Type Here to Get Search Results !

Teen Workout: Sentindo o Amor - Capítulo 31

 



CAPÍTULO 31


ATENÇÃO!

A trama apresenta apenas adolescentes cheios de espinhas, aparelho nos dentes, óculos, pele oleosa etc. Não siga o que é dito. É tudo ficção.


Uma novela de Crisley


Personagens deste capítulo (ordem de aparição):

Karen

Rita

Carol

Carminha

Maria

Sara

Danilo

Caio

Chris

 


CENA 1: ACAMPAMENTO/ EXT./ TARDE

Todos os alunos estão ali conversando. Lentamente, Karen chega e olha para Carol com muito ódio. Carol olha Karen de cima a baixo e ri baixo. Lara desaprova a atitude de Carol. Karen vai até as suas amigas.

 

RITA — Que foi, Karen? Por que cê tá assim?

KAREN — Lembrei de uma coisa e fiquei assim. Cê vai saber quando a gente voltar.

RITA — Fala logo. Tô curiosa.

KAREN — Você e todo mundo vai saber o que eu tô pensando.

RITA — Ok.

 

Carminha chega batendo palmas ali.

 

CARMINHA — Parabéns, gente! Voltaram ao ponto de encontro e ninguém passou mal. (ri) Brincadeira. Então, vamos começar? Eu fiz uma listinha aqui no tablet com os nomes das pessoas em ordem alfabética e o que esconde. Como eu disse, você vai descobrir uma coisa da sua dupla. Se você descobrir, ganha e a sua dupla perde. Agora se ambos descobrirem, ninguém ganha nada. No final, tem prêmio pra um só, hein. Se esforçaram? Não sei. Agora iriam querer se esforçar, né? Já era. Não dá mais. Vamos começar. Por ordem alfabética de quem tá aqui no acampamento.

 

Carminha se senta numa cadeira e vai chamando de um em um. Corta o ponto da cena. Sara fica olhando para todas as direções. Maria chega perto dela.

 

MARIA — O que aconteceu, Sara?

SARA — O Caio. Não apareceu aqui ainda.

MARIA — Nem o Chris. Eles são uma dupla.

SARA — Já passou um bom tempo. Já era pra eles terem voltado, né?

MARIA — Sim. Será que eles se perderam?

SARA — Acho que não. Eu espero que não. Devem ter encontrado alguma coisa mais interessante do que ficar só andando e conversando pra saber uma coisa nada a ver.

MARIA — Você não gostou do jogo, Sara?

SARA — Não. Chato demais. A escola tava mais interessante.

MARIA — Ah...

 

Corte descontínuo para:

 

CENA 2: ACAMPAMENTO/ EXT./ TARDE

O ponto de encontro já está vazio. Apenas Carminha, Danilo, Sara e Maria estão ali. Umas pessoas de verde, que trabalham ali, também estão.

 

CARMINHA — Tô começando a ficar preocupada com esses meninos.

SARA — Diretora, eles não aparecem ainda. Daqui a pouco fica de noite.

MARIA — Eu já tô apavorada. Quero meu Chris aqui comigo.

DANILO — Diretora, não já tá a ponto de mandarem procurar eles, não?

CARMINHA — É isso mesmo que eu vou fazer.

DANILO — Era o que já tinha que ter feito.

CARMINHA — Como é que é?

DANILO — Nada não, diretora. Vai, vai.

CARMINHA — Ah bom. (para o pessoal de verde) Poderiam procurar esses meninos agora? Vamos, vamos. Eu vou com vocês.

DANILO — Eu vou também.

SARA — Eu também vou.

MARIA — Se é assim, eu também vou.

 

Todos pegam um kit de sobrevivência e saem dali.

 

Corta para:

 

CENA 3: ACAMPAMENTO/ QUALQUER PARTE DA FLORESTA/ EXT./ TARDE

Caio e Chris estão sentados, mas afastados.

 

CAIO — (olhando para cima) Acho que já tá quase anoitecendo. E eu tô com sede. Muita sede.

CHRIS — Eu também.

CAIO — A gente podia tentar voltar, né?

CHRIS — E se perder mais ainda?

CAIO — Chris, tem que ter alguma alternativa.

CHRIS — Esperar alguém.

CAIO — A gente tinha que fazer alguma coisa.

CHRIS — Você que tá sentado aí tem um tempão.

CAIO — Eu não vou responder você mais. Quero poupar energia.

CHRIS — Ok. (olha para cima) Já sei!

CAIO — O quê?

CHRIS — Cê vai ver. (sobe numa árvore)

CAIO — Quê que cê tá fazendo, seu doido?

CHRIS — Subindo na árvore, não tá vendo?

CAIO — Cê vai cair daí.

CHRIS — Do chão eu não passo.

 

Chris chega bem lá em cima. Ele observa para todos os lados.

 

CHRIS — Eu tinha que subir mais, mas é complicado subir.

CAIO — Não tem como?

CHRIS — Não. O galho é fino ali. Mas, pera, agora eu não sou doido por subir aqui?

CAIO — Tanto faz. Não viu nada daí?

CHRIS — Não.

CAIO — Droga! E agora?

CHRIS — Agora a gente vai ter que esperar mesmo. (desce da árvore)

CAIO — E se alguma coisa acontecer?

CHRIS — Isso aqui não é uma floresta de onça, Caio.

CAIO — Eu sei que os bichos são transferidos pra uma floresta que não tem gente, mas ainda sim deve ter algum bicho.

CHRIS — Uma cobra, talvez.

CAIO — Aranha também.

CHRIS — Eita! Tenho medo de aranha.

CAIO — Eu tenho medo de tudo.

 

Eles se sentam no chão, mais próximos, encostados na árvore.

 

CAIO — Chris...

CHRIS — Hum?

CAIO — A gente acordou abraçado hoje.

CHRIS — Por que cê quer falar disso? Nada a ver, hein.

CAIO — Eu quero saber de você.

CHRIS — A gente acordou sim abraçado. Mas o que isso tem a ver?

CAIO — Tem a ver que cê queria me abraçar, né?

CHRIS — Tá doido!? Você que queria me abraçar!

CAIO — Bom, eu...

CHRIS — (assustado) Você o quê?

CAIO — Eu queria falar uma coisa com você.

CHRIS — Se for falar besteira, nem começa.

CAIO — Não é besteira. É sério.

CHRIS — Fala de uma vez, então.

CAIO — (nervoso) Ok. Vamo lá. Eu queria sim ter te abraçado lá na barraca. Sabe por quê?

CHRIS — Por quê?

CAIO — (respira fundo) Chris... (t) Eu gosto de você. E não é da forma de amigo ou irmão, é como... Você sabe como. Eu gosto muito de você. E eu penso nisso o tempo todo. Eu chego perto de você e meu coração dispara. Eu não gosto de você como um amigo, como o Wendel, por exemplo. Eu gosto de você como um namorado. Eu gosto de você tanto, mas tanto, que não consigo fazer quase nada se eu não me desligar totalmente. E eu sei que você vai ficar assustado, eu sei que todo mundo vai ficar assustado e eu também sei que a Sara vai ficar brava, mas eu gosto de você. E mesmo que você não goste de mim, eu vou me separar da Sara. Eu vou conversar com ela e dizer que eu gosto de outra pessoa. Chris, essa pessoa é você. É você que eu quero na minha vida. É você que eu quero beijar. É você que eu quero acordar abraçadinho, tipo o que aconteceu hoje.

 

Eles ficam em silêncio. Chris abaixa a cabeça. Caio também abaixa a cabeça.

 

CHRIS — (muito, mas muito nervoso, com voz trêmula) Caio... (Caio levanta a cabeça e olha para Chris) Acho que você tá confuso. Tenho certeza que se ficar com a Sara, vai ver que tá só confuso.

CAIO — Eu não tô confuso, Chris. Não fiz confusão em momento algum. Eu gosto de você de verdade.

CHRIS — Você tem certeza disso?

CAIO — Absoluta. É só de você que eu gosto. Eu já disse isso e vou repetir: Você é a única pessoa de que eu gosto.

CHRIS — (respira fundo) Se você tem certeza, então tá certo. Porque... Caio, eu também sinto algo por você. E também não é de amigo ou coisa parecida. Eu também gosto de você. Eu não lembro quando começou, mas eu gosto de você. No começo, eu te detestava, mas depois eu comecei a gostar de você. Eu não sei o porquê, mas... Eu gosto de você. Muito. E eu também não consigo para de pensar em você. Eu só consigo pensar em você. Só isso.

CAIO — Então a gente se gosta, é isso?

CHRIS — É. Eu acho que sim. Você gosta de mim, eu gosto de você. A gente se gosta.

CAIO — Então a gente pode... (se aproxima de Chris)

CHRIS — Cê tem certeza?

CAIO — Se você tiver certeza, eu também tenho.

CHRIS — (se aproxima de Caio também) Eu tenho certeza.

 

Os dois se aproximam lentamente. Eles dão um beijo sincero e inocente. Logo eles param de beijar e se olham. Chris parece um pouco assustado.

 

FIM DO CAPÍTULO



Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.