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EM SEU LUGAR - CAPÍTULO 49 (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)

 



Capítulo 49 (Últimos Capítulos)

 

 

Cena 01 – Tribunal de Justiça (Sala de Audiência) [Interna/Tarde]

(Após o alvoroço no tribunal, um bombeiro correu para prestar os primeiros socorros a Vavo).

 

BOMBEIRO: Afastem-se, afastem-se! Eu preciso de espaço... (Disse ao se reclinar sobre o corpo de Vavo).

ULISSES: Com licença, com licença... (Respondeu afastando as pessoas).

JACQUELINE: Vavo, eu preciso ver o Vavo... Vavo! (Grita tentando furar o bloqueio policial).

(A juíza, o júri e Ulisses observavam o bombeiro examinar Vavo, que continuava imóvel).

BOMBEIRO: Infelizmente esse homem faleceu, foi um mal súbito, um infarto fulminante provavelmente. (Responde ao ficar de pé).

CRISTINA: Como morreu? Isso não é possível, ele estava ótimo há minutos atrás. Ele não está morto, não viram direito... Alguém faz alguma coisa, isso não pode ser... Não pode ser! (Responde desesperada).

JACQUELINE: Não... Ele não pode estar morto! Vavo... Vavo, fala comigo, olha pra mim, meu amor. Eu tô aqui, Vavo! (Grita desesperada aos prantos).

RODRIGO: Eu acho que não temos mais nada o que fazer aqui. Vamos embora! (Disse ao olhar para Cristina e em seguida ir embora).

MARIA PAULA: Espera, eu vou com você! (Disse ao sair correndo atrás de Rodrigo).

(Nesse momento, a juíza retornou ao púlpito e bateu o martelo chamando a atenção de todos).

JUÍZA: Comunico que devido ao falecimento do réu, este julgamento está encerrado. Por gentileza, prossigam com os demais procedimentos legais com o corpo. Chamem o IML! (Conclui).

CRISTINA: Não, ele não pode morrer sem terminar de falar...

MARINA: Cristina, minha filha. Você ouviu, é melhor você se acalmar!

MURILO NETO: A titia tem razão, Cris... É melhor irmos lá para fora, você precisa de um pouco de ar.

CRISTINA: Não, eu não posso ir a lugar algum. Vocês não entendem? Tá na cara que foi ela... Foi ela quem armou pra cima dele, eu sei que foi. Foi a Amanda! (Grita).

ANDRÉ: (Lembra que comentou sobre uma morte parecida com Amanda e fica desconfiado).

(Murilo Neto, Daniel, Tiago, Sofia e Marina levam Cristina a força para fora da sala).

ULISSES: (Incrédulo e em meio aos gritos desesperados de Jacqueline, Ulisses observava o corpo de Vavo).

 

Cena 02 – Casa de Marina e Antônio [Interna/Tarde]

Música da cena: Jura Secreta – Lucinha Lins

(Com a transição de cenas, surge a fachada da casa de Marina e Antônio. Marion e Amália estavam sentadas no sofá enquanto aguardavam notícias, já Letícia caminhava de um lado para o outro).

 

AMÁLIA: Assim você vai ficar tonta, Letícia. Senta, isso vai te fazer mal!

MARION: Co... Co-mo será que... E..Estão as coisas? (Pergunta pausadamente).

LETÍCIA: Meu Deus, que aflição. Ninguém me dá notícias! O que será que está acontecendo naquele tribunal? (Pergunta a si mesma).

 

Cena 03 – Tribunal de Justiça (Sala de Audiência) [Interna/Tarde]

(Praticamente arrastada para fora da sala por Murilo Neto e os demais, Cristina estava completamente fora de si).

 

CRISTINA: Vocês precisam fazer alguma coisa, ele não teve mal súbito nenhum, mataram ele... Mataram ele! (Grita).

MARINA: Minha filha, você precisa se acalmar. Você está muito nervosa, isso vai te fazer mal.

MURILO NETO: Eu não estou acreditando no que aconteceu bem diante os nossos olhos, que cena horrível.

TIAGO: É verdade, foi tudo muito estranho.

CRISTINA: Eu vou até lá, eu preciso falar... Eu preciso falar! (Diz enquanto continua sendo contida por Murilo Neto). - Eu preciso, eu preciso... (Cristina sente tudo começar a girar e desmaia).

MARINA: Filha! (diz ao tentar socorrer Cristina). – Minha filha, fala comigo... Cristina, Cristina! (Chama desesperada).

 

Cena 04 – Delegacia [Interna/Tarde]

(Devido os últimos acontecimentos e diante a possibilidade de Vavo realmente não ter tido um mal súbito, o delegado e o investigador resolveram voltar até a delegacia. Ao entrarem na repartição, eles foram imediatamente até a cela de Vavo que estava vazia e não existia mais nenhum pertence em seu interior).

 

INVESTIGADOR GARCIA: Aparentemente nenhuma evidência! (Responde ao entrar na cela e observar ao redor).

DELEGADO: Ele estava bem, como isso foi acontecer? Eu não entendo! (questiona também dentro da cela).

(É nesse mesmo momento que surge um novo carcereiro na área prisional).

CARCEREIRO 2: Eu não sabia que vocês estavam aí, eu posso ajudar?

INVESTIGADOR GARCIA: (Estranha) Cadê o outro carcereiro dessa área?

DELEGADA: É verdade, cadê ele? Não era você que ficava nesse local.

CARCEREIRO: O 01 arrumou as coisas de repente e foi embora, disse que teve um problema, não explicou muito bem e picou a mula. (Responde sem entender nada).

DELEGADO: (Olha para o investigador, visivelmente desconfiado) Você está pensando no que eu estou pensando?

INVESTIGADOR: Se ele fugiu, é porque tem culpa! (Conclui).

 

Cena 05 – Cobertura de Rodrigo [Interna/Noite]

Música da cena: In The Silence – Leroy Sanchez

(Após entrar em casa acompanhado de Maria Paula, Rodrigo foi para o escritório acompanhado da advogada).

 

MARIA PAULA: Esse julgamento foi realmente uma loucura! No fundo eu já imaginava que a Cristina fosse inocente. Rodrigo? Rodrigo? (Chama ao perceber que ele está distraído).

RODRIGO: Oi, eu não percebi que você estava falando comigo...

MARIA PAULA: No que você está pensando em fazer agora? A Cristina já foi considerada inocente.

RODRIGO: Eu quero procura-la, mas a forma como ela olha pra mim... Eu acho que ela está magoada.

MARIA PAULA: Quer um conselho? Eu acho melhor você focar na audiência com a Bárbara agora. Ela vai sugar muito a sua energia e a Cristina vai entender. Precisamos descobrir o que ela pretende, pois eu não acho que ela tenha tido um súbito interesse nas crianças assim, tão de repente...

RODRIGO: Eu sei, também já pensei nisso. A Bárbara nunca foi de procurar os netos, de repente apareceu amorosa e querendo recuperar o tempo perdido. Alguma coisa têm aí!

 

Cena 06 – Mansão Assumpção [Interna/Noite]

Música da cena: Bandida - Cleo

(André havia ido até a mansão após o final do julgamento, para deixar Amanda a par de tudo o que tinha acontecido).

AMANDA: Uhul! (Grita empolga ao abrir uma garrafa de champanhe).

ANDRÉ: Eu juro que você é uma caixinha de surpresas. Eu acabei de te contar que o cara morreu no tribunal, estrebuchando na frente de todo mundo, uma coisa horrorosa e você abre um champanhe? (Questiona surpreso).

AMANDA: É exatamente por isso, essa foi a melhor notícia que você poderia ter me dado. O Vavo já foi tarde e o melhor é que ele não falou demais. (Responde enquanto enche duas taças com a bebida).

ANDRÉ: Sabe o que eu mais achei engraçado? É que o Vavo morreu exatamente como o marido daquela cliente que eu defendi e te contei, lembra? (Responde ao segurar a taça entregue por Amanda).

AMANDA: (Dá uma gargalhada e bebe um gole da bebida em seguida).

ANDRÉ: Amanda, agora que estamos só nós dois aqui, confessa. Foi você que envenenou o Vavo como a minha cliente fez com o marido, não foi?

AMANDA: (Se aproxima de André e responde olhando nos olhos dele) Você tem alguma dúvida? Eu só dei um jeito de exterminar aquele traidor. Ninguém me trai e fica impune, entendeu? Fui eu sim, eu o envenenei... Preparei um sanduíche e um suco para aquele imbecil, ele caiu feito um pato... Aliás, como um rato e morto. O mundo é dos espertos! (Dá uma gargalhada).

ANDRÉ: Foi o que pensei! Bem, agora eu tenho que ir. Preciso garantir que ninguém descubra o que aconteceu e confirmar que ele morreu de um mal súbito, como todos esperam... (Diz ao beber todo o champanhe e colocar a taça em cima da mesa, levantando-se do sofá).

AMANDA: Ué, você já vai? Pensei que fossemos comemorar a noite toda!

ANDRÉ: Hoje não vai dar, mas eu volto. Não se preocupe!

(Alguns instantes depois, André sai da casa e entra em seu carro. É nesse momento que ele retira o celular do bolso do paletó e percebemos que o aparelho estava no modo gravador).

ANDRÉ: É Amanda, você realmente tinha razão... O mundo é dos espertos! (Conclui de forma sarcástica).

 

Cena 07 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Noite]

(Com a transição de cenas, surge a fachada do hospital. Em um dos quartos, Cristina estava aguardando os resultados dos exames).

 

CRISTINA: (Acorda e percebe que Marina está ao seu lado) Mãe... O que aconteceu? Onde nós estamos? (Questiona ainda desorientada).

MARINA: Você passou mal no julgamento do Vavo e desmaiou, por isso te trouxemos para o hospital.

CRISTINA: O Vavo morreu mesmo?

MARINA: Infelizmente sim, parece que ele teve um mal súbito...

(Nesse momento, o médico entra no quarto).

MÉDICO: Ah, vejo que você está muito bem! Já recuperou a cor, está bem melhor.

CRISTINA: Me sinto muito bem, doutor. Já posso ir para casa?

MÉDICO: Já sim, os exames não acusaram nada de grave.

MARINA: Foi o que pensei, a minha filha deve ter desmaiado devido as fortes emoções, não foi doutor?

MÉDICO: Não necessariamente, o que ela teve foi uma queda de pressão. Algo normal nas condições dela, só precisa cuidar a partir de agora.

MARINA: (Se assusta) Como assim, doutor? A minha filha está doente?

MÉDICO: (Sorri) Não, não... Pelo contrário, a sua filha está muito saudável. O que ela tem passará dentro de alguns meses. Parabéns, Cristina. Você está grávida! (Atesta).

CRISTINA: Grávida? (Repete surpresa).


 

Cena 08 – Apartamento de Ulisses [Interna/Noite]

Música da cena: Diferença Mara - Juliette

(Sozinha na varanda, Janice observava a área externa do prédio, como se esperasse alguém).

 

JOAQUIM: Eu aposto que você está esperando aquele rapaz que é nosso vizinho! (Diz ao se aproximar).

IRMÃ JANICE: (Se assusta) Ai, vovô! Que susto, eu não vi você chegar...

JOAQUIM: Sinceramente, eu fico muito preocupado com você minha neta.

IRMÃ JANICE: Preocupado comigo, vovô? Mas porquê? (Estranha).

JOAQUIM: Porque por mais que você negue, eu vejo nos seus olhos. Eu vejo que por mais que você negue, você está cada vez mais dividida entre a sua vocação e esse rapaz. O tempo está passando e você não toma uma decisão, tenho medo que a pressão do tempo faça com que você decida algo que venha a se arrepender depois.

IRMÃ JANICE: Vovô...

JOAQUIM: (Interrompe Janice) Não precisa me dizer nada agora, você precisa dizer a você mesma. O que é que você quer para si? Pense e depois reflita nas consequências em fazer a escolha errada, no peso que isso pode ter. Eu vou para o meu quarto, qualquer coisa, pode me chamar. (diz ao sair).

IRMÃ JANICE: (Volta a se debruçar na varanda e fica pensativa após as palavras do avô).

 

Cena 09 – Casa de Marina e Antônio [Interna/Noite]

(Após chegarem do hospital, Cristina e Marina foram direto para o quarto dela).

 

MARINA: Cristina, você não vai me evitar depois do que acabamos de descobrir naquele hospital. Você vai fazer o que eu estou pensando, não vai?

CRISTINA: Pelo contrário, mamãe. Eu pretendo fazer justamente o oposto que a senhora está pensando. (Diz ao sentar em sua cama).

MARINA: Mas minha filha, o Rodrigo é o pai dessa criança, você não pode esconder isso dele.

CRISTINA: Eu sei, mãe. Eu não pretendo esconder isso a vida toda, eu só quero que ele se concentre agora na audiência do processo de guarda dos filhos dele, eu não quero causar mais problemas para ele e eu sei que se ele souber dessa gravidez, ele vai querer vir até aqui e se a ex-sogra dele souber, pode ser a desgraça dele. Eu não me perdoaria por isso!

MARINA: (Senta-se ao lado de Cristina e olha a filha nos olhos) Ai, minha filha! Eu não sei se isso é uma boa ideia...

CRISTINA: É o melhor que posso fazer por ele nesse momento, me manter distante, pelo menos por enquanto. Em breve ele vai saber do bebê e ficará muito feliz, tanto quando eu. (Responde pensativa, enquanto acaricia o ventre com os olhos marejados).

 

Cena 10 – Instituto Médico Legal [Interna/Noite]

(Ulisses, o investigador e Jacqueline foram até o IML liberar o corpo de Vavo após a perícia).

MÉDICO LEGISTA: (Abre o saco preto que envolvia o corpo de Vavo e revela o rosto dele, empalidecido).

JACQUELINE: Meu amor... Porque você fez isso comigo? (Chora ao se debruçar em cima do corpo de Vavo).

INVESTIGADOR GARCIA: Já conseguiu identificar a causa da morte? (Questiona o médico).

ULISSES: Foi mesmo um mau súbito como disseram os paramédicos dos primeiros socorros?

MÉDICO LEGISTA: Tudo indica que foi um infarto fulminante. Talvez a tensão pelo julgamento tenha feito ele passar mal e deu no que deu... (Conclui).

 

Cena 11 – Escola Ribeiro Alves [Externa/Manhã]

Música da cena: Olhando Pra Você – Antônio Pack

(Quando Caio desceu da van que o levava até o colégio, de longe ele avistou os seus colegas de turma. Foi nesse momento que ele apressou os passos e acabou esbarrando em outra aluna).

 

CAIO: Me desculpe, foi sem querer... Você está bem? (Diz ao ajudar a garota a recolher seus pertences).

MIA: Não, está tudo bem! (Diz ao guardar tudo).

CAIO: Você é nova aqui, não é? Eu nunca te vi aqui antes...

MIA: É, eu sou novata. Tive que me mudar por conta dos meus pais, então estou com uma prima.

CAIO: Entendi, já sabe qual é a sua sala? (Questiona).

MIA: Sei sim, eu tenho aula no primeiro tempo de química com a professora Alice. Acho que é sala 45, você sabe onde fica?

CAIO: Sei sim, é justamente pra lá que eu estou indo. Se você quiser, eu posso te levar até lá...

MIA: Eu adoraria, não quero entrar sozinha com todos aqueles olhares voltados pra mim.

CAIO: Não seja por isso, venha comigo!

(Juntos, os dois adentram na escola).

 

Cena 12 – Castro & Rios, Advogados Associados [Interna/Manhã]

Música da cena: Amarelo, Azul e Branco – ANAVITÓRIA, Rita Lee

(Com a transição de cenas, surge a fachada do escritório de André e Ulisses. Em seu escritório, André girava em sua cadeira enquanto observava o celular).

 

ANDRÉ: (Pega o celular e aperta o play, dando início ao áudio gravado).

FLASHBACK DO MOMENTO DA GRAVAÇÃO:

 

ANDRÉ: Sabe o que eu mais achei engraçado? É que o Vavo morreu exatamente como o marido daquela cliente que eu defendi e te contei, lembra? (Responde ao segurar a taça entregue por Amanda).

AMANDA: (Dá uma gargalhada e bebe um gole da bebida em seguida).

ANDRÉ: Amanda, agora que estamos só nós dois aqui, confessa. Foi você que envenenou o Vavo como a minha cliente fez com o marido, não foi?

AMANDA: (Se aproxima de André e responde olhando nos olhos dele) Você tem alguma dúvida? Eu só dei um jeito de exterminar aquele traidor. Ninguém me trai e fica impune, entendeu? Fui eu sim, eu o envenenei... Preparei um sanduíche e um suco para aquele imbecil, ele caiu feito um pato... Aliás, como um rato e morto. O mundo é dos espertos! (Dá uma gargalhada).

 

FIM DO FLASHBACK

ANDRÉ: Agora eu só preciso saber o momento certo de usar essa gravação! (Pensa em voz alta).

 

 

Cena 13 – Fórum [Interna/Tarde]

(Quando Rodrigo e Maria Paula entraram na sala da primeira audiência, Bárbara e André já estavam aguardando o juiz responsável pelo caso).

 

JUIZ: Bom dia a todos, podem tomar assento. (Responde ao entrar na sala). – Bem, pelo o que li sobre o caso, temos uma avó que está recorrendo a tutela dos dois netos, filhos de sua única filha já falecida, cuja a guarda atualmente é unicamente de responsabilidade paterna.

ANDRÉ: Exatamente, meritíssimo. Conforme evidências que anexamos aos laudos do processo, o pai não tem condições morais para criar os filhos, nem serve como exemplo. Ele estava inclusive se envolvendo de forma amorosa com uma ex-detenta, criminosa de alta periculosidade.

RODRIGO: Isso é uma calúnia! Desde que a minha esposa morreu, eu tenho sido pai e mãe dessas crianças. Eles cresceram numa casa digna e nunca faltou nada para nenhum dos dois. (Dispara).

MARIA PAULA: Rodrigo, eu preciso que você mantenha a calma... (Tenta acalmá-lo).

BÁRBARA: Está vendo, senhor juiz? Esse homem não nenhuma capacidade de criar duas crianças, nem paciência ele tem. Ele é completamente agressivo e fora de si...

RODRIGO: Eu não sou agressivo, é você que me deixa fora de mim desse jeito! Pare de me caluniar, Bárbara. Não existe mais nenhuma mentirosa nessa história, a não ser você.

JUIZ: (Grita) Já chega! Ou o senhor se acalma ou eu terei que mandá-lo se retirar deste recinto.

ANDRÉ: Bom, meritíssimo. Como pode ver, o pai não está em seu estado de ânimo para continuar administrando a vida dos menores. Quem pode garantir que ele não terá um acesso de raiva desses com eles?

MARIA PAULA: Excelência, o advogado está difamando o meu cliente. Nunca, em nenhuma hipótese ele chegou a agredir os filhos verbalmente ou fisicamente. As duas crianças cresceram num lar cheio de conforto e comodidade, além de terem estudado nos melhores colégios. Não é justo que eles saiam de um lar sadio por conta de mentiras infundadas.

JUIZ: Me preocupa esse gênio do pai das crianças! Eu acho melhor pedirmos uma avaliação psicológica dele, uma análise pedagógica com as crianças para termos mais propriedades de possíveis danos emocionais. Enquanto isso, a guarda provisória das crianças será mantida sob responsabilidade da avó materna, Dona Bárbara Trajano Muniz, até que se prove o contrário na próxima audiência, marcada para a data acordada no auto do processo. (Bate o martelo).

RODRIGO: Não! (Grita).

BÁRBARA: Pode ir se acostumando, Rodrigo... Você começou a perder! (Conclui).

 

Cena 14 – Ruas de São Paulo [Externa/Tarde]

Música da cena: Seu Lugar – Lucas Mennezes

(Imagens aéreas mostram os grandes edifícios da cidade).

 

- Marion fica de pé pela primeira vez durante a fisioterapia;

- Jacqueline sofre ao enterrar Vavo;

- Marina presenteia Cristina com o primeiro sapatinho para o bebê;

- Cissa tenta animar Rodrigo;

- Caio e Mia conversam pela escola;

- Ulisses continua investigando o caso de Amanda;

- Sofia e Murilo namoram;

- Bárbara leva os dois netos embora da casa de Rodrigo, acompanhada por um oficial de justiça;

- Daniel tenta ouvir o bebê na barriga de Tiago;

- Cristina vai até o espelho e observa a barriga;

- Letícia e Murilo Neto brincam com Théo;

- Cristina volta a se observar no espelho e sua barriga começa a aparecer.

 

QUATRO MESES DEPOIS...

 

Cena 15 – Casa de Marina e Antônio [Interna/Manhã]

Música da cena: Because You Loved Me – Cláudia Rezende

(Com a transição de cenas, surge a fachada da casa de Marina e Antônio. Em seu quarto, Antônio engraxava alguns sapatos, quando Marina entrou).

 

ANTÔNIO: Oi amor, precisando de alguma coisa? (Questiona ao ver Marina).

MARINA: Não, não... É que você tem visita te esperando lá na sala.

ANTÔNIO: Visita? Mas eu não estava esperando ninguém. Quem é?

MARINA: É o Seu Cristóvão, aquele que tinha uma mercearia pertinho da sua oficina.

ANTÔNIO: O Cristóvão? (Repete surpreso).

(Alguns instantes depois, Antônio surge na sala limpando as mãos em um pano).

ANTÔNIO: Meu amigo Cristóvão, a que devo a honra da sua visita? (Questiona ao se aproximar).

CRISTÓVÃO: Eu fiquei te esperando lá na merceara, mas você nunca apareceu. Então eu resolvi vir te procurar!

ANTÔNIO: (Estranha) Aconteceu alguma coisa?

CRISTÓVÃO: Aconteceu sim! Eu consegui resgatar as imagens do dia em que a sua oficina pegou fogo. Eu trouxe para você dar uma olhadinha...

ANTÔNIO: Deixe-me ver... (Responde ao se aproximar).

CRISTOVÃO: (Mostra a tela do celular com alguns vídeos) Eu tenho essa aqui que é a câmera 1, tenho essa que é a câmera 2, essa é a 3... E essa aqui é a...

ANTÔNIO: Espera, espera, espera... Volta, volta, volta, eu acho que vi uma coisa, volta!

CRISTÓVÃO: (Retorna o vídeo para que Antônio reveja).

ANTÔNIO: Isso, agora pausa... (Quando Cristóvão pausa o vídeo, Antônio finalmente consegue confirmar o que já tinha visto). – Foi a desgraçada! (Conclui).

 

Cena 16 – Delegacia [Interna/Manhã]

Música da cena: Não Sai da Minha Cabeça – Gabriel Nandes

(Imagens externas apresentam a cidade de São Paulo. As grandes avenidas seguem movimentadas com o fluxo intenso de veículos, pessoas percorrem as ruas de um lado para o outro, quando surge a fachada da delegacia).

 

ULISSES: Eu vim assim que recebi a sua mensagem, alguma novidade, investigador? (Pergunta ao se aproximar e cumprimentar o investigador com um aperto de mão).

INVESTIGADOR GARCIA: Não só novidade, eu diria que isso que eu tenho é uma verdadeira dinamite. Consegui localizar um cara que presenciou o atropelamento da Kátia e ele está depondo nesse exato momento.

ULISSES: Isso é ótimo, investigador. Eu posso assistir ao depoimento?

INVESTIGADOR GARCIA: (Sorri) Claro, foi exatamente por isso que eu te chamei. Venha comigo!

(Ao entrarem na sala de depoimento, Ulisses e o Investigador Garcia notaram que o delegado já estava no meio do interrogatório).

DELEGADO: Então o que foi que você viu naquele dia? (Questiona).

TESTEMUNHA: Eu vi quando a mulher estava sentada no banco da Praça da Sé. Ela parecia estar esperando alguém, mas esse alguém não chegou. Aparentemente cansada de esperar, ela se levantou e aguardou o sinal fechar para atravessar a rua, foi aí que o carro veio pra cima dela. Não foi um acidente, foi de propósito. O carro veio pra cima dela exatamente quando ela desceu da calçada.

DELEGADO: Isso quer dizer que você viu quem a atropelou? Então você deve ter visto quem estava no veículo, correto?

TESTEMUNHA: Eu não apenas vi, eu consegui tirar uma foto quando ela parou o carro. Aqui está! (Diz ao desbloquear o celular e mostrar a tela do celular).

DELEGADO: (O delegado segura o aparelho celular e observa foto por alguns segundos. Em seguida ele dá alguns passos e entrega o celular ao investigador).

INVESTIGADOR GARCIA: (Confere a foto e sorri ao entregar o celular a Ulisses).

ULISSES: (Observa a foto e identifica Amanda dentro do veículo) É ela, é a bandida. Pegamos ela! (Diz eufórico).

 

CONTINUA!

 

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