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BUDAPESTE - CAPÍTULO 32 (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)






 BUDAPESTE - CAPÍTULO 32

ESCRITA E CRIADA POR: WANDERSON ALBUQUERQUE

BUDAPESTE - HUNGRIA


CENA 01 - TV HÚNGARA - ESTÚDIO - INT. - DIA

O âncora está em frente a CAM. 

ÂNCORA - A Primeira Ministra se pronunciou agora há pouco e falou sobre os ataques e disse que isso era uma agressão a democracia. Esse é o maior ataque terrorista desde o 11 de setembro nos Estados Unidos. 

CORTA PARA:

CENA 02 - MANSÃO ANGYAL - SALA - INT. - DIA.

Melánia está sentada no sofá. Ilona senta-se ao lado de sua irmã.

ILONA - A Emese ainda não chegou?

MELÁNIA - Não e eu estou com sentimento tão ruim em meu peito. Tudo isso que está acontecendo em Budapeste não é por acaso. 

ILONA - Já tentou ligar para ela? 

MELÁNIA - Sim, mas o celular só cai na caixa postal. Já era para ela estar aqui.

ILONA - Calma, não antecipe a ansiedade. Com certeza ela está com o Lorenzo. 

MELÁNIA - Mas o telefone dele também não atende, esse é o problema, Ilona. Estou começando a ficar realmente apreensiva.

ILONA - Não há nada que a gente possa fazer, apenas esperar. 

MELÁNIA - Esse é o problema. Ter que esperar.

CLOSE NO ROSTO DE MELÁNIA AFLITA. 

CORTA PARA:

CENA 03 - GALPÃO - INT. - DIA.

Domokos está sentado em uma poltrona fumando seu charuto. Barbara se aproxima e fica ao seu lado.

BARBARA - Está gostando?

DOMOKOS - Um dia, eu jurei para mim mesmo e para o meu pai que eu colocaria Budapeste em pó. 

BARBARA - E você está cumprindo. Você precisa ver o desespero das pessoas nas ruas (ri). Isso tá saindo melhor do que imaginávamos.

DOMOKOS - Sabe, minha filha, desde sempre eu imaginei que seríamos uma família unida, mas isso aqui foi um verdadeiro presente de Deus. Tenho a filha que eu escolhi. 

BARBARA - Sou totalmente grata por ter me escolhido. 

DOMOKOS - O Konrad vai levar toda a culpa. Há males que realmente valem a pena. Se ele não tivesse sido tão inconsequente, estaria conosco para ver a ruína de Budapeste.

BARBARA - Ele entrou em uma briga desnecessária com a prima, obviamente acabaria surtando uma hora ou outra. 

DOMOKOS - Falando nisso, fiquei sabendo que encontrou com a Emese. 

BARBARA - Fui dar um susto nela, já que o capacho do segurança dela descobriu quem eu era. 

DOMOKOS - Não temos mais nada a perder.

BARBARA - Não se preocupe. Eu trarei o sangue de Emese Angyal em uma taça. 

DOMOKOS - Eu quero a cabeça.

CORTA PARA:



CENA 04 - AVENIDAS DE BUDAPESTE - DIA.

Uma nuvem de poeira paira em Budapeste. Pessoas estão correndo com camisas no rosto. Emese vê uma mulher chorando com o filho.

EMESE - Você está bem?

MULHER - Não consigo enxergar. Perdi meus óculos e não consigo sair daqui e prefiro que meu filho não saia sem rumo.

EMESE - Vamos te ajudar. 

Lorenzo coloca a mulher no braço e Emese segura a criança. Eles saem e vão em direção a uma loja de eletrônicos. 

EMESE - Vocês podem entrar aqui e vão ficar seguros. Só saiam quando terem certeza que estão seguros.

A mulher assente.

MULHER (CHORANDO) - Muito obrigada! 

LORENZO - Precisamos sair daqui o quanto antes.

CENA 05 - DELEGACIA DE BUDAPESTE - EXT. - DIA.

Konrad está algemado. Ele é levado até o caminhão policial e colocado dentro. 

SOLDADO - Você vai ficar aí bem quieto. Não quero que tente fazer nada.

O soldado fecha a porta.

AGENTE - Como vamos levá-lo até a prisão sem escolta? Não dá para postergar essa transferência.

SOLDADO - Precisa ser hoje. Ordens do General. Estão sentindo que a delegacia pode ser atacada a qualquer momento.

AGENTE - Mas andar com qualquer veículo neste exato momento na cidade é um verdadeiro perigo.

SOLDADO - Vai dar tudo certo. Calma!

CORTA PARA:

CENA 06 - JORNAL - SALA - INT. - DIA.

Funcionários do jornal estão em linha reta. Zóltar prepara-se para dar um comunicado.

ZÓLTAR - Como vocês sabem, Budapeste está sendo atacada por algum grupo terrorista. Não temos como mensurar o estrago neste momento. Mas temos certeza de que algo maior ainda irá vir, então, peço que vocês se abriguem por aqui. Espero que não tenha nenhum ataque contra nós, mas fiquem bem abrigados.

ZACO - Estamos enfrentando um inimigo muito poderoso e precisamos que vocês entendam a dimensão. Por favor, fiquei escondidos embaixo das mesas de vocês, por favor.

Começa um burburinho e eles assentem.

ZÓLTAR - Sinto muito fazer vocês passarem por isso, mas é o melhor a se fazer.

Os funcionários se escondem embaixo das mesas e a apreensão toma conta de todos.

CORTA PARA:

CENA 07 - AVENIDAS DE BUDAPESTE - DIA.

Nala está sendo atendida por uma enfermeira que faz o curativo novamente em seu braço

ENFERMEIRA - Pronto. Só peço que você evite mexer esse braço.

NALA - Estou liberada?

ENFERMEIRA - Sim!

Nala sai da tenda. Uma nova explosão é ouvida ao leste. Gritos são ecoados e uma nova correria começa. Nala para um soldado.

NALA - De onde veio essa explosão?

SOLDADO - Ao que parece, da Igreja de São Mathias.

O soldado volta a correr em direção. Nala grita 

NALA - MALDITOS!!!

Ela para e corre em direção ao local que há vários carros do exército. Ao entrar, o General Hénrik está visualizando o mapa de Budapeste.

NALA - Eu já sei a ordem dos ataques!

GEN. HÉNRIK - O quê? Como?

NALA - Eles estão atacando todos os símbolos de Budapeste que representam a liberdade do povo húngaro, ou foi importante para a segunda guerra mundial. Os próximos serão a praça dos heróis, a ponte das correntes, a casa do terror e o bairro judeu.

GEN. HÉNRIK (ASSENTE) - Eu quero um navio e helicóptero sobrevoando todos esses pontos imediatamente. 

NALA - Pai, por favor, é um pedido como filha. Ninguém mais pode morrer, não deixe que isso aconteça.

GEN. HÉNRIK - Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance. 

CORTA PARA:

CENA 08 - IGREJA DE SÃO MATHIAS - EXT. - DIA

A Igreja de São Mathias está em chamas. O Corpo de Bombeiros está jogando jatos d'água para conter o fogo que está se espalhando. Uma coluna da Igreja despenca, fazendo todos que estão perto correrem.

A nuvem de fumaça se mistura com a de poeira com o impacto da queda no chão. Pessoas correm tossindo.

CORTA PARA:

CENA 09 - AVENIDAS DE BUDAPESTE - DIA.

Emese e Lorenzo continuam caminhando em meio a nuvem de poeira que paira pela cidade. 

LORENZO - Emese, o mais sensato a se fazer é irmos embora. 

EMESE - Eu sei disso, mas precisamos tentar salvar as pessoas, Lorenzo. 

LORENZO - Não tem como salvar tantas pessoas, Emese. Olha o caos que se instaurou na cidade. 

EMESE - Você está com medo? 

LORENZO - Pra ser sincero, pela primeira vez, estou. Mas não por mim, mas por medo que aconteça algo com você. Talvez ainda não tenha entendido que esse grupo nazista quer acabar com você e vai fazer de tudo pra isso. 

EMESE - Não quero que tenha medo. Eu estou bem. Vamos procurar um lugar para a gente se abrigar. 

Eles começam a correr.

CORTA PARA:

CENA 11 - AVENIDAS DE BUDAPESTE - DIA.

O caminhão policial corre lentamente pela avenida. A poeira ainda é intensa durante o caminho. O motorista percebe pessoas na frente e desvia o caminhão. Homens armados surgem. 

HOMEM 1 - DESCE AGORA! 

O motorista desce do caminhão com as mãos para cima, mas é atingido por um tiro na nuca. Ele cai no chão. Uma sombra surge, é Bárbara. Ela vai até os fundos do caminhão. Ela abre e Konrad, dois agentes e o soldado se assustam. Eles se preparam para atirar, mas são recebidos com tiros. Konrad se protege. Os tiros cessam. 

BARBARA - Sempre dando trabalho, hein Konrad?

CLOSE NO ROSTO DE KONRAD ASSUSTADO. 

CORTA PARA:

CENA 12 - APARTAMENTO DE OTÁVIO - SALA. - INT. - DIA.

Otávio e Frank assistem TV. 

FRANK - Ainda há dúvidas que o melhor a se fazer é se mudar de Budapeste? 

OTÁVIO - Não acredito que isso esteja realmente acontecendo. Isso aqui virou Gotham City. 

FRANK - Mas será se teremos um Batman para nos salvar? 

OTÁVIO - Com certeza não. O melhor a se fazer, é orar e pedir para que ninguém se machuque mais. 

FRANK - Otávio, acho que nem Deus salvará Budapeste de hoje 

CLOSE NO ROSTO DE OTÁVIO APREENSIVO. 

CORTA PARA:

CENA 13 - PRAÇA DOS HERÓIS - DIA.

Nala desce do caminhão do exército juntamente com outros soldados. Um grupo de 5 homens estão à espreita perto da estátua principal. 

NALA - ALI! 

Os homens percebem a chegada dos soldados e disparam tiros. Nala retira seu revólver do cinto e começa a disparar. 

NALA (GRITA) - FILHOS DA PUTA!

A IMAGEM CONGELA EM NALA SEGURANDO A ARMA 

A História não tem conexão real com a realidade. O preconceito e o ódio jamais deverão ser aceitos em qualquer sociedade! Apologia ao Nazismo no Brasil é crime previsto no art. 20, da Lei nº 7.716/89 do Código Penalque define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

DENUNCIE!

Fim do Capítulo 32


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