Budapeste - Capítulo 18
Budapeste
– Hungria
Cena
01 - Mansão Angyal – Cozinha – Int. - Dia
CONT. DO CAP. ANTERIOR
Ilona (mente): Como assim: eu
não estava em Malta? É claro que eu estava. Ficou maluco?
Lorenzo: Ilona, não tinha
nenhuma reserva com seu nome em nenhum hotel em Valetta e a boneca que você
enviou para Emese não estava com o código de barras de Malta, mas sim de Roma.
Ilona (desentendida): Acho que
você bateu a cabeça, rapaz.
Lorenzo (sério): Se você não
contar a verdade pra mim, vou agora mesmo naquele escritório contar tudo para
Emese.
Close na mudança de expressão
de Ilona que está séria.
Ilona: Você não vai contar nada, porque isso é uma invenção
da sua cabeça.
Lorenzo (raiva): Ilona, chega de esconder segredos da
Emese! Ela já está sofrendo o bastante com a morte do melhor amigo dela e você
quer fazer mais estrago na vida dela?
Ilona: Escuta aqui, rapaz, cuidado com o tom que você
levanta pra mim. Tudo que fizemos a vida inteira foi protegê-la! Imagine ela
crescer sabendo que a família inteira é um berço de lobos?
Lorenzo: E você acha realmente correto esconder tudo dela?
Olha o estado em que ela se encontra. Você não estava aqui, mas ela sofreu
bastante quando descobriu a verdade sobre o avô. Vocês jogam tudo para debaixo
dos panos na esperança que ela não descubra, achando que estão protegendo, mas
não estão! Estão sendo covardes!
Ilona dá uma bofetada no rosto de Lorenzo que fica estático
e aos poucos leva a mão para sua face e parece não acreditar.
Ilona (furiosa): Tudo que eu faço é para proteger a Emese e
a honra da família Angyal. Não ouse entrar naquele escritório e contar
inverdades para minha sobrinha, não esqueça que eu também mando nessa família.
Lorenzo: Você perdeu o meu respeito a partir do momento em
que ousou levantar a mão para mim e me agredir dessa forma. Se agiu dessa
forma, é porque existe algo aí e pode ter certeza que eu irei descobrir.
Emese adentra na cozinha e percebe a tensão no ar.
Emese: Está acontecendo alguma coisa aqui?
Ilona (finge): Não, minha querida, está tudo bem. Eu estava
falando para o Lorenzo que precisamos trocar a geladeira, essa está dando
problema.
Emese (olha o rosto de Lorenzo): Lorenzo, seu rosto, ele
está vermelho. O que aconteceu?
Ilona olha para Lorenzo com um olhar de repreensão.
Lorenzo: A sua tia, Emese, ela me deu uma bofetada.
Emese se espanta com a informação jogada e Ilona fica
furiosa.
Emese: Por que a minha tia faria isso, Lorenzo?
Lorenzo: Ela está escondendo alguma coisa, Emese. Vai,
Ilona, conta para Emese que você não estava em Malta, mas sim em Roma.
Ilona olha para Lorenzo furiosa.
Cena 02 – Casa de Barbara – Sala. Int – Dia.
Barbara joga diversos artefatos na parede. O barulho toma
conta do ambiente. Ela começa a gritar e a se arranhar em um momento de fúria.
Do canto, Agnes e Konrad observam tudo.
Barbara (furiosa): Aquela delegada vagabunda! Ela estragou
meus planos! Nossos planos! Vocês não fazem ideia do quanto de ódio que estou
sentindo dela.
Agnes: Eu acho a sua reação condizente com a atual
situação.
Konrad: Não tinha como ninguém saber sobre isso. Nenhum de
nós três contaríamos qualquer coisa sobre a alguém.
Barbara (acalmando-se): O problema é que eu sei quem foi!
Com certeza o Senador Fridrich abriu o bico para alguém! Minha vontade é ir
agora mesmo na casa dele e meter bala na cara dele!
Konrad: Acho que agora você sabe como eu me sinto em
relação a Emese.
Barbara: Você é um burro, Konrad. Um completo idiota!
Deveria ter ficado mais no pé do senador, mas não, você tinha que dar problema
para o grupo e resolveu ficar foragido da polícia.
Konrad: Você não pode falar sobre mim, Barbara. Em nenhum
momento eu estou treinei o grupo, nunca deixei a desejar em nada!
Barbara (ri): Nunca deixou a desejar? Konrad, você é o mais imprestável do grupo. Nunca vou entender como te aceitaram aqui. Você não
consegue lidar bem com a sua prima!
Konrad puxa uma arma da cintura e aponta para Barbara.
Agnes fica desesperada.
Agnes: Konrad, por favor, abaixe essa arma. Não vai ser bom
para você.
Barbara (ri): Deixa, Agnes! É isso mesmo que eu quero!
Atira, Konrad! Mas eu quero que você atire bem aqui (aponta para o lado do
coração). Quero que atire aqui para não ter qualquer dúvida de que estarei
morta. Desse jeito, você vai ganhar meu respeito, pode ter certeza! Mostre que não é um merdinha.
Konrad (abaixa a arma): Eu jamais atiraria em você! Eu sei
muito bem das consequências que isso traria para mim e para Agnes.
Barbara: Você é um covarde! É isso que você é! No final do
dia todo mundo zomba da sua cara.
Konrad ignora Barbara e vai em direção a porta, Agnes o
segue e ambos saem. Barbara grita ainda mais e pula para o sofá.
Cena 03 – Delegacia – Escritório – Int. – Dia.
Nala e Severus estão na delegacia. Cada um deles estão
mexendo em seus respectivos computadores.
Nala: Dá pra acreditar que hoje nós salvamos um verdadeiro
atentado terrorista? Eu achei que não íamos conseguir.
Severus: É, meu coração estava quase saindo pela boca, mas
que bom que tudo deu certo.
Nala: Mas vem cá, nada do Konrad? Nenhum sinal mesmo?
Severus: Até o momento não. Ele está se escondendo muito
bem e precisamos cercá-lo o quanto antes
Um oficial da polícia bate na porta. Emese autoriza a
entrada.
Bence: Eu sei que vocês não confiam nos polícias daqui, é
claro, eu não tiro a razão, estão completamente certos. Mas precisam me ouvir.
Nala: Claro, Bence, pode falar. Você sabe muito bem os
motivos de não podermos confiar em ninguém.
Bence: Claro e eu entendo os motivos. Enfim, o que eu tenho
para falar é sério.
Bence puxa seu celular do bolso e mostra uma foto na
galeria. A foto em questão é de um flagra da câmera de segurança, no qual um
carro está saindo do local do crime da boate. Da para ver um homem no banco do
motorista.
Nala: Esse é o assassino?
Bence: Sim e se dermos um zoom (ele dá um zoom), a
fisionomia te lembra alguém?
Nala observa bem a foto e reconhece imediatamente
Nala (surpresa): Konrad Bartha
Cena 04 – Fame Magazine – Int. – Dia.
Otávio está andando nervoso pelo local. Pessoas arrumam o
local, colocando cadeiras em frente a passarela retangular que adentra o meio
do ambiente. Ele vai em direção ao cozinheiro do buffet.
Otávio: Tem certeza que tudo estará pronto até o momento do
desfile, certo?
Cozinheiro: Claro! Não precisa se preocupar, está tudo sob
controle. Inclusive já comecei a preparar a massa dos croissants e…
Otávio (corta): Croissant? Você tá preparando algo que pode
ser encontrado numa padaria de esquina? Mas o que é isso?
Cozinheiro: Eu achei que seria uma boa ideia ter croissant
para o after.
Otávio: Meu querido, não podemos servir algo que você
compra facilmente numa padaria de esquina. Você só pode estar brincando com a
minha cara!
Cozinheiro: Estou falando muito sério, senhor. Tudo foi
muito bem pensado. Pode não parecer, mas os croissants são muito versáteis para
qualquer evento. Além disso, o molho é de Carpaccio e alcaparras. Fica uma
delícia.
Otávio: Você não está entendendo. Você poderia colocar o
molho com pimentas do Egito, ainda assim, seria um desastre. Já parou para ver
o tamanho de um croissant? Os convidados vão perder mais tempo comendo do que
falando. Está vetado! Pense em outra coisa!
Otávio sai nervoso e o Cozinheiro fica ali sem reação.
Cena 05 – Mansão Angyal – Cozinha – Int.
Emese olha para Ilona que balança a cabeça negativamente
tentando assimilar o que Lorenzo acabou de falar.
Emese, Anda, tia. Eu estou esperando a sua resposta. Por
que você não estava em Malta?
Ilona: Oras, nem tudo vocês precisam saber, aliás, é a
minha vida! Não envolve ninguém.
Emese: Mas é claro que envolve, a partir do momento em que
minha tia mente pra mim e diz que está em um lugar, mas na verdade está em
outro, acho que no mínimo eu mereço uma resposta coerente.
Ilona: Você tem razão. Claro, você está certa. Emese, a
verdade é que eu estou namorando com um italiano. Eu não queria contar, porque
não achava que seria algo para levar pra frente, mas quando surgiu essa
oportunidade de passar um tempo fora, resolvi ir para Roma e ficar com ele.
Emese: Há quanto tempo você o conhece?
Ilona: Há uns dois anos. O conheci nas águas termais, ele pagou um drink pra mim e fiquei estarrecida com aqueles olhos verdes. Era como se eu estivesse vendo duas pedras de esmeraldas bem na minha frente.
Emese: Bom, Tia, fico feliz por você. Aliás, quero
conhecê-lo em breve, tá? Mas antes de tudo, você precisa pedir desculpas ao
Lorenzo. Não vi motivos para dar um tapa nele.
Lorenzo: Não, Emese. Está tudo bem. Eu não quero que esse
assunto renda mais.
Ilona: Não, Lorenzo. Sou eu quem faço questão de te pedir
desculpas.
Ilona se aproxima de Lorenzo e passa a mão em seu rosto
Ilona: Me desculpe, meu querido. Você sabe que eu te tenho
como um filho.
Lorenzo assente e Ilona abraça Emese antes de sair da
cozinha. Emese para e ouve o som de sapatos na escada.
Emese: Não acredito que ela mentiu tão descaradamente pra
mim.
Lorenzo: Vou descobrir com quem ela estava em Roma.
Emese põe a mão no ombro de Lorenzo. Eles trocam olhares demorados.
Cena 06 – Mansão Kovács – Sala – Int. – Dia.
Kimerul está se preparando para sair, quando a campainha
toca. Ele vai até a porta e abre. Ele depara-se com um homem de terno.
OFICIAL DE JUSTIÇA: Sou oficial de justiça. Estou em busca
de Kimerul Kovács
Kimerul(estranha): Você está falando com ele.
O homem entrega um papel.
OFICIAL DE JUSTIÇA: Preciso que você assine a autorização
para a exumação do corpo de Anita Kovács
Kimerul parece sentir o impacto da informação e da dois
passos para trás zonzo.
OFICIAL DE JUSTIÇA: O senhor está bem?
Kimerul: Isso é algum tipo de brincadeira?
OFICIAL DE JUSTIÇA: Não, senhor. Essa liminar foi feita em
nome András Kovács, o qual alega que está fazendo o pedido da exumação por
achar que não é filho da mesma.
Kimerul não sabe o que faz e apenas assina o documento,
ainda está extasiado com a informação. Sua cabeça lateja fortemente. Ele vai em
direção até o barzinho e coloca whisky em seu copo, tomando tudo de uma vez.
András desce as escadas.
András: Quem era, pai?
Kimerul: Um oficial de justiça. András, você pediu para
exumar o corpo da sua mãe alegando que ela não é sua mãe biológica?
András: Eu falei a você que eu iria até o final para pegar
esse colar. O Ysyloh é um grande amigo da escola, ele se tornou juíz e me deu
uma ajuda. Obviamente eu não poderia alegar no pedido que era para buscar algo
material.
Kimerul joga o copo de whisky na parede, o qual faz um
barulho ao chocar-se contra parede.
Kimerul: Você não tinha esse direito. Está desrespeitando a
memória da sua mãe fazendo essa atrocidade! Está agindo como uma criança
mimada.
András: Eu tenho esse direito!
Kimerul: Qual direito, Andràs? Sua mãe está morta e você
quer reviver isso novamente? Você já não acha o trauma que eu passei e ainda
quer reviver isso novamente?
Andras: Se o tom da conversa for esse, acho melhor
encerrarmos por aqui.
Kimerul: Você nunca me decepcionou tanto como agora.
Kimerul sai de cena e Andras fica pensativo.
Cena 07 – Hospital de Budapeste – Enfermaria –
Int.
Diretor Kim está na cama. Seu braço direito e perna direita
estão enfaixados. Seu rosto ainda permanece um pouco inchado. Taeyeon, sua
filha está ao seu lado dando uma sopa para ele
Diretor Kim: Ainda está ruim! Não consigo comer nada bom
aqui. Estou com saudades do meu Jajangmyeon.
Taeyeon: Pare de reclamar! Assim que o médico te der alta,
prometo que faço Jajangmyeon para o senhor.
Neste momento, a porta da enfermaria abre, é Emese que está
acompanhada de Lorenzo.
Emese: Eu vim assim que me disseram que você tinha acordado
do coma.
Diretor Kim: Emese! Fico feliz por ter vindo. Não sei o que
faria sem toda a sua ajuda. A Taeyeon me contou que você está pagando tudo
isso, irei retribuir.
Emese: Isso não é hora para falarmos sobre dinheiro. Eu vim
te fazer uma visita como amiga.
Diretor Kim: Como pode ver, estou melhor, mas estão
querendo me matar com essa comida horrível.
Taeyeon: Não liga pra ele, Emese. Esse velho não para de
reclamar um minuto se quer.
Lorenzo: Então já está pronto para outra, Diretor Kim.
Diretor Kim: Não! Não quero sentir mais aquela dor.
Emese: Já tem uma previsão de alta, Taeyeon?
Taeyeon: O médico disse que a perna dele foi muito
machucada, então precisará de uma recuperação longa com fisioterapia e tudo que
for preciso para que ele recupere ao menos 70% da perna.
Diretor Kim: Resumindo, serei um homem manco.
Emese olha para Taeyeon.
ANOITECE
EM BUDAPESTE
Cena 08 – Restaurante – Int. - Noite
Kimerul está sentando à mesa. Há apenas uma garrafa de
champanhe e a taça de Kimerul está na metade. Eva chega ao local e ele
vislumbra a sua imagem. Eles se cumprimentam e sentam-se.
Eva: Fiquei surpresa com a sua ligação.
Kimerul: Eu precisava conversar com alguém e você é a única
pessoa que eu posso chamar de amiga.
Eva: Não estou gostando do tom da conversa. Aconteceu
alguma coisa?
Kimerul: O András! Eu acho que ele está surtando, não sei.
Eva: Mas por que você acha isso?
Kimerul: Você acredita que ele pediu autorização a um juiz
para fazer a exumação do corpo da Anita por causa de um colar?
Neste momento, Eva fica pálida com a informação despejada.
Kimerul (preocupado): Eva? Você está bem?
Eva: Você não pode deixar que o András faça isso!
Close no rosto de Kimerul que está tentando entender Eva.
Cena 09 – Mansão Angyal – Quarto de Emese -
Noite
Emese está terminando de se arrumar. Ela está trajada em um
vestido longo prateado. Ao olhar para o espelho do seu closet, vislumbra a
imagem de Konrad que está logo atrás dela.
Emese: O Que você está fazendo aqui? Quer que eu chame a
polícia?
Konrad: Como você se sente, hein?
Emese: Não estou entendendo aonde você quer chegar com essa
conversa. Se você não sair daqui agora, eu vou gritar e eu juro por tudo que é
mais sagrado que eu vou fazer você morfar na cadeia.
Konrad: Como você se sente sabendo que roubou tudo de mim? Desde
criança você usurpou tudo de mim, Emese! TUDO!
Emese: Do que você está falando, garoto?
Konrad: Da sua falta de moral. Quando éramos crianças você
sempre foi a preferida de todo mundo “olha, coitada da menina órfã, vamos dar
atenção pra ela”. Mas ninguém foi capaz de me entender e nem conversar comigo!
Todas as festas de fim de ano, a minha mãe levava você pra dormir e me deixava
com a Eva! Eu ficava sozinho, Emese. Sempre!
Emese: Para com isso, Konrad! Eu nunca quis roubar nada de
você e muito menos o amor da Tia Ilona! Eu sou grata por tudo que ela fez por
mim, mas ela é sua mãe e você deve respeitá-la. É uma desonra você chegar até
aqui e despejar isso dessa forma
Konrad: Não seja cínica! Você sabe que sempre teve mais
atenção que todo mundo! Sempre! Meu pai morreu e ninguém teve um pingo de
compaixão por mim, mesmo com a droga do meu pai morto, todo mundo ainda
preferia você! A bastarda! A desgraçada que roubou o amor da minha mãe. Tudo
que está acontecendo comigo é culpa sua, Emese!
Emese (grita): A mãe, a qual você internou em uma clínica,
porque ela teve a certeza que o filho dela não presta! Você nunca pensou na tia
Ilona! Durante todos esses anos você só pensou em si, em dinheiro. Egocêntrico
e agora misturado com um bando de nazista vagabundos!
Konrad vai pro canto do quarto e começa a chorar e bater na
cabeça.
Konrad (choro e raiva): Meu ódio por você aumenta a cada
dia, Emese. Você tirou tudo de mim… Sempre tentei ser compreensivo quando minha
mãe falava “Você precisa entender que ela só tem a gente. Os pais dela não
estão aqui pra cuidar dela.”. CONVERSA FIADA! Você sempre foi um estorvo em
minha vida, sua cretina!
Emese (fria): Sai da minha casa imediatamente! Senão eu vou
chamar a polícia, Konrad.
Konrad vê um porta-retrato de Emese com Ilona e joga na
parede. Emese se assusta, mas segue firme.
Emese: Então, você vem até a minha casa, assim como não
quer nada, como se fosse algo corriqueiro e faz essa algazarra toda? Konrad,
você precisa de ajuda psiquiátrica! Está ficando louco cada vez que passa.
Konrad (descompensado): Louco? Eu vou ficar louco quando eu
começar a jogar tudo para o alto, Emese. Já não tenho mais nada a perder!
Emese pega sua bolsa que está perto da prateleira de
sapatos. Ela puxa um canivete.
Emese: Se você não sair daqui agora, eu não vou poupar a
sua vida, Konrad. Por mais que eu ame a tia Ilona te ame, não medirei esforços
para fazer isso.
Konrad (ri): Vai, vai em frente. É isso que você sempre
quis, Emese. Me mata logo e acaba com esse tormento! Eu vou embora, mas veja
bem, sua vida se tornará um verdadeiro inferno e começará hoje!
Konrad pula a janela do quarto e Emese fica ali nervosa
segurando o canivete fortemente.
Cena 10 – FAME MAGAZINE – INT. – Noite
A festa está acontecendo, diversas pessoas estão em volta
de um palco redondo, elas estão servidas com champanhe e alguns aperitivos. Uma
música suave e clássica toca ao fundo. A iluminação é amarelada. Otávio chega
ao local e ainda parece nervoso, ele vê Frank e Felícia que estão tomando uma
bebida e vai até eles.
Otávio: Que bom que estão aqui. A minha pressão está
caindo.
Felícia: Você está muito nervoso, não precisa ficar assim.
Está tudo muito lindo, estava comentando com o Frank isso agora mesmo.
Frank: É, meu bem, fica tranquilo. Estão todos falando
muito bem.
Otávio: Certeza que vocês não estão falando isso só para me
deixar menos nervoso?
Frank: Claro que não. Eu jamais mentiria para você, Otávio.
Frank dá um beijo na testa de Otávio.
Cena 11 – Estacionamento Fame Magazine – Int. –
Noite
Barbara está dentro de seu carro. Ela retira do porta-luvas
uma garrafa de conhaque e leva até a boca. Ela abre a porta de seu carro,
senta-se no capô e faz um telefonema.
Barbara: A vagabunda da delegada pode ter conseguido
impedir aquele atentado, mas esse aqui, acho muito difícil... Fica tranquilo,
papai. O agito por aqui é por minha conta, sem nenhum idiota para me
atrapalhar.
Barbara vai até o porta-malas. Close no porta-malas que
mostra um verdadeiro arsenal de armas. Ela pega uma metralhadora e apoia em seu
braço.
Barbara (p/si): Hoje é dia de purificar!
Cena 12 – Clínica Veterinária – Int. - Noite
A clínica está totalmente fechada, há apenas algumas
pessoas e um médico veterinário de plantão no térreo. Ela está sendo iluminada
pela luz da lua que invade. No andar seguinte, nesse momento, a Câmera mostra
uma pessoa tratada de preto com máscara e capuz surgindo, esse momento toda a
cena está em slow motion. Ele está carregando um galão cheio de um líquido que
ao que parece ser gasolina.
Ele começa a despejar o líquido por todo canto. Há
sonoplastia, o instrumental toca durante toda a cena.
Konrad: Você vai queimar, Emese. Vou destruir todo seu
império e não sobrará nada!
Ao perceber que já espalhou gasolina o suficiente, ele
retira um isqueiro, ascende-o e o atira no chão. O fogo se alastra por todo
lugar rapidamente.
A História não tem conexão real com a realidade.
O preconceito e o ódio jamais deverão ser aceitos em qualquer sociedade!
Apologia ao Nazismo no Brasil é crime previsto no art. 20, da Lei nº 7.716/89
do Código Penal, que define os crimes
resultantes de preconceito de raça ou de cor.
DENUNCIE!
Fim do Capítulo 18
Obrigado pelo seu comentário!