar) [Interna/Noite]

Música da cena: Nosso Amor É Assim – Ana Clara

(O bar havia acabado de abrir, mas o movimento logo começou a aumentar. Após chegar da universidade, Cristina se apressou para começar a ajudar no bar).

 

CRISTINA: Gente, desculpem o atraso. O trânsito estava péssimo! (Diz enquanto coloca o avental).

SOFIA: Querida, eu prefiro que você não ajude aqui, agora. Tem uma visita te esperando lá em cima...

CRISTINA: (Estranha) Visita? Mas eu não estou esperando ninguém!

SOFIA: Pois é querida, sobe lá... Acho que é importante.

CRISTINA: (Tira o avental) Está bem, eu não me demoro! (Sai do bar).

TIAGO: Algo me diz que uma bomba está prestes a explodir! (Diz ao se aproximar de Sofia).

SOFIA: Eu também, meu filho. Eu também! (Conclui).

(Após subir a escada externa do sobrado, Cristina adentrou em casa e se surpreendeu com a visita que a esperava na sala de estar).

CRISTINA: Você? O que faz aqui? (Questiona).

ULISSES: (Levanta-se do sofá com a chegada de Cristina) Nós precisamos conversar. O assunto que me trouxe até aqui é muito importante e vai mudar a sua vida.

 

Cena 10 – Pensionato Santa Cruz [Interna/Noite]

(Com a transição de cenas, surge a fachada do pensionato onde Vavo morava. Ao passar pela recepção, Amanda mal cumprimentou o recepcionista e foi logo até o quarto de Vavo, onde passou a bater insistentemente na porta).

 

AMANDA: Mas que inferno, onde você se enfiou, Vavo? (Questiona-se enquanto bate).

JACQUELINE: (Abre a porta e se depara com Amanda).

AMANDA: Jacqueline, o que você está fazendo aqui? (Amanda empurra Jacqueline e invade o quarto).

JACQUELINE: Você não é bem-vinda aqui, retire-se por favor!

AMANDA: Cala a boca, garota. Você não passa de uma pobre coitada, não manda em nada aqui...

VAVO: (Interrompe Amanda ao sair do banheiro) Você está enganada, Amanda. A Jacqueline é a mulher da minha vida e tem muito mais direito do que você jamais pensou ter.

AMANDA: Como é que é? Você está de caso como essa mosca morta?

VAVO: Eu não permito que você fale assim com ela! Eu não sou mais o mesmo de antes, Amanda. Graças a Jacqueline eu pude abrir os olhos e estou disposto a mudar.

AMANDA: Mudar? Faz-me rir, você não é idiota o suficiente para entregar a própria cabeça! (Responde em tom de ironia).

VAVO: É aí que você se engana, Amanda. Eu vou me entregar, vou livrar a barra da Cristina e quero ficar livre de toda a culpa. Inclusive da armação para separá-la do advogado. Quem sabe eu não conte também das minhas suspeitas do acidente da Marion!

AMANDA: (Surpreende-se) Você não seria capaz! Você não tem como provar nada...

VAVO: Com a ficha suja que você tem, pelo menos se complicar, isso você se complica.

AMANDA: Como você pode ser tão burro? Vai deixar essa crioulinha te influenciar vai? (Grita).

VAVO: Eu já disse que não vou permitir que você ofenda a Jacqueline!

JACQUELINE: (Se aproxima) Pode deixar, Vavo. Eu sei como me defender de gente assim, vai me desculpar mais foi a deixa... Toma! (Acerta um tapa na cara de Amanda). – Isso é pra você aprender a não ser racista, sua cretina!

AMANDA: Vocês vão me pagar muito caro, por isso! (Responde com a mão no rosto avermelhado por conta do tapa).

JACQUELINE: Ah, vai ameaçar em outra freguesia... (Jacqueline arrasta Amanda pelo braço para fora do quarto e bate a porta na cara dela).

AMANDA: Seus desgraçados! (Grita e em seguida vai embora).

 

Cena 11 - Casa de Marina e Antônio [Interna/Noite]

(Sem entender o que Ulisses queria dizer, Cristina prosseguiu a conversa de uma forma nada amistosa).

 

CRISTINA: Olha aqui, Ulisses... Se você veio até aqui, como uma artimanha de me fazer voltar com você, você está redondamente enganado. Eu não vou voltar!

ULISSES: Não é isso, Cristina. Apesar de perceber que eu errei e não saber o que fazer para você me perdoar, o assunto que me trouxe até aqui é outro. É sobre uma promessa que eu te fiz algum tempo atrás.

CRISTINA: (Se aproxima e senta no sofá) Promessa? De que promessa você está falando?

ULISSES: Um dia, quando você confiou em mim e contou toda a sua história, eu prometi que te ajudaria a encontrar os seus pais?

CRISTINA: Encontrar meus pais? Ulisses, você não pode brincar com esse assunto, você sabe o quanto eu sofri com o abandono dos meus pais e o quanto eles me fizeram falta. Você não pode...

ULISSES: (Interrompe Cristina) Eu não estou brincando, Cristina. Os seus pais não te abandonaram, você foi roubada da maternidade.

CRISTINA: Roubada da maternidade? (repete nervosa). – Como você sabe disso?

ULISSES: (Segura as mãos de Cristina) Cristina, eu encontrei os seus pais. Eles sempre estiveram mais perto do que você jamais sonhou imaginar.

CRISTINA: E onde eles estão? Onde moram? Eu quero vê-los, eu preciso conhecer os meus pais. Me leve até eles!

ULISSES: Cris, você já conhece os seus pais. A Amanda de alguma forma descobriu a verdade e esteve se passando por você durante todo esse tempo. A Marina e o Antônio não são pais da Amanda, a menina recém-nascida que a Marion e o Murilo roubaram da maternidade era você e não ela.

CRISTINA: (Arregala os olhos e puxa as mãos para trás).

 

Cena 12 - Casa de Marina e Antônio [Interna/Noite]

Música da cena: Because You Loved Me – Cláudia Rezende

(As ruas do bairro do Bixiga surgem como plano de fundo, em seguida surge a fachada da casa de Marina e Antônio. No interior da casa, Antônio, Letícia e Daniel estavam incrédulos com a história que Marina e Murilo Neto haviam acabado de contar).

 

LETÍCIA: Eu nunca gostei da Amanda, algo nela sempre me incitou essa desconfiança. Ordinária, golpista!

DANIEL: Claro, agora tudo faz sentido. Por isso a senhora simpatizou tanto com a Cris desde quando a conheceu. Era o que chamam de a voz do sangue!

ANTÔNIO: Eu vou até a delegacia agora mesmo, eu quero ver a Amanda atrás das grades, ela não pode fazer tudo isso e ficar impune, ela não pode brincar com os sentimentos de toda uma família, não pode.

MARINA: Eu concordo, mas primeiro que quero ver a minha filha, eu preciso ver a Cristina e falar que eu sou a mãe dela.

MURILO NETO: A minha tia tem razão, vamos resolver todas as contas com a Amanda, mas agora precisamos nos preocupar com a Cristina.

MARINA: Já chega de esperar, eu não aguento mais de tanta ansiedade. Eu vou até lá e nem você, nem o Ulisses vão me impedir.

ANTÕNIO: Eu vou com você! Eu quero estar com vocês duas durante esse momento.

DANIEL: (Olha para Letícia) Nós também vamos!

MARINA: Não, você não... Tem que ficar com o Théo, não é bom ele pegar sereno essa hora. O Murilo Neto vai te fazer companhia, seu irmão e seu pai vão comigo e logo mais, a sua irmã, a verdadeira... Vai estar aqui, debaixo do mesmo teto que a família dela. (Conclui).

 

Cena 13 – Sobrado de Sofia [Interna/Noite]

(Transtornada, Cristina se levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro na sala de estar da casa de Marina).

 

CRISTINA: A Amanda não faria isso, ela é ambiciosa, tem os seus defeitos, mas isso é uma monstruosidade, ela não pode ter feito isso comigo.

ULISSES: Mas fez, Cristina. A Amanda não gosta de mais ninguém, além dela mesma. Nós, quer dizer, eu e o seu primo Murilo Neto começamos a desconfiar e fizemos um teste de DNA. Usamos uma amostra do seu cabelo e comparamos com o da sua mãe, a Marina. O resultado foi positivo, você é a verdadeira neta de Marion Assumpção.

CRISTINA: (Chora incrédula) Não, meu Deus... Isso não pode ser, essa história é louca demais pra ser verdade. Eu não posso acreditar, não posso! (Cristina abre a porta e sai correndo).

ULISSES: Espera Cristina, aonde você vai... Me espera, Cristina! (Levanta-se do sofá e corre atrás dela).

(Completamente fora de si, Cristina descia a escada apressadamente e passou pelo portão, chegando até a rua).

ULISSES: Espera, Cristina... Aonde você está indo? (Questiona ao descer a escada).

CRISTINA: (Confusa e aos prantos, olha para os dois lados da rua, como se estivesse buscando uma direção para onde ir).

(Nesse momento, um carro estaciona há poucos metros dali. Trata-se do carro de Murilo Neto, que ele havia emprestado para Antônio).

MARINA: Cristina! (Grita ao abrir a porta do carro).

CRISTINA: (Olha na direção do carro, após ouvir o grito de Marina).

MARINA: Filha, sou eu... A sua mãe! (Diz ao se afastar do carro).

(Nesse momento, as duas correm no meio da rua e se abraçam emocionadas).

 

CONTINUA!


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