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Saramandaia - capítulo 15

 

SARAMANDAIA


Capítulo 15 ��️

Criada por: Dias Gomes

Adaptada e escrita por: Luan Maciel

Produção Executiva: Ranable Webs


CENA 01.FAZENDA DE TENÓRIO. CASA GRANDE. SALA.

INTERNA. DIA

A câmera vai seguindo os passos de Vitória que vai adentrando

na casa grande totalmente desesperada. Os seus olhos estão

marejados e chorando muito. Tenório começa a perceber que

algo de muito ruim está acontecendo. Vitória se aproxima dele.


VITÓRIA (em prantos): - O senhor sempre teve razão, meu pai.

O Zico Rosado e aquela família são pessoas da pior espécie. A

minha filha foi levada não sei para onde e eu não posso fazer

nada. Eu me sinto tão impotente diante dessa situação.

TENÓRIO (sério): - Eu queria te ajudar, minha filha.Mas com

essas raízes em volta do meu corpo eu não possol fazer

absolutamente nada. Eu sou um estorvo.


VITÓRIA: - Você não é nenhum estorvo, pai. Mas eu te prometo

que eu não vou cometer o erro que eu cometi anos atrás. O Zico

Rosado não vai mexer com minha filha e ficar por isso mesmo.


Vitória está totalmente decidida. Tenório a confronta.


TENÓRIO (firme): - Eu só te peço uma coisa, Vitória. Tome

muito cuidado, pois aquele homem não é de aceitar ser

enfrentado. Eu estou com receio do que ele possa fazer.

VITÓRIA ( corajosa): - Eu não tenho medo do Zico, pai. Ele está

com a minha filha e eu vou fazer o que for preciso para tirar a

Zélia das garras dele. Isso precisa acabar.

TENÓRIO: - Até quando você acha que vai conseguir esconder

da Zélia que ela é filha daquele crápula? Ela merece saber a

verdade, filha. Se ela descobrir sozinha será pior


Vitória não diz nada. Ela sai da casa grande da fazenda em

silêncio profundo. A câmera mostra que Tenório continua

cercado por diversas raízes que vão transformando o local em

algo muito mais peculiar.

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CENA 02. CASA DE LEOCÁDIA. QUARTO DE LUA VIANA.

INTERNA. DIA

As cortinas do quarto estão fechadas e Lua Viana está largado

na cama. Nesse momento Leocádia entra no quarto já abrindo

as janelas e ficando em pé na beira da cama de seu filho. Lua

Viana olha para sua mãe que o encara seriamente.


LEOCÁDIA (séria): - Eu não acredito que com um dia lindo

desses você está nesse quarto trancado, meu filho. Você sofreu

um duro golpe do Zico Rosado, mas você não pode se entregar.

Você perdeu uma batalha, ama essa guerra está longe do fim.

LUA VIANA (abatido): - E o que você quer que eu faça, mãe?

Aquele homem manda e desmanda nessa cidade. Eu quero o

bem do povo de Bole-Bole, mas agora eu não sei o que fazer.

LEOCÁDIA: - Como assim não sabe o que fazer? Nós últimos 3

anos você tem sido o prefeito dessa cidade, e se tem alguém que

pode ajudar a Zélia e o seu irmão esse alguém é você, meu filho.


As palavras de Leocádia surgem efeito em Lua Viana. Ele parece

mais animado e com as esperanças renovadas.


LUA VIANA (caindo na real): - Você está certa, mãe. Eu não

posso entregar essa cidade nas mãos do Zico Rosado, pois é


exatamente isso que ele quer. Obrigado por me fazer ver a

verdade, mãe. Você é um anjo na minha vida.

LEOCÁDIA (sorrindo): - Esse é apenas o meu dever como mãe,

Lua. Agora me prometa uma coisa. Que você, a Zélia e o seu

irmão vão destroçar o Zico Rosado nas urnas. Ele merece passar

essa humilhação diante de toda a população.

LUA VIANA: - É claro que eu prometo, mãe. Essa cidade precisa

de uma reviravolta que faça todos verem quem realmente é o

Zico Rosado. Ele não vai vencer mais essa.


Lua Viana se levanta da cama. Ele e Leocádia se abraçam com

muita força. Os olhos de Lua Viana voltam a brilhar.

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CENA 03. CENTRO DE BOLE-BOLE. RUA LATERAL.

EXTERNA. DIA

Um carro preto muito elegante vem chegando a uma rua

totalmente vazia da cidade. Em questão de segundos Carlito

Prata desce do carro e ele fica parado na frente de um poste

olhando a todo momento para o relógio em seu pulso. Logo

depois Ana Maria vem se aproximando de Carlito Prata e o beija

ardentemente. O vilão retribui o beijo.


ANA MARIA (ardilosa): - Eu sabia que você estava com saudades

dos meus beijos, Carlito. Desde que eu sai de Pedra Azul que

você não me procura. Porque não foi me ver no bataclã?

CARLITO PRATA (sério): - Você acha mesmo que eu vou correr

o risco de me verem naquele antro de quengas? E além do mais

não foi para isso que te chamei. Eu tenho um serviço para você,

Ana Maria. Você vai ter que seduzir e se deitar com uma

pessoa.

ANA MARIA: - Você me conhece muito bem, Carlito. Isso para

mim é muito fácil.Mas você vai ter que mlquem é essa pessoa

que eu terei que levar para a cama?


Carlito Prata tira do bolso uma foto de João Gibão deixando Ana

Maria totalmente muda. Ela não consegue acreditar no que

Carlito Prata está lhe oferecendo.


ANA MARIA (descrente): - Você só pode estar de brincadeira

comigo, Carlito. Você quer que eu leve para a cama o corcunda

da cidade? Nem todo dinheiro do mundo paga esse vexame.

CARLITO PRATA (cínico): - Deixe de falso moralismo, Ana

Maria. Nós dois sabemos que você gosta de dinheiro e o que eu

te oferendo vai ser um passeio no parque para uma quenga

como você. Só assim eu conseguirei ter a Marcina para mim.


ANA MARIA: - Eu sabia que tinha que ter alguma coisa haver

com aquela sonsa. Você só quer me usar para tentar tirar esse

esquisito do seu caminho. (P) Mas realmente você né conhece

né, Carlito. Eu aceito. Mas dessa vez eu quero mais dinheiro.


Carlito Prata sorri maliciosamente. Ele e Ana Maria voltam a se

beijar com muita volúpia. Eles trocam muitas carícias.

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{ALGUM TEMPO DEPOIS}


CENA 04. ARREDORES DE BOLE-BOLE. CATIVEIRO.

QUARTO. INTERNA. DIA

A câmera mostra que Zélia está jogada em um colchão sujo e

com os olhos vendados por uma touca preta. Aos poucos Zélia

começa a ouvir passos vindo em direção dela. Em questão de

segundos ela sente alguém tirar a touca de sua cabeça e quem

está na sua frente é Zico Rosado que a olha com frieza.


ZICO ROSADO (intimidador): - Ora ora…. Adiantou alguma

coisa você querer me enfrentar, garota? Eu te avisei que não iria

deixar que baderneiros como você transformasse essa cidade

em um lugar promíscuo. Aqui quem é a lei sou eu.


ZÉLIA (furiosa): - Você acha que eu não sei o porquê de você

estar fazendo isso, seu maldito? Você nunca superou o chute

que a minha mãe te deu anos atrás. Como você é patético.

ZICO ROSADO: - Vocês jovens são engraçados. Querem mudar

o mundo, mas a realidade é mais cruel do que possam

imaginar. Quando a sua mãe me abandonou eu prometi que

iria se vingar de todos vocês e você está sendo uma pedra no

meu sapato.


Zélia esboça um sorriso tímido. Zico Rosado fica irritado.


ZÉLIA (corajosa): - Sabe de uma coisa, Zico Rosado?! Esse lugar

imundo, essa sua cara de ameaça não me coloca medo. (P) Você

nunca vai chegar aos pés da minha mãe. Essa é a verdade.

ZICO ROSADO (sério): - Eu quero ver esse se um sorrisinho

sumir quando eu for eleito prefeito de Bole-Bole. Aí então eu

terei o maior prazer de te expulsar da minha cidade.

ZÉLIA: - Isso nunca vai acontecer, desgraçado. Eu mesma vou

me garantir de que isso não venha acontecer. Nós vamos te

derrotar nas urnas e essa cidade ficará livre de você.


Zico Rosado vai embora deixando Zélia completamente

sozinha. A câmera mostra que ela está muito tensa.


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CENA 05. CASA DO PROFESSOR ARISTÓBULO. SALA

PRINCIPAL. INTERNA. DIA

A porta da casa vai se abrindo mostrando ser um local

totalmente soturno e com uma decoração bem diferente. Em

um close mais fechado podemos ver Risoleta entrando e do alto

da escada da casa ela é observada pelo Professor Aristóbulo que

a encara com certo receio. Risoleta percebe.


PROFESSOR ARISTÓBULO (sério): - O que você veio fazer aqui,

Risoleta? Depois de tudo que aconteceu na noite passada eu

pensei que você nunca mais fosse querer me ver.

RISOLETA (tomando coragem): - Eu sinceramente até agora

não consigo acreditar no que os meus olhos viram na noite

passada. Mas eu sei que tem algo que me arrasta até aqui.

PROFESSOR ARISTÓBULO: - Você não deveria ter vindo,

Risoleta. É muito perigoso você ficar perto de mim.


Se enchendo de coragem Risoleta vai subindo as escadas da

casa. Em questão de segundos ela fica na frente do Professor

Aristóbulo que olha para Risoleta com seriedade.


PROFESSOR ARISTÓBULO (respirando fundo): - Porque veio

atrás de mim, Risoleta? Você viu o monstro que eu me

transformei. Você deveria estar com medo de mim.

RISOLETA (bem direta): - Eu vou sincera com você, Professor.

Quando eu te conheci eu senti uma energia diferente vindo de

você. Agora eu entendo o que era. Não tente me afastar, pois

você não vai conseguir. Eu sei que você sente o mesmo.

PROFESSOR ARISTÓBULO: - Porque você está fazendo isso,

Risoleta? Isso é muito perigoso. Eu apenas…..


Risoleta interrompe a fala do Professor Aristóbulo com

um.beijo ardente que deixa ele totalmente sem reação.

TRILHA SONORA: https://youtu.be/mbNEm1fdTXw

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CENA 06. HOSPITAL DE BOLE-BOLE. CORREDOR.

INTERNA. DIA

João Gibão vai saindo da porta do quarto onde Marcina está

cuidando de seu pai. Nesse momento ele é surpreendido com a

chegada de Dona Redonda que vai caminhando em sua direção

e com uma raiva no olhar que ele já conhece há muito tempo.


DONA REDONDA (preconceituosa): - Olha só quem eu vejo na

minha frente?!! Exatamente quem eu estava procurando. (P)

Que história de você concorrer à prefeitura contra o Zico

Rosado? Já não bastou aquela vergonha que você e seus amigos

passaram no plebiscito pelo nome da cidade?

JOÃO GIBÃO (sério): - Isso não é hora nem lugar para falar

sobre isso, Dona Redonda. E além do mais eu não devo

satisfação de absolutamente nada para uma mulher tão

preconceituosa como você. É melhor você ir embora.

DONA REDONDA: - Que grosseria. A sua mãe deveria ter te

dado mais educação, seu esquisito. Essa cidade está cada vez

mais em decadência. Um corcunda querer ser prefeito é

realmente o fim da picada. Mas isso não vai acontecer.


João Gibão enfrenta Dona Redonda sem medo. Logo depois a

porta do quarto ao lado volta a abrir e Marcina sai de lá.


DONA REDONDA (cínica): - Agora sim o circo está completo.

Você deveria ter vergonha de estar ao lado desse esquisito,

Marcina. Realmente a sua mãe estava certa. Você é uma

decepção. Eu teria vergonha de ser sua mãe.

JOÃO GIBÃO (nervoso): - Escuta uma coisa, Dona Redonda.

Uma coisa é me ofender e eu não ligo. Mas eu não vou admitir


que você ofenda a Marcina na minha frente. Ela é muito melhor

do que vocês bestas que se escondem atrás da igreja para

disseminar os seus preconceitos. Você é digna de pena.

MARCINA: - Pode deixar, João. Essa mulher não tem jeito. Ela é

igual a minha mãe. São pessoas sem caráter nenhum.


João Gibão e Marcina voltam a entrar no leito. A câmera mostra

o ódio no olhar de Dona Redonda que está possessa.

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CENA 07. CASARÃO DA FAMÍLIA ROSADO. SALA DE ESTAR.

INTERNA. DIA

A câmera mostra que Zico Rosado vai entrando no casarão e ele

fica muito nervoso ao ver Vitória parada em sua frente. Sem

fizer nenhuma palavra, Vitória se aproxima de Zico Rosado e

lhe dá um tapa na cara. Ela o encara com raiva.


VITÓRIA (desesperada): - Onde está a minha filha, Zico? Eu não

estou de brincadeira com você. Se você não me falar onde a

Zélia está eu juro que eu não respondo por mim.

ZICO ROSADO (maquiavélico): - Hoje você está pagando por

um erro que você cometeu há 30 anos, Vitória. Eu vou destruiu

tudo aquilo que você mais ama. Entendeu?


VITÓRIA: - O que foi que houve com você? Esse homem que eu

estou vendo na minha frente não é o mesmo por quem um dia

eu fui apaixonada. Você é um tirano, Zico. Eu quero a minha

filha de volta. Me diga logo onde ela está.


Vitória segura Zico Rosado pelo colarinho da camisa. Sem que

eles percebam, Dona Cândida está ouvindo toda a conversa.


ZICO ROSADO (desabafando): - Eu te amava, Vitória. Mas tudo

que eu sinto por você hoje é ódio. Eu quero que você sinta a

mesma dor que eu senti no dia que você me abandonou.

VITÓRIA (séria): - Eu cansei de tentar te fazer entender a

verdade, Zico. O que eu quero nesse momento é levar minha

filha de volta. Essa é a sua última chance. Cadê a minha filha?

ZICO ROSADO: - Se depender de mim você nunca mais verá

aquela infeliz da sua filha, Vitória. Eu disse que iria me vingar.

VITÓRIA (gritando): - Não faz isso, Zico. Você não entende a

gravidade da situação. (T) A Zélia é sua filha…..


A câmera mostra o choque no olhar de Zico Rosado. Aos

poucos.as formigas começam a sair do nariz do vilão

demonstrando o seu nervosismo. Dona Cândida não consegue

acreditar no que ela está ouvindo.


A imagem congela no olhar vazio de Zico Rosado. Aos poucos a

imagem vai ganhando um efeito como se transformasse em

uma moldura.


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