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A Razão de Amar - Capitulo 24 (Reprise)

  

  


Novela de João Marinho


Escrita por:

João Marinho 


Personagens deste capítulo 

Afonso Valadares                                   Cecília Valadares                                                                                                          

Branca Valadares                                   Eduardo Correia                   

Celso Correia                                      

Jorge Correia.                                       

Vilma Duarte                                              

Marta Correia                                      Horácio Duarte               

Olímpio Vasconcelos.                        Jorge Correia     

Radialista                                                  Modista

Letícia Fernandes                            José Jacinto - Carcará


CENA 01/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE JANTAR/ INT./ NOITE 

Continuação da última cena do capítulo anterior. Celso e Marta de levantam assustados com o que o filho acabara de mostrar. 

CELSO – Acho que eu não estou entendo!

Jorge, caminhando de mãos dadas com Lola, até o pai, que não está com a expressão de contentamento esperada pelo filho. 

JORGE – É com essa mulher que eu quero viver, ter filhos.

CELSO – O que é que você quer? Acabar comigo? Casar com uma prostituta? A cidade toda sabe que essa senhora, para ser educado, se relaciona com todos os homens da cidade. Você quer mesmo se relacionar com essa moça? Pois bem! Você vai escolher entre eu e ela. A partir do momento que ela se tornar a sua esposa, você deixa de ser meu filho. Uma mulher devassa e pecadora como ela não merece carregar o nome de nossa família. 

LOLA (P/Jorge) – Eu vou embora, porque eu não sou bem recebida na sua família. 

JORGE (impedindo que Lola saia) – Não vá! O meu pai vai ter que ouvir algumas coisas que eu tenho para dizer. 

CELSO (P/Marta) – Peça para a empregada retire o jantar. Perdi a fome!

JORGE (P/Celso) – Eu acho que senhor está sendo injusto comigo. Banca de defensor da moral e dos bons costumes, mas criou um filho bastardo e ainda o usou para tirar dinheiro do próprio irmão. 

CELSO (Dando um tapa no rosto de Jorge) – Você acha que é quem para falar isso comigo?

JORGE (Gritando) – Sou a pessoa que sabe todos os seus podres. 

MARTA (Nervoso/ P/Jorge) – Calma, meu filho! Você só está falando isso porque está nervoso. 

JORGE – Fez bem o Bernardo de ter voltado para Inglaterra. (P/Celso e Marta). Vocês são um bando de parasitas. 

CELSO – Você que vive do nosso dinheiro, e nós que somos parasitas? Você não sabe o que está falando. 

JORGE – Seu dinheiro não…Herança de tio Venâncio. 

CELSO – Herança do meu pai. 

JORGE (De mãos dadas com Lola) – Eu não fico mais um minuto nesta casa. 

Jorge e Lola saem. Celso e Marta voltam-se a se se sentar. 

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CENA 02/ FAZENDA VALADARES/ QUARTO DE CECÍLIA/ INT./ INT./ NOITE 

Cecília caminha pelo quarto, pensativa. Em seguida, ela abre a gaveta de sua escrivaninha e acha seu diário e um livro da literatura inglesa. 

CECÍLIA (Lendo o título do livro) – “Wuthering Heights”. (Abre o livro). Acho que vou ler este livro. Pelo menos é a única fora que eu tenho de esperar o sono chegar.

Ela acende o abajur e começa a ler. Não demora muito tempo lendo e se levanta novamente e pega o diário. Senta-se na escrivaninha e escreve alguns linhas do que fizera naquele dia.

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CENA 03/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE JANTAR/ INT./ MANHà

Afonso, Branca, Eduardo e Cecília estão tomando café no instante em que Otávio e Olga. Ele dá um sorriso para Cecília. 

AFONSO (P/Otávio) – Às vezes eu tenho a impressão de que eu te conheço de algum lugar e de muito tempo. Antes mesmo de você ter entrado para a família. 

OTÁVIO – Eu nasci nesta cidade. O senhor já deve ter me visto perambulando pelas ruas. 

AFONSO – Deve ter sido isso. Você era de que família?

OTÁVIO – Eu não gosto de falar do meu passado. Sofri muito. Não vale a pena recordar algo que nos fez sofrer. 

AFONSO – Respeito muito a sua opinião. Devemos guardar os momentos bons da vida. 

OLGA – A minha mãe sempre sonhou que um dia ia ter outro filho. Ele passou um tempo deprimida com a morte de Pedro, meu irmão. 

OTÁVIO (P/Olga) – Vocês nunca me contaram sobre Pedro. 

OLGA (P/Otávio) – Nós não gostamos muito de lembrar disso. É muito sofrido para nós!

Eles continuam conversando. 

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CENA 04/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ QUARTO DE OTÁVIO/ INT./ MANHà

Vilma entra no quarto e cheira a roupa do filho. Ela abre um pequeno armário e encontra um diário. Ela então o folheia até a parte em que encontra o segredo de Otávio. 

VILMA – “O meu tio me bate todo dia, me deixa sem comer”. 

Corte descontínuo: Vilma continua lendo o diário. Otávio entra. 

OTÁVIO – Porque a senhora está mexendo nas minhas coisas?

Vilma se assusta.

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CENA 05/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ QUARTO DE OTÁVIO/ INT./ MANHà

Continuação imediata da última cena do bloco anterior. Vilma se assusta com o filho.

VILMA – Que susto, filho! 

OTÁVIO – O que a senhora está fazendo com meu diário?

VILMA – Por que você me escondeu que era maltratado na infância?

OTÁVIO – Por que é um assunto que só interessa a mim. Você não tinha o direito de mexer nas minhas coisas. 

VILMA – Desculpa, meu filho! Eu mexi sem querer. 

OTÁVIO – Esquece tudo isso! Eu vim pegar só a minha maleta! Olga mandou avisar que foi resolver as coisas do vestido de noiva. 

Otávio pega a maleta e sai, enquanto Vilma se encosta na janela e fica pensativa. 

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CENA 06/ ESTAÇÃO DE TREM/ INT./ MANHà

Carcará e Elias estão engraxando os sapatos das pessoas que estão passando pela estação de trem. 

ELIAS – Hoje está dando muito dinheiro. 

CARCARÁ – Nunca vi tanta moeda na minha vida. 

ELIAS (Mudando de assunto) – sabe nadar? 

CARCARÁ – Sei. Aprendi com meu pai. A gente nadava no riacho onde a gente pegava água. 

ELIAS – Eu vou te mostrar um dos rios mais bonitos da região. Rio Mocoroca. 

CARCARÁ – Bem que eu estava querendo dá um mergulho. 

ELIAS – Depois nós vamos dá um mergulho. 

Eles continuam conversando e engraxando os sapatos. 

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CENA 07/ ATELIER/ INT./ MANHà

Olga prova um modelo de vestido de noiva. A modista faz alguns ajustes 

OLGA – Esse aqui está perfeito. 

CECÍLIA – Está lindo mesmo, minha amiga. 

OLGA – Já me sinto como uma noiva entrando na igreja. 

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CENA 08/ IGREJA/ INT./ TARDE 

Letreiro mostra: dois meses depois. 

Uma multidão de pessoas se aglomeram na igreja. Toca “Marcha Nupcial”. A noiva entra com Horácio. 

Focar na expressão de felicidade da Olga e Horácio. 

Congelamento preto e branco, emoldurado como um retrato.

 




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