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BUDAPESTE - CAPÍTULO 33 (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)




BUDAPESTE - CAPÍTULO 33

ESCRITA & CRIADA POR: WANDERSON ALBUQUERQUE

BUDAPESTE - HUNGRIA.

CENA 01 - AVENIDAS DE BUDAPESTE - EXT. - DIA

O motorista desce do caminhão com as mãos para cima, mas é atingido por um tiro na nuca. Ele cai no chão. Uma sombra surge, é Bárbara. Ela vai até os fundos do caminhão. Ela abre e Konrad, dois agentes e o soldado se assustam. Eles se preparam para atirar, mas são recebidos com tiros. Konrad se protege. Os tiros cessam. 

BARBARA - Sempre dando trabalho, hein Konrad?

CLOSE NO ROSTO DE KONRAD ASSUSTADO. 

KONRAD - O que você está fazendo aqui?

BARBARA - Eu vim te salvar! Não acredito que não mereço nenhum agradecimento depois de arriscar minha vida para te buscar.

KONRAD - Não pedi para ser salvo. Me deixe aqui! Vocês me traíram! Eu estou sendo investigado pela interpol e todos os crimes foram jogados nas minhas costas.

BARBARA - Você pediu isso, principalmente por ter se envolvido em uma briga familiar e destruído qualquer possibilidade da gente ter feito tudo certo.

KONRAD - Barbara, eu não vou com vocês. Vou ficar aqui e acabou. Chega! Eu vou pagar por todos os crimes que eu cometi e não quero que vocês fiquem mais no meu pé.

BARBARA - É mesmo? Mas você sabe que não podemos ir para cadeia. Você vai pegar prisão perpetua, seu otário.

KONRAD - Foda-se. Não quero que você se meta na minha vida. Me deixe.

BARBARA - Ah, que dó. Aposto que está fazendo isso por causa da sua mãe, ela não se importa com você.

KONRAD - Não adianta Barbara, eu...

Barbara dá um tiro na testa de Konrad. O corpo dele cai. 

BARBARA - Sem palestra.

CENA 02 - LOCADORA - INT. - DIA.

Emese e Lorenzo estão sentados. 

LORENZO - Não consigo enxergar nada do que está acontecendo lá fora.

EMESE - Me sinto péssima em não conseguir ajudar ninguém. 

LORENZO - Acho que você está com síndrome de salvadora da pátria. 

EMESE - Não é isso. É que vê todas essas pessoas morrerem, faz com que eu me sinta culpada, afinal, o responsável por todos esses atentados deve ser o Domokos. 

LORENZO - Mesmo assim, Emese. Não podemos fazer nada. Não está no nosso alcance. 

EMESE - Ainda não faz sentido ficarmos parados aqui, enquanto tudo acontece. 

LORENZO - O que precisamos fazer no momento, é tentar chegar em casa. 

EMESE - Esse é o problema, Domokos.

CENA 03 - AVENIDAS DE BUDAPESTE - DIA.

SONOPLASTIA ON: Pyotr Ilyich Tchaikovsky - Hymn of the Cherubim.

A CAM mostra a visão de BUDAPESTE coberta por fumaça e poeira. As chamas tomam conta de diversos lugares. Pessoas continuam correndo. Carros estão destruídos. 



CENA 04 - MANSÃO ANGYAL - SALA - INT. - DIA.

Ilona está andando de um lado para outro.

MELÁNIA - Eu sabia que você iria acabar ficando nervosa uma hora ou outra.

ILONA - Não sei, minha irmã, meu peito está querendo travar. Só consigo pensar no Konrad. Aconteceu alguma coisa com o meu filho. 

MELÁNIA - Calma, Ilona. 

O telefone de Ilona vibra e tem uma mensagem de um número desconhecido. Ela abre a mensagem e vê uma foto com Konrad morto. Ela grita. Seu grito ecoa por toda a casa. A Sonoplastia fica forte durante a cena. Melánia vai até a sua irmã e começa a segurá-la que está chorando e tentando se bater.

CENA 05 - PRAÇA DOS HÉROIS - DIA.

A Fumaça paira pelo local. Nala algema dois homens. Close em seu rosto olhando para todo o local. SONOPLASTIA OFF. 

NALA - Vamos levar esses para a tenda do exército e dê ordens para que os próximos locais sejam reforçados. 

Os soldados assentem. 

CENA 06 - METRÔ DE BUDAPESTE - EXT. - DIA.

Há uma intensa movimentação de pessoas saindo do metrô com bombeiros. Severus aparece tossindo bastante. 

SEVERUS (ASSUSTADO) - Meu Deus, o que aconteceu aqui?!

BOMBEIRO (GRITA) - VAMOS! Corram!

Severus corre juntamente com outras pessoas. 

CENA 07 - GALPÃO - INT. - DIA.

Barbara se aproxima de Domokos e Gizzela. 

DOMOKOS - Até agora não ouvi nenhuma bomba sendo explodida. 

GIZZELA - Será se realmente deu certo?

BARBARA - Está tudo muito calmo. Já era para ter acontecido a explosão na praça dos heróis 

DOMOKOS - Peça para que vão para o Bairro Judeu. Quero que esse seja o próximo local, depois verificamos o que aconteceu com a praça dos heróis. 

BARBARA - Já fiz o serviço com o Konrad.

GIZZELA - Você o matou mesmo? Tem certeza?

BARBARA - Absoluta. Fiz questão de verificar e enviar a foto para a Ilona. Eu daria tudo para ver a reação dela.

DOMOKOS - Ótimo trabalho, filha. 

BARBARA - Acho que a melhor coisa que fizemos foi se livrar do Konrad. Já estava na hora de nos livrarmos dele.

GIZZELA - A próxima poderia ser a Melánia. Deveríamos mandá-la dessa vez de verdade para o caixão. 

BARBARA - Já me ofereci para fazer o serviço

DOMOKOS - Eu tenho que encerrar o assunto com a Melánia. Você pode brincar com a Emese, não me importo. 

GIZZELA - Se eu pudesse, eu mesma mataria a Melánia. 

CENA 08 - AVENIDAS DE BUDAPESTE - TENDA - INT. - DIA.

Os soldados chegam com dois bandidos algemados. Eles jogam os homens no chão.

GEN. HÉNRIK - Esses são os homens que estavam fazendo parte das explosões? 

SOLDADO - São alguns deles.

GEN. HÉNRIK - Ótimo. 

O General abaixa-se e fala com eles que estão algemados.

GEN. HÉNRIK - Acho bom vocês me contarem tudo, porque não terei pena de machucar vocês. O que vocês fizeram com minha cidade, me deu total liberdade de torturar vocês. Não tenha dúvidas que eu farei isso.

O General levanta-se e vai até uma mesa de plástico. Ele pega um canivete e abaixa-se novamente.

GEN. HÉNRIK - Esse canivete aqui já foi responsável pela morte de qualquer tipo de pessoa, desde fascistas, nazistas e comunistas. Ele não distingue ideologias. Ou seja vocês são uns merdas para mim. Podem alegar abuso de poder, ninguém vai acreditar em vocês. 

O General passa o canivete no rosto de um dos homens. 

HOMEM - Eu falo tudo que você quiser, mas por favor, pare.

GEN. HÉNRIK - Aonde o seu chefe está escondido?

HOMEM - Em um galpão longe da cidade.

GEN. HÉNRIK - Bom garoto. Preparem para enviar os soldados até lá. Quero imediatamente soldados lá e também o máximo de pessoas conseguirem para prendê-los. Vamos. 

Os soldados assentem e saem com o General.

CENA 09 - LOCADORA - INT. - DIA.

Emese e Lorenzo bebem água. 

LORENZO - A poeira se dissipou mais. É o momento da gente sair daqui.

EMESE - Tudo bem!

Emese e Lorenzo saem da locadora. Eles começam a correr. Alguns caminhões com soldados passam por eles.

LORENZO - Acho que está acontecendo alguma coisa.

EMESE - Será se vem outro ataque por aí?

LORENZO - Talvez... Mas é tudo muito estranho, eles estão em alta velocidade. 

EMESE - Então, vai acontecer alguma coisa. É a direção que não podemos seguir.

Emese assente e eles correm. Eles passam por um caminhão e vêem corpos no chão. Lorenzo para e Emese também.

EMESE - O que houve?

LORENZO - Emese... Tem duas pessoas mortas dentro dessa carroceria.

EMESE - Que horror, Lorenzo. Vamos sair daqui, então.

LORENZO - Emese... Uma delas é o Konrad.

Emese gela e vai vagarosamente até a carroceria. Ela engole seco ao ver o primo.

EMESE - Lorenzo! Como eu vou explicar para a tia Ilona o que aconteceu com ele? 

CLOSE NO CORPO DE KONRAD. 

A História não tem conexão real com a realidade. O preconceito e o ódio jamais deverão ser aceitos em qualquer sociedade! Apologia ao Nazismo no Brasil é crime previsto no art. 20, da Lei nº 7.716/89 do Código Penalque define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

DENUNCIE!

Fim do Capítulo 33





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