CAMINHOS
novela de MIGUEL VICTOR
direção geral RICARDO WADINGTON
CAPÍTULO 22 - ÚLTIMAS SEMANAS
CENA 01. RECEPÇÃO DO TRIBUNAL. DIA
Yedda, ainda abalada pelo tapa recebido, se aproxima cautelosamente de Clara, que está
de pé, se recompondo do momento de raiva. Clara olha para Yedda com frieza e
determinação.
Yedda: Clara, eu... Eu sinto muito. Fui longe demais e agi de forma inapropriada. Peço
desculpas sinceramente pelo que aconteceu.
Clara encara Yedda por alguns segundos, avaliando sua expressão de arrependimento. Ela
suspira profundamente antes de responder, mantendo sua postura firme.
Clara: Desculpas não vão apagar o que você fez, Yedda. Eu não vou sossegar até ver você
atrás das grades, pagando por todas as mentiras e manipulações.
Yedda balança a cabeça, compreendendo a determinação de Clara. Ela abaixa os olhos,
sabendo que não há mais o que dizer para amenizar a situação.
Yedda: Eu entendo. Mas saiba que também estou disposta a lutar pelos meus interesses e
pela verdade.
Clara olha fixamente para Yedda por um momento, sem mostrar qualquer sinal de ceder.
Em seguida, ela se afasta, voltando sua atenção para seu advogado. Clara se afasta,
deixando Yedda sozinha com seus pensamentos. Yedda olha ao redor.
CORTE:
CENA 02. TRIBUNAL. FRENTE. DIA
INT. ENTRADA DO TRIBUNAL - DIA
Uma multidão de repórteres, fotógrafos e curiosos se aglomera ao redor da entrada do
tribunal, ansiosos para capturar qualquer informação sobre o caso de Yedda. Uma
jornalista, vestida com um traje formal e segurando um microfone, faz um relato em frente à
câmera.
Jornalista: Estamos aqui em frente ao tribunal, onde a audiência de Yedda, acusada de
diversas irregularidades relacionadas à inteligência artificial JOE, acaba de ser encerrada.
No entanto, a próxima audiência ainda não tem data marcada.
Enquanto a jornalista fala, Clara emerge da entrada do tribunal, seguida por seu advogado.
Ela é imediatamente cercada pelos repórteres, todos tentando conseguir uma entrevista
exclusiva.
Jornalista: Clara, por favor, podemos ter uma palavra com você? Nossos telespectadores
estão ávidos por mais informações sobre o caso. O que você tem a dizer?
Clara olha ao redor, com expressão cansada e decidida. Ela dá um passo para trás, se
distanciando dos repórteres.
Clara: Desculpe, mas não estou concedendo entrevistas no momento. Peço que respeitem
minha privacidade.
A jornalista tenta argumentar, mas Clara mantém sua posição, firme e determinada.
Jornalista: Clara, as pessoas querem saber sua versão dos fatos. O que você tem a dizer
sobre as acusações contra Yedda?
Clara: Minha versão dos fatos será apresentada no tribunal, onde deve ser ouvida. Peço
que entendam e respeitem esse processo.
Clara vira as costas para a jornalista e segue em direção ao seu carro, seu advogado ao
seu lado. A jornalista assiste, frustrada, enquanto Clara se afasta.
Jornalista: Aparentemente, Clara não está disposta a compartilhar detalhes do caso no
momento. Continuaremos acompanhando de perto e traremos mais informações assim que
disponíveis.
A jornalista volta sua atenção para a câmera, encerrando a reportagem enquanto os
repórteres se dispersam, cientes de que terão que aguardar por mais detalhes.
CORTE:
CENA 03. OFICINA JULIANO. DIA
Juliano está de pé, encarando Cassandra com raiva. Cassandra, por sua vez, cruza os
braços, exibindo um sorriso de deboche.
Juliano: Você engravidou de propósito, não é? Você armou tudo para me prender a você!
Cassandra balança a cabeça, mantendo sua expressão desafiadora.
Cassandra: Oh, por favor! Como se eu precisasse de um bebê para segurar um homem
como você. Não seja tão convencido, Juliano.
Juliano soca a parede próxima a ele, liberando sua frustração.
Juliano: Eu não tenho dúvidas de que isso foi um golpe seu, Cassandra. Mas vou assumir
essa responsabilidade. Vou cuidar dessa criança e dar a ela tudo o que ela merece, mesmo
que você não mereça nada!
Cassandra solta uma risada cínica, desdenhando das palavras de Juliano.
Cassandra: Oh, que nobreza da sua parte, Juliano. Agora vai ser o pai do ano, não é? Pode
fazer o que quiser, mas acredite, não vou facilitar as coisas para você.
Juliano respira fundo, tentando controlar sua raiva e se aproxima de Cassandra.
Juliano: Não estou fazendo isso por você, Cassandra. Estou fazendo pelo meu filho ou filha,
porque ele ou ela merece um pai presente. Mas não pense que isso vai nos aproximar ou
mudar o que aconteceu entre nós.
Cassandra solta um suspiro teatral e vira as costas para Juliano.
Cassandra: Você pode acreditar no que quiser, Juliano. Mas saiba que eu vou garantir que
você cumpra sua palavra.
Juliano olha para Cassandra com desconfiança, sabendo que os desafios ainda estão por
vir.
Juliano: Então seja o que for, estou preparado. Farei o que for necessário pelo bem dessa
criança.
Cassandra solta um sorriso malicioso e sai da oficina, deixando Juliano sozinho com seus
pensamentos e a realidade do que está por vir.
CORTE:
CENA 04. CASA CLARA. SALA. NOITE
Clara e Norma sentadas no sofá, conversando.
Norma: Não adianta me enrolar, Clara. Me conta logo como foi esse julgamento.
Clara: A audiência foi intensa, mãe. O advogado de Yedda tentou intimidar, mas eu me
mantive firme em meu depoimento. O juiz decidiu adiar a próxima audiência...
Antes que Clara possa continuar, a porta se abre e Cassandra entra, com um sorriso
debochado no rosto.
Cassandra: Surpresa, surpresa! Adivinhem só quem está grávida?
Clara e Norma se viram para Cassandra, chocadas. Norma coloca a mão no peito,
parecendo atordoada.
Norma: Grávida? Cassandra... isso é verdade?
Cassandra caminha até o centro da sala, aproveitando o choque que causou.
Cassandra: Sim, mãe, estou grávida. Aparentemente, mesmo com todos os seus esforços
em proteger Clara, ela não é a única com grandes novidades. A vida é cheia de ironias, não
é?
Norma, sentindo a pressão do momento, parece tonta e frágil. Ela coloca a mão na testa e
seu rosto empalidece.
Clara: Mãe, você está bem?
Norma se esforça para falar, mas acaba desmaiando, caindo no chão.
Clara: Mãe! Mãe, acorde!
Clara se ajoelha ao lado de Norma, em pânico. Cassandra, ainda com seu sorriso de
deboche, olha a cena sem demonstrar qualquer remorso.
Cassandra: Que comoção, não é? Será que o julgamento da Clara vai sobreviver a todo
esse drama?
Clara olha furiosamente para Cassandra, mas sua preocupação com Norma vem em
primeiro lugar.
Clara: Chame uma ambulância! Rápido!
Cassandra cruza os braços, enquanto Clara desesperadamente tenta reviver sua mãe.
CORTE:
CENA 05. APART CATERINE. SALA. NOITE
Caterine está sentada no sofá, com o olhar perdido e o rosto abatido. Ela parece abalada e
triste. Gabi se aproxima dela, preocupada, e se senta ao seu lado.
Gabi: Caterine, como você está se sentindo?
Caterine suspira, deixando escapar a tristeza que a consome.
Caterine: Eu estou me sentindo péssima, Gabi. Aquela vaia durante a palestra... foi
devastador. Eu me preparei tanto, queria compartilhar meu conhecimento, mas fui recebida
com desdém.
Gabi coloca a mão no ombro de Caterine, oferecendo conforto.
Gabi: Eu entendo como você se sente. É doloroso ser criticada e rejeitada daquela forma,
especialmente quando nos dedicamos tanto a algo. Mas lembre-se de que uma vaia não
define quem você é nem o seu valor.
Caterine olha para Gabi, com os olhos marejados.
Caterine: É difícil não levar para o lado pessoal, Gabi. Aquelas palavras ecoam na minha
mente, e eu começo a duvidar de tudo que eu acredito.
Gabi segura as mãos de Caterine com carinho, transmitindo apoio.
Gabi: Você é uma pessoa incrível, Caterine. Sua inteligência e luta para que as pessoas
possam ser quem são é admirável. Não permita que a opinião de algumas pessoas abale
sua confiança. Continue lutando pelo que acredita e mostrando ao mundo o seu valor.
Caterine: Obrigada, Gabi. Eu vou superar essa experiência e me fortalecer com ela.
As duas se abraçam, compartilhando um momento de apoio e compreensão.
CORTE:
CENA 06. HOSPITAL. RECEPÇÃO. NOITE
Clara está sentada na sala de espera do hospital, ansiosa e preocupada. O Doutor adentra
a sala e se aproxima de Clara.
Clara: Doutor, como está a minha mãe? Ela vai ficar bem?
Doutor: Clara, sua mãe precisa de repouso absoluto. Ela sofreu um desmaio e, após os
exames, constatamos que está com uma pressão arterial elevada. Nada grave, mas é
essencial que ela descanse e evite qualquer esforço.
Clara suspira aliviada por não ser algo mais grave, mas mantém a preocupação estampada
em seu rosto.
Clara: Ela vai precisar ser internada?
Doutor: Não, não será necessário. Vamos prescrever alguns medicamentos para controlar a
pressão e recomendar repouso em casa. Com os devidos cuidados, ela estará bem em
breve.
Clara assente, agradecida pelas informações.
Clara: Obrigada, doutor. Farei o possível para cuidar dela e garantir que siga todas as
recomendações médicas.
Doutor: Isso é muito importante, Clara. O apoio e cuidado familiar fazem toda a diferença na
recuperação. Tenho certeza de que sua mãe estará em boas mãos.
Clara: Pode deixar, doutor. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudá-la a se
recuperar.
Doutor: Bom, mas eu recomendo, além de repouso e os medicamentos, que sua mãe evite
ficar tão nervosa ou estressada, como ficou para chegar aqui hoje.
Clara: Ok, doutor. Obrigada.
Clara agradece novamente e o Doutor se retira.
CORTE:
CENA 07. BAR. NOITE
Yedda está sentada em um canto do bar, com uma expressão triste no rosto. Ela segura um
copo de bebida, perdida em seus pensamentos. O ambiente é movimentado e barulhento,
as pessoas conversam e riem ao redor. Milton adentra o bar, olhando ao redor em busca de
um lugar para sentar. Seus olhos encontram Yedda, e um lampejo de reconhecimento passa
por seu rosto. Ele decide se aproximar dela. Milton se senta ao lado de Yedda, chamando a
atenção dela.
Milton: Yedda?
Yedda levanta os olhos, surpresa ao ver Milton ao seu lado. Ela esboça um leve sorriso.
CORTE:
FIM DO CAPÍTULO 22
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E dia 26, vai começar a sua nova novela das nove... De Gabriel Ferreira, Amor de Verão.
Confira a primeira chamada da nova novela do Ranable Webs:
https://ranablewebs.blogspot.com/2023/06/amor-de-verao-chamada-01.html
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