CAMINHOS
novela de MIGUEL VICTOR
direção geral RICARDO WADDINGTON
CAPÍTULO 23 - ÚLTIMOS CAPÍTULOS
CENA 01. BAR. NOITE
Yedda levanta os olhos, surpresa ao ver Milton ao seu lado. Ela esboça um leve sorriso,
mas a tristeza ainda é visível em seu olhar.
Yedda: Milton... não esperava te encontrar aqui.
Milton: Percebi que você estava abatida. Posso me sentar?
Yedda acena positivamente com a cabeça, e Milton se acomoda ao lado dela.
Milton: O que aconteceu, Yedda? Você não parece estar bem.
Yedda: As coisas não estão fáceis, Milton. Meu mundo desmoronou... meu projeto, minha
reputação... tudo está se desfazendo.
Milton coloca a mão suavemente sobre a dela, em um gesto de apoio.
Milton: Sinto muito por tudo o que você está passando, Yedda. Eu sei o quanto o seu
trabalho significava pra você. eu sei que tudo isso está sendo muito difícil para você. Mas
você precisa ser forte.
Yedda: Eu... eu não aguento mais, Milton. Ver Clara passar por tudo isso, enfrentar
julgamentos, ser exposta... é demais para mim.
Milton acolhe Yedda em um abraço reconfortante, permitindo que ela chore em seus
ombros. Ele afaga seus cabelos suavemente, transmitindo apoio.
Milton: Eu entendo como é doloroso ver alguém que amamos passar por um momento tão
difícil. Mas lembre-se, Yedda, você não está sozinha nessa batalha. Estamos aqui para te
apoiar.
Yedda ergue o olhar para Milton, seus olhos encontrando os dele. Há uma conexão intensa
entre eles, um entendimento mútuo.
Milton: Eu... eu sinto muito, Milton. Eu não queria te envolver nisso tudo.
Milton: Não se desculpe, Yedda. Eu estou aqui porque quero estar. Eu me importo com
você, com o que você está passando.
Os olhares de Yedda e Milton se encontram por um momento, e um clima de tensão
romântica preenche o ar. Yedda tenta desviar o olhar, mas Milton segura seu rosto
delicadamente, aproximando-se lentamente. Os lábios de Yedda se encontram com os de
Milton em um beijo suave, repleto de sentimentos reprimidos. Apesar da resistência inicial,
Yedda se deixa levar pelo momento, entregando-se ao carinho e à paixão que surge entre
eles. O beijo se intensifica, tornando-se mais profundo e apaixonado. Eles se perdem no
momento, esquecendo temporariamente das preocupações e tristezas que os cercam. A
música e os sons do bar continuam a tocar ao fundo, enquanto Yedda e Milton se entregam
àquele momento de conexão e alívio.
CORTE:
CENA 02. CASA CLARA. SALA NOITE
Clara entra em casa, voltando do hospital. Ela fecha a porta com força e respira fundo,
tentando conter a raiva que cresce dentro dela. Cassandra está sentada no sofá, com um
sorriso de deboche no rosto.
Clara: Você não tem vergonha, Cassandra? Ficar grávida só para segurar Juliano a você?
Isso é um golpe baixo!
Cassandra solta uma risada sarcástica e cruza os braços, exibindo um ar de superioridade.
Cassandra: Oh, Clara, você não entende nada. Eu sempre soube que Juliano seria meu, e
agora que estou esperando um filho dele, ele vai ser meu para sempre.
Clara se aproxima de Cassandra, com os punhos cerrados, mas se contém a tempo.
Clara: Você é patética, Cassandra. Acha mesmo que um filho vai garantir o amor e a
fidelidade de Juliano? Isso não passa de um jogo sujo!
Cassandra se levanta do sofá, desafiadora, e se aproxima de Clara.
Cassandra: Ah, Clara, você é tão ingênua. Juliano sempre me desejou, e agora, com um
filho a caminho, ele vai se ver preso a mim. E você? Bem, você será apenas uma
lembrança.
Clara olha para Cassandra com um misto de tristeza e frustração. Ela tenta se manter firme
diante das provocações, mas a situação a afeta profundamente.
Clara: Você pode se orgulhar de ter conseguido o que queria, Cassandra. Mas não pense
que vou bater em você. A única razão pela qual estou me segurando é porque você está
grávida.
Cassandra solta uma risada zombeteira e volta a se sentar no sofá, enquanto Clara se
afasta, tentando controlar suas emoções.
Clara: Além dente tudo ainda deixou nossa mãe no hospital, de novo. Você é nojenta,
Cassandra. Nojenta.
Clara se retira da sala, deixando Cassandra com seu sorriso debochado.
CORTE:
CENA 03. CASA YEDDA. QUARTO. NOITE
Yedda e Milton estão deitados na cama, abraçados. A atmosfera é calma e íntima. Yedda
está olhando para o teto, pensativa, enquanto Milton acaricia carinhosamente seus cabelos.
Milton: Yedda, eu quero que você saiba que estou disposto a fazer qualquer coisa por você.
Eu amo você mais do que posso expressar em palavras.
Yedda vira o rosto para encarar Milton, com um olhar de dúvida e preocupação.
Yedda: Milton, você já me disse isso antes. Mas você ainda está casado com Glória, e não
vejo como isso pode mudar.
Milton segura o rosto de Yedda com as mãos, olhando diretamente em seus olhos.
Milton: Eu entendo as suas dúvidas, Yedda. Mas eu quero que você saiba que estou
disposto a me divorciar de Glória. Eu não posso viver sem você. Você é o meu tudo.
Yedda balança a cabeça, ainda incerta.
Yedda: Milton, eu quero acreditar em você, mas é tão difícil. Eu já me machuquei tanto no
passado. Como posso ter certeza de que você cumprirá essa promessa?
Milton segura as mãos de Yedda com firmeza.
Milton: Eu entendo a sua desconfiança, Yedda. Mas eu prometo, com todo o meu coração,
que vou me divorciar de Glória. Eu farei tudo o que for necessário para ficar ao seu lado.
Você é a mulher da minha vida, e eu não posso mais viver em meio a mentiras.
Yedda olha profundamente nos olhos de Milton, buscando sinais de sinceridade. Após um
breve momento de silêncio, ela finalmente fala, com uma voz carregada de emoção.
Yedda: Eu quero acreditar em você, Milton. Eu quero tanto que seja verdade. Mas
promessas vazias já me magoaram no passado. Por favor, me prove que você é diferente.
Milton se aproxima de Yedda e a abraça com força, demonstrando seu comprometimento.
Milton: Eu vou provar, Yedda. Eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para mostrar
que minhas palavras são verdadeiras. Eu te amo mais do que tudo e estou disposto a lutar
por nós.
Yedda fecha os olhos, entregando-se ao abraço reconfortante de Milton, com a esperança
de que as palavras dele sejam sinceras e de que finalmente poderão ter um futuro juntos.
CORTE:
CENA 04. CASA GLÓRIA. SALA. NOITE
Glória está sentada no sofá, com uma expressão preocupada. Rebeca se aproxima e se
senta ao seu lado, percebendo o seu estado de espírito.
Rebeca: Mãe, percebi que você anda preocupada ultimamente. O que está acontecendo?
Glória suspira profundamente, desabafando com a filha.
Glória: Filha, eu sinto o Milton cada vez mais distante. Parece que ele tem estado ausente,
com a cabeça em outro lugar. Estou com medo de que estejamos nos afastando cada vez
mais.
Rebeca coloca a mão no ombro da mãe, transmitindo seu apoio.
Rebeca: Mãe, tenho certeza de que isso não tem nada a ver com você. O Milton está
passando por momentos difíceis, e talvez ele esteja enfrentando alguns problemas
pessoais. Não devemos tirar conclusões precipitadas.
Glória olha nos olhos da filha, buscando conforto em suas palavras.
Glória: Eu sei, Rebeca, mas não consigo evitar esses pensamentos. Nossa relação tem sido
abalada ultimamente, e eu temo que isso afete nossa família.
Rebeca: Mãe, vocês enfrentaram muitos desafios juntos ao longo dos anos. Tenho certeza
de que isso é apenas uma fase passageira. Talvez seja o momento de conversar
abertamente com o Milton e expressar suas preocupações.
Glória sorri levemente, sentindo-se reconfortada pelas palavras de sua filha.
Glória: Você sempre tem bons conselhos, minha querida. Vou conversar com o Milton e
tentar entender o que está acontecendo. Afinal, o diálogo é fundamental em um
relacionamento.
Rebeca abraça a mãe com afeto.
Rebeca: uma maneira de superar esse momento difícil. Vocês são fortes e se amam
profundamente. Estarei aqui para apoiá-los no que precisarem.
Glória retribui o abraço de Rebeca, sentindo-se grata por ter uma filha tão amorosa e
compreensiva.
Glória: Obrigada, minha querida. Sua presença é um verdadeiro conforto para mim.
CORTE:
CENA 05. CAFETERIA. DIA
Gabi e Cris estão sentados em uma mesa no canto da cafeteria, conversando
animadamente. A atmosfera é descontraída e alegre.
Cris: Sabe, Gabi, desde que nos conhecemos,tenho sentido algo especial. É como se a
cada dia eu me encantasse mais por você.
Gabi olha para Cris, surpresa e curiosa com suas palavras.
Gabi: Também tenho sentido algo diferente em relação a você. É como se houvesse uma
conexão única entre nós.
Cris, movido pela coragem e pela sinceridade de seus sentimentos, toma a mão de Gabi
gentilmente.
Cris: Gabi, eu não consigo mais esconder o que sinto. Eu estou apaixonado por você. Cada
momento ao seu lado tem sido especial, e eu não consigo imaginar minha vida sem você.
Gabi sorri, seus olhos brilhando com emoção. Ela aproxima-se de Cris e segura o seu rosto
com delicadeza.
Gabi: Cris, eu também me apaixonei por você. Você trouxe luz à minha vida e me fez
acreditar no amor novamente.
Em um gesto de total entrega, Gabi beija Cris com suavidade. Os lábios se encontram em
uma troca de emoções e promessas de um futuro juntos.
CORTE:
CENA 06. CASA GLÓRIA. SALA. DIA
Milton entra apressado pela porta da sala, trazendo consigo uma aura de tensão. Glória,
sentada no sofá, levanta-se ao vê-lo entrar.
Glória: Milton, onde você estava? Fiquei preocupada com você.
Milton olha fixamente nos olhos de Glória, firme e determinado. Ele interrompe suas
palavras com um gesto enérgico.
Milton: Glória, precisamos conversar seriamente. Eu tomei uma decisão e não há mais
volta.
Glória sente um calafrio percorrer sua espinha, seu semblante se transformando em pura
surpresa e angústia.
Glória: O que você quer dizer, Milton? O que está acontecendo?
Milton respira fundo, tentando encontrar as palavras certas para expressar sua decisão.
Milton: Eu quero me separar, Glória. Não podemos continuar assim. Eu não sou feliz nesse
casamento e acredito que você também não seja.
Glória fica chocada, suas mãos tremem involuntariamente.
CORTE:
FIM DO CAPÍTULO!
Obrigado pelo seu comentário!