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EM SEU LUGAR - CAPÍTULO 44 (ÚLTIMAS SEMANAS)

 



Capítulo 44 (Últimas Semanas)

 

Cena 01 – Resort Santamarina (Guarujá) [Interna/Tarde]

Música da cena: In The Silence – Leroy Sanchez

(Rodrigo entrou no auditório acompanhado por Cristina, logo em seguida eles se dirigiram aos lugares demarcados).

 

MILENA: Amiga, que bom que você veio... Senta aqui ao meu lado! (Convida empolgada).

CRISTINA: (Senta-se ao lado de Milena).

RODRIGO: Vamos nos acomodando, porque a primeira palestra já vai começar! (Fala olhando para Cristina).

CRISTINA: (Retribui o olhar de Rodrigo com um sorriso).

 

Cena 02 – Indústrias Assumpção [Interna/Tarde]

Música da cena: Suit & Tie - JAMZ

(Imagens internas da fábrica mostram o funcionamento da produção. A esteira carrega vários sachês e latas de molho de tomate. Em seguida, surge a área administrativa. Jacqueline e Tiago conversavam, quando Amanda saiu do elevador).

 

AMANDA: Que vida boa, hein? Vocês nunca fazem nada, passam o dia jogando conversa fora!

JACQUELINE: Nós estávamos falando sobre trabalho, Amanda!

AMANDA: Amanda? Quem te deu essa liberdade de se referir a mim assim? Para você é Senhora Amanda. Eu sou a sua patroa, não sou da sua laia!

TIAGO: Patroa? Garota, você não se olha no espelho? É louca ou se faz? Você não é dona de nada, tudo o que você conseguiu foi a base de mentiras, não seja cínica.

AMANDA: Como se atreve a falar comigo, seu esquisito? Eu não admito...

TIAGO: (Interrompe) Não admite o quê? Eu não aguento mais, sabe? Não aguento mais olhar nessa sua cara ordinária, eu nunca fui com a sua cara. Você nunca me enganou! Não queira bancar a soberana, todo mundo aqui sabe, até as paredes... Você não passa de uma larapia, estelionatária!

AMANDA: Abusado, você está demitido! Passe no RH, faça suas continhas, esvazie as suas gavetas e vá cantar de galo em outra freguesia.

TIAGO: (Sorri de forma sarcástica) Você não sabe o favor que me faz querida, logo mais eu vou te ver na sarjeta. Tchauzinho! (Vai embora).

AMANDA: E você, o que está me olhando? Tá cheia de vida porque está envolvida com o meu Vavo, não é? Isso mesmo, ele é meu e se eu quiser e estalar os dedos, ele volta pra mim quando eu quiser.

JACQUELINE: Ih, nem se dê ao trabalho. Eu me demito, porque não trabalho com gente ordinária e nessa categoria meu bem, aí sim você é a quem comanda.

AMANDA: Vai, vai mesmo...Vai ficar com o bandido, vai!

JACQUELINE: Ué, você ficou com amnésia seletiva agora? Esqueceu da sua ficha criminal? Não esqueça de acrescentar tentativa de assassinato, porque nada me tira da mente que foi você quem empurrou a Marion escada abaixo. Assassina! Sua casa vai cair, Amanda... Você não perde por esperar! (Vai embora).

AMANDA: Vai, desaparece da minha frente! Menos dois... (Conclui).

 

Cena 03 – Apartamento de Ulisses [Interna/Tarde]

(Com a transição de cenas, surge a fachada do edifício onde Ulisses morava. Em seu quarto, Ulisses checava alguns documentos para movimentar o processo da família Assumpção, quando seu avô adentrou).

 

JOAQUIM: Ocupado? (Questionou ao abrir a porta).

ULISSES: Na verdade... Sim! Estou tentando achar uma brecha para revogar uma procuração. Acho que já reli tanto esses documentos, que as letras estão começando a se embaralhar. O senhor não quer me ajudar?

JOAQUIM: Eu? Eu já estou enferrujado, mais vou atrapalhar do que qualquer outra coisa...

ULISSES: Não diga isso, o senhor é o melhor advogado que existe nesse país, minha maior inspiração. Me ajuda aí, vai?

JOAQUIM: Está bem, vou dar apenas uma olhadinha... (Pega um relatório e começa a ler).

ULISSES: E então, o que acha?

JOAQUIM: (De repente perde a cor do rosto e permanece em silêncio por um breve segundo) A pessoa que concedeu a procuração chama-se Marion Assumpção? (Questiona).

ULISSES: Isso, a empresária!

JOAQUIM: Marion Assumpção, a empresária dos molhos de tomate? (Repete).

ULISSES: Essa mesma, o senhor a conhece? (Estranha o jeito do avô).

JOAQUIM: Não, eu não conheço ninguém... Não conheço! (Joga o relatório em cima da cama e sai do quarto, deixando Ulisses curioso).

 

Cena 04 – Casa de Marina e Antônio [Interna/Tarde]

(Amália ajudava a fisioterapeuta a movimentar as pernas para tentar recuperar os movimentos).

 

FISIOTERAPEUTA: Isso, isso, isso... Eu sei que dói, mas vai valer a pena. Você vai ver, Marion. Em breve você irá voltar a ficar de pé!

AMÁLIA: Isso mesmo, dona Marion... Coragem, coragem! (Incentiva).

MARION: (Sem falar, Marion faz expressão de desconforto).

 

Cena 05 – Rodovia do Guarujá [Externa/Noite]

(Após o encerramento do evento universitário, os alunos da turma se organizaram em seus respectivos e começaram a voltar para São Paulo. Como havia chegado por último, Cristina não estava em nenhum carro, por isso teve de aceitar a carona de Rodrigo).

 

RODRIGO: Que bom que você aceitou a carona, detesto viajar sozinho.

 

CRISTINA: Eu não tinha muita alternativa, era isso ou só voltaria para casa amanhã.

 

RODRIGO: Nossa, falando desse jeito, me faz pensar que eu sou uma péssima companhia. Você ainda está assim por conta daquele beijo?

 

CRISTINA: (Fica sem jeito) Desculpa, não quis parecer indelicada.

 

(Com os fortes ventos e o tempo nublado, o trânsito começa a ficar lento).

 

RODRIGO: Nossa que demora! (Reclama tentando observar o que está acontecendo mais a frente).

 

CRISTINA: Será que foi acidente?

 

RODRIGO: Eu espero que não!

 

(O carro avança alguns metros, quando um guarda de trânsito se aproxima e bate no vidro do carro).

 

RODRIGO: Boa noite, seu guarda! O que está acontecendo mais a frente?

 

GUARDA: Um raio atingiu uma árvore há mais ou menos meio quilômetro. A estrada está interditada, é melhor vocês voltarem.

 

CRISTINA: Voltar? Nós não podemos voltar. Não tem outro caminho, um desvio?

 

GUARDA: Tem, caso a senhora tenha alguma embarcação e vá pelo mar, porém eu não recomendo com esse tempo. Bem, é isso. Dirija com cuidado!

 

(Rodrigo faz o retorno e o carro volta pela estrada contrária).

 

Cena 06 – Mansão Assumpção [Interna/Noite]

(André esperava sentado no sofá da sala principal, quando Amanda deixou a cozinha carregando consigo dois copos limpos).

 

AMANDA: Não se fazem mais criados como antigamente. Acredita que não tem ninguém na cozinha? Tudo eu, tudo eu... (Reclama indo em direção ao bar. Em seguida abre a garrafa de uísque e começa a servir os copos).

ANDRÉ: Dias ruins?

AMANDA: Péssimos, incluindo a revolução do proletariado. Eu não quero falar mais sobre isso, me fale sobre você... Como foi o seu dia!

ANDRÉ: Ah, nada demais! Eu e o Ulisses estamos entrando em pé de guerra e você é a culpada. Ele não aceita que eu esteja lhe defendendo. Fora isso, estou defendendo uma criatura que matou o marido para ficar com o dinheiro dele, acredita? Ela matou o marido utilizando um tipo de veneno não detectável, nem com a autópsia descobriram, acredita? Todo mundo achava que aconteceu um infarto fulminante.

AMANDA: Se o veneno não era detectável, como ela foi descoberta? (Questiona ao se aproximar com os copos e entregar um a André).

ANDRÉ: Aí é que tá, o amante dela começou a chantageá-la e a bomba explodiu, se não fosse isso, estaríamos diante um crime perfeito. (Responde e em seguida bebe um gole de uísque).

AMANDA: Crime perfeito? (Repete pensativa).

 


Cena 07 – Resort Santamarina (Guarujá) [Interna/Noite]

(Após retornarem ao mesmo hotel para se hospedarem, Rodrigo e Cristina tiveram uma nova surpresa).

 

CRISTINA: Como assim não tem mais quartos? (Questiona impressionada).

RECEPCIONISTA: Infelizmente não temos mais quartos, senhorita. Por conta do congresso, o nosso hotel atingiu praticamente a capacidade total, com exceção dessa suíte.

CRISTINA: Uma única suíte? Vamos embora, Rodrigo... Vamos procurar outro hotel!

RECEPCIONISTA: Eu acho que a senhora não vai conseguir, todos os hotéis da cidade estão superlotados por conta desse evento. Com esse tempo, vocês vão acabar ficando na rua, infelizmente.

RODRIGO: É, eu acho que não vamos ter outra alternativa a não ser ficar...

CRISTINA: Eu? Passar a noite no mesmo quarto com você? Nem brincando! (Responde irritada).

(Alguns instantes depois, Rodrigo e Cristina surgem parados diante a porta do quarto. Em seguida, o funcionário do hotel abre a porta para que os dois se acomodem).

RODRIGO: Tome, aqui está! (Disse ao entregar uma gorjeta ao jovem rapaz).

CONCIERGE: Muito obrigado, senhor. Tenham uma boa noite! (Diz ao sair e fechar a porta).

CRISTINA: Isso é um absurdo, não posso acreditar que estamos ilhados. Fique sabendo que você vai dormir naquele sofá ali e eu na cama.

RODRIGO: E porque você não dorme no sofá e eu na cama?

CRISTINA: Ora, porque você é um cavalheiro. Ou não?

RODRIGO: E qual o problema de dormirmos na mesma cama? Você não confia em mim?

CRISTINA: Eu... Eu... (Fica sem saber o que responder).

Cena 08 – Mercearia do Cristóvão [Interna/Noite]

Música da cena: Não Sai Da Minha Cabeça – Flávio Ferrari, Gabriel Nandes

(Imagens externas mostram as ruas do bairro do Bixiga. Em uma rua cheia de estabelecimentos comerciais, Cristóvão fechou as portas do estabelecimento e sozinho, começou a organizar alguns objetos dentro da mercearia).

 

CRISTÓVÃO: (Coloca alguns itens na prateleira e de repente olha para o computador, recordando-se da conversa que teve com Antônio. Em seguida, movido por um impulso, ele vai até o computador e começa a manuseá-lo) Aqui, aqui está... As imagens do dia do incêndio! (Fala consigo mesmo após localizar as imagens das câmeras no dia do incêndio na oficina de Antônio).

 

Cena 09 – Resort Santamarina (Guarujá) [Interna/Noite]

(Para quebrar o clima de tensão, Rodrigo havia pedido serviço de quarto. Sentados em uma pequena mesa, ele jantava na companhia de Cristina, enquanto tomavam um pouco de vinho).

 

CRISTINA: E aí, a minha melhor amiga ficou com tudo que era meu. (Conclui a história e em seguida bebe um pouco mais de vinho).

RODRIGO: (Bebe um pouco mais, surpreso com a história que Cristina havia contado) Olha que eu não sou de assistir novelas, mas essa parece enredo de novela das nove. Uma melhor amiga capaz de tudo por dinheiro. Eu só não entendi como foi que vocês se conheceram. Amizade de infância? Imagino que sim, para serem tão próximas e confidentes.

CRISTINA: Eu e Amanda nos conhecemos em um momento de muita fragilidade, por isso nos apegamos muita uma a outra. Eu estava numa fase em que me sentia muito sozinha.

RODRIGO: (Se aproxima de Cristina) Você não tem que se sentir assim, se você não quiser...

CRISTINA: Rodrigo... Não faz isso comigo! (Fala tentando se esquivar).

RODRIGO: Porque não? Se eu sei que nós dois queremos ficar juntos.

CRISTINA: (Bebe mais um gole de vinho, respira fundo e em seguida beija Rodrigo, que corresponde).

 

Cena 10 – Aeroporto de Guarulhos [Interna/Noite]

Música da cena: Tudo De Novo – Negra Li

(Imagens externas mostram alguns pontos turístico da cidade, inclusive a Avenida Paulista e o MASP. Em seguida, o céu retrata a chegada de aeronaves e surge a fachada do aeroporto).

 

BÁRBARA: (Observa a tela de informações com as chegadas e partidas dos vôos e em seguida se dirige ao portão 19).

(As portas se abrem e os passageiros começam a desembarcar).

BÁRBARA: Até que enfim, finalmente você resolveu voltar! (Responde ao ver quem esperava).

MARIA PAULA: Não podia recusar um convite seu, você me parecia muito aflita no telefone. Para sua sorte consegui uma folguinha nos meus compromissos em Brasília.

BÁRBARA: Ótimo, faço questão que fique hospedada em minha casa. Temos muita coisa para conversar, vamos?

MARIA PAULA: Vamos! (Conclui).

Cena 11 – Casa de Marina e Antônio [Interna/Noite]

Música da cena: Skank - Resposta

(Imagens aéreas percorrem a cidade de São Paulo. As grandes avenidas seguem iluminadas pelo grande fluxo de veículos, em seguida surgem as ruas do bairro do Bixiga e a fachada da casa de Marina e Antônio. Letícia sorria enquanto observava Murilo Neto reproduzir exatamente o que ela havia ensinado).

 

MURILO NETO: Agora você segura as perninhas, fecha desse lado e depois desse. Pronto, terminei! (Responde sentado na cama, após trocar a fralda de Théo).

LETÍCIA: (Aplaude) Olha, devo confessar que estou surpresa com a sua desenvoltura. Você aprendeu muito rápido!

MURILO NETO: Modéstia a parte, eu sou ótimo em muitas coisas. Não é mesmo campeão? (Fala olhando para Théo).

LETÍCIA: Falando desse jeito, até parece que ele entende...

MURILO NETO: Ué e quem disse que ele não entende? Eu falo a língua dos bebês!

LETÍCIA: Ah, tá! Tá bom... (Senta-se na cama para pegar o menino no colo). – Agora ele precisa ir para o berço tirar uma soneca, porque já, já ele acorda para mamar de novo, não é? (Diz ao se inclinar e tentar pegar o menino).

MURILO NETO: Calma, calma, calma... Devagar... (Responde ao entregar o menino para a mãe).

(Nesse momento, envolvidos enquanto seguravam os meninos, as mãos de Murilo Neto e Letícia se tocam e eles se olham nos olhos completamente envolvidos).

 

Cena 12 – Donna Sô (Café Bar) [Interna/Noite]

(Furiosa, Sofia adentrou na copa do bar. Logo em seguida, Murilo a encontrou).

 

MURILO: Não adianta, Sofia. Eu penso exatamente da mesma forma que o Tiago. Eu acho que você deve operar, se existe uma chance, você não pode deixar passar.

SOFIA: Você não me entende, você não está sentindo o que eu estou sentindo. Essa sensação de fracasso em tentar e não conseguir. Eu não quero passar por mais nenhuma decepção, entendeu? Eu não tenho motivos para continuar me decepcionando...

MURILO: Mas tem motivos para continuar tentando! Tem o Tiago que é seu filho, esse bar que precisa da sua essência para continuar funcionando e tem a mim, que descobri que a vida pode ser diferente ao seu lado.

Música da cena: With You – Sam Bailey

SOFIA: (Surpreende-se) O que foi que você disse?

MURILO: Exatamente o que você ouviu, que o fato de você me ajudar a me ver com outros olhos me fez refletir sobre o que realmente quero para a minha vida e principalmente, com quem eu quero ficar. Eu quero ficar com você, então eu não aceito que você desista de lutar, Sofia. Você não pode desistir de lutar, lute por você, por mim, por nós!

SOFIA: (Abraça Murilo completamente estarrecida com o peso de suas palavras).

 

Cena 13 – Resort Santamarina (Guarujá) [Interna/Manhã]

Música da cena: In The Silence – Leroy Sanchez

(Com a transição de cena, surge a fachada do resort. O dia havia amanhecido ensolarado após a noite de tempestade. No quarto 805, roupas e pertences estavam jogados pelo chão em toda parte, mas foi somente com os raios solares percorrendo o quarto, que Cristina finalmente acordou).

 

CRISTINA: (Abre os olhos e aos poucos tenta se recompor. Ao perceber que está envolvida apenas no lençol branco que estava em cima da cama, Cristina logo estranhou e ao olhar para o lado, surpreendeu-se) Meu Deus! (Grita).

RODRIGO: O que foi, o que foi? (Acorda atordoado).

CRISTINA: O que foi que nós fizemos? (Pergunta nervosa).

 

CONTINUA!

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