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Amor de Canavial - Último Capitulo

  





Cena 1/ Itapecerica /Estrada/Interior/Noite

Deborah tem alucinações com as pessoas que matou. Enlouquecida, ela segura o volante e o carro capota, iniciando um incêndio.

Dolores, em sua choupana, avista o fogo.

É possível ver o carro incendiado. Ramiro, ferido, sai do carro com dificuldade e pega a mala de dinheiro, deixando Deborah presa em meio às chamas.

Deborah (Desesperada) - Socorrooooooooo! Alguém me ajude! Socorroooooo!

Ramiro, com dificuldade, abre a porta e foge com a mala de dinheiro, deixando Deborah presa nas chamas.

Deborah - Socorroooooo! Socorroooooo!

Nesse momento, Laura aparece e aplaude.

Laura - Irmãzinha, Irmãzinha ... Esse será o seu triste fim... Coitada...

Deborah (Desesperada) - Vai emboraaaaaaaaa!

O fogo continua, fazendo com que Deborah não consiga sair.

Enquanto isso, Ramiro corre pela fazenda com a mala de dinheiro. Ele tem o rosto com algumas escoriações, porém corre pata tentar escapar, até que é abordado por Afonso, de arma em punho.

Afonso (Furioso) - Ramiro, seu assassino!

Ramiro (Sarcástico) - Assassino? Eu?

Afonso - Sim, voce é um assassino, e merece pagar!

Ramiro (Maquiavélico) - Ah... Entendi... Pensei que fosse algo importante... (Cínico) . Agora com licença que preciso ir, mas antes...

Ramiro saca um revolver e aponta para Afonso, o que o enfrenta. Então, Afonso lhe dá um tiro fazendo a arma de Ramiro cair.

Afonso - Isso é por ter matado a minha mãe.

Ramiro (Segurando a mão ferida) - Desgraçado!

Afonso - Agora esse... (Acerta o braço de Ramiro) . É por ter sequestrado Paloma, e esse (Acerta a perna de Ramiro) . É por ter estuprado a Paloma. E só não te mato porque não sou um assassino.
Ramiro fica caído no chão, ferido, enquanto Afonso vai embora.



Horas depois...

Cena 2/ Itapecerica/ Cidade/ Hospital/ Interior/Manhã

Deborah está deitada na cama do hospital, com sérias queimaduras por causa do acidente e o rosto queimado. Ela acorda e vê o Dr. Bruno, e com terríveis dores, começa a delirar.

Deborah - O fogo... O fogo... Igual a Lúcia e ao Ernesto... E eu os matei... Eles não puderam sair do carro e foram queimados assim como eu... Desgraçados...

Dr. Bruno - Você sofreu muitas queimaduras , por quase todo o corpo, você precisa descansar...

Deborah (Sentindo dores)  - Não... Eu tenho que me vingar... Eu preciso matar a Lúcia, eu preciso... Aquela desgraçada... Maldita... Aahhh... Maldita... Dor...

Dr. Bruno - Bem... Preciso colocar mais medicações para que as dores diminuam.

O Dr. Bruno injeta medicação em Deborah, que permanece olhando para o alto, até que Lúcia entra no quarto e se choca ao ver Deborah queimada.



Cena 3/ Itapecerica/Cidade/ Penitenciária Masculina /Enfermaria/Interior/ Manhã

Ramiro está na penitenciária do hospital, com os braços amarrados na cama do hospital, se recuperando dos tiros que levou. Ele começa a sentir fortes dores de cabeça e se põe agressivo .

Ramiro - Eu não aguento mais essas dores de cabeça! Alguém me tira daqui!

Médico (Com um prontuário em mãos) - Você tem o que chamamos de cefaléia crônica, e isso pode ser ocasionado devido à um trauma cerebral, pelo prognóstico você já sofreu anteriormente.

Ramiro - Foi o desgraçado do Afonso que me agrediu... Agora vou ter que conviver com essas dores?

Médico - Infelizmente sim... E assim que se recuperar dos ferimentos à bala, você irá diretamente para uma penitenciária de onde provavelmente passará muitos anos nela.

Ouvindo as palavras do médico, Ramiro perde o controle.

Ramiro (Agressivo) - A sua obrigação é me ajudar, não me deixar preso nessa cama, eu tenho meus direitos! Isso é um complô contra mim! Desgraçados!

Ouvindo os gritos de Ramiro, o médico sai e o deixa sozinho.




Cena 4/ Itapecerica/Hospital/Interior/Quarto/ Manhã

Lúcia entra no quarto onde Deborah está internada e se choca ao ver o estado da tia.

Lúcia (Com uma das mãos no rosto) - Deborah...  Meu Deus...

Dr. Bruno - Bem... É praticamente um milagre ela ainda estar viva. Quase 100% do corpo queimado, isso sem contar as fortes dores por causa das queimaduras. Apenas Deus dirá se irá sobreviver ou não...

Deborah (Sentindo dores) - Maldita Lúcia... Maldita...

Lúcia - Veja como você ficou... Todo o seu ódio e o seu rancor deixaram você assim, agora está igual o seu interior, destruído...

Deborah - Eu te odeio... Com todas as forças que me restam...

Lúcia - Como pode ainda ter ódio? Depois de matar os meus pais e o Ernesto? Por que todo esse ódio no coração?

Deborah - Eu... Eu matei a Laura porque eu amava... Eu amava o Germano... Mas eu o matei porque... Porque não queria que me descobrissem. Malditos, malditos!

Lúcia - Se arrependa enquanto ainda tem oportunidade, talvez você ainda esteja viva com esse propósito.. Tire o ódio que você tem do coração, pois você mesma cavou seu destino, e agora está aí numa cama de hospital, sofrendo...

Deborah (Maquiavélica) - Eu nunca vou me arrepender... Só se for no inferno, que é para onde eu vou... Maldita Lúcia... Mil vezes maldita... Maldita...

Deborah começa a perder forças até que fecha os olhos, sendo observada por Lúcia e pelo Dr. Bruno. Deborah morre.



Dias depois...

Cena 5/ Itapecerica/ Cemitério/ Interior/Manhã

É o velório de Deborah, onde apenas Lúcia está presente. Ela se une ao Padre León na cerimônia.

Lúcia - Sabe que... Mesmo com tudo o que a Deborah fez, os homicídios, as mentiras e todo o ódio... Eu não desejaria o que aconteceu com ela à ninguém. Foi tão brutal...

Padre León  - Uma coisa que Deus nos ensinou foi a não guardar ódio e nem rancor, nem mesmo de quem nos fez mal...

Lúcia - Eu penso que existem muitas pessoas que não têm a chance de se arrepender, talvez por esse sentimento de ódio... Mas quero esquecer tudo isso... E ter a minha vida...

O Padre León se posiciona em frente ao caixão, e junto de Lúcia, unem-se em oração.

Pai Nosso, que estás no céu, Santificado seja Vosso nome, Venha nós o vosso Reino, Seja Feita a Vossa Vontade, Assim na Teerã Como no Céu. O Pão Nosso de Cada dia nós dai hoje. Perdoai as Nossas ofensas, assim como quem tem nos ofendido, e não nos deixei cair em tentação, mas nos livrai de todo o Mal. Amem!

O caixão de Deborah é colocado na cova.



Cena 6/ Itapecerica/ Cidade/Bar /Interior/Manhã

Amanda está no bar com suas amigas, porem elas parecem não estar ligando muito para ela.

Amanda (Com um copo em mãos) - Gente, parece que hoje ia ser o enterro da Deborah... A coitada morreu queimada...

Mulher 1 - Isso você disse ontem... Sabemos como ela morreu.

Mulher 2 - Sim... Esse acidente correu a cidade inteira, todo mundo comentou...

Amanda - Então... Eu estou contando de uma maneira melhor... O meu marido disse que ela estava toda queimada quando chegou no pronto-socorro. Ela deve ter sofrido demais... Hum. Quem mata 4 pessoas tem mais é que sofrer mesmo, e essa sofreu, merecidamente.

Mulher 1 - É isso que estamos cansando, você julga muito as pessoas.

Amanda (Cínica) - Eu?! Desde quando julgo as pessoas? Eu apenas falo o que eu penso, e aqui é um país livre, a gente fala o que quiser. Você que não quer ouvir o que eu tenho a dizer, só isso. E eu sei que estou certa.

Mulher 2 - Viu? Está fazendo de novo. Por isso não queremos mais andar com você. Não queremos conversar com uma pessoa que acha que só a própria opinião que está certa, ninguém pode discordar de você.

Irritada com a discordância das amigas, Amanda acaba derrubando a bebida.

Amanda - Viu o que vocês fizeram? Ficaram discordando de mim e eu fiz sujeira. Se for assim, vou para outro lugar.

Mulher 2 (Irritada) - Voce tem que aprender a ouvir os outros, dessa maneira você pode terminar sozinha.

Mulher 1 - Eu concordo, nenhuma amizade resiste assim. Adeus.

As mulheres vão embora e deixam Amanda sozinha, até que ela é abordada por um garçom.

Garçom - Vai pagar a conta?

Amanda (Chateada) - Sim... Vou pagar.


Cena 7/ Itapecerica / Fazenda Canavial/ Interior/Manhã

Afonso e Paloma  caminham pela fazenda de maos dadas. Calmamente, eles andam inspirando o bom ar da Fazenda.

Paloma - Sabe, Afonso...  Agora que o Ramiro está preso, sinto que enfim poderemos ser felizes... Já que ele era o único empecilho.

Afonso - Quando eu penso que ele fez aquilo com você e com a minha mãe... Só me faz querer ter vontade que a justiça seja feita e que ele seja condenado. E espero que isso aconteça.

Paloma (Pensativa) - Às vezes penso que seja o destino... Já que com toda essa turbulência, acabamos nos aproximando, e você tem sido o meu porto seguro... E sinto que me apaixonei por você.

Alonso (Sorrindo) - Paloma... Tão doce como uma pomba... Você é tão encantadora que me faz te amar cada vez mais...E sinto que também estou apaixonado por você... (T). Preciso que você feche os olhos.

Paloma (Sorrindo) - O que você vai fazer.

Afonso (Misterioso) - Apenas feche.

Paloma fecha os olhos, em seguida, Alonso  pega uma flor e coloca um anel.

Afonso (Misterioso) - Olhos abertos...

Paloma abre os olhos e Afonso entrega a flor com um anel, fazendo Paloma se emocionar. Afonso se ajoelha em frente à ela.

Afonso - Paloma, aceita se casar comigo?

Paloma (Com lágrimas nos olhos) - É claro que eu caso com você, Afonso... Eu te amo...

Afonso (Com olhar apaixonado) - Eu também te amo...

Paloma e Afonso fundem-se em um beijo apaixonado.




Dia seguinte...

Cena 8/ Cemitério/ Interior/ Manhã

Lúcia chega ao cemitério carregando flores e se põe em frente as lápides dos pais.

Laura ★ 13/02/1965 † 23/05/2000

Germano ★15/03/1957 † 14/06/2018

Lúcia - Mãe, pai... Parece que foi ontem que vocês se foram, ainda sinto vocês junto de mim... (T). Mãe... Você agora pode descansar em paz, já que agora sua história é de uma boa mulher como sempre foi... (T). Pai... Você tem um grande coração, e também sinto sua falta...

Lúcia coloca as flores nos túmulos dos pais.

Lúcia - Vocês fazem falta para mim... Queria que pudessem ver como a Fazenda está... Eu pude reerguer com minhas próprias mãos, e tem o Rodrigo, que tem sido muito importante para mim... Sempre amarei vocês, até o fim dos meus dias.

Enquanto Lúcia conversa com o tumulo dos pais, Rodrigo aparece.

Rodrigo - Sentindo saudades?

Lúcia (Com um sorriso no rosto) - Sim... Sinto que os meus pais estão próximos de mim, e agora que tudo está bem, eu senti vontade de vir até aqui e deixar flores...

Rodrigo (Sorrindo) - Isso é muito bom... Mas preciso que você veja uma coisa que eu fiz na Fazenda... Tenho certeza que irá gostar.

Lúcia - Estou curiosa...

Rodrigo segura as mãos de Lúcia e eles se encaminham à Fazenda.

Cena 9/ Itapecerica/  Cidade/Tribunal /Interior/ Manhã

Teobaldo e Ramiro estão lado à lado no tribunal, prestes a receber seus veredictos.

Juiz - Teobaldo Amorim é considerado culpado pelo crime de fraude, tipificado no Artigo 171, condenado à 3 anos, culpado por falsificação de documentos, tipificado no Artigo 297, condenado à 2 anos, e formação de quadrilha, condenado à 3 anos, num total de 8 anos de prisão.

Teobaldo - 8 anos... (sarcástico). Espere pela sua condenação Ramiro, vem muito mais por aí...

Juiz - Ramiro Horta é considerado culpado de todos os crimes. Condenado à cumprir 2 anos por formação de quadrilha...

Ramiro(Interrompendo) - Ih... Me dei bem...

Juiz - Continuando... 17 anos pelo crime de feminicidio de Alessandra Castro,  2 anos por ocultação de cadáver,tipificado no Artigo 211 , 8 anos pela tentativa de  estupro à Paloma Horta, tipificado no Artigo 213 , 10 anos pela extorsão e sequestro de Paloma Horta, e 3 anos por fraude, num total de 40 anoa de prisão.

Furioso, Ramiro soca as grades.

Ramiro - Malditos! Desgraçados! Eu odeio vocês!

Ramiro começa a sentir fortes dores de cabeça e é levado junto de Teobaldo.


Cena 10/Itapecerica/ /Fazenda Canavial/Interior/Manhã

Rodrigo e Lúcia caminham pela  fazenda, até que chegam por uma área com plantações.

Rodrigo - Bem, Lúcia... A partir de hoje todos poderão circular livremente pela fazenda, e não haverá limitações em nenhum local.

Lúcia (Sorrindo) - Esse sempre foi o meu desejo... A fazenda por muitos anos foi dividida entre as nossas famílias, e agora, enfim tudo isso acabou...

Rodrigo - Isso é muito importante para todos nós, agora podemos ampliar os nosso negócios, e inclusive as Processadoras poderão ser unificadas... A partir de agora tudo se chamará Cerqueira Albuquerque, e não mais CERCAM ou Albuquerque.

Lúcia - Durante muitos anos, tivemos que lidar com um risco de falência... Agora tenho esperança que tudo ficará bem.

Rodrigo (Misterioso) - E tudo isso tem um proposito... Uma motivação ... E eu já deveria ter feito isso há muito tempo...

Com um olhar apaixonado, Rodrigo se ajoelha em frente à Lúcia e retira um anel do bolso.

Rodrigo - Lúcia, você aceita se casar comigo?

Lúcia (Com lagrimas nos olhos) - É claro que aceito me casar com você.

Lúcia e Rodrigo dão um longo beijo apaixonado, até que são aplaudidos por Inácio.

Inácio - Quero que saibam que eu vou estar presente nesse casamento.

Lúcia - Claro que vai estar... O senhor é meu padrinho.

Rodrigo (Interrompendo- os ) - O que estão esperando? Precisamos planejar o nosso casamento...


Cena 11/ Passagem de Tempo

Ao som de Sinônimos,inicia-se uma série de flashes dos personagens.

Flash on

Lorena, com a ajuda de seu filho, se levanta da cadeira de rodas e tenta dar os primeiros passos, caminha com a ajuda de um andador e enfim consegue andar sem apoio. Inclusive termina as sessões de fonoaudiologia. 

Rodrigo (Aplaudindo- a) - É isso aí mãe, enfim vai poder voltar a ter sua vida normal. 

Lorena - Sim, filho... Eu não via a hora de poder voltar a andar. (T). Estou ansiosa pelo seu casamento, filho. 

Rodrigo sorri para a mãe. 

Flash off 

Flash on 

Ramiro está na cadeia, e limpa o chão do pátio, quando é abordado por detentos que o agridem. 

Ramiro - Malditos! 

Flash off

Flash on 

Lúcia está numa loja de vestidos de noiva, e acompanhada de Jacinta , observa vários vestidos. 

Lúcia - Quantos vestidos tem aqui... São tao lindos...

Jacinta - São sim, filha... Escolha um bem bonito...

Lúcia continua a andar pela loja até que escolhe um vestido. 

Flash off 

Os flashes terminam en um letreiro de 2 meses depois...



Cena 12/ Itapecerica/ Penitenciária Masculina / Cela /Interior/Manhã

Ramiro está caído no chão, com hematomas no rosto, da última agressão sofrida, até que se levanta  e é abordado por Teobaldo.

Teobaldo (Sarcástico) - Já parou par pensar no por que está aqui?

Ramiro (Furioso) - Sai de perto de mim, Teobaldo. Sai de perro de mim! Não quero ninguém me cercando!

Teobaldo - Bem... Eu vou contar... Fui eu que contei todos os seus crimes. Hahaha. Você está na cadeia por causa de mim. Você vai passar 40 ... 40 longos anos na cadeia, enquanto eu.. Logo logo estarei longe daqui. Hahaha. Otário...

Ramiro (Furioso) - Você... Seu desgraçado!

Ramiro fica cada vez mais furioso e pega uma faca do bolso, para em seguida golpear Teobaldo várias vezes, caindo ensanguentado.

Ramiro (Furioso) - Morre, desgraçado, morre logo.

Em seguida, Ramiro sente fortes dores de cabeça enquanto observa Teobaldo morrer. Os policiais percebem e o abordam.

Policial 1 - Você foi longe demais!

Policial 2 - Vai para a cela de castigo.

Ramiro, fora de si, é levado pelos policiais.


Cena 13/Itapecerica/Fazenda Canavial /Casa de Lúcia /Interior/Manhã

Lúcia está com seu vestido de noiva. Ela desce as escadas sorridente e segurando um buquê. Olga se emociona ao vê-la.

Olga - Lúcia... Voce está tão linda, deslumbrante... Como eu queria ter tido a oportunidade de me casar...

Lúcia (Sorridente) - Ah... Creio que hoje será o melhor dia da minha vida... Vou poder me casar com o homem que amo, que sempre amei...

Olga - Olha... Eu nunca vi uma noiva tão linda quanto você... Seu vestido é digno de uma princesa. O Rodrigo tem muita sorte de se casar com você...

Lúcia (Pensativa) - Sabe Olga... Acho que o destino fez com que eu e o Rodrigo ficassemos separados, só para fortalecer o nosso amor. (T). E mal posso esperar para chegar ao altar.

Olga (Sorrindo) - Então já esta quase na hora, só terminar de se arrumar.

Olga termina de arrumar o véu de Lúcia, enquanto Lúcia segura o buquê.



Cena 14/ Itapecerica/ Cidade/ Casa de Isabela/Interior / Manhã

Isabela está em sua casa cuidando do filho. Ela aparenta estar feliz com a atual vida e conversa com seu filho.

Isabela (Com o filho nos braços) - Sabe... Agora só tenho a você... O seu pai tem o trabalho dele, mas é um rapaz bom... E quem eu queria não me quer mais ... Além disso o seu avô está na cadeia e nem vai poder me ajudar...

Enquanto conversa, o bebê Téo segura os cabelos de Isabela.

Téo - Mamá! Mamá!

Isabela (Sorrindo) - Você é um lindo bebê, e tem os olhos do seu pai... Já que somos só nós dois, e eu não quero ficar sozinha, eu vou fazer tudo para você... Quero que seja uma criança muito feliz...

Isabela ouve o telefone tocar e decide atender.

Ligação on

Isabela - Alô?

Carcereiro - É a filha do Sr. Teobaldo Amorim?

Isabela - Sim, sou eu... Precisa falar alguma coisa?

Carcereiro - Bem... Lamento informar mas o Teobaldo foi morto numa briga no pátio aqui do Presídio.

Isabela (Em choque) - Co... Como assim ele foi morto? Quem o matou?

Carcereiro - Aparentemente foi numa briga, um dos detentos cravou um canivete no abdômen do Teobaldo, e não pudemos fazer nada. Meus sentimentos...

Isabela (Incrédulo) - Meu pai estava preso para cumprir sua pena... Não para ser assassinado... E como ninguém pode salvá-lo?

Carcereiro - Foi um fatalidade, acontecem com presidiários... Mas o assassino está confinado na cela, para cumprir pelo ato.

Isabela (Desolada) -  Meu pai era tudo para mim... Agora não o tenho mais...

Carcereiro- Voce poderá ter a oportunidade de se despedir, em breve o corpo será encaminhado para o IML.

Isabela desliga.

Ligação off

Isabela começa chorar com as mãos no rosto.

Isabela (Desolada) - Não pode ser ... Isso não pode ser...



Cena 15/ Itapecerica/Cidade  / Penitenciária Masculina / Interior/ Manhã

Ramiro está sozinho na cela de castigo. O lugar parece ser poucos cuidados, e apenas contando com uma pequena grade. Ele começa a sentir dores de cabeça e se golpeia. Em seguida começa a falar sozinho.

Ramiro - Malditas sejam essas dores de cabeça... (Dá um soco no chão) . Agora terei que ficar aqui nessa maldita cela, imunda... Pelo menos agora o Teobaldo morreu e não tem ninguém para me perturbar...

Ramiro se levanta e começa olhar pelas grades.

Ramiro - Bem que aqui não é tão ruim... Todos estão em seus respectivos lugar, e você Ramiro... Logo logo vai sair desse lugar solitário... Hahaha.

As dores de cabeça retornam, e Ramiro começa a socar a parede, até que cai ao chão.

Ramiro (Descontrolado) - Malditos!!!


Cena 16/Itapecerica/ Cidade/ Casa de Bruno / Interior / Manhã

Bruno e Bernardo se preparam para o casamento. Eles terminam de tomar café, quando sentem falta de Amanda.

Bernardo - Pai, notou um silêncio nessa manhã?

Bruno (Com uma xícara em mãos) - Verdade... A Amanda não veio tomar café da manhã, e aliás eu nem a vi hoje...

Bernardo - Eu também não... Mas ela gosta de caminhar pela manhã, aí se reúne com as amigas dela, fica fofocando... Daqui a pouco ela chega.

Eles conversam enquanto tomam o café. Ao terminarem, Bruno se encaminha para a sala, onde percebe uma carta. Ele se surpreende ao perceber ser de Amanda. Bruno decide levar para  Bernardo.

Bruno - Filho... Olha essa carta que a Amanda escreveu.

" Bruno e  Bernardo, se estiverem lendo essa carta é porque já estou longe. Percebo que não estou sendo bem quista aqui, e minhas atitudes causaram isso, então decidi tomar a atitude de sair de casa. Não precisam me procurar, pois sei que vão viver muito melhor sem mim.

Adeus. Que tenham uma vida feliz.
Amanda. "

 Bernardo (Chocado) - Meu Deus... A mamãe foi embora...

Bruno -Sinceramente, ela já estava me enchendo a paciência. Toda hora retaliando, criticando tudo o que a gente dizia... Acho que vamos viver melhor sem ela.

 Bernardo - Vamos no casamento da Lúcia? Já deve estar acontecendo.

Bruno - Sim, filho... Vamos nos arrumar.

Cena 17/ Itapecerica/Cidade / Igreja / Interior / Tarde

É o dia do casamento. É possível ver toda a Igreja decorada com flores , todos os familiares e amigos presentes. Rodrigo e Afonso estão no altar junto ao Padre León, e observam apaixonados, a entrada de Lúcia e Paloma. Os casais são envoltos por um longo cordão.

Padre León - Rodrigo Cerqueira, aceita Lúcia Albuquerque como sua legitima esposa, para amá-la, confortá-la, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença até que a morte os separe?

Rodrigo - Aceito.

Padre León - Lúcia Albuquerque, aceita Rodrigo Cerqueira como seu legitimo esposo, para amá-lo, confortá-lo, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?
Lúcia - Aceito.


Padre León - Afonso Costa, aceita Paloma Mendes como sua legitima esposa, para amá-la, confortá-la, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença até que a morte os separe?
Afonso - Aceito.

Padre León - Paloma Mendes, aceita Afonso Castro como seu legitimo esposo, para amá-lo, confortá-lo, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?
Paloma - Aceito.


Padre León - Pelo poder por mim investido, eu vos declaro marido e mulher...

Rodrigo e Afonso olham apaixonadamente para suas esposas, para trocarem um beijo apaixonado. No altar , é possível ver Laura vestida de branco, como um anjo.


Cena 18/ Itapecerica/Cidade / Igreja/ Interior / Tarde

Lúcia e Paloma estão no salão da Igreja , reunidas com sua família.

Lúcia (Sorridente) - Sabe ... Esse é o dia mais feliz da minha vida... Nem posso acreditar que me casei...

Rodrigo (Abraçando Lúcia) -  Sim... Casamento o qual foi difícil, mas enfim conseguimos, mesmo com tantos obstáculos.

Afonso (Sorrindo) - Você e Lúcia, eu e Paloma... Agora estamos casados... (Entrelaça os braços em Paloma).

Paloma (Sorrindo) - Sim... E tenho fé de que agora tudo irá se encaminhar...

Enquanto conversam, Jacinta e Inácio aparecem.

Jacinta - Minha afilhada linda... Parabéns pelo seu casamento, você estava linda...

Inácio (Orgulhoso) - Não posso deixar de parabenizar à todos por esse casamento, foi incrível! Desejo que todos sejam muito felizes!

Lúcia - Muito obrigada, meus padrinhos... Tenho a honra de ter subido ao altar, e mais ainda de ter realizado um sonho ..

Dr. Bruno - Meus Parabéns, Lúcia... Meus parabéns Paloma, pela cerimonia...

Lúcia /Paloma (Sorrindo) - Obrigada...

 Bernardo -Ainda não encontrei a esposa ideal, mas tenho certeza que irei desejar um casamento como esse...

Lúcia - E irá conseguir... (T). E a Isabela?

 Bernardo - A gente se  resolveu, vou acompanhar a criação do bebê, afinal, também sou pai...

Rodrigo - Sabe... Eu também não tenho rancor da Isabela... Se ela fez isso, tem uma motivação, que agora não vem ao caso.

Lúcia - E, a proposito... Onde esta a Amanda? Ela nao quis vir?

 Bernardo - A verdade é que... Não sabemos ...

Dr. Bruno - Ela saiu de casa e deixou uma carta se despedindo, não deixou mais nenhum rastro...




Cena 19/ São Paulo /Bar/ Interior/ Tarde

Amanda aparece em um bar de São Paulo, na companhia de duas mulheres. Então, ela começa a contar a vida.

Mulher 1 - De onde você veio?

Amanda  (Com um copo em mãos) - Eu vim de Itapecerica da Serra, meu casamento não estava nada bem... A gente não estava se dando bem e saí de casa. Ainda mais que meu filho agora é pai e ficaram me criticando.

Mulher 2 - Ai sabe... Tem gente que gosta de se meter na vida dos outros, mas sua familia não sentiu sua falta?

Amanda (Sarcástica) - Ai... Eu nem sei... Deixei uma carta lá, vamos ver se vão se preocupar... Mas sinto falta deles ao mesmo tempo...

Mulher 1 - Fique aqui conosco que você vai gostar , temos muita coisa para contar.

Amanda (Animada,) - Hum... Fofoca... Já gostei!

É possível ver um corte de cena e Amanda conversando com as novas amigas.



Cena 20/ Itapecerica/ Cidade/ Interior/Tarde

A festa de casamento continua, e Lorena, com uma taça em mãos, se dirige até Lúcia e Rodrigo.

Lorena - Gostaria de parabenizá-los pelo casamento. (T). Lúcia, mais uma vez , gostaria de te pedir  perdão pelo que falei... Hoje vejo que você é uma boa pessoa, com um grande coração... Desejo do fundo do meu coração que você seja feliz com o meu filho..

Lúcia - Não precisa pedir perdão, Lorena... Tudo já foi esquecido, e... Não há nada melhor do que perdoar, afinal, o rancor só endurece os corações.

Lorena sorri, e em seguida Lúcia e Lorena se abraçam.

Lorena (Sorrindo) - Bem vinda à familia, Lucia.

Lúcia (Sorrindo) - Obrigada Lorena...

Rodrigo ( Com uma taça em maos ) - Muito bom ver vocês unidas... A familia justamente é a união entre as pessoas, e agora sim, haverá uma familia.

Enquanto fala, Rodrigo dá um abraço em Lúcia. Em seguida Dolores aparece.

Dolores - Que Deus abençoe a todos, Lúcia, Rodrigo, Paloma e Afonso... Que o casamento e o amor de vocês prosperem e sejam eternos...

Paloma (Emocionada) - Muito obrigada, vovó... A senhora sempre foi muito importante na minha vida, e fico muito feliz em vê-la no meu casamento...

Afonso - Eu também... Mesmo não tendo meus pais aqui, sinto que com a senhora Dolores, terei um carinho como se fosse minha avó.

Dolores - E logo logo irão vir os netos que irão encher essa fazenda de alegria...

Enquanto conversam Rodrigo e Lúcia se distanciam e começam a conversar.

Rodrigo (Segurando a mão de Lúcia) - Casamos... Enfim realizamos o nosso sonho...

Lúcia - Esse casamento foi incrível, e gostaria de ter a mesma vida que meus pais tiveram, poder construir uma família...

Rodrigo (Sorrindo) - E assim será.

Lucia e Rodrigo começam a caminhar de maos dadas, até que há um corte como um clarão.


Cena 21/ Itapecerica/ Hotel / Interior/ Noite


Rodrigo carrega Lúcia no colo, ainda com as roupas do casamento,  e entram num quarto de hotel. O local está repleto de pétalas de rosa e luz de velas. Começa a tocar a música Sinônimos no momento em que Rodrigo põe Lúcia delicadamente de pé no chão.

🎶 O amor é feito de paixões
 E quando perde a razão🎶 


Rodrigo e Lúcia caminham até a frente da cama e começam a se beijar delicadamente enquanto trocam carícias, para enfim Rodrigo repousar suavemente Lúcia na cama. Em seguida ambos trocam carícias novamente, até que a tela se distancia do casal.



🎶 Quem ama nunca sente medo
 De contar o seu segredo
 Sinônimo de amor é amar🎶 
2 anos depois...


Cena 22/Itapecerica / Fazenda Canavial/Interior/Manhã

Lúcia está em frente ao rio e tem duas flores em mãos. Ela joga uma flor e relembra os bons momentos que passou com a mãe. Em seguida, joga outra flor e se lembra do pai.

Lúcia olha para o céu.

Lúcia - Mãe, pai... Estejam onde estiverem, eu sempre amarei ...

Enquanto isso, aparece  Laurinha, filha de Lúcia, que se parece muito com a mãe.

Laurinha - Mamãe!

Lúcia (Sorrindo) - Oi filha... Eu te amo tanto ...

Lúcia pega a filha no colo, e em seguida aparece Rodrigo.

Rodrigo - Lúcia... Estamos sentindo sua falta lá no almoço.  (T). E essa princesinha linda veio te procurar...

Lúcia - A  Laura me faz lembrar todos os dias da minha mãe... E sei que ela sempre estará presente...

Rodrigo entrelaça os braços em Lúcia e lhe da um beijo.

Rodrigo - Lucia, vamos lá para o almoço, todos estão te esperando...

Rodrigo entrelaça novamente um dos braços em Lúcia e eles caminham...

É possível ver uma grande mesa com todos reunidos. Olga, Benito, Lorena, Dolores, Afonso , Paloma e o pequeno João.

Lorena  - Estava esperando a Laurinha voltar... Ela saiu correndo quando viu  que você não estava.

Lúcia (Segurando Laurinha nos braços) - Como vivemos numa fazenda... O melhor a fazer é deixar que elas se acostumem.

Dolores - E eu percebo que o João... Já se interessa por chás, mesmo meu bisneto sendo ainda uma criança

Paloma - Ele adora ficar pela choupana, pelos canaviais...

Afonso - Vai ser um camponês assim como todos nós.


Lúcia - Eu penso que agora  teremos a oportunidade de sermos felizes com nossos filhos e nossas famílias...

Rodrigo - Sim... Agora não há empecilhos que não nos separem... Vamos viver felizes. A Deborah morreu há 2 anos, e o Ramiro está preso.

Afonso - Foi condenado à 40 anos, e desejo que a justiça seja feita.

Paloma - Sim... Está num presídio de segurança máxima.

Flash on

Ramiro está em sua cela e alguns detentos os abordam. Ramiro se levanta e é encurralado. Os detentos simulam movimento de agressão

Flash off

Rodrigo - A Isabela também seguiu a vida dela...

Lúcia - Ela e o filho aparentam ser muito felizes... E é isso que desejo para ela.

Flash on

Isabela está com o filho em um parque. Ela se mostra feliz ao ver o filho correr. 

Isabela - Isso filho, vem para a mamãe! 

Téo - Eh! 

Flash off

Olga (Sorrindo) - Quem diria que até eu consegui encontrar um amor?

Benito - Agora que estamos juntos, também vamos trabalhar aqui...


Rodrigo - E eu gostaria de informar que, além da Fazenda, iremos juntar as Processadoras em uma, a Processadora Cerqueira Albuquerque, e todos nós trabalharemos juntos.

Paloma - Eu já até comecei a estudar para o trabalho, afinal... Agora faço parte da Processadora.

Lúcia - Pode contar que iremos te ajudar...

Afonso  - A partir de hoje todos estaremos unidos, como sempre devemos  ser... E a prosperidade , como podemos ver, está cada vez maior...

Inácio (Com uma taça em mãos) -  Gostaria de fazer um brinde, à felicidade de todos!

Todos os presentes no almoço fazem um brinde, até que Jacinta os interrompe.

Jacinta - Lucia, minha afilhada... Você já disse o que soube hoje?

Lúcia (Disfarçando) - Não... Ainda não...

Rodrigo (Curioso) - O que tem para contar?

Lúcia (Sorrindo) - É que... Eu estou grávida! Vamos ter outro  filho!

Rodrigo se emociona e lhe dá um beijo.

Rodrigo - Que felicidade, Lúcia... Eu te amo tanto...

Em seguida, Lúcia e Rodrigo dão um longo beijo apaixonado.


Cena 23/ Itapecerica/Fazenda Canavial/ Choupana /Interior

Dolores está sentada em uma poltrona da choupana. Ela está sozinha, porém com um olhar reflexivo.

Dolores - Essa é mais uma bela história que acontece pelo mundo. O amor é  o mais sublime sentimento, e não deve ser apagado. O verdadeiro amor nunca se desgasta, pelo contrário, ele só aumenta. Tenho fé que um dia , o ódio irá ser extirpado do mundo, e só restará o amor... O amor irá reinar junto com a Paz e a felicidade.

Dolores encerra seu discurso, a tela se distancia e aparece o letreiro com a palavra


               Fim
  



 

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