Vinganças - Capítulo 34 - Penúltimo Capítulo
Cena 1 Casa de Eva/ Interior/ Noite
Leão está ali de pé, Maria o observava.
Leão - Por favor, precisamos conversar.
Maria - Entra.
Os dois entram. Leão se senta no sofá.
Maria - O que você quer conversar?
Leão - Você sabe muito bem... desde hoje mais cedo com a revelação sobre a Munique e que você foi vítima de uma armação e eu fui besta ao não querer te dar ouvido!
Maria - Eu fui sim vítima... ela participou de todo o golpe... sabia de tudo!
Leão - Eu acreditei nas mentiras dela... duvidei mas cai no golpe barato dela. Eu te peço perdão, Maria... perdão por não ter te dado ouvidos.
Maria - É claro que te perdoo.
Leão da um sorriso.
Maria - Eu te perdoou mas não significa que a gente vai voltar.
Leão (entristece) - Por quê?
Maria - Eu te conheço bem, Leão, eu sempre te avisei sobre ela e mesmo assim você continuou atrás dela! E agora que você caiu na realidade e viu que eu sempre estive certa, não pense que eu irei voltar com você.
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Cena 2 Casa de Urso/ Quarto/ Noite
Pedro e Urso entram no quarto beijando. Urso empurra Pedro sobre a cama.
Pedro - Eu te amo, te amo e te amo!
Urso - Meu amor... eu estava louco por escutar essas palavras... diz de novo!
Pedro - Te amo! Te amoooo!
Urso começa a tirar sua roupa.
Pedro - Eu acho tão lindo sua barriguinha de tanquinho.
Urso - Só ela?
Pedro - É você todo! Eu te amo por completo!
Urso (Só de cueca) - Até minha bundinha?
Pedro - Claro! Vou confessar algo, fiquei com medo de transar com você quando vi seu volume.
Urso (ri) - Ficou com medo do meu volume?
Pedro - Vinte e dois centímetros é pouco pra você?
Urso (gargalhando) - Só você mesmo pra me fazer rir! Não mas e no outro dia você, logo de manhã com uma régua... (ri) eu acordei e tava você (ri).
Pedro - Pelo menos você disse que ninguém tinha feito isso... gostou né?!
Urso - Amei! Meu amor preocupado comigo (ri) Mas e agora, ainda tem medo de mim ou já gosta e se sente confortável?
Pedro - Um pouco dos dois. Mas o que importa é que eu te amo!
Urso (beijando Pedro) - Eu te amo mais.
Os dois começam a se beijar intensamente. Vão tirando suas roupas.
A imagem escurece e clareia e cada vez é visto os dois em uma posição diferente.
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Cena 3 Apartamento de Matheus/ Exterior/ Noite
Matheus e Nanda saíam da porta do prédio, aos beijos.
Matheus - Você está insistindo tanto em querer ver o Titanic novamente...
Nanda - Você sabe que é o meu filme preferido!
Matheus - Você se acha mesmo né...
É visto Thiago, próximo de uma árvore, ele aponta uma arma na direção de Matheus. Atira. O tiro pega no peito de Matheus, que cai no chão. Thiago foge, Nanda fica preocupada e ansiosa.
Nanda (segurando Matheus nos braços) - Meu Deus! Alguém chama a ambulância! Socorro!
Matheus (passando a mão no peito) - Eu vou morrer... eu não quero morrer... Nanda!
Nanda - Eu não vou deixar! Eu juro! Eu não vou deixar você morrer!
Algumas pessoas se aproximam deles dois.
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Cena 4 Casa de Munique/ Noite
Irma e Rodrigues chegam aos beijos. Abram a porta.
Irma (chocada) - Meu Deus! A Munique!
Rodrigues (surpreso, pega em seu pescoço) - Ela está morta.
Munique está caída no chão.
Irma - Morta? Não pode ser!
Rodrigues - Vamos ligar para uma ambulância, a polícia... alguém!
Irma (chorando) - Minha irmã...
Rodrigues (ligação on) - Alô, polícia? Cheguei em casa aqui agora e minha cunhada está morta...
Irma abraça com o corpo da irmã e chora.
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Cena 5 Casa de Eva/ Interior/ Noite
Leão saía da casa.
Leão - Boa noite.
Maria - Boa noite.
Maria fecha o portão. Eva se aproxima.
Eva - Filha, e aí, o que vocês falaram?
Maria - Ai mãe... ele rodeou, rodeou para vê se eu voltaria com ele.
Eva - E aí? Vocês voltaram?
Maria - Não, né?!
Eva - Mas por que minha filha? Eu sei que vocês se amam.
Maria - Amar, eu amo mas... não sei... não quero me envolver logo com ele.
Eva - Ele já se separou da Munique que teceu a separação de vocês... agora que ele está livre, deixe ele aberto... quem não sabe que depois disso tudo, ele pode melhorar?
Maria - Não sei não.
Eva - Dê uma chance a ele. Você ama ele, certo?
Maria - Amo.
Eva - Pois então! Dê uma chance.
Maria - Irei pensar melhor... quem sabe, não é mesmo?
Eva - Isso sim, filha.
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Cena 6 Apartamento de Matheus/ Exterior/ Noite
A ambulância põe Matheus na maca. Nanda chora e acompanha os socorristas.
Nanda - Mas doutor, ele tem chance de viver?
Médico - Claro que sim. A lesão não foi grave e o tiro não atingiu nenhum órgão.
Nanda - Que bom! Eu posso acompanhar vocês?
Médico - Pode. Entre junto comigo na ambulância.
Todos entram na ambulância. Dentro dela. Nanda segurava a mão de Matheus, que estava desacordado.
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Cena 7 Casa de Urso/ Quarto/ Noite
Urso e Pedro estão deitados. Pedro sobre o peito de Urso.
Urso - Que noite linda...
Pedro - Eu te amo, meu amor.
Urso - Eu sinto um porto seguro quando você diz isso... eu te amo tanto, Pedro.
Pedro (senta) - Erick...
Urso (estranha) - Erick? Você nunca me chamou assim!
Pedro - É que eu vou falar sério, amor.
Urso - Amor?
Pedro (ri) - Para de fazer graça! Deixa eu falar.
Urso - Tá, fale então.
Pedro - Erick, eu gostaria que você abandonasse essa vida de traficante.
Urso (estranha) - O quê?
Pedro - Eu te peço, pelo nosso amor, deixe isso e viva como uma pessoa normal... (abraça com ele) Tenho medo de te perder por causa de bala perdida ou confronto com alguém.
Urso (morde a orelha de Pedro) - Eu te amo tanto mas não sei se faço isso...
Pedro - Faz, por favor!
Urso - Está bem, está bem. Vou pensar e amanhã falo.
Pedro - Espero que me escute.
Urso (beija a barriga dele) - Vai fazer o quê se eu não quiser? Greve de sexo?
Pedro - Faço isso sim!
Urso (ri) - Eu te pego de qualquer jeito! Eu sei que você jamais resistiria ao meu dote.
Pedro (ri) - Olha que eu durmo no quarto da Liz, aí você jamais me pegaria.
Os dois riem.
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Cena 8 Cinema/ Exterior/ Noite
Robson e Inês caminham pelo estacionamento, os dois riem.
Robson - Nossa, eu já tinha esquecido como esse filme dos Farofeiros é tão engraçado!
Inês - Filme brasileiro é tudo de bom, Robson, principalmente os de comédia.
Robson (encosta no carro) - Estava pensando se a gente comprasse uma casa abandonada, daquele jeito...
Inês - Deus me livre (ri), imagina ficar numa casa daquele estado?
Robson (se aproxima dela) - Com você, eu toparia qualquer lugar...
Inês - Será?
Robson - Por você, faria tudo! Tudo!
Os dois se beijam.
Robson - Vamos pro meu ap?
Inês - Vamos.
Os dois entram no carro e saem.
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O dia amanhece. É visto as favelas do Rio de Janeiro, o Maracanã e a região do bairro São Cristóvão.
Cena 9 Apartamento/ Interior/ Dia
Margarida e Cíntia olham um apartamento, um vendedor também está ali.
Margarida - Eu achei um pouco luminado demais.
Homem - Se você gosta de cortinas, põe. Têm muitas janelas, todas com essa vista maravilhosa do mar.
Margarida - Eu detesto mar.
Cíntia - Dona Margarida? Não foi você mesma que tava louca querendo morar em frente ao mar?
Margarida (sem reação) - Bom, é... pare de intrometer na conversa dos outros, Cíntia. Bom, realmente eu quero morar em frente a praia porque eu quero fazer caminhada nesse calçadão tão espetacular quanto o do Rio.
Homem - Coloque as cortinas e tudo ficará lindo aqui. Deixe eu ir ali pegar um modelinho do prédio.
O homem sai. Outro aparece. Esse outro é mais velho, de aparência de cinquenta e poucos anos.
Homem 2 - Opa.
Margarida - Bom dia. Quem é você?
Homem 2 - Eu sou o Jake, o vizinho aqui do lado. Pelo que vejo, você é a nova dona daqui...
Margarida - Não. Eu ainda não fiz a compra do imóvel.
Homem 2 - Mas deve fazer, aqui é lindo e agora com você aqui... nossa... fica mais ainda. Bom, vou indo. Bye bye.
O homem sai. Cíntia ri.
Cíntia - É impressão minha ou ele tá te cantando?
Margarida - Tá sim... e eu vou aproveitar esse garotão.
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Cena 10 Apartamento de Robson/ Dia
Robson e Inês estão deitados. Os dois acordam.
Robson - Bom dia...
Inês (olha o celular) - Bom dia...
Robson - Não acredito que você está aqui.
Inês (ri) - O que foi?
Robson - Ah... a gente brigava tanto no passado e agora estamos juntos.
Inês - É a vida... a noite de ontem foi tão boa... nunca tinha vivido isso.
Robson - Eu espero que se repita mais e mais vezes.
Inês - Tem café? Estou morrendo de fome.
Robson - Vou fazer. Vou aproveitar e ir lá em baixo comprar uns pães de queijo... nossa... são maravilhosos!
Inês - Já comi muito! Morava no Sul de Minas e lá são uma maravilha.
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Cena 11 Casa de Urso/ Interior/ Dia
Urso e Pedro tomam café.
Urso - Amor, eu pensei naquilo que você me disse.
Pedro - E aí?
Urso - Vou sair.
Pedro (alegre) - Que maravilha! Eu vou amar isso!
Urso - Você sabe que eu não sou um traficante, certo?
Pedro - Você já me disse algo assim.
Urso - Na verdade, eu tenho um acordo com os traficantes daquele morro. Os traficantes compram e vendem armas, eu recebo um lucro mas não participo disso. Já fiz mediações e vendas mas nunca trabalhei de fato nisso.
Pedro - Mas você ganha lucros, certo?
Urso - Tudo que ganho, volta pro morro em forma de ajuda.
Pedro - Que bacana! O Pedro também ajuda o morro lá mas ele participa mais.
Urso - Eu irei sair do comando. Ainda irei me reuni hoje lá. Ah e o meu nome é limpo na praça.
Pedro - Como assim?
Urso - Não tem nenhuma foto, vídeo ou alguém que tenha me visto, alguém que não seja de confiança, no comando do morro. A polícia não sabe o que faço, tenho o nome limpinho, isso faz eu ser um dos mais respeitados no comando. E foi por isso que eu enlouqueci e quase matei o seu irmão aquele dia.
Pedro - Entendi...
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Cena 12 Casa de Leão/ Sala/ Dia
Leão está tomando café. O telefone toca.
Leão (ligação on) - Alô. É ele mesmo.
Advogado (voz) - Eu gostaria de avisar que a audiência para seu julgamento foi marcado...
Leão - Foram rápidos.
Advogado - Logo logo irei fazer na casa fazer a sua preparação para o julgamento e meus pêsames.
Leão (surpreso) - Pêsames?
Advogado - Sim, a Munique. Foi um morte terrível.
Leão (chocado) - Peraí, a Munique morreu?
Advogado - Você não sabia? Ela foi morta ontem a noite.
Leão - Não! Eu não estou sabendo de nada!
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Cena 13 Apartamento de Heleno/ Dia
Heleno chega em seu apartamento. O homem está com algumas sacolas, ele vê alguém ali. Se assusta e deixa um copo cair.
Heleno (surpreso) - Você? O que você está fazendo aqui?
Heleno caminha até a porta e a abre.
Heleno - Não vai sair? O que você quer? Dinheiro? (Ri) Golpista!
Essa pessoa aponta uma faca.
Heleno (mãos para a cima) - Não me mate! Não me mate!
Essa pessoa joga a faca no homem. A faca pega no abdômen de Heleno. Ele cai ao chão de dor. Essa pessoa quebra um jarro na cabeça dele, ele desmaia.
Essa pessoa liga o gás e fecha as janelas e portas do apartamento.
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Cena 14 Casa do morro de Urso/ Interior/ Dia
Urso e outros homens estão sentados ao redor de uma mesa.
Urso (se levanta) - Eu reuni todos vocês aqui porque tenho um grande comunicado a fazer.
Homem 1 - Diz ae, mano.
Homem 2 - Diga.
Urso - Eu quero deixar de ser o responsável por este morro.
Todos se chocam.
Homem 1 - Mas por quê?
Homem 2 - Você sempre foi um excelente administrador.
Homem 1 - Foi alguma coisa que fizemos?
Homem 2 - A polícia descobriu algo? Você vai nos entregar para a polícia?
Homem 1 - Vamos, nos responda!
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Cena 15 Delegacia/ Dia
Fátima entra em sua sala. Jorge se aproxima.
Jorge - Viu que essa noite a Munique morreu?
Fátima - Fiquei sabendo agora a pouco.
Jorge - É... só nos resta o Fagner vivo.
Fátima - Este assassino deixou uma pista.
Jorge - Qual?
Fátima - Ele sabe que a gente sabe da diferença de data igual... além de câmeras que foram colocadas ao redor da casa das vítimas, temos uma pessoa chave nesse caso... uma não, duas.
Jorge - Uma delas é o Fagner e o outro?
Fátima - Já já chega... (olha no relógio) está quase...
Bate na porta da sala. Uma polícia abre.
Policial - Fátima, um homem está aqui a sua espera.
Fátima - Ótimo! Mande entrar.
Jorge - Você investigando tudo nas caladas!
Fátima - Agora sim iremos pegar esse assassino.
Um homem entra.
Fátima - Sente-se e nos conte sobre seu passado com o Fagner, meu querido.
O homem não é visto quem é.
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Cena 16 Hospital/ Quarto de Matheus/ Dia
Matheus está deitado, Nanda está ali, os dois riem. O médico se aproxima.
Médico - Tenho boas notícias.
Matheus - Eu terei alta?
Médico - Sim, o tiro não foi de raspão mas também não fez estrago. Você já está ótimo, talvez você sinta algum desconforto se fizer algum esforço mas é normal.
Nanda - Muito obrigada, doutor.
Médico - Qualquer problema, me chamem.
O médico sai.
Nanda - E você vai na polícia?
Matheus - Não sei...
Nanda - Eu aposto que não foi bala perdida.
Matheus - Deve ter sido o Thiago... ele está acuado mas não vai longe. O fim dele está próximo!
Nanda - Deve estar mesmo.
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Cena 17 Casa de Eva/ Exterior/ Dia
Maria sai da casa da mãe. Ao tentar entrar no carro, sente algo na cabeça. É uma arma. Thiago a segura.
Thiago - Olá, boneca...
Maria (surpresa) - Thiago? O que você...
Thiago - Cale a boca! Você será meu passaporte, sua desgraçada! Você tava pensando que poderia me destruir? Não! Quem ri por último, ri melhor!
A imagem congela em Maria aflita.
Obrigado pelo seu comentário!