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AMOR DE VERÃO - Capítulo 21

 



CENA 01: CASA ROSADA. FACHADA. EXTERIOR. DIA

Continuação imediata do capítulo anterior. Celso aguarda uma resposta de Helena.


CELSO – E aí? A gente pode conversar?

HELENA – Celso, eu não sei se esse é o momento.

CELSO – Como assim não é o momento? Temos muitas coisas para esclarecer.

HELENA – É, eu sei. Mas ainda não me sinto pronta para essa conversa.

CELSO – E quando você vai estar pronta?

HELENA – Quando eu estiver, eu te mando mensagem. Agora peço que vá embora e não venha mais na porta do meu trabalho.


Helena dá as costas para ele e volta para o interior da agência. Celso se conforma. 


CENA 02: MANSÃO DE PAULA. SALA. INTERIOR. DIA

Paula permanece incrédula diante de Fernando.


PAULA – Quanto tempo você vai ficar fora, Fernando?

FERNANDO – Um mês, Paula.

PAULA – UM MÊS?! Como assim, Fernando? Por que você não me avisou disso?

FERNANDO – Eu te avisei, mas pelo visto você anda esquecendo tudo.

PAULA – (voz trêmula) Sabe por que eu ando esquecendo tudo? Porque na minha mente só vem que a minha filha está doente e vai iniciar um tratamento! (P) Era isso que devia passar na sua cabeça. A Miriam vai passar pelo momento mais difícil da vida dela e ela precisa do pai do lado!

FERNANDO – Você quer o quê? Que eu desmarque a viagem? Que eu perca nossas ações por isso? Não posso, Paula. Quantas vezes eu já te disse que trabalho é trabalho? Posso fazer nada. Paciência. 

PAULA – Paciência… Eu já tive muita paciência, Fernando. E ela tá acabando.

FERNANDO – O que quer dizer com isso?


Paula respira fundo e dá as costas para ele, indo para o interior da residência. 


CENA 03: COMPANHIA DE TEATRO. SALÃO. INTERIOR. TARDE

Todos estão saindo da companhia de teatro. Daniel se aproxima de Rose.


DANIEL – Rose, quero te fazer um convite. Que tal jantar comigo e o André? Se você não mudou de opinião nesses anos, o Cavallini agora tem Salmão Grelhado no cardápio, o seu favorito.

ROSE – (Ri) Não mudei não, Daniel. Você ainda me conhece muito bem. Uma proposta assim é quase impossível de recusar, vai ser ótimo passar um tempo com vocês.


André se aproxima de Marina.


ANDRÉ – Marina, e aí? Acho que meu pai foi chamar a Rose para jantar com a gente. Eu queria que você fosse comigo.

MARINA – Ah, não sei, seu pai não vai se irritar?

ANDRÉ – Claro que não, relaxa!

MARINA – Então eu aceito sim, obrigada.


Bárbara está um pouco afastada deles, usando o celular. André nota e se aproxima dela.


ANDRÉ – Ei, Bárbara! Você quer se juntar a nós para jantar?

BÁRBARA – Ah, obrigada, André! Mas eu tenho algumas coisas para fazer esta noite, tô procurando um carro de aplicativo. Deixa para a próxima.

ANDRÉ – Sem problemas! Fica pra próxima então. Até mais tarde!

BÁRBARA – Até mais!


Todos saem da companhia. Rose, Daniel, André e Marina entram no carro de Daniel e saem do local. Bárbara fica sozinha olhando para o celular.


CENA 04: FLAT DE VICENTE. INTERIOR. TARDE

Ana está terminando de arrumar o flat, resolveu fazer uma faxina para se distrair. A mulher começa a sentir um enjoo e fica confusa. Ela corre para o banheiro. Ao chegar, abre a privada, ajoelha-se e vomita três vezes. Ana fica com a respiração afobada e tenta voltar a si, levantando-se, lavando o rosto e a boca na pia. Na sequência, se encara no espelho, desnorteada.


ANA – O que foi isso, meu Deus?


ABERTURA:



CORTE:


CENA 05: COMPANHIA DE TEATRO. FACHADA. EXTERIOR. TARDE

No celular, um motorista aceita a rota de Bárbara. Ele está a 5 minutos da mulher e ela aguarda o carro. Nesse momento, Henrique chega à companhia de teatro e se aproxima dela, seu semblante carregado de raiva.


HENRIQUE – Olha só quem está aqui!

BÁRBARA – Henrique, por favor, não quero te ver, sai daqui.

HENRIQUE – Foi por sua causa que terminei com a Marina! Não foi capaz de conseguir nem ficar com o André e separar ele da sua amiga, agora ela está me denunciando por bobagens.

BÁRBARA – Eu não tive nada a ver com o término de vocês. Eu tentei dizer para ela não separar, mas agora eu vejo que foi a melhor opção/

HENRIQUE – (Gritando) Você não tem o direito de falar isso!


Henrique agarra Bárbara com força e dá um tapa nela. Ela tenta medir forças com ele mas não consegue, sendo agarrada novamente.


BÁRBARA – Me solta! Você é um desgraçado!


Nesse momento, o motorista chega e vê Henrique agredindo Bárbara. Ele desce do carro em direção aos dois.


MOTORISTA – (Tom de voz elevado) O que você pensa que está fazendo com ela?


Henrique solta Bárbara no chão e vira para olhar o motorista nos olhos.


HENRIQUE – Só estou dando o que essa vadia merece!

MOTORISTA – Eu vou te dar o que você merece.


O motorista dá um soco em Henrique que o faz cair desacordado no chão. Ele ajuda Bárbara a se levantar.


MOTORISTA – Vem, rápido. Entra no carro.


Ele abre a porta para Bárbara e os dois entram no carro.


MOTORISTA – Eu vou te levar até a delegacia. Você tem que denunciar aquele cara.

BÁRBARA – Sim, você tem razão! Obrigada por me ajudar.


CENA 06: CASA DE GABRIELA. QUARTO. INTERIOR. NOITE

É possível ver pela janela que já é noite. Lourdes está sentada ao lado da cama de Gabriela, que está deitada e parece abatida.


LOURDES – Filha, depois que você se recuperar, o que você planeja fazer? 

GABRIELA – Mãe, eu não vejo mais sentido em fazer qualquer coisa. Minha vida mudou completamente, e eu não sei como vou lidar com isso.

LOURDES – Gabriela, eu entendo que essa situação é difícil, mas não é uma condição física que irá definir a sua vida. Você é forte e tem muitas habilidades. Ainda há tanto que você pode fazer e conquistar.

GABRIELA – Não sei, mãe… Me sinto uma inválida.

LOURDES – Queria te ver feliz novamente. Me diga, o que te animaria a voltar a sorrir?

GABRIELA – Por pior que pareça, eu queria conversar com a Jéssica. Mesmo com tudo o que aconteceu, sinto falta dela.

LOURDES – Não posso negar que fico preocupada com a ideia de vocês se encontrarem novamente, especialmente nesse momento. Mas, se conversar com a Jéssica pode trazer algum conforto temporário para você, talvez seja uma possibilidade. Eu quero te ajudar porque para mim nada é mais importante para mim do que a sua felicidade.

GABRIELA – Eu sei, mãe, e sou grata por isso. Você é a pessoa mais incrível da minha vida.


CENA 07: RESTAURANTE CAVALLINI. INTERIOR. NOITE

Daniel, Rose, André e Marina estão sentados à mesa, comendo e conversando.


ROSE – Daniel, hoje você me ganhou totalmente. Esse salmão é o melhor que já comi em toda minha vida!

DANIEL – Olha aí, tá vendo? Eu disse!


Marina sente o telefone vibrar em seu bolso e o liga, vendo a mensagem que acabou de receber.


MARINA – Desculpa, é uma mensagem importante. Da Bárbara/

ANDRÉ – O que aconteceu? Algum problema?

MARINA – Ela está precisando de ajuda. Parece que tem algo a ver com o Henrique. Preciso ir até a casa dela.

ANDRÉ – Claro, eu vou com você.

MARINA – Obrigada, André. 


Marina e André se levantam e pegam suas coisas.


MARINA – Mil desculpas, eu não queria ter que ir embora assim, mas eu preciso saber o que aconteceu com a minha amiga.

DANIEL – Não, claro que tá tudo bem, é uma emergência. 

ROSE – Pode ir tranquila.


Eles deixam o restaurante rapidamente.


DANIEL – Então ficamos sozinhos…

ROSE – Pois é…


CENA 08: APARTAMENTO DE ILANA. INTERIOR. NOITE


(Música de fundo: Chora Coração - Alcione)


A campainha toca. Ilana rapidamente se levanta do sofá e atende a porta, fazendo com que Vicente apareça e entre.


ILANA – Que bom que você veio.

VICENTE – Eu não pensei nem duas vezes antes de vir ao seu encontro.

ILANA – Vicente, eu não consigo te tirar da minha cabeça. Nesses últimos dias, não tem um minuto que eu não pense em você. 

VICENTE – Toda vez que te vejo, eu me perco nesse seu olhar irresistível. Esse olhar permeia a minha cabeça, eu vivo em função dele. Só to esperando pelo dia em que você vai me dizer que sim.

ILANA – Eu decidi que não vou mais me proibir de viver o que eu quero viver, nem de sentir o que eu quero sentir.

VICENTE – E o que você quer viver?

ILANA – Uma loucura ao seu lado.

VICENTE – E há algo que nos impeça?

ILANA – Nada.


Vicente, então, puxa Ilana pela cintura e lhe arranca um beijo intenso e apaixonado. Eles empurram a porta, fazendo com que ela feche e saem se arrastando aos beijos pela sala. Em um corte, ambos chegam à suíte. Vicente deita Ilana com cuidado na cama, retirando as vestes da mulher. Em um novo corte, ambos estão despidos e com seus corpos nus completamente encaixados. Ele, por cima dela, a beija por toda sua face. Os dois estão em êxtase, totalmente envolvidos.


CENA 09: CASA DE BÁRBARA. SALA. INTERIOR. NOITE

Marina e André chegam na entrada da casa de Bárbara. (Música encerra)


MARINA – Espero que ela esteja bem.

ANDRÉ – Vamos descobrir.


Eles tocam a campainha e Bárbara abre.


BÁRBARA – Obrigada por terem vindo.

ANDRÉ – Não precisa agradecer. Somos amigos, e amigos estão presentes nos momentos difíceis.


Bárbara leva seus amigos para a sala e eles se sentam no sofá.


BÁRBARA – Eu estava lá na companhia, pedi o carro para ir para casa e o Henrique apareceu do nada e começou a me culpar por tudo o que deu errado na vida dele. Ele me bateu e… Por sorte o motorista chegou e me salvou.

MARINA – Ele não tem o direito de fazer isso com você. Você vai denunciar ele também, se precisar nós duas enfrentamos ele lá no tribunal.

ANDRÉ – E temos provas das atitudes dele, ele já demonstrou ser agressivo comigo e tem testemunhas, ele não vai ficar impune.

BÁRBARA – É… eu.. tenho algumas mensagens que podem mostrar esse lado dele…


Marina e André ficam felizes por acreditarem que a justiça seja feita e Bárbara fica apreensiva.


CENA 10: RESTAURANTE CAVALLINI. INTERIOR. NOITE

Daniel e Rose permanecem jantando à sós, o silêncio entre os dois é desconfortável. Daniel resolve quebrar o gelo.


DANIEL – Como anda sua vida amorosa?

ROSE – (surpresa) Do nada isso…

DANIEL – Ai, perdão, me desculpe a indiscrição. Se não quiser responder, não precisa.

ROSE – Bom, se lhe interessa, nunca mais me envolvi com nenhum homem depois que lhe deixei. Não tive tempo para pensar em amor, apenas me dediquei à carreira. E você?

DANIEL – Também nunca mais me envolvi sério com ninguém. Até tive alguns casinhos rápidos, mas nada que fosse pra frente. A minha vida era dedicada a cuidar do André e eu não tinha espaço para mais ninguém. 

ROSE – Me desculpa por isso.

DANIEL – Não precisa se desculpar, Rose. O que passou, passou. Importante é que agora tudo está fluindo bem. (P) Rose, me desculpa a indiscrição mais uma vez, mas… posso te fazer uma pergunta?

ROSE – No caso, duas. (Ri) Pode.

DANIEL – Você pensou em mim durante todo esse tempo?

ROSE – Claro que pensei, Daniel. Você fez parte da minha vida, da minha história. 

DANIEL – Não falo pensar, pensar. Falo pensar romanticamente.

ROSE – (desconfortável) Daniel, é melhor essa conversa parar por aqui. Não quero falar sobre isso. Vamos mudar de assunto, para que o clima não fique chato.

DANIEL – Tudo bem…


CENA 11: RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. DIA


(Música de fundo: Flor de lis - Djavan)


CAM transita pelos principais pontos da cidade maravilhosa. Entre eles, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor e a orla do Leblon. Corte para a fachada da Casa Rosada.


CENA 12: CASA ROSADA. ESCRITÓRIO DE HELENA. INTERIOR. DIA

Helena chegou em seu escritório há pouco tempo, está organizando seus utensílios sobre a mesa. A porta da sala é aberta, Helena olha e depara-se com Ana parada na entrada. As duas se encaram. (Música encerra)


HELENA – O que é que você está fazendo aqui?

ANA – Eu vim trabalhar.

HELENA – Pois pode dar meia volta e voltar para casa.

ANA – Como assim?

HELENA – Não irei mais precisar de você aqui na agência, Ana. Você está demitida!


Ana arregala os olhos, incrédula. Helena permanece com uma expressão neutra, quase cínica. Closes alternados entre as duas e final em Ana.


ENCERRAMENTO:





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