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A Razão de Amar - Capítulo 25 (Reprise)

  

  



Capítulo 25  

Novela de João Marinho 

Escrita por: 
João Marinho 

Personagens deste capítulo 
Afonso Valadares                                   Cecília Valadares                                                                                                          
Branca Valadares                                   Eduardo Correia                   
Celso Correia                                      
Jorge Correia.                                       
Vilma Duarte                                              
Marta Correia                                      Horácio Duarte               
Olímpio Vasconcelos.                        Jorge Correia     
Radialista                                                  Modista
Letícia Fernandes                            José Jacinto - Carcará






CENA 01/ PALMEIRÃO DO BREJO/ IGREJA/ INT.EXT/ TARDE 
Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. A cena começa no INTERIOR da IGREJA. Olga e Horácio entram na igreja. Começa a tocar a “Marcha Nupcial”. Todos os convidados estão de pé para acompanharem a entrada da noiva, que chega à Eduardo, que está feliz e sorridente. 
HORÁCIO (P/Eduardo) – Faça a minha filha feliz! 
A “Macha Nupcial” deixa de ser tocada neste ponto. Branca e Vilma estão muito emocionadas, enquanto Afonso tenta segurar a emoção. Otávio e Cecília, sorridentes, acenam para os noivos. Olga e Eduardo se ajoelham no altar.
PADRE ANTONIO – Queridos irmãos e irmãs, estamos aqui esta tarde para celebrar a união deste jovem casal. Eduardo Gomes Valadares e Olga Duarte. Se conheceram na infância e logo já sentiam que essa amizade, que se transformaria em amor, que se consagra no dia de hoje. É um novo capítulo em suas vidas. (P/Olga). É por isso que eu pergunto: é de sua vontade, Olga, tomar como esposo Eduardo Gomes Valadares? 
OLGA (Sorridente/ olhando nos olhos de Eduardo) – Sim. (Coloca a aliança no dedo anelar de Eduardo).
PADRE ANTONIO (P/Eduardo) – Eduardo Gomes Valadares, é de sua vontade tomar como esposa Olga Duarte?
EDUARDO (Sorridente/ Olhando nos olhos de Olga) – Sim. (Coloca a aliança no dedo anelar de Olga)
PADRE (P/ Olga e Eduardo) – Os declaro então casados. Podem se beijar!
Olga e Eduardo se beijam. Todos batem palmas. A cena continua no EXTERIOR. Olga e Eduardo saem e são recebidos com chuva de arroz. Eles entram dentro de carro todo enfeitado e partem. 
Corta para:
CENA 02/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RIO MOCOROCA/ EXT./ TARDE 
Elias e Carcará, sentados numa pedra próximo ao rio, vendo os pássaros voando, pensam na vida. 
CARCARÁ – A natureza é linda. 
ELIAS – É perfeita. Eu fico pensando como o ser humano é capaz de maltratar a natureza. 
CARCARÁ – Onde eu morava com meus pais, nós cuidávamos da natureza como se fossem nosso filho. Tirávamos dela o necessário para nós sobrevivermos. 
ELIAS – Você sente muita saudade do lugar onde você morava, né? 
CARCARÁ – Sinto saudade da mãe. 
ELIAS – Ela não quis vim para cá?
CARCARÁ – Ela tem algumas coisas mal resolvidas aqui. Disse que nunca mais iria voltar. 
ELIAS – Eu não sou daqui mas sei que esta cidade é cercada de mistérios. Vim morar aqui há mais ou menos uns dez anos. (Mudando de assunto). Vamos dar um mergulho?
CARCARÁ – Vamos!
Carcará e Elia tiram a roupa. Vestindo somente a cueca eles pulam no rio e nadam. 
Corta para:
CENA 03/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE 
Celso está sentado em uma cadeira de balanço, escutando o rádio na companhia de Marta, no instante que Jorge entra. Celso desliga o rádio. 
CELSO – O que você está fazendo aqui? 
JORGE – Precisamos conversar um pouco. 
CELSO (Ignorante) – Enquanto você estiver com aquela quenga, não fale comigo!
JORGE – Eu vim em missão de paz. Eu vou terminar tudo com Lola. A minha família é muito mais importante. 
MARTA – Ainda bem que você refletiu e viu que a gente está correndo. A gente quer só te proteger. 
CELSO – Fico feliz que você tenha agido dessa forma. 
JORGE – Vim sem comunicar a ela ainda, mas vou fazer isso ainda hoje. 
CELSO – Faltam apenas alguns meses para a eleição e eu não posso ficar sem seu apoio. Bernardo já mandou um telegrama dizendo que não pensa mais em voltar para o Brasil. 
JORGE – Eu vou fazer de tudo para vencer essa eleição. 
Celso e Jorge se abraçam. 
MARTA – Meu orgulho!
Marta abraça o filho, em seguida. 
Corta para:
CENA 04/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE 
Os garçons passam com as bandejas de comida e bebidas pelos convidados. Alguns minutos depois, Olga e Eduardo descem, sorridentes, as escadas. Eles cumprimentam os convidados. Começa a tocar a música “Danúbio Azul”. Os noivos e os convidados começam a dançar valsa. Corta para: Cecília e Otávio. 
OTÁVIO (Dançando) – Daqui há alguns meses somos nós que estaremos nos casando. 
CECÍLIA (Dançando) – Eu nunca pensei que eu fosse ficar tão ansiosa para um casamento como eu estou. 
OTÁVIO – Nós fomos feitos um para outro. 
CECÍLIA – Não tenho mais dúvidas disso. 
Eles se beijam. Corte descontinuo: Olga sobe até o segundo degrau. De costas, ela se prepara para jogar o buquê. 
OLGA – dez... nove... oito... sete... seis... cinco... quatro... três... dois... um. (Joga o buquê)
Mostrar o buquê sendo arremessado em slow motion. O buquê cai nas mãos de Cecília, que se assusta. Olga se vira e abre um sorriso quando vê que Cecília pegou o buquê. 
OLGA (Sorridente) – Parabéns, minha amiga! Que esse buquê te traga muita sorte para você e meu irmão. 
CECÍLIA (Feliz) – Obrigado, minha amiga! 
Elas se abraçam. 
Corta para:
CENA 05/ PENSÃO DO ELIAS/ QUARTO DE CARCARÁ/ INT./ TARDE
Depois de tomar banho no rio, Carcará entra no quarto. Ela pega um jornal para lê um pouco. Ele se deitar ao pegar o jornal.
CARCARÁ – “Há 29 anos, um escândalo marcava a cidade. Coronel Venâncio tinha seu caso amoroso com Vera Fernandes”. 
Enquanto lê, acaba adormecendo. Ele começa a sonhar. 
Desaparece:
CENA 06/ PALMEIRÃO DO BREJO/ EXT./ TARDE (SONHO)
Carcará entra no rio. Ela nada um pouco. Uma forte tempestade começa a cair. A correnteza do rio começa a ficar forte. Carcará tenta segurar em uma pedra, mas não consegue. 
CARCARÁ (Gritando) – Socorro! Socorro! (Afundando) 
A visão de Carcará começa a escurecer. 
Desaparece: 
CENA 07/ PENSÃO DO ELIAS/ QUARTO DE CARCARÁ/ INT./ TARDE 
Carcará acorda gritando e assustado. 
CARCARÁ (Gritando) – Socorro! Socorro! 
Elias entra no quarto. 
ELIAS – O que foi? O que foi? 
CARCARÁ – Tive um pesadelo! 
ELIAS (Senta-se na cama) – Quer que ei pegue uma água para você?
CARCARÁ – Não precisa já está tudo bem. 
Corta para:
CENA 08/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 6/ INT./ NOITE 
Jorge estão deitados na cama, mas ela percebe que ele está diferente naquele dia. Então ela se levanta. 
LOLA – O que está acontecendo com você hoje. 
JORGE – Eu falei para o meu pai, que eu e você tínhamos acabado o relacionamento. 
Focar na expressão de indignação de Lola. 
Corta para:


CENA 09/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 6/ INT./ NOITE 
Continuação imediata da última cena do bloco anterior. Lola fica confusa com o que o namorado diz. 
JORGE – Mas nós não vamos terminar. O meu pai não pode saber que estamos juntos. 
LOLA – Ah, entendi. Mas não tem mulher no meio de tudo isso não, né? 
JORGE – Não, claro que não! 
LOLA – Se for para ficar do seu lado eu faço tudo que você pedir porque eu te amo, meu amor! 
Eles se beijam. 
CENA 10/ FAZENDA VALADARES/ EXT./ NOITE 
Todos acompanham a partida de Otávio e Olga. Todos acenam se despedindo deles. 
CECÍLIA – Até mais, meus queridos!
OTÁVIO – Muitas alegrias para vocês, meus queridos!
O carro parte. 
OTÁVIO (P/Cecília) – Amanhã ou depois, eu vou te mostrar uma coisa muito bonita. Já entrou em um rio?
CECÍLIA (P/Otávio) – Não conheço, mas tenho vontade!
OTÁVIO – Nós vamos andar de barco pelo rio. Depois de amanhã eu te levo. Vai ser um momento só nosso. Bem romântico como nos filmes de Hollywood. 
Eles se beijam. 
Corta para:
CENA 11/ PALMEIRÃO DO BREJO/ EXT./ MANHà
Letreiro mostra: dois dias depois. 
Cecília e Otávio entram em um barco. Eles movimentam o barco com a leveza dos braços. 
OTÁVIOO – É lindo aqui, não é?
CECÍLIA – Muito lindo mesmo! 
OTÁVIO – Se quer levantar um pouco, dá para levantar. Vê o rio correndo, os peixes nadando. 
Cecília tenta se levantar, mas acaba se desequilibrando e cai no rio. 
CECÍLIA (Gritando) – Socorro! Socorro!
A água vai a levando. 
OTÁVIO (Gritando) – Cecília! Cecília!
Focar na expressão de desespero de Otávio. 
Congelamento preto e branco, emoldurado como um retrato. 


 




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