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Passional - Episódio 16 - Últimos episódios

 




PASSIONAL ♨️ EPISÓDIO 16


Web série criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs


CENA 1: EXTERIOR. RUA. DIA

A câmera dá um giro de 90° graus, e mostra Madalena aos prantos no chão. Nesse momento um carro de polícia se aproxima do local, e sem perder muito tempo Célia desce do carro e vai na direção de Madalena que está desesperada. 

CÉLIA: - Madalena… O que foi que aconteceu? Cadê aquele monstro do Alfredo?

MADALENA (abalada): - Ele levou o Petrônio como refém. Eu preciso fazer alguma coisa, Célia. Eu não posso deixar o Alfredo matar o Petrônio. Isso precisa acabar. 

CÉLIA: - Isso não vai acontecer, Madalena. Graças ao Estevão nós já temos todas as provas para fazer com que o Alfredo passe o resto da vida dele na cadeia. É uma questão de tempo para que ele seja preso. 

POLICIAL (figurante): - Vocês fiquem aqui. Nós iremos atrás dele. Ele não vai fugir.

O policial entra na viatura policial, e depois de alguns instantes some no horizonte. A câmera agora mostra Madalena e Célia que estão paradas uma de frente para a outra com um semblante de preocupação em seus olhares. 

MADALENA (abatida): - O que eu vou fazer agora, Célia? O Alfredo está totalmente fora de controle. Ele pode fazer algum mal contra o Petrônio. Se algo acontecer eu nunca foi me perdoar.

CÉLIA: - Não fale assim, Madalena. Precisamos ter esperança que tudo vai ficar bem.

MADALENA: - Eu achava que eu poderia ser feliz com o Petrônio, mas infelizmente a vida é mais cruel que eu imaginava. (P) Eu preciso encontrar a Isabela. Ela precisa saber o que está acontecendo. 

Madalena entra na casa, e ela é acompanhada por Célia. O clima é de muita tensão.

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CENA 2: SEDE DO DOI-CODI. SALA DO DELEGADO FLORES. DIA

O Delegado Flores está ao telefone, e ele parece dar ordens para alguém. Nesse momento o Delegado Estevão entra na sala e joga um documento em cima da mesa. O Delegado Flores desliga o telefone, e encara o Delegado Estevão de forma áspera. 

DELEGADO FLORES (nervoso): - Eu posso saber o que significa isso? Eu exijo uma explicação. Eu não admito que você entre em minha sala, e faça o que bem quiser.

DELEGADO ESTEVÃO (sério): - Isso é o começo da sua derrocada, Flores. Finalmente depois de tantos meses eu consegui reunir as provas de todos os seus crimes. Esse documento te obriga a sair do comando do Doi-Codi. Você não tem escolha. 

DELEGADO FLORES: - Como você ousa falar assim comigo? (P) Eu não vou a lugar nenhum. Não tem ninguém que me faça sair do comando do Doi-Codi. Quero ver quem é homem para me tirar daqui. 

O Delegado Estevão olha com seriedade para o Delegado Flores que demonstra muita resistência. Nesse dois oficiais do exército entram na sala e ficam parados ao lado do Delegado Estevão deixando o Delegado Flores muito irritado.

DELEGADO FLORES (gritando): - Que espécie de golpe é esse? Vocês não podem fazer isso. Eu ainda sou uma autoridade da justiça. Eu exijo que todos saiam daqui agora.

DELEGADO ESTEVÃO: - Você não tem mais direito de exigir nada, Flores. Você é uma vergonha para esse país. Por sua culpa pessoas inocentes perderam a vida. Agora finalmente você vai pagar por tudo o que fez. Essa é a justiça sendo feita. 

DELEGADO FLORES: - Seu desgraçado. Eu sempre soube que você queira o meu lugar, Estevão. Mas eu jamais esperava que você jogar sujo com um dos seus. Você é um traidor.

DELEGADO ESTEVÃO: - Levem esse homem daqui. Eu não quero mais olhar para ele. 

Os dois soldados do exército levam o Delegado Flores algemado para fora do Doi-Codi. Corte para o lado de fora do Doi-Codi. Assim que o Delegado Flores é colocado dentro de um carro as pessoas que estão na rua aplaudem a ação como se fosse um grito de alívio há muito tempo preso na garganta.

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CENA 3: PENSÃO DE CLEONICE. SALA. TARDE

O fim de tarde já desponta no horizonte. Close em Marina, Tiago e Cleonice que estão sentados e com muita aflição em seus semblantes. Nesse momento Isabela entra na pensão, e para a surpresa de todos ela está acompanhada de Gael e de Janaína (que ninguém conhece até então). Sem pensar duas vezes Tiago parte para cima de Gael, mas Isabela o impede. 

TIAGO (fora de si): - O que foi que esse moleque fez dessa vez? Eu já não disse para você ficar longe dela, Gael? Porque você não deixa a Isabela em paz? 

ISABELA: - Por favor, Tiago. Calma… Se não fosse pelo Gael e pela Janaína eu não sei o que teria sido de mim. Aquele monstro do Flores mais uma vez tentou abusar de mim.

TIAGO: - Me desculpe, Gael. Eu nem sei o que dizer. Foi só um instinto de proteção. 

GAEL (sério): - Eu entendo. (T) Todos aqui nessa sala tem motivos mais que suficiente para me odiar, e eu não tiro razão de vocês. Mas nesses últimos meses eu entendi a gravidade de tudo o que eu fiz. E eu devo tudo isso a Janaína que me ajudou a entender tudo o que tinha de errado comigo. 

Janaína sorri. Aos poucos Marina vai se aproximando de Janaína. O clima fica tenso.

MARINA (p/ Janaína): - Eu sei bem muito bem quem você é. Eu já ouvi falar muito de você. (P) Você é filha do Flores. Eu não tenho como agradecer o que você e o meu irmão fizertam pela Isabela. Muito obrigada. 

JANAÍNA (firme): - Ninguém tem nada que me agradecer. Eu fiz apenas o que era certo. O que o meu pai fez é algo inadmissível. Eu não sei se eu vou conseguir perdoar ele. 

CLEONICE: - Eu fico feliz que todos vocês estejam se entendendo. A vida é assim mesmo. Nada vai ser como a gente quer, e aprender com nossos erros é louvável.

A câmera mostra que todos ali presentes estão em paz. Nesse momento Madalena entra na pensão acompanhada de Célia. Logo depois Marina vem na direção de Madalena, e elas conversam algo em OFF. 

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CENA 4: MANSÃO DA FAMÍLIA BIANCHINI. SALA. DE ESTAR. TARDE

Omar e Dionísia estão tomando uma xícara de chá, e eles estão sentados um de frente para o outro. A empregada serve mais chá para eles, e depois se retira da sala de estar. Logo depois Omar conta para Dionísia a verdade sobre a morte de Albano, e ela fica horrorizada.

DIONÍSIA (em choque): - Eu não posso acreditar no que você está me contando, Omar. Como é que a sua filha foi capaz de fazer uma coisa dessas. Ela merecia estar presa.

OMAR: - Infelizmente a Mônica de deixou levar pela ganância, e pela inveja. Mas o que ela fez com o Albano é um crime imperdoável. Eu não tenho outra escolha há não ser entregar ela para a polícia. (P) Desculpa eu te envolver nessa história Dionísia, mas você é a única pessoa que eu confio para contar isso. Eu sei que nós tivemos nossas diferenças, mas eu espero que possamos continuar com essa amizade. 

DIONÍSIA (séria): - Eu não vou negar que eu senti muito ódio por tudo o que você me fez Omar. Mas eu prometi no túmulo ndo Laurindo que eu iria tentar manter uma relação sadia com você. Eu não posso mudar o fato de que nos temos uma filha juntos.

Aos poucos Omar se aproxima de Dionísia. Ele toca suavemente as mãos dela, mas se esquiva. Mesmo sem dizer nada Omar entende o recado e sorri de forma envergonhada.

OMAR (se levantando e servindo um whisky): - Me desculpe, Dionísia. Eu sei que você ainda ama o Laurindo, e isso é uma coisa que eu respeito. Eu sinto muito.

DIONÍSIA: - Eu que preciso te pedir desculpas, Omar. Eu fui muito dura quando você me disse que tinha pouco tempo de vida. Eu deveria ter sido mais sensível e amável. 

OMAR: - Está tudo bem, Dionísia. Depois de todos esses meses eu só tô que eu posso partir em paz. Tudo o que eu queria era recuperar o amor da nossa filha e que você me perdoasse. Eu já posso morrer tranquilamente. 

A câmera mostra que Dionísia fica visivelmente triste. Em seguida Omar serve um copo de whisky para ela. Eles fazem um brinde em um silêncio profundo. 

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CENA 5: EXTERIOR. PRAÇA. TARDE

As folhas das árvores caem de uma forma belíssima. Close em Olívia e Nonato que estão sentados no banco da praça um de frente para o outro. Eles se beijam sem se preocupar com absolutamente ninguém que por ali passa. 

MUSICA DA CENA: https://youtu.be/7xMydSJy4zI (Você é Linda — Caetano Veloso)

Nesse momento vários soldados do Doi-Codi se aproximam já apontando as armas para Olívia e Nonato que ficam apreensivos. Aos poucos eles se levantam e encaram os soldados do Doi-Codi.

FIM DA TRILHA

NONATO (sem entender): - O que está acontecendo aqui? Porque vocês estão apontando essas armas para nós? O que foi que nós fizemos de errado?

SOLDADO 1 (figurante/gritando): - Silêncio! Um comunista que nem você não tem o direito de sequer abrir a boca. Nós viemos levar você preso. É melhor não resistir.

OLIVIA: - Isso não é justo. Qual é a acusação? Isso já está se tornando ridículo. 

SOLDADO 2 (figurante): - É melhor a senhora não se intrometer nisso. (P) Esse homem está sendo preso por obstrução da justiça e crimes contra a pátria. Tá respondido a sua pergunta?

O primeiro soldado coloca as algemas em Nonato que não demonstra resistência. Vendo toda essa situação arbitrária Olívia tenta a todo momento impedir a prisão de Nonato, mas o segundo soldado a impede. 

OLIVIA (gritando): - Não façam isso. Ele não fez nada para merecer isso. Estou suplicando. (P) Vocês dizem que são a favor da pátria, mas na verdade não passam de assassinos frios e cruéis.

SOLDADO 1 (figurante/nervoso): - Muito cuidado com suas palavras. Eu não vou admitir que você falte com respeito conosco. Não me obrigue a te prender. 

NONATO: - Está tudo bem, Olívia. Eu vou ficar bem. Eu prometo que irei voltar.

Os soldados do Doi-Codi usam de muita violência com Nonato, e logo em seguida eles jogam Nonato dentro de um carro totalmente escuro que vai indo embora do local o mais rápido possível. A câmera foca em Olívia que está estática sem fazer nada.

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CENA 6: INTERIOR. PENSÃO DE CLEONICE. 

Todos que ali estão presentes ficam em choque com a revelação de Madalena de que Alfredo está mantendo Petrônio como refém. A câmera mostra que o mais abalado com toda essa história é Gael que começa a ver como seu é de verdade.

ISABELA (séria): - Nós precisamos fazer alguma coisa. O meu pai precisa de ajuda.

GAEL (abatido): - Como eu pude ser tão idiota em acreditar que ele era um bom homem? (P) Tudo o que eu fiz foi acreditando nele por ser o meu pai. Eu sei que não tem justificativa para o que eu fiz. Mas isso não muda o fato de que eu cometi aros horríveis. 

MADALENA: - Está tudo bem meu filho. O importante é que você percebeu quem seu pai é de verdade. O que importa agora é ele ser preso para nós termos um pouco de paz.

ISABELA: - Nós não podemos ficar parados. Temos que chamar a polícia agora mesmo. 

Todos ficam se entreolhando, e o silêncio reina no local. Nesse momento Janaína se aproxima do centro da sala e olha para todos com muita seriedade. 

JANAÍNA (firme): - Eu sei que sou a última pessoa que vocês devem querer ouvir nesse momento, mas tem uma pessoa que vocês podem confiar. É o Delegado Estevão. Ele é o chefe da corregedoria e pelo o que acabei sabendo é ele que conseguiu as provas do assassinato do senhor Laurindo. 

MARINA: - Se você está dizendo que podemos confiar nesse homem então não podemos perder tempo. O meu pai está cada vez mais fora de si. Ele precisa ser detido.

MADALENA: - Como eu não pensei nisso antes. Ele é o único capaz de evitar uma tragédia. O Estevão é um homem honrado. Eu sei que nós podemos confiar nele. 

GAEL: - Eu vou junto prender o meu pai. Eu preciso dizer algumas verdades para ele.

Madalena se aproxima de Gael. Eles se encaram por alguns longos segundos. Sem dizer nenhuma só palavra, Madalena e Gael se abraçam totalmente emocionados. 

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TRANSIÇÃO DE TEMPO: ANOITECE


CENA 7: INTERIOR. CASEBRE. NOITE 

Petrônio está sentado em uma cadeira, e ele está totalmente amarrado. Ele está de olhos fechados e com o rosto totalmente machucado. Nesse momento Alfredo entra em cena, e com um sorriso ardiloso em seu rosto ele joga um copo de água na cara de Petrônio que acaba no mesmo instante.

ALFREDO (sorrindo): - Olha só quem resolveu acordar? Está bem confortável seu desgraçado? Eu sinceramente espero que não. A sua vida vai se transformar em um verdadeiro inferno a partir de agora, e eu irei fazer com que você me implore para te matar.

PETRÔNIO (nervoso): - O que você tanto quer comigo, Alfredo? Porque insiste em voltar com a Madalena sabendo que ela te odeia. Admita que você a perdeu. 

ALFREDO: - Nunca! A Madalena é minha está ouvindo. Minha. Querendo ou não ela vai voltar para mim. Mas você não vai estar aqui para ver isso, ou para descobrir a verdade sobre a sua falecida esposa. (T) Ah é mesmo você não sabe. Não sabia que eu e a Márcia éramos amantes. O erro dela foi querer te contar tudo que estava acontecendo. Eu tive que matar ela, e eu não me arrependo disso. 

A câmera mostra o choque no olhar de Petrônio. Ele não consegue acreditar no que está ouvindo. Ele se debate na cadeira tentando se soltar, mas é em vão. Alfredo está parado em sua frente olhando para Petrônio com muita frieza. 

PETRÔNIO (gritando): - Mentiroso! Eu não acredito em nenhuma palavra que saia da sua boca, Alfredo. A Márcia nunca seria capaz de fazer uma coisa dessas comigo e com nossa filha. Você está mentindo. 

ALFREDO: - Acredite no que você quiser seu infeliz. Mas a verdade é que eu sempre estou três passos à frente de todos vocês. (P) Você nunca foi homem suficiente para fazer sua esposa feliz. Ela teve que buscar em meus braços o que ela não tinha com você. 

PETRÔNIO (furioso): - Eu juro por tudo que é mais sagrado, Alfredo. Se eu não estivesse preso nessa cadeira eu te mataria com as minhas próprias mãos. Você é o ser mais desprezível que eu já conheci. 

ALFREDO (sorrindo cinicamente): - Isso é música para os meus ouvidos. (T) Deixa eu ir embora que eu preciso encontrar a Madalena. Ela vai voltar para mim nem que isso seja a última coisa que eu faça. 

Alfredo vai embora do casebre deixando Petrônio amarrado e com muitas dúvidas. Petrônio abaixa a cabeça totalmente desolado. Aos poucos a câmera se aproxima e em um ato de desespero Petrônio dá um grito de pura raiva. 


A imagem congela no grito desesperado de Petrônio. Aos poucos a imagem vai ficando em um tom preto e branco, que logo em seguida três linhas vermelhas cruzam a tela. 


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