SARAMANDAIA
Capítulo 17 ��️
Criada por: Dias Gomes
Adaptada e escrita por: Luan Maciel
Produção Executiva: Ranable Webs
CENA 01. BOLE-BOLE. RUAS DA CIDADE. EXTERNA. DIA
A câmera mostra a decepção no olhar de Marcina. João Gibão
vai chegando perto de Marcina, mas ela o olha com misto de
raiva e mágoa. Enquanto isso Ana Maria sorri e Zélia percebe
que algo de errado está acontecendo.
MARCINA (decepcionada): - Porque você fez isso comigo, João?
Eu te amo tanto, e é assim que você me paga? Eu jamais
imaginei que você fosse capaz de fazer isso comigo.
JOÃO GIBÃO (tentando se desculpar): - Marcina…. Por favor me
deixa tentar explicar. Eu não conheço essa mulher. Eu não tive
tempo de tentar afastar ela. Você precisa acreditar em mim.
ANA MARIA: - Não precisa ficar fingindo, João. Eu sei que você
amou o meu beijo. Se quiser mais é só me dizer.
Marcina fica totalmente fora de si. Ela avança em Ana Maria,
mas ela é impedida por Zélia e João Gibão deixando todos os
presentes de queixo caído. Carlito Prata olha tudo a distância.
ZÉLIA (sensata): - Isso não vale a pena, Marcina. Não vale a
pena se sujar por causa dessa quenga. Você pode deixar que ela
acabe com o que você sente pelo João. Pensa bem.
JOÃO GIBÃO (suplicando): - Por favor Marcina vamos
conversar. Você é mais importante para mim do que qualquer
coisa. É só quero que você me ouça. Por favor.
MARCINA: - Eu não sei, João. Eu estou muito decepcionada
com você. Eu preciso ficar um pouco sozinha. Eu só peço que
você tente me entender. Isso é demais para mim.
Marcina dá as costas e vai embora. João Gibão pensa em ir atrás
dela, mas Zélia não permite. De longe Carlito Prata sorri
satisfeito. Ana Maria lança um olhar de deboche.
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CENA 02. PREFEITURA DE BOLE-BOLE.SALA DO PREFEITO.
INTERNA. DIA
Zico Rosado vem entrando na sala do prefeito, e ele se espanta
ao ver Lua Viana sentado na cadeira do prefeito. Nesse
momento Zico Rosado fica muito nervoso e as formigas
começam querer sair por seu nariz. Ele age rápido e coloca um
lenço sobre o nariz para abafar o que está acontecendo.
LUA VIANA (sorrindo): - Ora ora…. Finalmente você apareceu.
Da última vez que a gente se viu você estava nesse mesmo lugar
que está agora e me fez cair em um golpe do qual me deixou
sem reação. Mas agora a história é diferente. Eu não sou mais
aquele prefeito bobo que você conheceu. Eu mudei, Zico
Rosado.
ZICO ROSADO (ameaçador): - Já acabou o seu showzinho, Lua
Viana? O que você veio fazer aqui? Ainda não caiu a ficha que
você foi exonerado e que a população não te quer mais aqui?
LUA VIANA: - Eu tentei impedir que o João e a Zélia te
enfrentassem, pois eu sei muito bem do que você é capaz. Mas
agora eu quero acabar com tudo que você representa.
Zico Rosado sorri maliciosamente. Lua Viana se levanta e
encara o vilão que não gosta nenhum pouco disso.
ZICO ROSADO (sério): - Sabe qual sempre foi o seu problema,
Lua Viana? Você confiou demais no povo dessa cidade. Agora
eles querem alguém que possa resolver os problemas nessa
cidade. E a primeira coisa que eu vou fazer é acabar com você e
o seu irmão. A Zélia é situação a parte que tenho que resolver.
LUA VIANA (nervoso): - Nem pense em fazer nada com a Zélia,
seu desgraçado. Eu não respondo por mim se algo acontecer
com ela, Zico Rosado. Eu estou te avisando.
ZICO ROSADO: - E porque eu iria fazer algum mal contra ela,
Lua Viana? Se eu tenho algumas pendências que resolver com
ela. E além disso ela é minha filha. Mas disso você não sabia.
Lua Viana fica sem palavras diante da revelação de Zico Rosado.
Ele não acredita, mas Zico Rosado parece falar a verdade.
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CENA 03. ARREDORES DE BOLE-BOLE. CAMPO DE FLORES.
EXTERNA. DIA
Um carro vem se aproximando de um campo de flores que
saltam aos olhos. Logo depois, Estela e Helena descem do carro
e Estela não consegue entender o que elas estão fazendo ali.
Helena olha para sua filha com muita cumplicidade.
ESTELA (sem entender): - Eu não estou conseguindo entender o
que estamos fazendo aqui, mãe? Por que você me trouxe até
esse campo de flores? Por favor me explica. Estou confusa.
HELENA (ponderando): - Nós últimos dias estou te sentindo
muito abatida, minha filha. Eu sei que essa guerra do seu pai
contra os Villar cobra o seu preço. Mas não é justo que você uma
inocente seja quem tem que pagar por tudo isso. É por isso que
eu trouxe uma pessoa que vai te alegrar.
Estela se vira e fica chocada ao ver Pedro parado em sua frente.
Sem dizer nada Pedro a beija apaixonadamente. Helena sorri.
Trilha Sonora: https://youtu.be/4SiEP31tyjU (Palavras ao Vento
– Cássia Eller)
PEDRO (olhando sinceramente): - Eu nunca mais pretendo
ficar longe de você, Estela. Aquele dia que a gente se conheceu
na estação de trem foi o dia mais feliz da minha vida. (P) Não
importa a história que os nossos pais tenham. Eu quero ficar
perto de você e isso é algo que eu não abro mão.
ESTELA (emocionada): - Eu nem sei o que dizer. Muito
obrigada por não desistir de mim, Pedro. (T) Mãe…. A senhora
consegue sempre me surpreender. Me deixou sem palavras.
HELENA: - Quando o seu pai descobrir o que eu fiz ele vai vir
para cima de mim, mas eu não me importo. O que realmente
importa é a sua felicidade, minha filha. Você merece ser feliz.
Estela fica muito agradecida. Ela e Pedro voltam a se beijar com
muita paixão. A câmera mostra o brilho no olhar de Helena.
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CENA 04. CASA DE MARIA APARADEIRA E SEU CAZUZA.
SALA. INTERNA. DIA
Close em Marcina que entra na casa totalmente desamparada.
Em seguida Maria Aparadeira vem ao seu encontro com um
semblante sério e de poucos amigos. Marcina não consegue
segurar as lágrimas e ela desaba na frente de sua mãe que não
demonstra nenhuma reação.
MARIA APARADEIRA (fria): - O que você veio fazer aqui, sua
ingrata? Não preferiu ficar com aquele corcunda do que com
sua própria família? Essas suas lágrimas não me enganam.
MARCINA (triste): - Porque você tem que ser assim, mãe? O
João me decepcionou ao beijar aquela quenga, mas você não dá
um refresco. Só o meu pai consegue me entender.
MARIA APARADEIRA: - Eu não lamento isso ter acontecido
com você, Marcina. Eu te avisei várias vezes que aquele
esquisito do João Gibão não era de confiança. Mas você não quis
me ouvir. Você está pagando por sua teimosia.
As lágrimas vão saindo dos olhos de Marcina com mais
intensidade. Nesse momento Seu Cazuza adentra na sala e
tenta confortar a sua filha. Maria Aparadeira o encara.
SEU CAZUZA (sério): - O que é que você tem correndo em duas
veias, Maria? A nossa filha está aqui inconsolável e você só
consegue pensar em si mesma? Você é desprezível.
MARIA APARADEIRA (orgulhosa): - E como você pensou que eu
iria agir, homem? Eu fiz de tudo por essa garota e ela né
agradece se envolvendo com alguém que não possui nenhum
futuro como o João Gibão. Eu acho é pouco que ela esteja
sofrendo desse jeito.
MARCINA: - Está tudo bem, pai. Eu já esperava por esse
comportamento da minha mãe. (P) Não precisa se preocupar,
dona Maria Aparadeira. Eu nunca vou precisar de você para
nada a partir de hoje. Pode certeza disso.
SEU CAZUZA (sereno): - Vamos até o seu antigo quarto, minha
filha. Eu quero saber o porquê de você estar assim. E não se
importe com os resmungos da sua mãe. Ela é assim mesmo.
Seu Cazuza vai levando Marcina para fora da sala. A câmera
fica no olhar raivoso de Maria Aparadeira. Ela está muito
furiosa.
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CENA 05. BATACLÃ "ARCO-ÍRIS". SALA PRINCIPAL.
INTERNA. DIA
Risoleta bem descendo as escadas do bataclã quando ela fica
cara a cara com Dona Cândida que a encara de um jeito bem
frio e manipulador. Risoleta olha para Dona Cândida que deixa
transparecer uma fragilidade jamais vista antes.
RISOLETA (sarcástica): - Quando uma das minhas meninas me
disse eu não quis acreditar. A poderosa Cândida Rosado em
meu bataclã. O que você veio fazer aqui, sua cobra? Se hoje eu
não estou com a minha filha a culpa é sua.
DONA CÂNDIDA (séria): - Eu sei que eu errei com você,
Risoleta. Te afastar do convívio da minha neta não foi o melhor
dos meus momentos. Mas eu estou aqui para te pedir perdão.
RISOLETA: - Eu não acredito em nenhuma palavra que sai da
sua boca, Cândida. Você deve estar querendo me armar alguma
arapuca. Já vou te avisando que eu não sou tão inocente assim.
Risoleta mantém em sua postura bem rígida. Dona Cândida
demonstra estar arrependida. Mas Risoleta não acredita.
RISOLETA (desabafando): - Sabe por quantas vezes eu quis ter a
minha filha perto de mim? Eu fui expulsa dessa cidade sem ter
feito absolutamente nada. E tudo pelo seu preconceito.
DONA CÂNDIDA (ponderando): - Eu acreditava que você não
era o tipo de mulher certa para o meu filho. E além do mais o
casamento do Zico com a Helena trouxe muitas vantagens
econômicas para a minha família. Mas sinceramente eu me
arrependo do que eu te fiz passar anos atrás.
RISOLETA: - Eu espero que esse sentimento de culpa te destrua
por dentro, Cândida. Hoje eu sou um mulher com posses e eu
vou recuperar o amor da minha filha custe o que custar.
Dona Cândida fica estremecida com a atitude de Risoleta. Ela
vai embora com um semblante de muita tristeza. Risoleta
apenas observa.
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CENA 06. RUAS DE BOLE-BOLE. MANIFESTAÇÃO.
EXTERNA. DIA
A manifestação em prol da candidatura de João Gibão continua
a todo vapor. Zélia pega um megafone e vai incentivando as
pessoas a votarem em João Gibão por uma cidade melhor.
Nesse momento Lua Viana a pega pelo braço de um jeito firme.
LUA VIANA (sério): - Zélia…. Finalmente eu te encontrei. Eu
estou precisando falar com você. A gente precisa sair do meio
desse mar de gente. Tem algo que eu preciso te contar.
ZÉLIA (sussurrando): - Agora não tem como, Lua. Eu estou aqui
lutando para mudar o rumo dessa cidade. Não queira tentar me
impedir. Eu sei o que você pensa a respeito disso.
LUA VIANA: - Não estou aqui para te impedir de nada, Zélia.
Mas o que eu tenho para te contar é algo muito sério. Você vai
ver que eu estou falando a verdade. Acredita em mim.
Lua Viana puxa Zélia para fora da manifestação. A câmera
mostra a seriedade no olhar de Zélia. Lua Viana está sério.
ZÉLIA (nervosa): - Que saco, Lua. Será que você não podia
esperar até a manifestação acabar? Diga logo de uma vez o que
você tanto quer me contar. Espero que valha a pena.
LUA VIANA (firme): - Eu estive com o Zico Rosado na
prefeitura. Ele não desistiu de acabar com a gente. Mas ele
fosse que tem algo reservado que você nunca vai esquecer.
ZÉLIA: - Eu não estou acreditando que você me tirou da
manifestação para falar daquele desgraçado do Zico Rosado. Eu
não me importo com o que ele faça ou deixe de fazer, Lua.
LUA VIANA (preocupado): - Você não está entendendo a
gravidade da situação, Zélia. O Zico Rosado disse que tem algo
especial reservado para você, pois você é filha dele. Agora você
está entendendo do que eu estou tentando falar?
O semblante de Zélia fica totalmente descrente. Ela fica em
estado de choque. Lua Viana tenta ajudar, mas ela se recusa
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CENA 07. RUAS DE BOLE-BOLE. VIELA. EXTERNA. DIA
A câmera acompanha os passos de Ana Maria pela viela até que
ela se encontra com Carlito Prata e o beija ardentemente. O
vilão a pega no colo de uma forma sexy e depois a beija
novamente. Em seguida eles comemoram.
ANA MARIA (sorrindo): - Você tinha razão, gato. Foi tão fácil
enganar aquele corcunda. Ele acreditou em cada uma das
minhas palavras. Como ele é inocente.
CARLITO (sorrindo): - Eu bem que te avisei, Ana Maria. Agora o
próximo passo é acabar com o resto da reputação que aquele
maldito tem. E assim a Marcina finalmente vai ser minha.
Carlito Prata e Ana Maria voltam a se beijar com muita volúpia.
Nesse momento eles são surpreendidos por João Gibão que os
olha com um misto de raiva e descrença.
JOÃO GIBÃO (sério): - Eu deveria imaginar que você estava por
trás de tudo isso, Carlito. Isso foi baixo até mesmo para você. A
Marcina nunca vai acreditar nessa armação. O seu plano vai
falhar e você sabe muito bem disso.
CARLITO PRATA (maquiavélico): - Você achou mesmo que eu
iria permitir que a Marcina ficasse com um monstro como
você? Acorda para a vida, João Gibão. Até mesmo uma quenga
tem nojo de você. Você é uma monstruosidade.
ANA MARIA: - Eu senti muita repulsa ao te beijar. Mulher
nenhuma teria coragem de amar alguém como você. Não sei o
que essa Marcina possa ter visto em alguém tão repugnante.
JOÃO GIBÃO (furioso):- Quanto tempo você acha que essa
mentira vai durar, Carlito? Eu vou agora mesmo para a casa da
Marcina e ela vai saber que isso tudo não passa de uma armação
sua. Aí eu quero ver o que você vai dizer.
João Gibão da as costas para Carlito Prata e Ana Maria. Sem
pensar duas vezes o vilão pega um pedaço de madeira que ele
encontra no chão e acerta em cheio a cabeça de João Gibão que
vai desmaiado no chão. Ana Maria olha apreensiva.
A imagem congela em João Gibão desmaiado no chão. Aos
poucos a imagem vai ganhando um efeito como se
transformasse em uma moldura.
Obrigado pelo seu comentário!