SARAMANDAIA
Capítulo 29 ��️ Últimas Semana
Criada por: Dias Gomes
Adaptada e escrita por: Luan Maciel
Produção Executiva RanableLWebs
CENA 01. SARAMANDAIA. RUA. EXTERNA. DIA
A imagem está totalmente escura. Aos poucos a imagem vai
abrindo e a câmera mostra que todos estão jogados pelo chão
depois da explosão ter abridor uma cratera no meio da cidade.
Agora o foco está em João Gibão, Zélia e Lua Viana que estão
atordoados depois de tudo que aconteceu.
JOÃO GIBÃO (preocupado): - Estão todo mundo bem? Essa
explosão foi mais forte do que eu imaginava que seria. Mas
aprece que ninguém se machucou. Isso é o mais importante.
LUA VIANA (sério): - Mas a pergunta que não quer calar é….
Onde está o maldito do Zico Rosado? Ele não pode ficar solto
depois de tudo que ele fez. Ele precisa ir par a cadeia.
ZÉLIA: - Isso é o que menos importa agora, Lua. Nós
precisamos ver se tem alguém precisando de ajuda. Depois a
gente trata de fazer com que o Zico pague pelo que ele fez.
Para a surpresa de João Gibão que ainda está atônito Leocádia
vem chegando até o local da explosão acompanhada de Dona
Cândida que fica procurando por seu filho na multidão.
LEOCÁDIA (respirando): - Meus filhos…. Vocês não imaginam
como eu estou feliz que vocês estejam salvos. Eu estava tão
preocupada com vocês. Mas finalmente tudo acabou.
DONA CÂNDIDA (angustiada): - Onde está o meu filho? Onde o
Zico foi parar com toda essa confusão. Me digam agora mesmo.
ZÉLIA: - Eu sinto muito ter que te dizer isso, Dona Cândida.
Mas depois da explosão ninguém mais viu o seu filho. Eu e ele
tínhamos nossos embates, mas eu não queria que isso tivesse
acontecido. Eu nem posso imaginar o que está sentindo.
Dona Cândida desaba em lágrimas. Zélia abraça ele tentando a
confortar. João Gibão, Leocádia e Lua Viana apenas observam.
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CENA 02. CASA DE MARIA APARADEIRA E SEU CAZUZA.
SALA. INTERNA. DIA
Marcina e Seu Cazuza se olham assustados com a explosão que
pode ser ouvida de muito longe. Marcina pensa em ir pra ver se
João Gibão está bem, mas seu pai a proibi. Nesse momento
Maria Aparadeira aparece na sala totalmente assustada.
MARCINA (suplicando): - Você precisa me deixar ir até a praça,
pai. O João está lá e e eu estou com medo de que algo possa ter
acontecido com ele. Você não entende a gravidez da situação.
SEU CAZUZA (sério): - E claro que eu entendo, Marcina. Eu
também fico preocupado com o João, mas a sua segurança deve
vir em primeiro lugar. Eu espero que você entenda.
MARIA APARADEIRA: - O seu pai está certo, minha filha. Ir até
lá agora seria muita irresponsabilidade. Eu sei que você ama o
João, mas eu estou te pedindo para ter mais calma.
Marcina vai ficando cada vez mais incomodada. Ela olha para
seus pais que estão preocupados e toma a sua decisão.
MARCINA (decidida): - Eu sei que vocês estão cuidando de
mim, e eu agradeço por isso de verdade. Mas eu não posso
abandonar o homem que eu amo nesse momento tão surreal.
SEU CAZUZA (ponderando): - Você tem certeza disso, minha
filha? Isso pode não ter volta. Pensa no que está fazendo.
MARIA APARADEIRA: - Deixa ela, Cazuza. Se é isso que ela
quer então que assim seja. (P) Vai, minha filha. Mas cuidado.
Marcina esboça um sorriso. Ela sai correndo de casa. Seu
Cazuza olha para Maria Aparadeira que está com um brilho
diferente em seus olhos.
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CENA 03. BATACLÃ ARCO-ÍRIS. ENTRADA. EXTERNA. DIA
Close em Risoleta que sai para fora de seu bataclã para ver o que
realmente estava acontecendo. Para a sua surpresa, ela vê
Estela correndo em sua direção com o semblante angustiado.
Quem também chega ali é Pedro. Estela a abraça com muita
força.
RISOLETA (surpresa): - Que sensação mais boa. Eu jamais
imaginava que algum dia isso pudesse acontecer. Não que eu
esteja reclamando, mas o que fez você fazer isso, Estela?
ESTELA (respirando fundo): - Quando eu ouvi aquela bomba a
primeira coisa que eu pensei foi na minha mãe e em você.
Mesmo que nós não tenhamos vivido juntas você ainda é minha
mãe. Nada vai mudar isso.
PEDRO: - Vocês merecem ter esse momento. Eu vou embora.
ESTELA (balançando a cabeça): - Não é necessário, Pedro. Eu
não tenho segredos para você. Eu quero que você faça parte
disso.
Risoleta está nas nuvens. Ela.bao acredita que esse momento
esteja acontecendo. Ela e Estela se olham com ternura.
RISOLETA (pensativa): - Eu só fico com receio de qual vai ser a
reação do seu pai quando ficar sabendo da nossa aproximação.
O Zico sempre foi um homem difícil. Ele não vai aceitar isso.
PEDRO (ponderando): - A Risoleta está certa, Estela. Eu sei
muito bem como o seu pai pode ser uma pessoa complicada.
Mas vocês não podem deixar isso atrapalhar o relacionamento
de vocês. Tem tanta coisa que vocês precisam colocar em dia.
ESTELA: - Mesmo com todos os defeitos do meu pai eu ainda
amo ele. Mas eu não vou mais deixar que ele controle a minha
vida. Eu sou dona do meu próprio destino.
Risoleta olha para Estela com muita admiração. Pedro beija
Estela que retribui o ato carinhoso. Risoleta sorri.
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CENA 04. SARAMANDAIA. RUA/CRATERA. EXTERNA. DIA
Zico Rosado está caído dentro da cratera. Ele tenta se levantar,
mas não consegue se mover nenhum centímetro. Nesse
momento ele sente alguém o puxar para mais dentro da cratera.
Logo depois ele fica frente a frente com um homem mais idoso
e todo maltrapilho que o olha de forma insistente.
Obs: O ator Othon Bastos faz uma participação como o homem
maltrapilho
ZICO ROSADO (confuso): - Onde é que eu estou? Que lugar
mais estranho e esquisito é esse? Eu exijo uma resposta
convincente agora mesmo. Pode começar a falar.
HOMEM MALTRAPILHO (enigmático): - Você não tem que
exigir nada, Zico Rosado. Aqui é um lugar onde o impossível se
torna real. Você quis matar uma cidade inteira e aqui você está.
Você já deveria estar acostumado. Afinal você solta formigas
pelo seu nariz. Ou eu estou enganado?
ZICO ROSADO: - Quem é você? E o que você acha que sabe
sobre mim? Tudo o que eu quero é voltar para a minha cidade e
destruir todos os meus inimigos. Eu faria tudo de novo.
O Homem maltrapilho começa a rodear Zico Rosado que vai
ficando cada vez mais irritado. Formigas saem de seu nariz.
HOMEM MALTRAPILHO (sério): - Você nunca conseguiu
entender o que essa cidade realmente significa, Zico. As
mudanças são necessárias para que o futuro chegue. Você
precisa seguir em frente e esquecer os fantasmas do passado.
ZICO ROSADO (nervoso): - Isso nunca vai acontecer. Eu vou
dar um jeito de voltar para Bole-Bole e eu irei me vingar de
todos os meus inimigos. Você não vai conseguir me impedir.
HOMEM MALTRAPILHO: - Se é isso que você quer então que
assim seja. O seu destino é você quem faz. Lembre disso.
Os olhos de Zico Rosado começam a ficar pesados. Em questão
de segundos ele volta a acordar dentro da cratera. Ele sente
alguém o puxando pelos braços. Ele ouve algumas vozes.
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CENA 05. CASA DE SEU ENCOLHEU. SALA. INTERNA. DIA
A câmera mostra que Seu Encolheu está mostrando todos os
detalhes da casa para Dona Bitela que fica impressionada com
tudo o que ela vê. Ela pega um porta retrato que tem a foto de
Dona Redonda. Seu Encolheu para ao lado de Dona Bitela.
SEU ENCOLHEU (manso): - Redondinha…. Os anos que eu vivi
ao lado dela não foram fáceis, mas eu vou te dizer que foram os
melhores da minha vida. Apesar do gênio difícil que ela tinha.
DONA BITELA (pensativa): - Eu sei muito bem como a minha
irmã irmã, Encolheu. Por muitas vezes eu já quis visitar vocês
aqui, mas ela nunca permitiu. Ela dizia que seria difícil explicar
para todos da cidade como eu sou tão igual a ela.
SEU ENCOLHEU: - Por mais que seja difícil para mim admitir,
mas a Redondinha só se importava com a própria imagem. Eu
tentei por várias vezes que ela não comesse daquela forma
desenfreada. Mas ela nunca me deu ouvidos.
Dona Bitela coloca o porta retrato com a foto de Dona Redonda
de volta no móvel. Seu Encolheu pega nas mãos de Dona Bitela.
SEU ENCOLHEU (ponderando): - Eu sei que não é a mesma
coisa, Dona Bitela. Mas eu fico feliz que você tenha vindo até
aqui. Eu não vou negar que me sinto bem perto de você.
DONA BITELA (esboçando um sorriso): - Eu sinto o mesmo,
Encolheu. Estar aqui nessa cidade… Vendo as fotos da minha
irmã. Eu sinto como se eu tivesse um pouco mais perto dela.
SEU ENCOLHEU: - Eu fico feliz que você tenha procurado. Eu
não nego que estou sentindo algo diferente ao ter você aqui
comigo, Dona Bitela. É uma sensação muito boa.
Seu Encolheu segura as mãos de Dona Bitela. Eles trocam
olhares de uma forma bem clara e evidente.
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CENA 06. PENSÃO. QUARTO. INTERNA. DIA
Carlito Prata está sentado na cama e com uma mala cheia de
dinheiro em sua frente. Ele vai contando as notas com uma
certa pressa. Nesse momento a porta se abre e Ana Maria entra
no quarto indo em direção a Carlito Prata. Ela o encara.
CARLITO PRATA (maquiavélico): - Chegou a hora de eu colocar
o meu plano em prática. Eu vou aproveitar que todos estão
atônitos com essa explosão na cidade e eu irei me vingar da
Marcina e do esquisito do João Gibão. E você vai me ajudar.
ANA MARIA (com ódio nos olhos): - Eu te ajudo se você me
ajudar a destruir com a Risoleta e com a Belezinha de uma vez
por todas. Eu não vou deixar aquela humilhação que eu sofri
ficar por isso mesmo. Elas irão me pagar.
CARLITO PRATA: - Presta atenção no que você vai fazer, Ana
Maria. Eu quero que você invada a casa da mãe da Marcina e
pegue ela a força e traga para mim. Você entendeu?
Ana Maria balança a cabeça concordando. Carlito Prata segura
Ana Maria com muita força pelo braço. Nesse momento o
celular do vilão começa a tocar. Carlito Prata atendente.
CARLITO PRATA (ao telefone): - Como é que é? Se encontrar com
você? Eu não tenho tempo para perder com isso. (P) Você acha
mesmo que pode me ameaçar? Está bem. Dentro de 20 minutos
eu vou te encontrar. Nunca mais tente me ameaçar.
Carlito Prata desliga o celular. Ele fica visivelmente abalado.
ANA MARIA (curiosa): - Quem era no celular, Carlito? Pelo jeito
que você ficou nervoso essa pessoa te tem nas mãos. E como eu
te conheço bem isso deve ter te deixado incomodado.
CARLITO PRATA: - Não fale besteira, sua quenga. Ninguém
consegue colocar medo em mim. Vá embora. Eu quero ficar
sozinho.. Não ouse falar com ninguém do que falamos aqui.
Carlito Prata segura Ana Maria pelo braço com muita força e a
leva para fora do quarto da pensão. Ele bate a porta com força.
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CENA 07. CASARÃO DA FAMÍLIA ROSADO. SALA.DE ESTAR.
INTERNA. DIA
A câmera mostra que Dona Cândida está chegando em casa
totalmente abalada. Quando ela vai andando pela sala de estar
do casarão quando ela fica em choque ao ver Zico Rosado
sentado no sofá da sala. Ela não acredita no que está vendo.
DONA CÂNDIDA (em choque):.- Zico…. É você mesmo? Eu não
posso acreditar no que eu estou vendo, meu filho. Eu pensei
que você tinha morrido na explosão. Na verdade todos
pensaram.
ZICO ROSADO (frio): - Mais uma vez vocês falharam em se
livrar de mim. Mas eu vou começar a usar a cabeça. Eu tenho
que ser mais inteligente que os meus inimigos. Você não ouse
falar para eles que eu estou vivo. Está me ouvindo, mãe?
DONA CÂNDIDA: - O que é que você está pensando em fazer,
Zico? Você poderia ter matado alguém com toda essa loucura.
Eu reconheci os meus erros. Porque você não faz o mesmo?
Zico Rosado se levanta e enfrenta sua mãe. Dona Cândida
começa a sentir que a situação de seu filho não tem volta.
N meZICO ROSADO (cínico): - Isso é alguma piada, Dona
Cândida? Eu só vou descansar quando eu destruir todos os
meus inimigos. Não se esqueça que eu só sou assim graças a
você.
DONA CÂNDIDA (séria): - Eu sei dos meus erros, meu filho.
Você cometeu um crime asqueroso tentando fazer a sua
vingança. Você precisa parar enquanto é tempo.
ZICO ROSADO: - Chega dessa conversa. A culpa disso tudo é do
João Gibão. Ele me pagar caro. Isso que eu vou fazer.
Zico Rosado vai subindo as escadas do casarão. A câmera
mostra a preocupação no olhar de Dona Cândida que percebe
que seu filho está ficando totalmente fora de si.
A imagem congela no olhar de preocupação de Dona Cândida.
Aos poucos a imagem vai ganhando um efeito como se
transformasse em uma moldura.
Obrigado pelo seu comentário!